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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Consulta do Bem dá 4 dicas para prevenção da Hepatite A



Entre os tópicos estão: consumo de água tratada, higiene e vacinação


A Hepatite A é uma doença que continua com alta incidência no mundo, especialmente nos países em desenvolvimento. Mesmo existindo vacina, dados da Organização Mundial da Saúde registram 1,4 milhão de novos casos da doença todos os anos mundialmente. É muito comum que não haja sintomas no início, e, quando os têm, são semelhantes ao de uma virose, como náuseas e vômitos, fraqueza, dor muscular, febre e dor de cabeça. O sintoma clássico da Hepatite A surge apenas após 1 semana: a icterícia, quando a pele e os olhos ganham uma pigmentação amarelada, a urina escurece e fezes adquirem uma cor muito clara. Por isso, o Consulta do Bem, site e aplicativo capaz de solucionar - de maneira rápida, eficiente e digital - os problemas de saúde das pessoas, selecionou quatro dicas essenciais para os brasileiros ficarem atentos e se prevenirem.


1) Beba somente água tratada ou fervida

Causada por um vírus, o HAV (“vírus da Hepatite A”), a Hepatite A é uma doença contagiosa cuja transmissão se dá pela ingestão de água contaminada com as fezes de pessoas doentes. Beber apenas água potável é essencial na prevenção da saúde.


2) Lave frutas e verduras em água corrente e tratada

Como se trata de uma doença contagiosa com transmissão pela via fecal-oral, alimentos contaminados podem transmitir o vírus. Por isso, é muito importante lavar bem legumes e verduras em água corrente e tratada antes de ingeri-los. Também é de bom tom evitar consumir alimentos crus com procedência desconhecida.


3) Lavar sempre as mãos com água e sabão antes das refeições e depois de ir ao banheiro

Manter a higiene é o ponto chave da prevenção contra a Hepatite A. Como é uma doença contagiosa e transmitida pelas fezes de pessoas doentes, lavar as mãos com sabão antes das refeições e depois de ir ao banheiro garante uma proteção a mais para o corpo.


4) Vacine-se

A vacinação é a melhor forma de prevenção contra a doença. A vacina é recomendada em crianças aos 12 e 18 meses de idade e pode ser aplicada em adultos a qualquer momento.

“A prevenção contra a Hepatite A é fundamental. Além de manter a higiene e evitar alimentos crus, a vacina ainda tem o papel principal contra a doença”, explica Marcus Vinicius Gimenes, CEO do Consulta do Bem. 


Diagnóstico e tratamento
 
Para quem suspeita da doença, o diagnóstico é simples: feito por meio de um exame de sangue. Na análise, são considerados dois anticorpos contra o vírus VHA no sangue: o IgM e IgG. O resultado pode variar entre 3 quadros diferentes:

·         IgM negativo e IgG positivo: Infecção antiga e curada;

·         IgM positivo e IgG positivo: Infecção ativa, a caminho da cura;

·         IgM positivo e IgG negativo: infecção ativa e no início.

Com alta possibilidade de cura, o tratamento da doença é baseado em repouso absoluto, hidratação e boa alimentação. Além disso, é essencial abolir totalmente o consumo de álcool durante o período.





Consulta do Bem





Anovulação é uma das principais causas de infertilidade feminina



Conhecida também por anovulação crônica ou síndrome dos ovários policísticos


A anovulação interrompe os ciclos menstruais das mulheres e pode causar problemas como a infertilidade. O ciclo menstrual envolve os hormônios no corpo de uma mulher e os níveis hormonais devem subir e cair em certos momentos para atingir a ovulação, que ocorre quando um ovário libera um óvulo em preparação para a gravidez. Em alguns ciclos menstruais, um óvulo não amadurece e a mulher não ovula, isso é conhecido como anovulação, que pode causar ciclos menstruais irregulares ou a ausência dele. 

A Síndrome dos Ovários Policísticos acomete de 6% a 10% das mulheres que estão na idade fértil (20 a 44 anos). Para se ter uma ideia da importância destes dados, estima-se que no mundo existam cerca de 100 milhões de mulheres com esta doença. No Brasil, se considerarmos os dados do censo IBGE, podem existir 2,5 milhões de mulheres com esta síndrome, cerca de 800 mil delas no estado de São Paulo, 300 mil no estado do Rio de Janeiro, 180 mil no estado do Paraná e 400 mil no estado de Minas Gerais. Estes números são suficientes para entendermos a importância dessa síndrome”, afirma o Dr. Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia).


Visão geral 

Durante a anovulação, os ovários não produzem totalmente óvulos bons e não há ovulação. Isso evita que a menstruação ocorra. Alguns medicamentos, condições e fatores externos que afetam os níveis hormonais podem causar anovulação. Às vezes, uma mulher pode ter um ciclo anovulatório e voltar a um ciclo regular. Outras vezes, é um problema crônico. Quando a anovulação ocorre, uma mulher não pode engravidar. Para as mulheres que completaram a menopausa, isso é bastante normal. Aquelas em idade fértil geralmente não experimentam anovulação, a menos que algo tenha interrompido os níveis hormonais do corpo ou danificado os ovários. 


Sintomas 

As mulheres que ovulam regularmente, geralmente conseguem identificar sinais que ocorrem durante cada ciclo. Eles podem experimentar o seguinte:
  • aumento da quantidade de muco cervical;
  • queda e aumento subsequente da temperatura corporal em repouso no meio do ciclo menstrual (em torno do dia 10-16);
  • períodos que ocorrem regularmente.
Mulheres com períodos muito irregulares ou que não têm sinais de ovulação, podem usar um kit de ovulação sem receita médica. Esses kits medem os níveis de hormônios na urina de uma mulher para determinar quando ela está ovulando. Um médico também pode testar os níveis hormonais de uma mulher ou realizar uma ultrassonografia para visualizar os ovários”, avalia Cambiaghi


Contraceptivos hormonais

Alguns métodos anticoncepcionais contêm hormônios que são projetados para parar a ovulação e prevenir a gravidez. Eles podem incluir formas sintéticas dos hormônios progesterona e estrogênio, e alguns contêm apenas progesterona sintética. 

Esses tipos de métodos de controle de natalidade incluem:
  • pílula anticoncepcional – tomada por via oral diariamente
  • controle de natalidade – aplicado semanalmente a uma parte específica do corpo
  • anel vaginal – colocado dentro da vagina uma vez por mês
  • implante de controle de natalidade – inserido sob a pele do braço, com duração até 3 anos
  • dispositivo intrauterino (DIU) com hormônios – colocado dentro do útero por 3 a 5 anos
  • controle de natalidade – dado como uma injeção no braço a cada 12 semanas.
Essas drogas interferem na capacidade dos ovários de crescerem e liberar um óvulo. Como resultado, a mulher terá ciclos anovulatórios enquanto toma a medicação. É importante notar que alguns DIUs contêm cobre e não hormônios.

 O cobre não causa anovulação. Em vez disso, ele interfere com a capacidade de um esperma para atingir um óvulo”, diz o médico

As pastilhas contêm 21 comprimidos ativos e sete placebos. Uma mulher que toma este tipo de pílula anticoncepcional ainda pode menstruar durante a semana em que toma as pílulas placebo, embora seja mais leve do que a menstruação regular, e não é causada pela ovulação. Outros métodos podem causar manchas ou hemorragias. Cada método de controle de natalidade interrompe a ovulação de forma diferente. As mulheres devem discutir as opções com um profissional de saúde para determinar a melhor escolha. 



Ovário Policístico - Ilustração Invitra


Efeitos adversos das medicações

Os medicamentos de uso para outros fins ainda podem parar a ovulação.
Eles incluem: AINEs (anti-inflamatórios não esteroides)
Os AINEs incluem muitos analgésicos sem receita, como ibuprofeno e naproxeno. Um estudo sugeriu que os AINEs podem causar anovulação após serem tomados por apenas 10 dias. 


Remédios naturais

Algumas ervas contêm substâncias hormonais que podem perturbar a ovulação. Se alguém está tentando engravidar ou não está ovulando regularmente, pode querer discutir quaisquer ervas ou suplementos que está tomando com seu médico. 


Cremes de pele e outros produtos tópicos com hormônios

Alguns produtos contêm estrogênio ou progesterona, que são projetados para combater o envelhecimento ou ajudar Com problemas como síndrome pré-menstrual (PMS). Estes produtos podem ser absorvidos no corpo, causando anovulação ou desequilíbrios hormonais. 


Esteroides

Cambiaghi explica: “Os esteroides são um tipo de hormônio que pode reduzir a inflamação. Eles também podem interferir com os hormônios necessários para a ovulação. A cortisona e a prednisona são tipos comuns de esteroides que são prescritos para uma variedade de doenças, como alergias, lúpus, asma entre outros. Os esteroides tópicos são usados ​​na pele para tratar inflamação e  reações alérgicas. Um artigo nos Anais das Doenças Reumáticas descobriu que metade das mulheres que receberam um tipo de esteroide teve um ciclo menstrual irregular posteriormente


Agilidade ou drogas convulsivas

Esses medicamentos podem interferir com a ovulação e com o ciclo menstrual, de acordo com um artigo no Journal of Human Reproductive Sciences. Alguns medicamentos para a epilepsia também podem causar incapacidades congênitas. Assim, as pessoas que tomam essas drogas devem discutir planos de gravidez com seus médicos. 


Tratamentos de câncer

Quimioterapia, radiação e drogas cancerígenas podem causar problemas permanentes e danos aos ovários. Se alguém está tentando engravidar e não teve sucesso, pode querer discutir seus medicamentos com um médico. Em alguns casos, o médico pode prescrever um medicamento alternativo ou pode considerar um medicamento para incentivar a ovulação. 


Condições de saúde e anovulação 

Existe um maior risco de experimentar anovulação em mulheres que estão estressadas, com baixo peso ou excesso de peso. Pode interferir com o equilíbrio adequado do corpo dos hormônios que são críticos para a ovulação. 

Estas incluem condições que afetam a glândula tireoide, adrenal, hipotálamo e pituitária. Todas estas glândulas desempenham um papel no equilíbrio hormonal delicado que leva à ovulação. A síndrome do ovário policístico (SOP) afeta até 20% das mulheres em idade fértil, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde. As mulheres com essa condição costumam ter mais insulina e testosterona, que podem perturbar o equilíbrio hormonal e levar à anovulação.


Felizmente, essas condições hormonais são muitas vezes tratáveis. Muitas mulheres podem conseguir a ovulação com um tratamento médico adequado. O ganho ou a perda de peso também podem estar intimamente ligados à ovulação, uma vez que o hormônio estrogênio depende de um peso corporal saudável para ficar em níveis normais. Um estudo em reprodução humana descobriu que as mulheres que estavam com baixo peso ou excesso de peso tinham níveis de estrogênio diminuídos, o que pode levar a problemas de anovulação e fertilidade”, conta o especialista.


As mulheres que têm altos níveis de estresse também podem experimentar anovulação devido a níveis de hormônio interrompidos. A anovulação também pode ocorrer com menopausa prematura, também conhecida como insuficiência ovariana prematura. Uma mulher pode ser diagnosticada com isso se ela parar de ovular antes dos 40 anos. A causa da menopausa prematura é muitas vezes desconhecida, embora alguns medicamentos e condições possam causar. 

Algumas mulheres que estão experimentando menopausa precoce podem ser tratadas com medicamentos para estimular a ovulação e alcançar a gravidez. 




Tratamento e perspectivas 

Para muitas mulheres, a anovulação torna-se um problema quando eles querem engravidar, ou eles têm ciclos menstruais irregulares. Porque muitos fatores diferentes influenciam a mulher e os Hormônios no ciclo menstrual, não existe uma única solução para o tratamento da anovulação. Em muitos casos, no entanto, a causa subjacente da anovulação ou a questão que está afetando os níveis hormonais podem ser diagnosticadas e tratadas. O tratamento pode levar à gravidez ou a ciclos menstruais mais regulares, se desejado. Se uma mulher suspeitar que ela não está ovulando, ela deve consultar seu médico para explorar possíveis problemas de saúde e trabalhar para um equilíbrio hormonal saudável”, finaliza o médico.





Arnaldo Schizzi Cambiaghi  - Diretor do Centro de reprodução humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros na área médica como Fertilidade Natural, Grávida Feliz, Obstetra Feliz, Fertilização um ato de amor, e Os Tratamentos de Fertilização e As Religiões, Fertilidade e Alimentação, todos pela Editora LaVida Press e Manual da Gestante, pela Editora Madras. Criou também os sites: www.ipgo.com.br; www.fertilidadedohomem.com.br; www.fertilidadenatural.com.br, onde esclarece dúvidas e passa informações sobre a saúde feminina, especialmente sobre infertilidade. Apresenta seu trabalho em congressos no exterior, o que confere a ele um reconhecimento internacional.




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