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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Vigorexia: A obsessão pelo corpo perfeito




Entenda como um psicólogo pode ajudar você a ter um belo corpo e uma alma contente
 
O verão chegou e trouxe consigo praias e clubes de piscinas lotados. A estação mais quente do ano é também marcada pela maior procura nas academias por pessoas em busca do corpo perfeito. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a prática de exercícios deve ser feita com cautela, sem dispensar o acompanhamento profissional. Muitos que decidem praticar exercícios físicos por conta própria podem comprometer seriamente sua saúde. O que muitas pessoas desconhecem é que o acompanhamento de um psicólogo pode ajudar muito a essas pessoas, porque aqueles que buscam incessantemente pelo corpo perfeito podem recorrer a exageros que comprometem seriamente seu corpo e sua mente.
 
A psicóloga Carla Ribeiro explica que Vigorexia, mais conhecida como Transtorno Dismórfico Muscular ou Síndrome de Adonis, é o nome dado ao excesso no culto ao corpo, que pode causar muitos danos ao indivíduo psicologicamente. “Esse transtorno é caracterizado pelo indivíduo que pratica exercícios físicos exageradamente e apresenta uma obsessão por sua aparência física. O paciente que apresenta Vigorexia não percebe os avanços do seu corpo e nunca está satisfeito com sua aparência. Para essas pessoas, o resultado da malhação nunca está bom o suficiente”, afirma.

De acordo com a especialista, o Vigoréxico desenvolve sintomas obsessivos compulsivos. “O paciente se exercita excessivamente e passa a adotar uma dieta muito restritiva, em uma busca eterna pela aparência perfeita. Quanto mais o paciente se exercita, mais ele fica insatisfeito. A imagem de si mesma quase nunca condiz com a realidade. Os principais sintomas da Vigorexia são dores musculares, excesso de cansaço, fome, irritabilidade excessiva e principalmente, a ansiedade”, diz.

Carla explica ainda, que a pessoa que possui esse transtorno pode sentir grandes efeitos nocivos com o passar do tempo. “A longo prazo o Vigoréxico pode sentir sérios danos à sua saúde, como insuficiência renal ou hepática, problemas de circulação sanguínea e até mesmo, depressão. Além disso, grande parte das pessoas que apresentam esse Transtorno, recorrem ao uso de esteroides e anabolizantes, que podem ocasionar problemas ainda mais graves, como câncer de próstata e doenças cardiovasculares”, esclarece.

Segundo a psicóloga, é muito raro pessoas que apresentem Vigorexia buscarem ajuda, pois em um primeiro momento, elas não têm consciência da própria compulsão. “Através do tratamento psicológico, o indivíduo desenvolve a auto aceitação e passa a conhecer mais sobre si mesmo, desenvolvendo um maior controle dos pensamentos obsessivos pela mudança corporal. Além disso, é fundamental que o uso de esteroides e anabolizantes seja imediatamente cessado, para que a saúde não seja ainda mais prejudicada”, finaliza.



Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica e Hospitalar voltada para Saúde do Homem
caribeiro.psi@gmail.com
www.facebook.com/psicologacarlaribeiroRJ

Você sabe lidar com as mudanças (positivas e negativas) da vida?




Mudanças fazem parte essencial da vida. A natureza tem seu ciclo anual de mudanças com as diferentes estações. Podemos até afirmar: tudo muda, nada permanece igual. Até nosso próprio corpo está sempre em modificação. A matéria que o constitui muda constantemente. 

Algumas mudanças têm um impacto significativo em nossas vidas. Há as desejadas, como um casamento, uma nova casa, um novo emprego, um novo companheiro, entrar na faculdade, esperar um filho... Nessas situações, temos uma sensação de ganho e damos as boas vindas, nos sentimos bem, muito embora, às vezes, elas nos apresentem situações difíceis e desafiadoras. 

Outras mudanças, porém, não são desejadas nem planejadas, como uma doença, uma separação, a morte de alguém querido ou a perda do emprego. Aí temos uma sensação de perda que pode nos afetar de maneira muito acentuada, nos entristecendo e até deprimindo. Em alguns momentos, nos sentimos sem chão, como se todas as referências que nos davam segurança e direção desaparecessem. Este é um momento delicado que merece nossa atenção.

Virgínia Satir, terapeuta americana e mãe da terapia familiar, desenvolveu um modelo muito interessante e prático, com 6 passos que resumem como o processo de mudança acontece.


1º passo: Segundo Virginia, vivemos em determinado Status Quo, ou seja, uma situação de vida onde trabalhamos em um local, temos ou não uma determinada família, moramos num bairro, levamos a vida de certa maneira. 

2º passo: Surge, então, o chamado Novo Elemento, desejado ou indesejado, que chacoalha o Status Quo. Esse Novo Elemento pode ser qualquer uma das mudanças que falamos anteriormente, algo que chega e muda tudo.

3º passo: Essa chacoalhada na vida nos leva ao que Virginia chamou de Caos. O mundo não é mais o mesmo e isso nos leva a uma sensação de incerteza, porque, de fato, não sabemos o que vai acontecer ou para aonde vamos. Pode ser um alívio saber que não enlouquecemos, é apenas uma fase de Caos, que também vai passar. Nas grandes perdas da vida, pode ser o momento de luto, da dor. Muitas vezes, o Caos traz sensações físicas de ansiedade e tensão. É importante saber que isso faz parte da experiência humana para que possamos acolher os novos aprendizados que dela decorrem.


4º passo: O Ciclo de Mudança não termina no Caos. Depois vem o Ponto de Escolha. Esse é um momento interessante, no qual temos a opção de voltar a um padrão anterior ou tomar uma nova direção. 


5º passo: Em seguida, vem outra fase importante, a dos Novos Aprendizados e Práticas, ou seja, do nosso comprometimento em adotar hábitos a partir dos novos aprendizados. Aqui cabe ressaltar a importância de nos cercarmos de recursos que nos mantenham no caminho da opção que tivemos. Esses recursos podem ser um terapeuta, um coach ou até amigos, esporte, meditação, cuidado na alimentação... 

É fundamental ter em mente que, se não adquirimos novos hábitos na vida, dificilmente a mudança positiva se estabelecerá. Como dizia a citação atribuída a Einstein: “Que loucura é esperar um resultado diferente fazendo a mesma coisa”.  

6º passo: Ao fim desse processo, chegamos a um Novo Status Quo, que certamente será chacoalhado por um Novo Elemento, mais cedo ou mais tarde.
Quando passamos por uma mudança, como uma perda, isso pode ser devastador, pois ficamos debilitados. É bom lembrar que essa é uma fase de Caos, que por mais terrível que seja, vai passar. Mas, mesmo no Caos, podemos fazer algumas escolhas, trazer novas práticas e recursos para nossas vidas, que nos ajudem a atravessar um período delicado, incerto e doloroso. 

Um acompanhamento terapêutico, um guia espiritual, uma caminhada na natureza, uma viagem, um amigo, uma massagem. Recursos são tudo o que nos favorece no caminho do nosso fortalecimento e nos energiza. 

Entre os afazeres e as urgências da vida, é importante considerar o que realmente é essencial para a manutenção da vida e do entusiasmo, lembrando que, às vezes, pequenas ações promovem grandes resultados.






Ana Guitián Ruiz - Coach, representante no Brasil do Instituto Virgínia Satir da Alemanha (www.virginiasatir.de) e uma das organizadoras da Formação no Modelo de Validação Humana Virginia Satir (www.virginiasatir.com.br).





Pessoas felizes vivem mais tempo



Mastologista explica a relação do bem-estar físico e emocional com um menor índice de doenças


Há anos, cientistas de várias partes do mundo vêm realizando pesquisas sobre a relação da felicidade com a saúde. Já existe uma série de estudos que comprovam a influência do bem-estar emocional com a longevidade. “Pessoas felizes vivem mais tempo”, diz o mastologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Rubens Prudencio.

Para ele o papel do médico cada vez mais é, além de cuidar do corpo, cuidar da mente. “Estar sob estresse, ansiedade ou tristeza significa afetar o sistema imunológico, tornando o indivíduo propenso a doenças”, explica o mastologista. Por isso, é importante saber lidar com os descontentamentos e manter uma atitude positiva diante da vida. Segundo o pai da psicanálise, Freud, somos movidos pela busca da felicidade.

Práticas que promovem o bem-estar, como yoga, reike, shiatsu, dança, entre outras atividades são aconselhadas como complemento aos cuidados da saúde. A senhora Dedita Fernandes da Silva, de 74 anos, que convive com a fibromialgia (fortes dores musculares por todo o corpo) afirma que as crises se intensificam quando passa por momentos de tristeza. “Quando estou feliz, tenho menos dores, então aprendi a ser mais positiva. Eu sempre agradeço tudo o que tenho e procuro ter contato com a natureza. Passeio no parque, faço exercícios, alongamento e, ainda, estou estudando informática”, conta Dedita.

Conforme o mastologista Dr. Rubens, procurar entretenimento é fundamental para fugir do estresse do dia a dia e cultivar uma vida mais saudável. “Há várias evidências de que essa rotina atribulada das grandes cidades provoca maiores índices de pressão alta e de doenças coronarianas, assim como renais, gástricas, imunológicas, e até mesmo uma menor resposta à vacinação”, complementa.

Em mulheres, um dos principais contratempos do estresse é diminuir a probabilidade de gravidez. “Os hormônios femininos são bem afetados sob fortes emoções. Na época da guerra, há muitos casos de mulheres de soldados que pararam de menstruar até seus maridos voltarem para casa”, exemplifica o profissional.

Ainda de acordo com ele, a competitividade da vida urbana é um dos principais responsáveis por vermos pessoas cada vez mais jovens sofrendo por estresse e com problemas de saúde. “Precisamos desacelerar um pouco e pensarmos mais em nós. De nada adianta comprometermos nossa saúde mental em busca de sermos vencedores, se prejudicaremos nosso bem-estar e encurtaremos nossa longevidade", finaliza. 





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