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terça-feira, 18 de abril de 2023

Número de acidentes no trabalho e doenças ocupacionais aumentou no País e precisa servir de alerta para as empresas, governos e sociedade civil

Em alusão ao Movimento Abril Verde, que busca conscientizar a população sobre a importância da saúde e segurança no trabalho, entidade reforça seu papel norteando o setor para garantir serviços de qualidade, com eficiência e comprometimento


         Investir em saúde e segurança no trabalho é urgente!

         Foram notificados 612.900 em 2022 no Brasil, e 2.500 trabalhadores foram a óbito em decorrência desses acidentes, um aumento de 7% em relação a 2021, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho, e diversos órgãos do governo federal.

         Ainda de acordo com o Observatório, foram 392 mil notificações, obrigatórias no atendimento do SUS a trabalhadores acidentados.

         Os dados refletem apenas os números do INSS, vinculados a empregados formais, que contribuem com a previdência social. Foram mais de 148 mil concessões de benefícios previdenciários para acidentados e 6.500 concessões de aposentadoria por invalidez.

         Só a cidade de São Paulo registrou, em 2022, mais de 51 mil notificações de acidentes. O Rio de Janeiro vem na sequência, com mais de 18 mil e Belo Horizonte, com 11 mil acidentes.

Quanto ao adoecimento no trabalho, o número de afastamentos causados por doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo, inclusive LER-DORT (Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho, respectivamente) sofreu um aumento de 192% (de 16.211 para 31.167 casos) em 2021, última aferição.

Já o total de auxílios-doença concedidos no período por depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não-acidentários) se mantiveram em níveis elevados, na média de concessões dos últimos cinco anos anteriores à pandemia da covid-19 (com cerca de 200 mil concessões).

O Abril Verde e o papel das empresas de saúde, governos e trabalhadores

O Abril Verde é uma campanha que tem como objetivo promover a conscientização sobre a saúde e segurança no trabalho, especialmente no que diz respeito aos acidentes e doenças ocupacionais. A campanha é realizada durante todo o mês de abril e tem como foco a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Segundo o médico e gestor em saúde Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde, empresas especializadas em SST, governos, sociedade civil e trabalhadores brasileiros desempenham um papel importante na promoção da saúde e segurança no trabalho. “As empresas de saúde têm a responsabilidade de oferecer um ambiente de trabalho seguro e saudável para seus funcionários, além de fornecer equipamentos de proteção individual adequados e treinamento para prevenir acidentes e doenças ocupacionais”.

Ele afirma que os governos têm um papel fundamental na elaboração de leis e regulamentações que visam a proteção da saúde e segurança dos trabalhadores. “Além disso, os governos podem promover campanhas de conscientização e fornecer recursos para a implementação de programas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais”.

A sociedade civil também tem um papel importante na promoção da saúde e segurança no trabalho. “Organizações não governamentais podem realizar campanhas de conscientização e fornecer treinamento para os trabalhadores sobre a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais”.

Por fim, complementa o médico, “os trabalhadores brasileiros têm um papel fundamental na promoção da saúde e segurança no trabalho. Eles devem estar cientes dos riscos associados às suas atividades e seguir as normas de segurança estabelecidas pelas empresas e governos. Além disso, os trabalhadores devem relatar quaisquer incidentes ou condições inseguras no local de trabalho para seus superiores”.

Empresas de saúde e segurança no trabalho desempenham um papel fundamental na proteção dos trabalhadores e no bem-estar das empresas e do país como um todo:

 

·         Porque oferecem proteção aos trabalhadores – empresas de saúde e segurança no trabalho ajudam a garantir que os trabalhadores estejam seguros e saudáveis enquanto realizam suas atividades. Isso inclui a implementação de medidas de prevenção de acidentes, treinamentos sobre segurança no trabalho, e programas de saúde ocupacional que visam a promoção da saúde física e mental dos trabalhadores;

·         Porque ajudam a reduzir os custos das empresas – ao investir em saúde e segurança no trabalho, as empresas podem reduzir os custos associados a acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, empresas com ambientes de trabalho seguros e saudáveis tendem a ter menos absenteísmo, rotatividade de funcionários, e demandas judiciais;

·         Porque impactam no aumento da produtividade – trabalhadores saudáveis e seguros são mais produtivos. Empresas de saúde e segurança no trabalho podem ajudar a identificar e eliminar os fatores que afetam a produtividade dos trabalhadores, tais como condições de trabalho inadequadas, falta de treinamento e problemas de saúde;

·         Porque auxiliam no cumprimento das leis e normas regulatórias - as empresas de saúde e segurança no trabalho ajudam as empresas a cumprirem as leis e normas regulatórias que regem a segurança no trabalho. O não cumprimento dessas leis e normas pode resultar em multas, sanções e até mesmo ações judiciais;

·         Porque contribuem para a economia - empresas de saúde e segurança no trabalho também contribuem para a economia como um todo, ajudando a prevenir os custos associados a acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e perda de produtividade. Além disso, ao ajudar as empresas a cumprir as normas regulatórias, elas contribuem com um ambiente de negócios seguro e justo para todos.

“Em resumo, empresas de saúde e segurança no trabalho representadas pela ABRESST - mais de 110 associados que cuidam de 4 milhões de vidas, desempenham um papel fundamental na proteção dos trabalhadores, no sucesso das empresas e na saúde econômica do País”, conclui Ricardo Pacheco.

  

ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho


Infecção urinária representa 40% das infecções bacterianas em mulheres

 Freepik
A doença é mais comum entre o público feminino e tem grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Reconhecer os sintomas é um dos pontos mais importantes para o tratamento 

A infecção urinária é uma das doenças mais comuns no mundo todo e afeta, principalmente, as mulheres, representando cerca de 40% das infecções bacterianas neste grupo. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para evitar complicações e garantir uma boa qualidade de vida aos pacientes. Além disso, recentemente, novas pesquisas têm surgido com a intenção de entender melhor a doença e encontrar novas formas de prevenção e tratamento. 

De acordo com um estudo publicado, em 2021, na revista científica The Lancet, a resistência a antibióticos tem se tornado um problema crescente no tratamento de infecções urinárias. O estudo destaca a necessidade de novas estratégias de prevenção e de tratamento para combater a resistência bacteriana. 

Segundo Helen Siqueira, nefrologista do Hospital Anchieta (Taguatinga-DF), do grupo Kora Saúde, "a infecção urinária é uma condição que pode ter um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes, e é importante que as pessoas saibam reconhecer os sintomas e buscar tratamento o mais rápido possível".

 

Diagnóstico e prevenção 

A infecção urinária pode afetar qualquer parte do sistema urinário, incluindo a bexiga, a uretra, os rins e os ureteres. Os sintomas variam de acordo com a área afetada, mas os mais comuns incluem: dor ou ardência ao urinar; aumento da frequência urinária; sensação de queimação ou pressão na região da bexiga; urina turva, com odor forte ou com sangue; dor na região inferior do abdômen ou na região lombar; e febre baixa em casos mais graves. 

“É importante lembrar que os sintomas podem variar de intensidade e que algumas pessoas podem não apresentar todos os indícios. Além disso, em casos mais graves ou em pessoas com o sistema imunológico comprometido, a infecção urinária pode evoluir para complicações como pielonefrite (infecção renal) ou sepse. Se você suspeita que está com infecção urinária, é importante buscar atendimento médico para avaliação e tratamento adequados”, alerta a nefrologista. 

Além disso, Siqueira enfatiza a importância de hábitos saudáveis para prevenir infecções urinárias, como manter uma boa higiene íntima, beber bastante água, urinar após relações sexuais e evitar o uso excessivo de antibióticos sem prescrição médica. “Com o aumento da conscientização e das pesquisas sobre a infecção urinária, é possível que, em breve, novas formas de prevenção e tratamento surjam, beneficiando milhões de pessoas em todo o mundo”, conclui a especialista.
 



Hospital Anchieta - Taguatinga
Kora Saúde
 

Como evitar o burnout entre os funcionários?

IPq - USP (Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo), aponta que 18% dos profissionais, 1 a cada 5, sofrem com a síndrome do burnout. 

 

O local de trabalho para muitos funcionários é o estabelecimento em que mais passam o tempo do dia, para muitas pessoas isso pode ser sinônimo de coisas ruins pelas inúmeras pendências a serem resolvidas, gerando raiva e frustração. 

Esse esgotamento físico e psicológico pode ser compreendido como Síndrome de Burnout, marcado por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultantes de situações de trabalho desgastantes que demandam muitas funções, afazeres e tensões. O burnout, de acordo com a OMS, está ligado diretamente com as condições de trabalho, não sendo relacionado a outros tipos de cansaço. 

Uma pesquisa da empresa Gattaz Health & Results, liderada pelo psiquiatra Wagner Gattaz do IPq – USP (Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo), aponta que 18% dos profissionais, 1 a cada 5, sofrem com a síndrome do burnout.

“Já passou da hora de comentar sobre a saúde mental dos funcionários. Para muitos, esse tópico era motivo de piadas e deixado de lado, o que resultava em colaboradores frustrados, sobrecarregados e insatisfeitos com o ambiente de trabalho. Infelizmente, a burnout teve uma crescente muito grande nos últimos anos. Em muitas empresas é possível observar um funcionário realizando funções que só seria possível em um grupo de 3 ou 4 pessoas. Precisamos entender que essa síndrome não está ligada a apenas algo físico mas pode interferir na autoestima do integrante do seu time, pois se uma das inúmeras atividades não é realizada ele se sente incapaz, acreditando que não fez seu trabalho da maneira certa”, afirma o CEO da Aliança Helaman Fernandes 

Os principais sintomas que os funcionários podem identificar são:

     Dor de cabeça frequente;

     Alterações no apetite;

     Insônia;

     Cansaço excessivo, físico e mental;

     Isolamento;

     Dificuldades de concentração;

     Alterações repentinas de humor;

     Dores musculares;

     Problemas gastrointestinais;

     Alteração nos batimentos cardíacos.

Em relação ao mundo, uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que 32% da população economicamente ativa sofria de sintomas de burnout. 

Com isso o CEO da Aliança separou algumas dicas de como evitar a burnout entre os colaboradores:

 

  1. Entender o time 

Uma forma de proporcionar um ambiente saudável é entender como os colaboradores convivem entre si, entender as demandas, funções e características. Estar dentro da rotina e sempre buscar harmonia, trocando conversas, experiências e não vivendo no mundo do trabalho 24/7 do tempo.

  

  1. Feedback para entender o presente e futuro 

A melhor forma de resolver situações e conhecer mais das pessoas é dialogando com elas. O feedback individual permite que um momento de desabafo e alinhamento de expectativas seja realizado. Um outro tópico importante é saber como o funcionário está se sentindo com relação às funções, se está confortável e não sobrecarregado.

 

  1. Entenda que pessoas não são máquinas

Entender que não somos máquinas permite desacelerar. O descanso e a realização de outras atividades que não sejam ligadas ao trabalho é essencial para a mente e corpo. Se sentir que os funcionários estão com algum dos sintomas do burnout como esgotamento e estresse, veja se é o momento oportuno para férias ou proporcione momentos de descontração, que já ajudam para que o ambiente fique mais leve. 

Uma boa maneira de prevenir e tratar a síndrome é dizendo não para o acúmulo de tarefas e dizer sim para o descanso. Vale desde negar um compromisso complexo até solicitar alterações no prazo de entrega de um serviço, por exemplo. O ato de dizer não é essencial;  dessa maneira, você não estará fugindo de suas obrigações, mas evitando atrasos e outros problemas resultantes do excesso de trabalho.

 

Aliança
https://aliancaamerica.com.br/

 

Medicina Nuclear: quatro perguntas e respostas sobre a especialidade que contribui para diagnósticos e terapias

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear responde parte das questões mais recorrentes do público e desfaz algumas suposições que não são verdadeiras

 

A Medicina Nuclear é uma especialidade que gera muitas dúvidas no público em geral. A falta de conhecimento sobre como é utilizada, qual a ação efetiva e suas particularidades favorece a disseminação de informações incorretas. Desta forma, surgem mitos e diversas suposições que não condizem com a realidade. Para esclarecer algumas dessas questões, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) elencou quatro dúvidas sobre a especialidade para serem esclarecidas:

 

Como o material radioativo é utilizado na medicina nuclear?

Essa, talvez, seja a pergunta mais presente no dia a dia do público. A medicina nuclear utiliza substâncias radioativas introduzidas no paciente, de maneira não invasiva e quase indolor, para diagnosticar doenças e alterações das funções do organismo e atuar no tratamento de doenças, particularmente no tratamento de tumores radiossensíveis. 

As substâncias radioativas (radiotraçadores e radiofármacos) são utilizadas para realizar um mapeamento dos órgãos. Assim, podem ser usadas para duas finalidades: diagnosticar patologias e disfunções do organismo e atuar na terapia de doenças.

 

A radioatividade da Medicina Nuclear tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima?

Não! Chernobyl e Fukushima são considerados acidentes nucleares, uma vez que houve a liberação de enormes quantidades de radiação, de forma descontrolada e nociva para a população, o que é bem diferente da radioatividade da Medicina Nuclear, que é segura, controlada, utilizada em quantidades mínimas. 

Na medicina nuclear, são usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, por isso eles são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, os efeitos adversos são menos frequentes que os relacionados a medicamentos de uso comum, como analgésicos e antibióticos.

 

Os radiofármacos não podem ser utilizados com outros medicamentos?

Trata-se de um mito que precisa ser desfeito. Na verdade, conforme o tratamento, os radiofármacos são usados, muitas vezes, de forma concomitante com outros tratamentos (terapia alvo).

 

A Medicina Nuclear é segura para crianças?

Por serem pouco invasivos e capazes de detectar com precisão as alterações funcionais decorrentes de doenças, os procedimentos da medicina nuclear são extremamente úteis para as crianças. 

Um dos exames utilizados com mais frequência em crianças é a cintilografia, solicitada como ferramenta diagnóstica para estudo do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético. É usada tanto em doenças benignas como em certos tipos de câncer. 

O cálculo das doses para as crianças leva em consideração o seu peso corporal, portanto, a radiação recebida é muito baixa, e, na maioria das vezes, é menor que a de outros procedimentos radiológicos, como a tomografia computadorizada (CT).

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN


Autismo: a importância da avaliação neuropsicológica adequada

Psicoterapeuta aponta a importância avaliação
 neuropsicológica adequada para autismo 
Unsplash - @eyeforebony 

No mês Abril Azul, psicoterapeuta destaca que o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) só deve ser realizado por especialistas

 

Abril é o mês de conscientização sobre o autismo promovida pela Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEPD). Conhecida como "Abril Azul", a campanha é realizada para gerar conscientização sobre a inclusão de pessoas com autismo, além de levar informação à população em relação ao transtorno para reduzir a discriminação e o preconceito contra as pessoas que apresentam o transtorno. Mas por que a cor da campanha é azul? A cor azul simboliza o autismo porque sua incidência é maior em pessoas do sexo masculino. Embora atinja pessoas de todas as etnias e classe sociais, os homens representam 80% dos casos diagnosticados.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como principais características que impactam habilidades sociais como a comunicação e a capacidade de interação, além de outros comportamentos individuais. Pode ser percebido na primeira infância, por meio de atitudes repetitivas e restritivas, e pode persistir na adolescência e na vida adulta. As causas desse transtorno do neurodesenvolvimento são multifatoriais, porém já é possível afirmar que possui grande influência genética e participação de aspectos ambientais. Crianças e adultos com TEA podem apresentar diferentes níveis de necessidade de suporte, sendo alguns conseguem realizar qualquer atividade rotineira, outros precisam de ajuda para as tarefas diárias como tomar banho, colocar roupas e se alimentar.

É fundamental trazer visibilidade a esse transtorno pois, assim, podemos identificar o quanto antes o autismo e oferecer todo o suporte necessário. A partir dos tratamentos, especialistas e médicos podem proporcionar melhores condições de desenvolvimento, relacionamentos e experiências, além de, claro, acolhimento ao paciente e conhecimento à família.  

Nesses anos de profissão, pude vivenciar algumas situações em que pais vieram até meu consultório relatando uma queixa de comportamento do filho e uma desconfiança de autismo. Além disso, percebo os responsáveis preocupados, afirmando que o filho ou a filha tem autismo, pois a escola constatou que a criança tem TEA. 

Recebo relatos de situações de crianças que receberam “diagnósticos” de autismo sem ao menos ter passado por uma avaliação específica feita por um profissional especializado. Apesar de ter ocorrido um aumento dos casos de autismo ao longo dos anos, como mostra a pesquisa feita pelo Censo escolar do Brasil que registrou, entre 2017 e 2021, um aumento de 280% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares, é importante que os diagnósticos sejam feitos com muita cautela e cuidado. 

É primordial oferecer aos pais uma avaliação neuropsicológica e orientação adequada. A avaliação neuropsicológica é pautada em diretrizes, cartilhas e regras necessárias a serem seguidas, para que a aplicação dos testes e processo de avaliação, entrevistas e afins, seja feito com ética e eficiência, para alcançar um resultado confiável. 

Caso a criança apresente algum sintoma que pode ser indício de algum transtorno, seja TEA ou outros, é essencial apresentar a criança a um psicólogo ou um profissional que possa trabalhar com ela, realizando um psicodiagnóstico de uma forma com que ela se sinta segura, acolhida e a vontade no processo. E, quanto antes essa avaliação for realizada, mais qualidade de vida  a criança autista terá e mais orientação a família receberá para apoiá-la adequadamente.

 

Helen Mavichian - psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de leitura e escrita. https://helenpsicologa.com.br/

 

Tomar sol desempenha papel vital no controle da ansiedade e no tratamento da depressão

 Segundo a médica especialista em saúde mental, dra. Tamires Cruz, a exposição ao sol desempenha este papel através da produção de vitamina D, que auxilia na regulação dos ritmos circadianos, liberação de endorfinas e redução dos níveis de cortisol


Entre as principais formas de tratar um paciente diagnosticado com transtorno de ansiedade e/ou depressão são a psicoterapia e o uso de medicamentos receitados por um psiquiatra. Contudo, há diversas estratégias que podem servir como adjuvantes aos tratamentos tidos como convencionais. A adoção de hábitos mais saudáveis relacionados à alimentação, sono e prática de exercício físicos são ótimas ferramentas para ajudar a mitigar os sintomas das duas condições. Assim como a exposição ao sol.

Médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, dra. Tamires Cruz explica que o sol desempenha um papel vital no controle da ansiedade e no tratamento da depressão principalmente porque estimula a produção de vitamina D no corpo humano. “Tal nutriente é essencial porque ajuda a regular o humor e a função cognitiva”, afirma. Dra. Tamires ressalta que a vitamina D atua para mitigar os sintomas destes dois transtornos por causa de sua participação chave na produção de endorfinas, na redução do cortisol e na regulação do ritmo circadiano e produção de serotonina.

A participação da vitamina D na produção de endorfina se dá da seguinte forma: ao ser exposta aos raios solares UVB a pele estimula as células produtoras de vitamina D (queratinócito) a produzir pré-endorfina, que é transportada para glândula pituitária e convertida em endorfinas. “Por serem substâncias químicas que ajudam a aliviar a dor e melhorar o humor, as endorfinas podem ajudar a reduzir a ansiedade”, explica a médica especializada em saúde mental.

Ao contribuir para regular o sistema imunológico e reduzir a inflamação do corpo, a vitamina D acaba levando a uma diminuição da produção do cortisol, hormônio que em quantidade e no tempo ideal é necessário ao ser humano, porque ajuda a regular a resposta de luta ou fuga quanto está sob estresse. O problema, segundo Dra. Tamires, é quando os níveis de cortisol são elevados por um período prolongado, porque isso acaba acarretando sintomas de ansiedade e depressão. “Assim, o sol e a vitamina D por ele produzida, ao reduzirem os níveis do hormônio do estresse no corpo, também auxiliam na mitigação dos transtornos”, afirma.

O ritmo circadiano do corpo é o processo interno que controla o ciclo de sono-vigília dos seres humanos. “Quando nossos ritmos circadianos estão desregulados, isso pode afetar a produção de hormônios, incluindo a serotonina, que está diretamente ligada ao humor e bem-estar emocional”, explica dra. Tamires. Conforme a médica especialista em saúde mental, a exposição ao sol e a produção de vitamina D são essenciais para manter os ritmos circadianos do corpo em sincronia e consequentemente melhorar a produção de serotonina, assegurando, dessa forma, o bem-estar emocional e contribuindo para a prevenção da depressão e da ansiedade.

A médica especializada em saúde mental salienta como a regulação do ciclo circadiano, a produção de endorfina e a redução de cortisol, ocasionadas pela exposição à luz do sol, se interrelacionam para auxiliar a diminuir os sintomas associados à ansiedade e à depressão. A regulação do ciclo circadiano, por exemplo, melhora a produção de serotonina, que pode levar à produção de endorfinas, como a redução do hormônio do estresse (cortisol) também pode ocasionar o aumento dos níveis de endorfinas. Por outro lado, destaca Dra. Tamires, uma das principais maneiras de reduzir a produção de cortisol é através da regulação dos ritmos circadianos do corpo.

Por fim, Dra. Tamires ressalta que, não obstante a exposição ao sol ser benéfica à saúde mental das pessoas, contribuindo para a mitigação dos sintomas de ansiedade e depressão, ela deve ser feita com moderação e com proteção adequada contra os raios ultravioletas (UV) nocivos. “O uso de protetor solar e roupas protetoras são essenciais para evitar danos à pele e outras condições de saúde relacionadas à exposição excessiva ao sol”, conclui.

 

Dra. Tamires Cruz - graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP). Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente

 

Entenda o que é arritmia cardíaca: doença pode acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a arritmia cardíaca é responsável pela morte súbita de aproximadamente 300 mil brasileiros todos os anos, sendo que a doença pode acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida.

 

Arritmia cardíaca é a denominação de qualquer descompasso no ritmo do coração. Pode ser desde uma coisa simples, sem perigo e muitas vezes sem sintomas, até quadros sintomáticos graves, como desmaios, falta de ar e palpitações.

 

Essa condição pode ser assintomática e, quando sintomática, costuma ter origem psicológica ou resultado de um desequilíbrio do próprio órgão. A arritmia pode se apresentar na forma de taquicardia, quando o coração bate rápido demais, ou como bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Nos casos graves, pode levar à morte súbita.

 

Segundo o Dr. Claudio Catharina, Gestor da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí (HI), até mesmo crianças são passíveis de apresentar quadro de arritmias cardíacas, mas as maiores porcentagens de casos são de pacientes em idade reprodutiva que possuem doenças cardíacas ou já sofreram parada cardíaca, bem como naqueles que têm histórico de doenças na família (pais, irmãos etc.)

 

“Pacientes com histórico de doença ateroesclerótica cardíaca e pessoas com diabetes, pressão alta, doenças cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de Chagas, doenças de válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração devem ficar atentas e manter um tratamento contínuo com o médico cardiologista”, alerta Catharina.

 

É preciso sempre ficar atento aos sintomas de alarme como: desmaios, dor no peito, tonteiras e falta de ar, pois a arritmia cardíaca pode ter graves consequências se não diagnosticada e tratada corretamente.

 

“É preciso estar atento quando se tem uma doença que compromete a função das válvulas ou do músculo cardíaco. Há também casos de doenças relacionadas ao sistema elétrico e canalicular que podem ser graves e levar à morte”, alerta o médico.

 

Quais as causas principais?

 

As principais causas das arritmias são as doenças cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de Chagas, doenças de válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração, diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo, entre outros fatores.

 

Para o cardiologista, é preciso ter uma qualidade de vida com pouco estresse e uma boa alimentação, mudando os maus hábitos alimentares e reduzindo o colesterol ruim (LDL), além de praticar uma atividade física com supervisão e indicação do médico.

 

“Antes de começar alguma atividade física, é preciso fazer um eletrocardiograma e, se possível, um teste ergométrico. Outra dica é parar de fumar, beber e cuidar da alimentação”, diz.

 

Segundo o médico, o tratamento é extremamente variável e individualizado, de acordo com a doença.

“Pode ser um remédio. Em outros casos, pode ser indicado o implante de um dispositivo para monitorar e tratar a doença e, ainda, procedimentos de ablação de arritmia, feitos pelo cateter cardíaco”, finaliza o cardiologista.


Técnica de imunofluorescência mostra macrófagos (em azul) infectados com Leishmania amazonensis (em verde). Em vermelho, a proteína gasdermina-D expressa pelo macrófago (imagem: Keyla Sá/FMRP-USP)

Técnica de imunofluorescência mostra macrófagos (em azul)
 infectados com 
Leishmania amazonensis (em verde). Em vermelho, a proteína gasdermina-D
 expressa pelo macrófago (
imagem: Keyla Sá/FMRP-USP)

Em estudo publicado na revista Nature Communications, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostraram como protozoários do gênero Leishmania, causadores da leishmaniose, manipulam uma proteína essencial na defesa do organismo e continuam se replicando, fazendo com que a infecção não seja debelada.

Os resultados trazem esperança para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença, que tem cerca de 30 mil novos casos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), grande parte no Brasil, e para a qual não há medicamentos específicos.

A proteína em questão é a gasdermina-D, produzida por células do sistema imune inato dos humanos (o primeiro a entrar em ação quando um patógeno é detectado), incluindo os macrófagos. Ela promove a indução de um processo inflamatório fundamental para a defesa do organismo contra agentes infecciosos, como bactérias e parasitas.

“A gasdermina-D é importante na ativação do inflamassoma, complexo de proteínas envolvido no combate a infecções. Observamos o inflamassoma ativado em biópsias de pacientes com a forma tegumentar [cutânea e mucocutânea] da leishmaniose”, explica Keyla de Sá, primeira autora do estudo, realizado durante seu doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) com bolsa da FAPESP.

A pesquisadora, que atualmente realiza pós-doutorado na Yale University, nos Estados Unidos, explica que, nos experimentos com macrófagos e com camundongos infectados pela Leishmania, a gasdermina-D teve uma ativação fraca, que pode não ser suficiente para promover a morte celular necessária para combater o parasita, permitindo que a inflamação siga ativa.

O processo inflamatório é responsável pelo aspecto das lesões causadas pela doença, que gera cicatrizes e deformações ou mesmo incapacidade física, dependendo da parte do corpo afetada.

Os experimentos mostraram que o parasita realiza por conta própria uma clivagem alternativa da gasdermina-D (a molécula ganha uma forma estrutural diferente), um processo que inativa a proteína e impede que ela exerça suas funções inflamatórias. Em outras infecções, esse processo conhecido como clivagem da gasdermina-D é feito por proteínas do macrófago, causando a sua morte celular e impedindo que os agentes infeciosos sigam se replicando dentro dele.

“É muito interessante como esses parasitas modulam as funções dos macrófagos, que são células especializadas em matar micróbios. Esse processo permite que a Leishmania se mantenha nos hospedeiros mamíferos por anos, algumas vezes por toda a vida do indivíduo infectado”, destaca Dario Zamboni, coordenador do estudo, professor da FMRP-USP e pesquisador associado ao Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

O trabalho teve ainda apoio da Fundação por meio de projeto coordenado pelo pesquisador e do Centro Reino Unido-Brasil para o Estudo da Leishmaniose (JCPiL).

Inflamassoma

Os inflamassomas desencadeiam a inflamação e o consequente combate a agentes infecciosos. No trabalho publicado agora, o grupo de Ribeirão Preto analisou o papel do inflamassoma mediado pela proteína NLRP3, um dos mais comuns e bem estudados.

Em outros trabalhos, os pesquisadores haviam mostrado a atuação desse complexo de proteínas nos casos graves de COVID-19, quando ele fica superativado e gera a chamada tempestade de citocinas, que pode levar à morte.

Na ocasião, os pesquisadores testaram com sucesso em animais e células humanas um medicamento que inibe a ação do inflamassoma, podendo futuramente ser administrado em pacientes com COVID-19 grave (leia mais em: agencia.fapesp.br/34680/ e agencia.fapesp.br/39592/).

“Agora temos dados que podem permitir, no futuro, testar a mesma droga ou alguma outra nos casos mais severos de leishmaniose tegumentar, quando a inflamação é muito exacerbada. No entanto, é preciso cautela, pois nos casos menos graves da doença o processo inflamatório induzido pelo inflamassoma pode ser importante para o controle da doença”, explica Zamboni.

Os testes foram feitos com quatro das espécies mais comuns do protozoário que causam a leishmaniose tegumentar, Leishmania amazonensisL. mexicanaL. major e L. braziliensis.

A leishmaniose, que além da apresentação tegumentar tem ainda a visceral, que ataca os órgãos internos, é uma das 20 doenças tropicais negligenciadas. Esse conjunto de moléstias ocorre sobretudo em países tropicais e acomete pessoas pobres.

Em 2021, a OMS lançou um plano para a erradicação de algumas delas e a redução drástica de casos de outras até 2030. As ações incluem a criação de novos medicamentos, uma vez que os atuais, quando existem, são normalmente tóxicos e causam efeitos colaterais, o que leva à descontinuação do tratamento (leia mais em: agencia.fapesp.br/35136/).

O artigo Gasdermin-D activation promotes NLRP3 activation and host resistance to Leishmania infection pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-023-36626-6.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/parasita-da-leishmaniose-manipula-defesa-do-organismo-para-continuar-se-replicando-mostra-estudo/41156/


Ácido hialurônico: efetivo para tratamentos estéticos e na ortopedia

Ácido hialurônico é indicado em casos de artrose para evitar desgaste
que leva articulações a inflamações, dores e dificuldades de locomoção  
Divulgação
Oriundo da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação, substância tem diversas aplicabilidades

 

Cosméticos produzidos com ácido hialurônico são utilizados para preenchimentos e outros procedimentos estéticos, melhorando o aspecto de olheiras, "bigode chinês" ou para harmonizar o contorno da face. Essa aplicabilidade já é bastante difundida, mas o material produzido a partir da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação também pode ser utilizado nas articulações de joelho e quadril, adiando a necessidade de cirurgia para colocação de próteses, por exemplo. Embora tenha a mesma origem, o ácido hialurônico utilizado na dermatologia e na ortopedia tem diferenças na concentração de moléculas e alguns componentes químicos. 

A dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat Anna Karoline de Moura explica que o corpo começa a diminuir a produção do ácido hialurônico por volta dos 25 anos, quando o acompanhamento com especialista é mais procurado. “Não existe uma ‘receita de bolo’ para o uso. Pessoas com doença autoimune ou com histórico de alergias severas devem evitar o uso, mas, como cosmético, é indicado para hidratação da pele e deve ser utilizado diariamente. No que diz respeito aos injetáveis, vale sempre a avaliação de um especialista antes de utilizar, mas é excelente para preenchimento do volume da boca, queixo, olheiras e contorno da face", explica. 

 

Ortopedia

Já na parte ortopédica, a aplicação do ácido hialurônico é indicada em casos de artrose leve e moderada e ajuda a evitar o desgaste que leva as articulações a processos inflamatórios, dores e dificuldades de locomoção do paciente no dia a dia.

“A aplicação retarda principalmente a necessidade da prótese do joelho e quadril. Em casos leves e moderados, quando a aplicação é associada à atividade física, ajuda a frear a artrose”, explica o ortopedista do Hospital São Marcelino Champagnat, Antonio Tomazini. “Normalmente, o tempo de ação é de 12 meses, mas claro que isso não é uma regra. Pessoas com a musculatura mais forte, conseguem uma durabilidade ainda maior”, complementa o especialista.

 

Polifarmácia do idoso: médica revela dores decorrentes dos usos crônicos de medicamentos



A ciência define envelhecimento como um conjunto de alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e emocionais. A vulnerabilidade dos idosos aos problemas decorrentes do uso de medicamentos é bastante alta e em grande quantidade dando o nome à polifarmácia, ocasionando assim risco de reações adversas, interações medicações e alguns sintomas comuns dores, alterações do ritmo cardíaco ou respiratório, hipotensão ou hipertensão, sudorese, alergias, queixas gastrointestinais entre outros.

No Brasil, é considerada idosa, a pessoa a partir dos 60 anos e segundo o IBGE em 2030, o idoso representa 19% da população brasileira.

Com o processo de envelhecimento no idoso é comum termos alterações metabólicas reduzidas, aumento do tecido adiposo e surgimento de doenças crônicas.

Devido a isso, se cria a necessidade do uso de vários medicamentos, onde encontra-se a solução para equilibrar as deficiências funcionais aderindo assim a polifarmácia. Porém, o grande número de medicamentos usando pelo idoso, pode acarretar risco à sua saúde, pois eles são mais vulneráveis a complicações farmacológicas devido à idade.

De acordo com a médica nutróloga Patrícia Santiago, a polifarmácia é o uso de cinco ou mais medicamentos administrados devido policomorbidades ou administração irracional dos mesmos pelo idoso.

“Podemos citar como exemplo as estatinas, drogas efetivas e seguras são medicamentos muito utilizados no tratamento do colesterol alto. Entre as drogas mais conhecidas podemos citar a sinvastatina, rosuvastatina, pravastatina e atorvastatina. As estatinas, além de serem os fármacos mais efetivos no controle do colesterol, são também aquelas com melhores resultados nos estudos científicos sobre prevenção das doenças cardiovasculares”, disse.

De acordo com Patrícia, idosos em uso de estatinas é comum o quadro de miopatias, caracterizada clinicamente por dor muscular, fraqueza e/ou câimbras, principalmente em doses elevadas são aquelas com maior risco.

“As queixas de origem muscular são o principal efeito colateral das estatinas e a causa mais comum de interrupção do tratamento. Em geral, a lesão muscular pelas estatinas provoca um quadro de dor e fraqueza de forma simétrica.Esses sintomas também podem ser descritos pelo paciente como fadiga ou cansaço dos membros”, disse.

Normalmente, a miopatia desenvolve-se nos primeiros 6 meses de uso do medicamento que atinge média 10% e precisa ser avaliado histórico de mialgia antes da administração inicial.

“Existe uma diferença sutil entre risco e benefício do uso da polifarmácia. Se por um lado o aumento do número de medicamentos, pode afetar a saúde dele, devido aos efeitos adversos e as interações, por outro lado são esses fármacos que ajudam a prolongar a vida deles. Diante disso podemos entender que não é exclusivamente a polifarmácia que expõe os idosos a possíveis riscos e sim o uso irracional dos medicamentos”, finalizou.

 

Patrícia Santiago - graduada em medicina  pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.


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