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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Muito mais do que quilos, uma questão de saúde!



Influenciadores digitais contam como encararam a obesidade e melhoraram a qualidade de vida e saúde


Muitas pessoas se preocupam com os quilos em função de motivos como estética. Pouco se fala sobre o que realmente importa quando o assunto é excesso de peso: que ele pode estar associado a outras tantas doenças, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, apneia do sono e até mesmo certos tipos de câncer[i]-[ii]. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade (56,9%) dos brasileiros está acima do peso – destes, 20,8% com obesidade[iii], e os números continuam crescendo assustadoramente.

Por isso, com o objetivo de chamar atenção às questões relacionadas à obesidade e aos impactos na saúde, foi criada a campanha “Obesidade é o que você não vê”, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade), em parceria com a farmacêutica Novo Nordisk. De acordo com a Dra. Cintia Cercato, endocrinologista e presidente da entidade, a conscientização é fundamental para combater o problema. “Essa é uma campanha de promoção à saúde. É preciso que as pessoas passem a enxergar a obesidade como uma doença e não como uma escolha individual. A ideia não é promover nenhum padrão estético, e sim conscientizar de que uma perda de peso de 5 a 10% em pessoas com obesidade traz benefícios expressivos à saúde, incluindo melhoras dos níveis de glicemia sanguínea, da pressão arterial, dos níveis de colesterol e da apneia obstrutiva do sono e da qualidade de vida relacionada à saúde ”, explica.

A obesidade é uma doença crônica, muitas vezes relacionada a fatores genéticos que fazem com que a perda de peso se torne um desafio muito difícil de ser superado por algumas pessoas. Além disso, os aspectos psicológicos devem sempre ser considerados – como a autoestima que muitas vezes é abalada –; afinal, não é fácil mudar de hábitos de um dia para o outro. Como embaixadores, a campanha conta com três influenciadores digitais que buscaram por hábitos saudáveis para ter mais qualidade de vida. Confira os depoimentos:

Jorge Bentes – Blog Cansei de Ser Gordo
O carioca Jorge Bentes, que chegou a pesar 150 kg, ficou famoso na internet ao narrar no blog Cansei de Ser gordo como conseguiu emagrecer 80 kg em um ano de forma saudável. O jornalista conta que decidiu emagrecer quando percebeu que não conseguia mais caminhar no parque. “Eu tinha apenas 31 anos e sofria com muitas dores, foi aí que eu percebi que tinha que mudar”.
Depois de um ano de mudança de hábitos e prática de atividades físicas, Jorge conseguiu perder 80 kg e mantém o mesmo peso há três anos. “Foi difícil encarar a obesidade, mas foi um renascimento para mim. Minha vida profissional mudou, o relacionamento com as pessoas mudou, eu descobri coisas que eu não sabia que gostava de fazer, o mundo passou a me enxergar de outra forma”. Apesar de ter perdido uma grande quantidade de peso em apenas um ano, o embaixador afirma que não foi fácil superar os obstáculos que surgiram com a mudança de vida. “Para mim, o mais difícil foi a dor física, superar a fome compulsiva.  Precisei fazer terapia para aprender a me controlar e enfrentar a academia, mas com foco é possível chegar lá”.


Jéssica Borges – Blog Femme Fatale
A gaúcha Jéssica Lopes também precisou de muita dedicação para perder os 20 kg que a prejudicavam. “Eu encontrei o equilíbrio em uma reeducação alimentar e deixei o sedentarismo praticando exercícios físicos”. Com histórico de doenças cardíacas e diabetes na família, a embaixadora percebeu que precisava mudar seu estilo de vida para não colocar sua saúde em risco. “Quando eu atingi os 110 kg, senti que precisava mudar. Eu sempre fui gordinha e a obesidade é algo genético para mim. Por isso, foi preciso muita paciência para chegar aos 90 kg, mas dando um passo de cada vez, eu consegui”. Hoje, o blog Femme Fatale, a ajuda a influenciar de forma positiva e incentivar muitas mulheres.

  
Camila Pires – Blog Pensando Magro
A influenciadora digital Camila Pires, 26 anos, criou o blog em 2011 com o objetivo de manter-se focada na perda de peso e compartilhar o aprendizado que ganhou com as pessoas que estavam na mesma situação que ela. “Sempre fui gordinha e a luta contra a balança sempre foi um problema na minha vida, mas entre 2009 e 2010 deixei de ser gordinha e virei obesa. Foi aí que eu percebi que tinha que mudar e parar de me sentir mal com meu corpo. Quando eu resolvi entrar na academia, já estava pesando 85 kg”. Ela ainda conta como conseguiu mudar seus hábitos: “Decidi parar com as dietas malucas, focar na academia e me reeducar totalmente quanto ao que eu comia. A mudança foi muito difícil, mas desde que comecei minha jornada para perder peso, consegui eliminar mais de 20 kg e aprendi a gostar de mim mesma como nunca havia gostado antes”.


Para saber mais sobre a campanha, acesse www.saudenaosepesa.com.br. Na plataforma também é possível calcular o IMC e tirar dúvidas sobre a obesidade. 







[i] Guh DP, Zhang W, Bansback N, et al. The incidence of co-morbidities related to obesity and overweight: a systematic review and meta-analysis. BMC Public Health. 2009; 9:88
[ii] Bhaskaran K, Douglas I, Forbes H, et al. Body-mass index and risk of 22 specific cancers: a population-based cohort study of 5.24 million UK adults. Lancet. 2014; 384:755-765.
[iii] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa nacional de saúde (PNS) : 2013 : ciclos de vida : Brasil e grandes regiões / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro; 2015.




Estudo liga obesidade infantil na idade de 9-11 anos ao diabetes gestacional



O diabetes gestacional pode também influenciar a genética fetal, de forma a influenciar a expressão de genes que dirigem o acúmulo de gordura corporal ou do metabolismo relacionado


Nova pesquisa publicada no Diabetologia (revista da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes [EASD]) mostra um aumento do risco de obesidade na infância na idade de 9-11 anos quando a mãe teve diabetes gestacional durante a gravidez.

“A obesidade infantil aumentou dramaticamente, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos países em desenvolvimento. Os fatores ambientais pré-natais, perinatais e pós-natais têm impacto direto sobre a  obesidade infantil. Alguns estudos descobriram que a exposição intrauterina ao diabetes mellitus gestacional (DMG) coloca os descendentes em risco aumentado de resultados adversos de longo prazo, incluindo a obesidade”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Esta nova análise é baseada no The International Study of Childhood Obesity, Lifestyle and the Environment (ISCOLE), um estudo transversal multinacional realizado em centros urbanos e suburbanos em 12 países. O estudo incluía dados de 7.372 crianças, após a exclusão de crianças com dados incompletos, restaram 4.740 crianças. Cada um dos 12 países contou com os seguintes números de crianças com idades entre 9-11 anos: Austrália: 386/ Brasil: 354/ Canadá: 443/ China: 413/ Colômbia: 700/ Finlândia: 401/  Índia: 414/ Quênia: 289/ Portugal: 533/ África do Sul: 120/  Reino Unido: 324 e EUA: 363.

O diabetes gestacional foi diagnosticado de acordo com os critérios do American Diabetes Association (ADA) ou da OMS. Altura e circunferência da cintura foram medidas, usando métodos padronizados. O peso e a gordura do corpo foram medidos utilizando um analisador de composição corporal portátil.

A prevalência de diabetes gestacional relatada foi de 4,3%. A prevalência global de obesidade infantil, obesidade central e gordura corporal elevada foram de 12,3%, 9,9% e 8,1%, respectivamente. Os autores, em seguida, usaram um modelo de computador ajustado para vários fatores (idade materna no parto, educação, modo de alimentação infantil, idade gestacional, número de irmãos mais novos, pontuações insalubres da dieta padrão da criança, atividade física de moderada a vigorosa, tempo de sono, tempo de sedentarismo, sexo e peso ao nascer).

“O risco aumentado para as crianças de mães com diabetes gestacional em comparação com mães que não tinham diabetes gestacional foi de 53% para obesidade, 73% para  obesidade central, 42% para  gordura corporal elevada. A associação positiva ainda é significativa para  obesidade central (risco 54% maior) após ajuste adicional para o IMC materno atual, mas não foi mais significativa para a obesidade e para a gordura corporal elevada”, destaca o médico.

Os autores afirmam que: "os mecanismos pelos quais a exposição ao diabetes no útero aumentam o risco de obesidade dos descendentes não são completamente compreendidos. A exposição ao diabetes materno está associada com excesso de crescimento fetal intrauterino, possivelmente,  devido a um aumento da massa e da gordura fetal e das alterações nos níveis hormonais fetais”. Além disso, a exposição ao diabetes materno e aos níveis mais elevados de açúcar no sangue produz o aumento da insulina e da leptina na prole. O diabetes gestacional pode também influenciar a genética fetal, de forma a influenciar a expressão de genes que dirigem a acumulação de gordura corporal ou do metabolismo relacionado.

“O estudo é o primeiro a avaliar a associação entre o diabetes gestacional e a obesidade infantil usando esses dados difundidos e multinacionais. O diabetes gestacional é associado a um aumento do risco de obesidade infantil entre as crianças com idades entre 9-11 anos de 12 países, mas esta associação não era totalmente independente do IMC materno”, observa o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.




Moises Chencinski


Atriz Suzy Rêgo apoia campanha de combate ao câncer de ovário



Campanha estrelada pela atriz tem o objetivo de arrecadar fundos para uma nova sede da organização  


A atriz Suzy Rêgo aceitou o convite para ser a madrinha da ONG Associação de Combate ao Câncer de Ovário (ACCO). 

O gesto sublime da artista tem o intuito de ajudar a organização a divulgar a campanha de financiamento coletivo que foi lançada esta semana na plataforma de crowdfunding Catarse.

O valor angariado será usado na locação de um escritório ou uma casa para a ONG, durante 12 meses. Descontados o valor das recompensas aos apoiadores e a verba da utilização da plataforma Catarse, tudo será investido neste propósito.

A ACCO espera arrecadar, em 60 dias, ao menos R$ 20 mil, e estabelecer, portanto, uma sede em 2017 que proporcione ampliar a sua atuação, desenvolver novos projetos de conscientização sobre a doença, e oferecer atividades complementares gratuitas para pacientes de câncer de ovário no estado na cidade de São Paulo.

Para Suzy, que gravou depoimento (nas redes sociais) e fotografou pela causa, o sentimento que resume o seu apoio é a gratidão. “Eu agradeço a toda boa informação, conscientização, orientação, ação e solução. Compartilhar tudo isso é a minha retribuição", explica. 

Interessados em colaborar com a campanha podem escolher por contribuir com cotas a partir de R$ 20,00. Basta acessar www.catarse.me/accodecasanova e apoiar a cota correspondente. A contribuição pode ser feita via boleto bancário ou por cartões de todas as bandeiras. 

A ONG lembra ainda que outra forma de contribuir, mas sem os valores, é compartilhar o link da campanha e os vídeos que estão em sua página no endereço Facebook.com/combateaocancerdeovario


Foto: Lili Ferraz


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