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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Kaspersky Lab: Brasil, México e Colômbia lideram incidentes de sequestros digitais na América Latina



Buenos Aires, Argentina – Os ataques do ransomware na América Latina tiveram um aumento anual de 30% entre 2016 e 2017, com 57.512 detecções em 2016 e 24.110 até o momento em 2017, de acordo com dados revelados pela Kaspersky Lab durante a 7ª Cúpula Latino Americana de Analistas de Segurança da empresa, que aconteceu em Buenos Aires, Argentina.

O Brasil lidera a lista de países com maior número de sequestro de dados, com 55% dos ataques relatados, seguido do México com 23,40% e da Colômbia com 5%. Globalmente, os países mais afetados são Turquia com 7,93%, Vietnã, 7,52% e Índia, 7,06%.

"De 2016 até agora, metade do malware detectado na América Latina pertence à categoria de Trojans, com o Trojan-Ransom tendo o crescimento mais rápido", diz Santiago Pontiroli, analista de segurança da Kaspersky Lab, América Latina.

De acordo com dados da Kaspersky Lab, os ataques de ransomware são direcionados principalmente ao setor de saúde, além de pequenas e médias empresas. A maioria desses ataques é por acesso remoto, aproveitando senhas fracas ou serviços incorretamente configurados.

"A ameaça com maior impacto na América Latina entre 2016 e 2017, sem dúvida, foi o sequestro de dados. O aumento do número de ataques direcionados foi notável não só na região, mas também no resto do mundo. Este tipo de golpe tornou-se uma epidemia global que causou milhões de perdas e danos irreparáveis em diferentes indústrias e que, por enquanto, não parece parar", diz o especialista.

Alguns exemplos emblemáticos desses ataques são Petya ou PetrWrap, HDD Cryptor e o já famoso WannaCry, que infectou mais de 200 mil computadores em todo o mundo, dos quais 98% usavam sistemas Windows 7. Na América Latina, a maior propagação de WannaCry foi no México e no Brasil, seguido de Chile, Equador e Colômbia.

"O uso de exploits como EternalBlue e backdoors como o DoublePulsar ajudou o WannaCry a propagar-se automaticamente em redes internas, permitindo que cibercriminosos arrecadarem cerca de US$ 100.000, mas cujos danos superaram esse valor dentro das empresas afetadas" , explica Pontiroli.

Algo parecido aconteceu com o NotPetya um ransomware para fins de sabotagem que afetou principalmente Ucrânia, Rússia e outros países da Europa Oriental, e que foi distribuído por meio de um software legítimo comprometido, bem como sites de notícias ucranianos. Este malware destruiu arquivos sem possibilidade de recuperação e foi propagado dentro de redes internas através de exploits como EternalBlue e EternalRomance.

No More Ransom
A fim de fornecer um recurso útil para as vítimas do resgate, a Polícia Nacional da Holanda, Europol, Intel Security e a Kaspersky Lab lançaram em julho do ano passado a iniciativa "No More Ransom" (www.nomoreransom.org). No site, os usuários podem encontrar informações sobre o que é essa ameaça, como funciona e, mais importante, como se proteger.

Hoje, o "No More Ransom" reúne mais de 100 parceiros de órgãos da lei, setor público e privado. Atualmente está disponível em 14 idiomas e em breve em 12 mais, e evitou perdas por US$ 8,5 milhões.
"Graças a esta iniciativa sem fins lucrativos, mais de 30.000 usuários em todo o mundo decifraram seus dispositivos e conseguiram diminuir, de certa forma, essa ameaça global. Completamos nosso primeiro ano e continuamos a incorporar parceiros em vários países", disse Pontiroli.

Além disso, para ajudar as empresas de todos os tamanhos a combater o ransomware, a Kaspersky Lab desenvolveu o Kaspersky Anti-Ransomware Tool for Business, um software gratuito que oferece segurança complementar para proteger usuários corporativos contra o Ransomware. A ferramenta inclui o componente System Watcher, que detecta atividades suspeitas de ransomware, cria um backup temporário dos arquivos atacados e anula as alterações maliciosas, sem afetar o sistema. Compatível com produtos de segurança de terceiros, o Kaspersky Anti-Ransomware Tool for Business é fácil de instalar e não requer que os usuários corporativos tenham conhecimentos técnicos profundos para configurá-lo e administrá-lo.

Pontiroli adverte que a ameaça do ransomware continuará a aumentar se as medidas de prevenção apropriadas não forem tomadas. A respeito disso, ele enfatizou a necessidade de sempre fazer backup de arquivos, manter o sistema operacional e uma solução anti-malware atualizada; bem como a filtragem de e-mails suspeitos e, além disso, se eles contiverem anexos.




Kaspersky Lab





Percepção e gerenciamento de crises nas empresas




Um belo dia de trabalho – que não parece ser nada diferente de outros –, seu chefe convoca uma reunião extraordinária e explica em detalhes que as vendas estão caindo e que, para reverter o quadro, será preciso um empenho coletivo. Ele afirma, entre outras ações, que será preciso ampliar a percepção para encontrar uma solução estratégica que pode contribuir para a gestão de qualquer tipo de conflito. Nesse momento você pode se perguntar: mas o que é mesmo percepção?

Mesmo que o conceito seja diferente para cada um, a percepção ao que o seu chefe se refere é a intrínseca capacidade de perceber e responder diante de estímulos. O que ele propõe é simplesmente uma reflexão mais aprofundada sobre o ambiente de trabalho, o desempenho individual e coletivo, além dos aspectos externos envolvidos no problema aparente, no caso, a queda das vendas.

O feedback participativo não de um, mas de todos os funcionários e colaboradores da empresa, irá compor o plano de ação mais adequado para reaproximar a equipe de vendas dos clientes e consumidores. Nesse caso, o trabalho em equipe é o motor que cria a oportunidade de compartilhar dúvidas, propor soluções integradas, identificar falhas, gerir conflitos e fortalecer o engajamento com a atividade. E na sua empresa, como a questão da percepção de falhas e acertos é trabalhada?





Alessandra Canuto - especialista em gestão estratégica de conflitos e negociação, facilitação e treinamento para potencializar negócios através do desenvolvimento de pessoas. É sócia e palestrante da AlleaoLado, empresa focada em palestras, treinamentos e consultoria






41% dos inadimplentes têm pouco conhecimento sobre suas contas básicas, revelam SPC Brasil e CNDL



59% também não sabem ao certo os valores de produtos e serviços comprados no crédito que serão pagos no próximo mês. 38% dos inadimplentes vivem fora do padrão de renda


Será que um consumidor com nome inscrito em cadastros de inadimplência tem noção de seus gastos, dívidas e possui algum comportamento adequado de educação financeira? O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) tentou buscar essas respostas através de uma pesquisa nacional e revela que o conhecimento dos rendimentos e das contas entre os inadimplentes não é expressivo para a grande maioria. O levantamento mostra que mais de um quarto dos entrevistados negativados declararam pouco ou nenhum controle de suas finanças: 47% sabem muito pouco ou nada sobre seus rendimentos e 41% sobre as contas básicas.

Além disso, 59% dos inadimplentes têm pouco conhecimento sobre os valores dos produtos e serviços comprados no crédito que seriam pagos no mês seguinte à pesquisa e sobre quais são eles (55%). O número de parcelas das compras feitas no crédito também é bastante desconhecido: 40% dos inadimplentes sabem muito pouco ou nada a respeito.

“As contas básicas são justamente os gastos fixos, compromissos mensais e com valores normalmente pré-definidos como contas de água e luz, telefone, plano de saúde, aluguel, condomínio, parcelas do carro e escola dos filhos. Esses tipos de gastos são muito sensíveis a uma redução de receita, ocasionada, por exemplo, por uma situação de desemprego ou por outro imprevisto ― já que as despesas vão continuar existindo, mas não haverá caixa para supri-las”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Dessa forma, é extremamente importante que o consumidor tenha controle sobre suas próprias contas e conheça o tamanho do próprio bolso”, pondera.

Assim, a pesquisa revela que uma consequência de negligenciar o conhecimento de seus próprios rendimentos e contas é o fato de 35% dos inadimplentes nunca ou na minoria das vezes conseguirem fechar o mês com todas as contas pagas, sem se endividar.

Por outro lado, a compra de alimentos, produtos de higiene e limpeza (31%), seguido por pagar no prazo as contas básicas mensais (24%) e pagar as contas em atraso que geraram a negativação do nome do entrevistado (20%) são as prioridades de pagamento deste público.


38% dos inadimplentes vivem fora do padrão de renda

A pesquisa do SPC Brasil e da CNDL investiga a fundo alguns padrões de comportamento financeiro dos inadimplentes e revela também que 38% vivem fora do padrão de renda, comprando além do que podem pagar e somente 23% conseguem juntar dinheiro na medida que desejam. Outros três em cada dez (29%) não se preocupam muito com o futuro e por isso compram sem pensar, 29% não planejam as compras e 23% não pesquisam todos os preços.

“O ideal é que o consumidor consiga poupar pelo menos seis vezes o valor de suas despesas básicas. Dessa forma, consegue manter o padrão de vida por seis meses em situações de emergência como desemprego ou problemas de saúde”, orienta Marcela Kawauti

Porém nem tudo está perdido: 64% fazem planejamento financeiro mensal e sabem quanto têm para gastar no orçamento, 38% guardam dinheiro pensando no futuro e 30% têm reservas para a realização de algum sonho futuro, seja ele ter um carro, casa própria ou fazer uma viagem.

A grande maioria também considera ter o nome limpo um bem precioso (85%). Já 83% consideram importante administrar o próprio dinheiro, 79% que honrar compromissos financeiros vem sempre em primeiro lugar, 78% acreditam que o controle das finanças pessoais é necessário para se sentirem bem e 74% se preocupam com o volume de compromissos financeiros que possuem.


Bares e restaurantes: 35% já perderam a noção dos gastos

De acordo com o levantamento, na média, 38% dos inadimplentes têm comportamentos impulsivos e não controlados com relação ao consumo, dado que não apresentou variação significativa de 2017 para 2016. Esta média é o resultado do percentual em que os inadimplentes concordam com algumas afirmativas, entre elas:
 
- 58% gastam consigo mesmos por considerarem que merecem;
 
- 44% costumam fazer compras para comemorar coisas boas;

- desejos quando querem muito comprar algo;

- 35% gastam mais dinheiro do que podem para aproveitar a vida;

- 35% às vezes compram algo não planejado para se valorizar e sentirem melhor quando não estão bem;

- 32% às vezes deixam de honrar compromissos para comprar algo que desejam muito;

- 31% gastam mais dinheiro do que podem para se sentirem bonitos;

- 22% compram algumas coisas para impressionar terceiros.

Esta necessidade de constantemente se satisfazer possivelmente explica o motivo de 46% gastarem sem perceber, 35% às vezes perderem a noção em saídas para bares e restaurantes e extrapolarem o orçamento, 39% terem o costume de comprar mais do que o planejado, 37% não conseguirem controlar seus gastos e 35% não terem uma atitude proativa, demorando para realizar mudanças favoráveis ao controle financeiro, como cancelar pacotes de serviços ou assinatura, por exemplo. Outra possível razão para um consumo não planejado também pode ser a influência dos círculos familiares e de amizade: 39% declararam que se sentem pressionado(a) a gastar mais dinheiro quando estão com amigos e família.

A consequência não poderia ser diferente: 37% dos inadimplentes são vistos como pessoas que compram demais pelos conhecidos. Além disso, 28% dos inadimplentes já esconderam compras para evitar brigas dentro de casa e 33% têm brigas frequentes com pais ou o cônjuge pela forma com que gastam seu dinheiro.

O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, alerta para que os consumidores tenham plena consciência e controlem o valor total de seus gastos. “O absoluto conhecimento das contas permite que ele saiba frear o consumo não planejado e por impulso, administre novos gastos, saiba onde precisa cortar nas despesas, além de possibilitar a adequação do orçamento à realidade financeira”, explica Vignoli.


Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL no âmbito do ‘Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo’ em parceria com o Sebrae. Foram ouvidos, pessoalmente, 600 consumidores com contas em atraso há pelo menos 90 dias, de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país A margem de erro dessa amostra é de no máximo 4,0 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.










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