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terça-feira, 7 de novembro de 2017

O ensino superior com fórmula ultrapassada



Durante muitas décadas, o sucesso profissional no Brasil esteve ligado diretamente ao diploma. Um histórico que teve início no século 19, quando as famílias ricas mandavam seus filhos estudar na Europa. De lá, voltavam médicos, engenheiros e advogados. Desde então, mais do que o status social, um curso superior sempre foi considerado uma ferramenta fundamental para uma vida melhor em um país subdesenvolvido. Isso realmente fazia sentido, pois o sonhado diploma abria as portas do mercado de trabalho possibilitando salários melhores, promoções frequentes e, principalmente, estabilidade profissional.

Mas, em pleno ano de 2017, o que tem evoluído nos cursos superiores? Considerando que a maioria das profissões que conhecemos irá desaparecer em menos de uma década, que nesse mesmo tempo mais da metade dos postos de trabalho existentes hoje serão exercidos por máquinas e que todo o conhecimento acadêmico do mundo está online e acessível na palma da mão, como as faculdades estão formando seus alunos?

As universidades, engessadas em modelos tradicionais, serão capazes de se reinventar para formar uma mão de obra ainda inexistente? Nos Estados Unidos e em países europeus e asiáticos, grandes empresas internacionais estão priorizando cada vez mais aqueles com capacidade de encontrar soluções e de se reinventar, que tenham responsabilidade social, talento, criatividade e vontade de empreender, deixando em segundo plano a formação superior.

Desde o início dos anos 1990 a competitividade exige dos profissionais um aprendizado continuado. Somos provocados a mudar de área de atuação para seguir as melhores oportunidades do mercado. Por esse motivo, não é coerente cursar uma nova faculdade sempre que o mercado tomar novos rumos. Há, inclusive, o risco da nova profissão deixar de existir antes da conclusão do curso.

As escolas de formação rápida e prática, com os cursos mais inovadores e que incentivam o aluno a ir além do que já foi feito, escrito, ou descoberto, formam os profissionais capacitados a se adaptarem às mudanças e às instabilidades de um mercado de trabalho em constante transformação. A liberdade didática e conceitual dessas instituições permite que elas se moldem às principais necessidades e tendências, direcionando cursos para atender as mais variadas demandas. Essa dinâmica chegou ao Brasil nas últimas décadas e vai ganhando espaço. A hiperespecialização, que exige conhecimentos aprofundados em áreas bem específicas, tem movido o segmento e exigido muita agilidade.

Você já parou para pensar, por exemplo, quanto tempo uma universidade tradicional demoraria para adaptar o seu programa e adicionar temas do momento, como os tão falados drones?  Até o final de 2017 serão comercializados mais de três milhões de drones em todo o mundo, e várias profissões serão impactadas por eles. É um instrumento transformador em logística, mapeamento e topografia, agricultura, meio ambiente, construção civil, mineração, publicidade, eventos e jornalismo. Esse é só um exemplo de uma nova habilidade profissional que não era nem imaginada há poucos anos.

Com a inteligência artificial, que será responsável por uma fase de grandes transformações, as instituições de ensino superior vão precisar atingir um novo patamar e quebrar paradigmas seculares. Os avanços científicos estarão sendo desenvolvidos nos grandes laboratórios e em empresas como Google, Microsoft, Apple, Amazon e Facebook. As áreas que necessitarem de precisão ou de repetição não terão mercado de trabalho em escala. O mercado de trabalho será para pessoas com talentos diferenciados. Exatidão, rotina e previsibilidade serão qualidades para as máquinas. O mercado mais promissor será o da economia criatividade e das várias modalidades de hospitalidade. 

Os alunos das instituições de ensino superior e aqueles que se preparam para ingressar nelas, dificilmente terão suas expectativas atendidas. Tudo está mudando rapidamente, mas as faculdades caminham com uma lentidão preocupante. É fundamental percebermos que existem formas muito mais eficientes e dinâmicas para o desenvolvimento de habilidades profissionais. Nos próximos anos, cada ser humano construirá seu caminho profissional extremamente personalizado, passando pelo ensino formal, informal e vivenciando experiências realmente transformadoras.





Carlos Rodolfo Sandrini - arquiteto e urbanista. No início da década de 1990, fundou o Centro Europeu (www.centroeuropeu.com.br), primeira escola de economia criativa do Brasil.




Construtivismo e Construcionismo: como modelos educacionais estão sendo ressignificados para o aprendizado adulto?




As duas teorias educacionais que mais marcaram o século XX foram o Construtivismo e o Construcionismo. Esses importantes modelos guiaram a formação de mestres e, consequentemente, todo o formato de aprendizagem de quem foi criança de 1920 até provavelmente os dias de hoje. Contudo, o mundo viveu e ainda vive grandes transformações, o que requer adaptações nos sistemas de ensino, em especial para aqueles que já cresceram e agora são desafiados diariamente com situações totalmente novas e inusitadas no mercado de trabalho. É hora de ressignificar a educação.

O Construtivismo foi desenvolvido por Jean Piaget, um renomado psicólogo da época. Esse conceito pressupõe que é preciso considerar os interesses e habilidades das crianças para atingir metas educacionais específicas em diferentes idades. Ele aborda a maneira como as crianças se envolvem em diferentes tarefas e como elas vão mudando com o passar do tempo. O profissional acreditava que as crianças estão sempre mudando à medida em que interagem com os outros e adquirem novas experiências.

Segundo Piaget, a criança interpreta o que está sendo ensinado com base em suas vivências. Ele notou ainda que o conhecimento que a criança adquire através do ensino não é apenas informação que está sendo comunicada. Ela tem de ser experimentada. As crianças não mudam seus pontos de vista só porque elas estão sendo ensinadas. Trata-se de um processo indireto, onde a educação formal é apenas parte de um todo.
Já o Construcionismo foi desenvolvido por Seymour Papert, baseado na teoria de Piaget. Contudo, ao contrário do Construtivismo, Papert acreditava que a atenção é dada à forma de aprendizado. Isto também é referido como a arte de aprendizagem. O estudioso estava interessado em analisar a conversa entre o aprendizado e os artefatos, o que levou à aprendizagem auto-dirigida. Sua teoria é considerada como mais ampla e consiste em um foco maior do que o Construtivismo.
Papert acreditava que a expressão de sentimentos individuais é vital, pois permite que eles sejam compartilhados. De acordo com ele, isso influencia o processo de auto-aprendizagem do aluno, já que o conhecimento se baseia em contextos. Isso nos permite compreender a formação e transformação de ideias em diferentes contextos. Assim, percebe-se que o Construcionismo incide sobre o contexto e as diferenças individuais.
Em linhas gerais, o Construtivismo destaca os interesses e habilidades das crianças para atingir metas educacionais específicas em diferentes idades. Enquanto isso, o Construcionismo centra-se na forma de aprendizagem. No Construtivismo, atenção é dada às habilidades de crianças em diferentes estágios de desenvolvimento. No Construcionismo, atenção é dada à aprendizagem individual. No entanto, Piaget e Papert, acreditavam que o conhecimento é criado pela criança no processo ativo de interagir com o mundo à sua volta.

Sabendo disso, na década de 70, Papert desenvolveu uma linguagem de programação de computadores chamada Logo, que permitia às crianças usarem a matemática para criarem imagens, animações, música, jogos e simuladores no computador. Na década de 80, membros de sua equipe no M.I.T - Massachusetts Institute of Technology, desenvolveram o Lego TC Logo, que combinava a linguagem da computação com os famosos blocos de montar. Depois de observar as crianças utilizando esse material, o estudioso afirmou que “a melhor aprendizagem não virá apenas de encontrar as melhores formas de ensino por parte dos professores, mas também de dar a quem aprende as melhores oportunidades de construir”.

 

Anos mais tarde, em 1996, a LEGO Company desenvolveu a metodologia Lego Serious Play (LSP). Na época, a empresa estava perdendo mercado devido ao avanço dos jogos eletrônicos e precisava de um novo processo estratégico. Na busca por alternativas, a empresa descobriu que poderia usar as peças como uma ferramenta para abordar os problemas organizacionais. Desde então as técnicas e formas de aplicação tem sido usadas ao redor do mundo e estão conquistando cada dia mais empresas.

 

A LSP está ressignificando o modo como adultos aprendem e trabalham. Por meio dessa técnica, empresas de vários portes e segmentos estão descobrindo novas formas de se relacionar com o cliente, construir mercados, cadeias de consumo, otimizar processos e principalmente inovar. Essas teorias e sistemas educacionais foram evoluindo com o tempo e, hoje apresentam soluções muito mais alinhadas com as necessidades de aprendizado, em especial dos adultos, que já deixaram os bancos escolares há algum tempo. O método se baseia na ideia de jogar, imaginar e construir, onde se traz o teórico para o real, sem custos altos e dando liberdade para o compartilhamento de ideias. Sem dúvida, vale a pena experimentar. 





Julio Cesar da Costa - co-fundador da Think Market e facilitador do Lego Serious Play no Brasil.





Especialista dá dicas certeiras para você ficar livre de ciladas na Black Friday



 É só ligar a TV ou dar uma espiadinha na internet para se deparar com os anúncios da Black Friday acompanhados de sedutoras porcentagens dos descontos que estão por vir. Pois é, essa tradicional promoção feita na última sexta-feira de novembro nasceu nos Estados Unidos para renovar os estoques das lojas antes do Natal, mas parece cada vez mais comum no comércio brasileiro.
Os potenciais preços mais baixos são oferecidos tanto em lojas físicas quanto na web, mas é no ambiente virtual que as promoções realmente impressionam o consumidor. É necessário ficar atento, já que algumas transações aparentemente atrativas podem ser uma enorme cilada.

O Advogado e Economista Alessandro Azzoni elencou algumas dicas para evitar dores de cabeça posteriores e para suas compras serem sucesso!


1-   Faça uma lista daquilo que você realmente precisa
Com a lista em mãos, em datas anteriores, pesquise alguns preços. Dessa forma, você vai poder fazer um comparativo e saber se o desconto vale mesmo a pena. O ideal é manter o acompanhamento da evolução dos valores de um produto durante semanas, meses ou até um ano, para ter uma base do quanto o preço do item pesquisado oscila. Alguns sites e aplicativos oferecem a ferramenta de comparação entre lojas. Utilizar este método é bastante válido. 


2-   Evite compras por impulso
Tenha em mente que a probabilidade de algo dar errado em uma compra por impulso é muito grande. Nessa época é comum que as lojas anunciem descontos muito altos para induzir o cliente. Na Black Friday, o consumidor já tem a impressão de que os produtos podem acabar em questão de segundos e, na ânsia de aproveitar as ofertas, acaba não se atentando a regras básicas de segurança nas compras online. Para evitar problemas, é melhor se atentar ao custo em reais e não à porcentagem de desconto, afinal o valor é o preço que o consumidor vai pagar.


3-   Tenha certeza de que a loja virtual é confiável
Alessandro Azzoni,  indica consultar nos sites de reclamações comerciais se a loja em que você está comprando coleciona queixas preocupantes. Ao navegar na área de cadastro ou pagamento de qualquer site, observe se aparece um cadeado na barra de navegação de seu browser, à esquerda. Ele é imprescindível. Esta é a prova que o site não é uma cópia pirata destinada a captar seus dados de cadastro e de cartão. Este cadeado deve ser uma exigência.


4-   Atenção com eletrônicos
Fique de olho na descrição do produto e em suas particularidades. “Muitas vezes, o modelo que está sendo vendido está fora de linha ou vai estar em breve. Com isso, você estará adquirindo algo que já teria seu valor mais barato. Sempre confira os modelos anunciados com os novos. É muito importante”, explica Azzoni.

Alguns conselhos gerais para uma boa compra são imprescindíveis: tire sempre prints das telas para comprovar, caso seja preciso, qual foi o produto adquirido e o preço oferecido. E se você for realmente enganado e lesado, procure o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do estabelecimento, utilize plataformas como sites de reclamações e redes sociais e acione o PROCON.





Dr. ALESSANDRO L. O. AZZONI ECONOMISTA E ADVOGADO OAB/SP Nº: 353144.  



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