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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Gagueira tratada na infância tem cura



Segundo o Instituto Brasileiro de Fluência, a gagueira afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, um número maior que a população da cidade do Rio de Janeiro


No último dia 22 de outubro foi o Dia Internacional de Atenção à Gagueira. A data foi criada para aumentar a conscientização a respeito desta condição e reforçar a importância de derrubar o estigma em torno da doença. Segundo a fonoaudióloga, Sandra Merlo, especialista em gagueira e fluência, a gagueira é um distúrbio de fluência da fala em que o fluxo da fala é interrompido por repetições, prolongamentos e bloqueios de sílabas. Na maior parte das vezes, a gagueira ocorre na primeira sílaba das palavras.


Início precoce
 
A gagueira costuma aparecer na infância, entre dois e cinco anos. “Os pais geralmente percebem que a criança está com algum problema para falar, porque ela perde a desenvoltura que já possuía. A criança estava se desenvolvendo bem e, de repente, os pais percebem que ela repete várias vezes a sílaba inicial das palavras ou que ela faz força para falar e não sai nenhum som”, explica a especialista.

Como a gagueira ocorre na fala espontânea, nas conversas do dia a dia e na leitura em voz alta, os pais podem ficar confusos e atribuir a uma causa emocional, como ansiedade e timidez, porém isso é um mito. O que é verdade, embora possa parecer estranho, é que em situações como cantar ou até mesmo fazer uma peça de teatro, a gagueira costuma desaparecer.

Sandra explica que isso acontece porque o cérebro não controla os dois tipos de fala da mesma maneira. “A fala espontânea e natural é controlada por uma rota cerebral chamada de pré-motora medial, enquanto modos não-espontâneos de fala, como o canto, são controlados por outra rota cerebral, a pré-motora lateral”.


De onde vem a gagueira?
 
A gagueira tem várias causas. Uma delas já está comprovada e é genética. “Já foram identificados quatro genes relacionados à gagueira. Esses quatro genes respondem por cerca de 15% dos casos. Ou seja, ainda há muitos outros genes para serem descobertos. Filhos de pais que têm ou tiveram gagueira têm mais chances de gaguejar. A probabilidade aumenta se a criança for do sexo masculino, porque 80% dos casos de gagueira envolvem o sexo masculino”, explica Sandra.

Além da genética, a gagueira pode ocorrer devido a lesões cerebrais, acidente vascular cerebral, traumatismos cranioencefálicos, intercorrências na gravidez, parto e pós-parto, entre outras condições que afetam o funcionamento e a fisiologia do cérebro.

O fator social também é um componente importante na origem da gagueira. Crianças que vivem em um ambiente familiar em que as pessoas falam muito rápido ou usam uma linguagem muito complexa podem ter mais probabilidade de desenvolver a gagueira, desde que exista a predisposição genética.


Diagnóstico
 
“O diagnóstico é feito pelo fonoaudiólogo especialista em fluência por meio da gravação e análise da fala da criança. Não é um diagnóstico subjetivo. Por exemplo, em um trecho de 300 palavras de fala espontânea, o fonoaudiólogo irá verificar quantas vezes a criança repetiu, prolongou ou bloqueou sílabas. E também se ela apresentou sinais de esforço para falar algumas sílabas”, explica Sandra.


Gagueira tem cura?
 
De acordo com a especialista, sim. Mas, para a cura é preciso que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos ainda na infância. Além disso, a cura da gagueira também está associada às condições gerais de saúde da criança: distúrbios de sono, distúrbios de respiração e epilepsias, por exemplo, reduzem as chances de cura da gagueira.

“Estima-se que 5% da população é afetada pela gagueira durante o desenvolvimento da fala. Porém, apenas 1% irá apresentar a doença na forma crônica, ou seja, na fase adulta. A gagueira, portanto, tende a ser uma condição tipicamente infantil. Quando tratada pode ser curada”, comenta Sandra.

O tratamento fonoaudiológico é baseado em exercícios para respiração, voz e articulação da fala. Também são realizados exercícios específicos para fluência, envolvendo leitura em voz alta e fala espontânea. No caso de adultos, o treino de fala em público é muito importante. O fonoaudiólogo também avalia se são necessários tratamentos complementares.


Desempenho Escolar e Gagueira
 
A especialista chama a atenção sobre o desempenho escolar de crianças que apresentam a gagueira. “A criança pode ter dificuldades para responder a chamada, para ler em voz alta, para esclarecer suas dúvidas e para apresentar trabalhos na sala de aula. Crianças com gagueira também estão mais sujeitas a ridicularizações dos colegas por sua forma de falar. Então, se os pais de uma criança com gagueira começam a perceber que ela não quer mais ir para a escola, isso pode ser um sinal de que está havendo bullying e devem procurar a escola para uma conversa”, diz Sandra.

Como vimos, a gagueira não tem graça, tem tratamento. Ela pode trazer enorme sofrimento e prejuízos sociais, assim como escolares se não tratada. Se você desconfia que seu filho está gaguejando, procure um fonoaudiólogo especialista em gagueira.





SAIBA COMO AS ÚLCERAS DE CÓRNEA PODEM AFETAR A SAÚDE DE SEU PET



A doença pode ser grave e ficar atento aos sintomas é essencial para evitar o seu avanço 


A Úlcera de córnea, muito conhecida por afetar a saúde de pessoas, também pode prejudicar a saúde dos animais de estimação. São machucados na superfície dos olhos e pode variar em termos de gravidade. Por isso, a avaliação de um veterinário que atue na área de oftalmologia é essencial.

Identificar se o pet está com problemas nos olhos pode ser simples, segundo a Dra. Adriana Lima Teixeira, parceira da Comac (Comissão de Animais de Companhia), do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal) e responsável pelo Serviço de Oftalmologia do PROVET – SP: “A dor é o principal sintoma e se traduz por olho fechado, na maioria dos animais afetados. Outros sintomas importantes incluem olhos com a conjuntiva avermelhada, a córnea opaca, piscar numa frequência maior que o normal e depressão na superfície ocular como se houvesse um ‘buraquinho’”, explica.

Descobrir a doença no início é fundamental para impedir que a situação cause danos severos e até mesmo irreversíveis, por isso, ao menor sinal de alteração no comportamento do pet, o tutor deve levar seu animal de estimação para uma avaliação com seu veterinário de confiança. Para uma avaliação adequada dos olhos se faz necessário um exame com auxílio de lâmpada de fenda, corantes especiais e caso, julgue necessário, o veterinário poderá realizar coleta de material para um diagnóstico mais preciso.

Há pets mais propensos a desenvolverem a úlcera de córnea ou doenças oculares como os de raças braquicefálicas, que são os animais com o focinho achatado como Shih Tzu, Boxer e certas raças de gatos. Os fatores são diversos, mas conformação palpebral e doenças oftálmicas são mais comuns.

“Algumas úlceras vão requerer apenas tratamento médico enquanto outras necessitarão também de procedimento cirúrgico, algumas vezes, de emergência, como no caso dos olhos perfurados ou de úlceras profundas quando existe uma chance de evoluir para perfuração ocular”, completa a doutora.

Se não for diagnosticada e tratada rapidamente, a lesão pode ser a porta de entrada para outras contaminações e gerar infecção generalizada do olho, evoluir para septicemia (contaminação da corrente sanguínea) e colocar em risco a vida do pet.

A prevenção é sempre a melhor forma de evitar doenças oculares, como por exemplo, olho seco, catarata, glaucoma, e não apenas as úlceras de córnea. Manter a higiene do pet em dia, tosar para evitar que os pelos tenham contato direto com os olhos, usar shampoos neutros para não irritar os olhos são medidas importantes. O uso de lubrificantes, quando indicado pelo oftalmologista, também está entre as práticas que ajudam a deixar essa doença o mais longe possível.





COMAC -Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal





Número de míopes aumenta no mundo todo



Cirurgia refrativa a laser é o método mais seguro e indicado para correção do problema de visão


De acordo com o Censo Oftalmológico de 2014, a estimativa é que existam em torno de 68 milhões de míopes no Brasil. A famosa miopia, que é o distúrbio refrativo mais comum em todo mundo, cresceu muito no último século. Um quarto da população mundial sofre de miopia, porcentagem que pode chegar a um terço nos próximos anos, indicaram especialistas

“A miopia é o distúrbio visual que acarreta uma focalização da imagem antes desta chegar à retina. Uma pessoa míope consegue ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados, desfocados”, explica o médico oftalmologista Dr. Marcelo Jordão L. Silva.

Ainda de acordo com o especialista, a miopia começa a se desenvolver dos 8 até os 14 anos de idade, e pode progredir até a fase adulta. Um dos primeiros sintomas que os pacientes mais relatam, que com frequência anuncia o aparecimento da miopia, é a visão turva, visão destorcida, dos objetivos que estão distantes.

Infelizmente, os especialistas no assunto ainda não conseguiram descobrir qual a real causa da miopia. Não é possível indicar quais são os fatores de risco que levam uma pessoa a desenvolver miopia. “A miopia apresenta diversas possíveis causas, mas a ciência ainda não foi capaz de determinar exatamente qual a importância de cada uma delas. Sabe-se que há um fator genético, ou seja, as crianças cujos pais são míopes tem maior chance de desenvolver miopia”, explica Dr. Marcelo Jordão L. Silva. Além de herança genética, acredita-se que a miopia pode ser causada por estilo de vida e um dos principais fatores para o crescimento do número de míopes é o uso excessivo da tecnologia como computadores, videogames e smartphones. “O excesso de tecnologia acomoda a visão, por isso é importante que os pais estimulem as crianças a descansarem os olhos, brincarem com outras atividades e claro, sempre visitar um oftalmologista”, orienta o especialista.

A boa notícia é que a miopia tem correção, e pode ser realizada com a cirurgia refrativa a laser. “A miopia não é uma doença, então não existe uma “cura”, o que existem são os métodos de correção como os óculos e as lentes de contato, e o principal que é a cirurgia refrativa a laser. As técnicas utilizadas são LASIK e PRK, que são bastante seguras e tem um excelente resultado na correção da miopia.

Ainda de acordo com o especialista, o paciente pode retirar o curativo no dia seguinte a operação. “ No dia seguinte, após a realização da cirurgia, é retirado o curativo e o paciente começa a usar alguns colírios. Tem uma necessidade de restrição a esforços físicos por algum tempo, mas em poucos dias a visão já está recuperada e o paciente consegue retornar as atividades normais e enxergando perfeitamente, finaliza Dr. Marcelo Jordão L. Silva.






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