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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Com altas chances de sucesso, parto normal após cesárea é possível sim!



Taxas de êxito chegam a 80%; complicações não atingem 1% dos casos


Estudos realizados desde a década de 60 têm demonstrado que a frase “uma vez cesárea, sempre cesárea” tem cada vez mais perdido o sentido.

“Submeter-se a um parto normal com cesárea prévia é possível e, mais do que isso, com altas chances de sucesso e segurança.” É assim que o Dr. Wagner Hernandez, ginecologista e obstetra da Maternidade São Luiz Itaim, fala sobre as mulheres que foram submetidas previamente a uma cesariana, que podem tentar passar por um trabalho de parto e terem seus filhos por meio de um parto vaginal.

As taxas de sucesso de partos vaginais após cesarianas podem chegar a 80%, sempre variando de caso a caso, mas nunca menor do que 60%. A complicação mais temida é a de o útero se romper durante o parto, causando grande hemorragia, perda do útero e até óbito da parturiente e do bebê, mas sua incidência não chega a 1%. “De todos os partos normais, os rompimentos de úteros ficam entre 0,4 a 0,7%, mostrando que o procedimento é altamente seguro”, orienta Hernandez.

As vantagens de se escolher o parto normal pós ter passado por uma cesárea são as mesmas de se optar por um parto vaginal na primeira gravidez. Os benefícios vão além da melhoria da maturidade dos pulmões do bebê, que ocorre pelo nascimento natural do pequeno. Menor risco de infecção, favorecimento da produção de leite materno e o retorno do útero ao seu tamanho normal mais rapidamente são outros existentes nessa prática, que valem destaque.

Ainda para o bebê, a passagem pelo canal vaginal é importante para tirar todo o líquido que fica dentro do pulmão - que acontece no momento que ele é espremido –, diminuindo as chances de desenvolver complicações respiratórias. Além de possibilitar que o bebê entre em contato com bactérias que ajudam no desenvolvimento imunológico trazendo ainda benefícios para a vida adulta.

Já para a mãe, a não realização de uma cirurgia para possibilita que ela esteja precocemente em contato com seu bebê e se reabilite mais rapidamente sem dores, diferente da cirurgia que traz limitações.

Para poder escolher a realização de parto normal após cesárea prévia, a mulher precisa atender a alguns requisitos:

  • Ter tido apenas uma cicatriz no útero (cesárea tradicional) anterior;
  • A cesariana anterior ter ocorrido pelo bebê estar sentado ou sem ter atingido dilatação total do colo do útero;
  • Ter tido um parto vaginal antes ou depois da cesariana;
  • A mulher ter menos de 40 anos;
  • Entrar em trabalho de parto espontâneo e antes da data prevista;
  • Estar esperando um bebê com menos de 4000g.
No caso das gestações gemelares após cesárea prévia, o Dr. Wagner Hernandez explica que os riscos são iguais às gestações únicas. “Os grandes prejuízos da cesárea aparecem em grandes proles, provocando alta incidência de placenta prévia ou acretismo placentário, com risco de hemorragia e até perda do útero”, orienta.

Após o parto, o especialista recomenda verificar a parede uterina por meio do exame de toque, para checar se realmente não houve ruptura. “Em todos os casos, o mais importante é ser avaliada por um especialista que levará em consideração seu histórico, buscando sempre encontrar a melhor escolha para a gestante e seu bebê”, orienta Hernandez.



Hospital São Luiz
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Saúde da mulher: entenda o que é e como tratar a endometriose, doença que afeta cerca de 7 milhões de brasileiras



A campanha mundial Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama, abre espaço para conscientização da saúde da mulher como um todo


Em meio ao Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama, é importante falar também sobre uma doença que atinge as mulheres e ainda é bastante desconhecida e de difícil diagnóstico, a endometriose. Ela acomete as mulheres em idade reprodutiva e se caracteriza pelo crescimento do endométrio, a camada interna do útero, fora do seu local habitual, levando a uma reação inflamatória crônica. Devido ao refluxo menstrual pelas trompas uterinas, o  endométrio chega a lugares onde não deveria, como: útero, trompas, ovários, ligamentos do útero, superfície do reto, bexiga e diafragma.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 180 milhões de mulheres no mundo sofrem de endometriose. No Brasil a doença afeta de 10% a 15% das mulheres em fase reprodutiva, ou seja, cerca de 7 milhões de brasileiras são acometidas pelo problema que causa fortes dores e pode levar à infertilidade.

Segundo o Dr. Fábio Sakae Kuteken, médico ginecologista especializado em endometriose da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, dentre as diversas formas de manifestação da doença, a endometriose profunda chama atenção pela sua intensa sintomatologia.  “Os sintomas mais comuns são as dores na menstruação, infertilidade, dor na relação sexual e dores contínuas ou intermitentes ao evacuar e urinar. Já a endometriose intestinal, caracterizada pela presença de endométrio à volta das paredes do intestino que dificultam a sua função e causam intensa dor abdominal, é uma das formas mais graves da doença, podendo acometer entre 5,3% a 12% das mulheres portadoras de endometriose, sendo a junção do reto com o sigmoide, a localização intestinal acometida com maior frequência”.

O ginecologista explica ainda que a doença afeta muito a qualidade de vida da mulher, porém, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, ela não é sinônimo de infertilidade. “Embora a endometriose seja conhecida por prejudicar a fertilidade, os mecanismos que levam a essa condição são incertos e provavelmente dependem, em parte, do estágio da doença e geralmente não impossibilita completamente a gravidez. Uma combinação de cirurgia, indução de ovulação com inseminação intrauterina e/ou de reprodução assistida, pode ajudar essas mulheres a engravidarem.”

O tratamento para endometriose pode ser feito com o uso de medicações hormonais, realização de cirurgia ou a com a combinação das duas. Segundo Dr. Fábio, a escolha dos profissionais e um tratamento multidisciplinar podem ser os principais diferenciais no tratamento. “A endometriose profunda é uma doença complexa, principalmente quando acomete outros órgãos além do sistema reprodutivo, ou seja, intestino, bexiga, ureter e diafragma. O tratamento cirúrgico, quando indicado, necessita de um planejamento estratégico minucioso que inclui exames radiológicos precisos, para o mapeamento completo da pelve. O Hospital São Camilo possui equipamentos de ponta e especialistas altamente capacitados para o diagnóstico radiológico, cirúrgico e abordagem cirúrgica multidisciplinar quando necessária, envolvendo no tratamento desde o ginecologista até o coloproctologista, urologista e cirurgião torácico.”

Segundo estudos recentes, a maioria das mulheres leva até 6 anos para chegar ao diagnóstico efetivo da endometriose. Por isso é importante ficar atenta aos primeiros sintomas como cólicas menstruais intensas; dor durante a menstruação;dor durante as relações sexuais; dor difusa ou crônica na região pélvica e sangramento menstrual intenso ou irregular. Além disso, é de extrema importância procurar um médico especialista ao primeiro sinal.




Endocrinologista esclarece os mitos e verdades da diabetes



Dados recém publicados pelo Vigitel  e divulgados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia mostram que o número de pessoas com diagnóstico de diabetes cresceu 60% nos últimas 10 anos no Brasil. Entre os fatores envolvidos com o aumento estão: obesidade, alimentação errada e sedentarismo.

Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e Metabologista formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) afirma que hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes. Para a especialista a informação é a melhor forma de orientar a população e fazer a trocar do medo pela precaução e prevenção. A médica listou alguns dos principais mitos e verdades relacionados com a diabetes.


1-   Comer muito doce causa diabetes Mito
90% dos casos de diabetes é o do tipo 2, não existe só uma causa de diabetes tipo 2. São vários fatores que juntos desencadeiam a doença, e os principais são tendência genética, ganho de peso e vida sedentária.  O ganho de peso ocorre pelo excesso de calorias e lógico que o doce tem muita caloria, mas a pessoa pode nunca comer doce, mas se come pão, arroz, massa ou até coisas saudáveis em excesso e engorda ela tem o risco de desenvolver diabetes. Não é o fato de comer o doce e sim qualquer alimento em excesso, junto com a tendência genética e o sedentarismo. 


2-   Diabetes tem causa genética. Verdade
Já se sabe que há uma influência genética  - ter um parente próximo com a doença aumenta consideravelmente as chances de você ter também.


3-   O Diabetes geralmente não causa sintomas. VERDADE

Nós sabemos ainda que muitos pacientes desconhecem este diagnóstico, por ser na maioria das vezes nas fases iniciais e intermediárias uma doença assintomática. EPIDEMIA SILENCIOSA, o paciente não sabe que tem. 


4-   Todo produto diet é liberado para os diabéticos. MITO
Quando se tem o diagnóstico de Diabetes, a primeira ideia é que devemos usar a partir de então somente produtos dietéticos. Mas para isso é importante analisar se todos são mesmo indicados, até porque nem todos os alimentos diet são sem açúcar. Os alimentos diet se destinam a grupos populacionais com necessidades específicas e significa que o produto é isento de um determinado nutriente. Na maioria dos produtos, os diet são sem açúcar, mas é importante comprovar se o nutriente retirado foi mesmo o açúcar, e não gordura, sódio ou outro componente.


5-   Diabetes Emagrece- MITO

Apenas em fases iniciais graves, em que o pâncreas não esta funcionando e não existe insulina no corpo. Mas normalmente não.  


6-    Estresse pode subir a glicose no diabético- VERDADE

O estresse emocional aumenta o risco de desenvolver diabetes por várias razões. A primeira razão tem causa hormonal: o estresse crônico aumenta o nível do hormônio cortisol, que ocasiona dentre outras coisas o aumento da gordura abdominal e que por sua vez aumenta o risco de diabetes.





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