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terça-feira, 11 de abril de 2023

Entenda a Síndrome do Pequeno Poder

Comportamento autoritário no trabalho ou na família pode ser Síndrome do Pequeno Poder, distúrbio psicológico é pouco conhecido

 

 

Já viu algum colega de trabalho ou um amigo receber algum tipo de poder em sua esfera e passar a agir de forma autoritária? Esse tipo de atitude é chamada de Síndrome do Pequeno Poder e é caracterizada pelo uso de poder sem preocupação com seus resultados e eventuais danos.

 

É um fato que existe uma crise de saúde mental no mundo, as doenças vêm em diversas formas. Da ansiedade à depressão, uma pesquisa da OMS mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental, incluindo também a Síndrome do Pequeno Poder, que não é considerada menos que as demais.

 

Segundo a psicóloga e especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, Vanessa Gebrim, a síndrome está diretamente ligada ao autoritarismo. “A Síndrome do Pequeno Poder, é uma atitude de autoritarismo por parte de um indivíduo que, ao receber um poder, usa de forma absoluta, imperativa e exagerada sem se preocupar com as consequências e problemas que podem ocasionar nas relações”, explica.


 

Causas da Síndrome do Pequeno Poder 

 

O alerta da Síndrome do Pequeno Poder é entender que ela não é apenas um ato de autoritarismo e sim um problema de saúde mental. “Pode ser identificada através de alguns sintomas como: arrogância, impulsividade, inquietude, excesso de confiança em si mesmo, mas que revela uma grande insegurança disfarçada. Isso acaba gerando conflitos graves, contribuindo para o desinteresse pelo trabalho se for no ambiente profissional e se for nas relações familiares e sociais, acaba ampliando a falta de interesse por essas relações, desenvolvendo quadros de depressão e ansiedade por quem sofre a opressão”, revela.

 

A Síndrome do Pequeno Poder tem origem em relações emocionais desequilibradas que geram uma baixa autoestima e necessidade de autoafirmação, mas possui tratamentos. “A psicoterapia ajuda a fazer com que a pessoa tenha consciência de como esse comportamento pode afastá-las das outras pessoas. Também pode mostrar como as atitudes da pessoa estão sendo inconvenientes, além de trabalhar a insegurança que está disfarçada por uma autoconfiança que não existe”, indica.

 

É fácil de identificar a situação em nosso cotidiano, no trabalho ou em casa. “O exemplo mais comum é aquele em que alguém que era apenas um colega de trabalho, mas que bastou ter recebido uma pequena promoção, mesmo não sendo o chefe começa a tratar com arrogância o colega e a se vangloriar de seu “novo cargo”. Muitas vezes as avaliações de perfis tidos como “enérgicos”, para exercer liderança e obter o respeito dos subordinados, podem ter características dessa síndrome. Neste caso, a avaliação do perfil comportamental e psicológico deve ser extremamente eficiente para detectar esta situação, de forma rápida, antes de exercer a opressão e não afetar toda a equipe”, exemplifica.

 

Por fim, é primordial que não seja vista com normalidade, mas conversada e tratada. “O importante é que a síndrome do pequeno poder não passe a ser vista como normal. A opressão não deve ser aceita e nem alimentada, mas também é importante tomar cuidado com reações muito agressivas. Se estiver muito presente procure ajuda psicológica”, finaliza Vanessa Gebrim.

 

Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral.


Falta de atenção: 4 dicas que podem ajudar as crianças a manterem o foco

Divulgação
Pedagoga do Kumon ressalta que excesso de estímulos pode prejudicar o aprendizado escolar  


A falta de atenção é um problema que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é especialmente comum em crianças em idade escolar. Isso acontece porque elas ainda estão em processo de desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, incluindo a capacidade de concentração e atenção. 

Quando elas não conseguem se concentrar, nem manter o foco, têm mais dificuldade para aprender e absorver conhecimentos. Essa falta de atenção, inclusive, pode afetar sua capacidade de se envolver e interagir socialmente e desfrutar de atividades cotidianas. Para Cristhiane Amorim, pedagoga com pós-graduação em neurociência educação e desenvolvimento infantil, que atua como especialista em educação na rede Kumon, é importante que os pais e cuidadores estejam atentos aos sinais de falta de atenção nas crianças e procurem maneiras de ajudá-las a desenvolver habilidades de concentração e atenção. 

A pedagoga ainda conta que a exposição precoce as telas e o excesso de estímulos com eletrônicos, podem prejudicar o aprendizado e a capacidade de concentração das crianças. “O exagero pode afetar a aptidão de memorizar e reter informações que são importantes para a realização de tarefas comuns do dia a dia. Cabe ao adulto conseguir dosar e impor limites, incentivando outras atividades, como brincadeiras ao ar livre e leitura de livros”, esclarece a Cristhiane. 

Seguem algumas dicas que podem ajudar a melhorar o foco das crianças:

 

1.      Crie um ambiente livre de distrações: remova dispositivos eletrônicos e brinquedos, por exemplo, do ambiente de estudo. Isso pode ajudar a minimizar as distrações e facilitar a concentração. 

2.      Estabeleça rotinas: promover hábito diário que inclua tempo dedicado ao estudo e à realização de tarefas ajuda a estabelecer um senso de ordem, sem que ela queira deixar algo para terminar depois. 

3.      Incentive: ofereça recompensas, como algo que a criança goste de fazer em família, como um passeio juntos ao parque, e elogie os pequenos quando eles se concentrarem e realizarem uma tarefa com sucesso. Isso reforça um comportamento positivo e o estimula a continuar se esforçando. 

4.      Busque atividades lúdicas: quebra-cabeça, jogo da memória e xadrez são boas opções que podem contribuir para a melhora do foco e concentração. Mas é importante lembrar que cada criança é única e pode responder melhor a diferentes abordagens. “O importante é ser paciente e oferecer suporte e incentivo à criança, respeitando o seu ritmo, contribuindo para o desenvolvimento de suas habilidades”, finaliza. 

A rotina de estudos pelo método Kumon favorece o desenvolvimento da concentração de forma leve, com apenas meia hora por dia é possível alcançar bons resultados. O ensino privilegia o desenvolvimento da autonomia do aluno nos estudos, de forma que ele aprenda de acordo com o seu ritmo. O material didático é autoinstrutivo e dividido em estágios, fazendo com que a complexidade aumente gradualmente. 

O método desenvolve a habilidade acadêmica e outras mais, como: autodidatismo, concentração, capacidade de leitura, raciocínio lógico, independência, hábito de estudo, responsabilidade e autoconfiança. O Kumon oferece aulas de matemática, português, inglês e japonês, para crianças de todas as idades.


Beijo saudável depende de uma boa higiene bucal

O Dia Internacional do Beijo é celebrado na próxima quinta-feira (13). E, para você beijar em segurança, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca a importância de alguns cuidados importantes para evitar a transmissão de doenças.

Para o Cirurgião-Dentista, professor da disciplina de Periodontia da Universidade Santo Amaro (UNISA) e membro da Câmara Técnica de Periodontia do CROSP, Dr. Ricardo Schmitutz Jahn, embora o beijo seja um hábito muito antigo, deve ser sempre abordado com atenção.

O cuidado, segundo Dr. Ricardo, não se restringe ao beijo de relacionamentos adultos, mas também se aplica aos mais rotineiros, entre crianças e seus pais, avós e pessoas queridas. Ele explica que pessoas que não têm boa higiene oral podem ter cáries, gengivites, periodontites (infecção bacteriana dos tecidos, ligamentos e ossos específicos que envolvem e sustentam os dentes), entre outras tantas lesões na boca.

“Todas essas condições causam desconforto, dor e quase sempre o mau hálito. A quantidade de bactérias está aumentada nos indivíduos que têm má higiene. Além disso, muitos vírus podem estar circulantes na cavidade bucal, especialmente na saliva”. 

Com relação às doenças, o professor lembra que atualmente é preciso ter uma preocupação especial com a transmissão de diversos vírus que podem ser transmitidos pela saliva, como os causadores de alguns tipos de gripes e, inclusive, Covid-19.

As faringites, amigdalites e herpes também podem acontecer e requerem bastante cuidado, pois, segundo o Cirurgião-Dentista, essas são doenças que podem passar sem causar sintomas, mas também podem gerar febre sensação de cansaço e algumas vezes complicações em outros órgãos do corpo.

Para manter a saúde bucal em dia e garantir um beijo saudável, Dr. Ricardo recomenda que as consultas ao Cirurgião-Dentista sejam realizadas com frequência. Desta forma, é possível prevenir todas as doenças bucais, inclusive a halitose, que tem na boca a sua principal causa. “Estimamos que 90% dos casos de halitose (mau hálito) são de origem intrabucal, relacionada à cárie e às doenças periodontais. Aquele pequeno sangramento na gengiva deve ser sempre investigado. Dores nos dentes, cavidades ou, ainda, mau cheiro quando escovar ou usar fio dental podem ser sinais importantes”.

 

Higiene bucal em dia

Realizada de forma correta, a higiene bucal contribuirá para um beijo agradável e, o mais importante, para a manutenção da saúde de forma geral.

Pensando na higienização, Dr. Ricardo cita um outro problema relacionado à limpeza que prejudica a saúde da boca, a língua saburrosa. Ele explica que, nessa situação, a língua chega a mudar de cor por causa de acúmulo de sujeiras e bactérias, que são as principais causas do mau hálito. Segundo o Cirurgião-Dentista, limpar a língua com auxílio de uma escova ou limpador de língua evita esse acúmulo e aumenta sua sensação de conforto e limpeza.

O uso de itens como fio dental também é fundamental para uma boa higienização, garante Dr. Ricardo. “O fio dental deve ser usado diariamente entre os dentes com movimentos de polir as superfícies dentárias. A escovação diária dos dentes deve ser realizada com escova de cabeça pequena, cerdas macias, usando o tempo necessário para ser efetivo em todas as áreas da boca e de preferência com um creme dental fluoretado”.

 

3 doenças transmitidas pelo beijo 

Mononucleose:  conhecida como doença do beijo. Em geral, ocorre pelo contato com saliva de pessoas infectadas. Pode causar febre, ínguas no pescoço, fadiga e inflamação na garganta e ainda manifestações neurológicas como convulsões podem aparecer.

Herpes: é uma doença causada pelo vírus herpes simplex. Oportunista, ele se manifesta através de lesões bolhosas no entorno da boca quando a pessoa está com sua imunidade mais baixa. A principal forma de transmissão é o contato com as vesículas infectadas, principalmente durante o beijo. Sintomas: em dores nevrálgicas, parestesias, ardor, coceiras, febre e dor de cabeça.

Candidíase oral: causada por um fungo (Candida Albicans), também conhecida como sapinho, causa pequenas lesões avermelhadas ou esbranquiçadas na língua, que podem ser doloridas e durar cerca de 5 dias. Entretanto, em pessoas com a imunidade enfraquecida, como bebês, pessoas desnutridas ou com doenças crônicas, por exemplo, podem desenvolver a forma mais grave da infecção, com várias placas brancas na boca. Sua transmissão se dá principalmente através do beijo.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br


Como ensinar as crianças a lerem mais

Momentos em família são o pontapé para criar o hábito desde pequenos; mas projetos em bibliotecas escolares podem reforçar e dar suporte para o desenvolvimento da leitura

 

Está procurando diversão em família? Que tal curtir um bom livro com as crianças? Uma viagem pelas páginas de uma bela história tem o poder de estimular o hábito da leitura desde cedo e cria conexão entre pais e filhos.  A leitura ainda permite que os pequenos explorem a imaginação, se familiarizem com as letras e adotem a prática para o resto da vida. 

“A leitura possibilita o desenvolvimento de uma série de habilidades muito importantes, por exemplo, o raciocínio lógico, a criatividade, o pensamento crítico. Possibilita a aquisição de novas referências, então amplia o vocabulário. Possibilita ainda uma melhoria da escrita. Quem lê mais, escreve melhor”, explica a pedagoga e diretora geral da Escola Lumiar, Graziela Lopes. 

Com tantos pontos positivos, estimular a leitura é tarefa fundamental, principalmente em um país no qual os dados não são favoráveis aos livros. Para se ter uma ideia, segundo o último levantamento feito pela Retratos da Leitura no Brasil, o brasileiro não chega a ler cinco livros por ano. Em nações como França e Suécia, este número quase triplica. 

“É importante que a família possibilite, às crianças, o acesso a livros que sejam interessantes para ela. Ter momentos de leitura em conjunto, frequentar bibliotecas ou livrarias, também servem como incentivo”, diz Graziela. 

Não adianta apenas falar, os exemplos são mais eficazes. Por isso, é importante apresentar o mundo dos livros às crianças cedo para que tenham referência de que ler é gostoso. 

“O contato com livros ou alguém contar uma história e mostrar que vem de um livro, faz a diferença no interesse. Também é preciso deixar a criança ler do jeito dela, interpretando as figuras, tendo contato com as letras. Assim ela percebe que esses símbolos que estão no papel representam algo e vai entendendo e aumentando a possibilidade de criar hipóteses de escrita desenvolvendo habilidades fundamentais para a alfabetização e letramento”. 

A escola também tem papel primordial nessa trajetória. Incentivá-los no ambiente escolar pode ajudar a transformar o Brasil em um país com mais leitores. Além de trabalhos em sala de aula, apresentá-los a um universo de obras literárias em uma biblioteca pode abrir portas para reforçar o novo hábito. Mas esse ambiente precisa ser pensado para atrair a atenção e ser convidativo. 

 

Criando conceito

Na Escola Lumiar, a estrutura da biblioteca foi planejada para transformar o espaço em um local que desperte o interesse dos alunos. Há ambientes para interação, iluminação especial e uma arquitetura que possibilita a utilização inovadora da área. O corpo docente também se dedica à escolha de um acervo com gêneros literários e temas que sejam indicados para cada faixa etária e perfil dos estudantes. 

“Cabe à escola entender quais são os conteúdos adequados para cada faixa etária e trazer temas que sejam atuais e relevantes para cada etapa. Entender as preferências de cada turma e de cada criança e sugerir opções interessantes, principalmente quando os estudantes estão começando a ler, é fundamental para gerar prazer na leitura”.  

Compreender o interesse dos alunos e auxiliá-los a também fazerem as próprias escolhas é outro método utilizado para incentivar as turmas. “Apresentar uma diversidade de possibilidades e gêneros para ampliar repertório, mas deixá-los escolher aquela temática que vai ser mais envolvente para eles, é uma possibilidade muito bacana de engajamento”, diz a especialista. 

Outro ponto importante  para a Escola Lumiar é respeitar o momento e o ritmo de cada criança. O caminho tem sido equilibrar o tipo de leitura para atender as necessidades dos alunos, assim eles ganham confiança para prosseguir sua jornada. 

 

“Temos crianças menores que, às vezes, dão conta de ler livros mais densos. Há outras que demoram um pouco mais para desenvolver esse tipo de habilidade. Então, diversificar o tipo de leitura numa mesma turma é uma possibilidade muito interessante para deixar o nível adequado para cada um. Nem muito fácil, nem muito dificil. Assim garantimos melhores oportunidades para que aprendam mais vocabulário e desenvolvam fluência”.

 

Foco também na adolescência

Projetos diferenciados para garantir a atenção dos adolescentes são desenvolvidos. Na Lumiar, as bibliotecas são olhadas como um espaço também de troca de ideias. A escola apresenta uma diversidade de estilos, de escritas e de gêneros textuais.  

“Se a gente não toma cuidado com o engajamento, fica mais complicado na adolescência. A biblioteca pode ser utilizada para diferentes tipos de atividade. Pode ser um local onde se contam histórias, onde se fala sobre literatura, onde descobrimos gêneros novos ou mesmo assuntos que nem sabíamos que existiam e que passam a fazer parte da lista de coisas que queremos conhecer mais”.  

Outra maneira de envolvê-los ocorre com as comissões. A atividade acontece com alunos dos dois aos 17 anos. O interesse de alguns estudantes pela biblioteca é tão grande que decidem montar e fazer parte de comissões relacionadas com o cuidado da biblioteca ou que utilizem esse espaço para realizar suas ações. Um dos objetivos dos estudantes é aprimorar o espaço. Refletindo sobre uma melhor maneira de organizá-lo, se aprofundam na descoberta dos gêneros literários e têm ainda a oportunidade de desenvolver uma série de habilidades relacionadas à gestão. Temos até comissões de estudantes do Ensino Médio e do Fundamental 2, criada para ler histórias para estudantes do Infantil e Fundamental 1. As comissões são, na prática, uma oportunidade fantástica para engajá-los e envolvê-los na gestão participativa, um pilar importante da metodologia Lumiar, conta a diretora geral.  

Seguindo a sistemática da escola, que trabalha com as metodologias ativas, os estudantes estão constantemente criando e desenvolvendo projetos. Escrever um livro é um produto final bastante popular entre as turmas. Muitas obras já foram redigidas pelos alunos e elas também podem ser encontradas nas bibliotecas Lumiar. Esse espaço também é palco para autores de livros infantis, infanto-juvenis e ilustradores, mestres de projetos na Lumiar, conduzirem atividades com os estudantes, conectando suas paixões. Existem ainda os bookclubs, que são clubes formados pelos alunos para leituras, discussão e reflexão de obras literárias específicas. 

Os educadores também estão preparados e atentos para propor atividades que visem promover a leitura de forma prazerosa para que o aluno fique entusiasmado com o processo e crie aptidões e gosto pelo universo dos livros. Esta é a dica de ouro que vale, inclusive, para outras instituições de ensino.  

 “É importante que o professor compreenda o momento em que os estudantes estão, seus interesses e necessidades de aprendizagem. A partir daí, pode propor um momento de leitura mais independente, no qual cada um possa escolher o seu livro, auxiliando o aluno a garantir que aquela obra é adequada para idade e etapa de desenvolvimento dele. Ou pode trazer uma leitura com uma linguagem um pouco mais difícil para ampliar o repertório e propor que seja feita em grupo, em voz alta, parando em momentos estratégicos para ajudar a turma na compreensão, por exemplo”. 

Além de incentivar a imaginação e outras habilidades, a leitura tem também um outro poder, avalia Graziela. “Quando lemos narrativas com boas tramas, isso traz a possibilidade de se viver histórias que não são as nossas. Também estimula o desenvolvimento da empatia e do pensamento crítico. Traz ainda bagagem para a pessoa perceber melhor a si mesmo e o mundo. Eu diria que a leitura tem um papel bastante central no desenvolvimento de cidadãos responsáveis, conscientes e autorais”, finaliza.

 

Dicas para criar o hábito da leitura 

>Apresente o mundo da leitura para seu filho. Conte uma história e mostre de onde ela vem. Mostre as figuras, deixe que ele manuseie as páginas e até conte a história do jeito dele.

>Deixe a criança ler do jeitinho dela, interpretando as figuras, tendo contato com as letras e descubra que esses símbolos que estão no papel representam algo. Assim, vão aumentando a possibilidade de criar hipóteses de escritas para depois serem alfabetizadas. 

>Crie um momento de leitura em família. Ver que os pais e irmãos se divertem em meio a livros vai criar mais estímulos. Afinal, os pequenos também aprendem pelo exemplo. 

>Respeite o momento da criança. Quando ela está começando a fase da alfabetização, ainda tem dificuldade de ler num ritmo rápido. Então, nada de críticas. Ao contrário, estimule ela a seguir no próprio ritmo e valorize cada conquista.

>Apresente uma variedade de materiais para ler e que trazem informações interessantes, revista, jornal, placa na rua, avisos. Assim ela embarca no mundo da leitura e percebe a importância das palavras escritas de uma forma diferenciadas Isso gera engajamento e estimula positivamente a alfabetização.

 

Sugestão de livros

 

>A casa da árvores

Autora: Marije Tolman

Indicação: 3 a 7 anos

>O Cabelo de Lelê

Autora: Valéria Belém

Indicação: 3 a 8 anos

>Como vai o Planeta?

Autor: Quino

Indicação: 6 a 8 anos

>Flicts

Autor: Ziraldo

Indicação: 8 a 10 anos

>Contos africanos

Autor: Ernesto Rodriguês Abad

Indicação: acima de 10 anos

>A menina que roubava livros

Autor: Markus Zusak

Indicação: acima de 13 anos

>O outro pé da sereia

Autora: Mia Couto

Indicação: acima de 15 anos

>Quarto de despejo

Autora: Maria Carolina de Jesus

Indicação: acima de 16 anos

Fonte: Rosangela Jacob, diretora-pedagógica da Escola Lumiar Vila Olímpia

 

Fonte: Graziela Lopes - pedagoga e diretora-geral da Escola Lumiar


Da profissão à espiritualidade: 10 livros que podem transformar seu cotidiano

Escritores de diferentes especialidades ajudam leitores a saírem de ciclos viciosos por meio do autoconhecimento


Os humanos são seres em constante transformação. Independentemente da área, nas relações interpessoais ou na profissão, todos estão à procura de mudar certos aspectos de suas vidas. Isso explica em boa medida o fato de os livros de autoajuda fazerem tanto sucesso e dominarem as listas de mais vendidos no Brasil.

Se você é uma das pessoas que quer aprimorar o dia a dia, confere essa lista! Nas indicações a seguir, é possível encontrar obras escritas por profissionais de diferentes áreas de atuação, que abordam assuntos como espiritualidade, autossabotagem, neuroplasticidade, procrastinação e mudanças de rotina.


“Uma Nova Vida”, de Lourival Junior

Professor, neuropsicólogo e psicanalista, Lourival Junior se debruçou sobre os motivos que levam as pessoas a não alcançarem as metas traçadas. Para desafiar a neuroplasticidade – a capacidade de adaptação do cérebro -, ele escreveu o livro Uma Nova Vida em formato invertido, para ser lido da última até a primeira página. O autor também aborda os próprios desafios pessoais: morou em uma casa sem energia elétrica, teve uma empresa que foi à falência, e hoje tem uma carreira de sucesso.

(Onde encontrar: Site do autor)

 

“Mentes Saudáveis, Lares Felizes”, de Augusto Cury e Marcus Araujo

Augusto Cury e Marcus Araujo unem seus excepcionais conhecimentos em gestão da emoção e novos hábitos de moradia, para apontar soluções para a prevenção de transtornos emocionais entre integrantes da mesma família. Também visam contribuir para o desenvolvimento de mentes livres, criativas, proativas e inteligentes.  

(Onde encontrar: Amazon)

 



“Morrer antes que você morra”, de A. Bombaim

A vida de Miguel Naghirniac Neto, que escreve sob o pseudônimo A. Bombaim, é um exemplo de transformação. Diretor de uma multinacional por anos, ele iniciou um processo de autoconhecimento que o fez se aprofundar nas relações dos seres humanos com o ego. Deixou o mundo corporativo de lado e se tornou ambientalista, proprietário do Borboletário São Paulo – localizado na capital paulista –, e autor do livro Morrer antes que você morra.

(Onde encontrar: Amazon)

 

"Pílulas para uma vida feliz e produtiva”, de Abilene Rodrigues 

Como ter uma vida plena quando os dias são cansativos, desafiadores e imprevisíveis? Depois de anos de questionamentos e pesquisas sobre o assunto, a jornalista com especialização em Neurociência e Performance Humana, Abilene Rodrigues, publicou o livro Pílulas para uma vida feliz e produtiva. Com 366 textos ativacionais, a obra pode ser usada como uma ferramenta diária para obter um cotidiano sereno e mais produtivo, a partir de atividades simples. 
(Onde comprar: Coach Editora) 

 


“(Auto)liderança Antifrágil”, de Victor de Almeida Moreira

Victor de Almeida Moreira propõe no livro (Auto)liderança Antifrágil que o leitor retome a rota em direção aos objetivos por meio de uma reestruturação pessoal e de um método de cinco passos. A união das duas práticas contribui nas conquistas pessoais e profissionais. Segundo o autor, o sofrimento da estagnação e impotência não podem ter espaço na rotina!

(Onde comprar: Amazon)

 

“Colocando a vida em ordem”, de Deive Leonardo

Em um mundo no qual tudo muda rapidamente e as coisas precisam ser resolvidas de modo imediato, muitas questões angustiam. O caminho para uma trajetória de desenvolvimento pessoal e emocional de sucesso é proposta por Deive Leonardo, um dos maiores evangelistas e influenciadores cristãos da atualidade. Nesta obra, ele propõe orações diárias para encontrar Deus nos mínimos detalhes. São 31 mensagens para renovar as forças, ajudar a compreender os sentimentos e resolver os problemas de forma mais sábia.

(Onde encontrar: Amazon)

 

“O novo rico”, de Luís da Silva

Administrador e sócio proprietário de diversas empresas, Luís da Silva escreveu o livro O Novo Rico depois de perceber que muitas pessoas não gerenciavam bem suas finanças, porque nunca tiveram a oportunidade de aprender sobre o assunto. Foi por isso que, com a obra, decidiu apresentar conhecimentos teóricos sobre organização de dinheiro e investimento, ao passo que propõe atividades simples para os leitores executarem.

(Onde comprar: Amazon)

 

“Menos rotinas, mais roteiros”, de Leonardo Silveira

Leonardo Silveira estava perto de um burnout quando decidiu que viajar poderia ser uma forma de fugir da rotina e conhecer novos ares. Mesmo que nunca tivesse planejado uma viagem e sem jamais ter saído do país, ele decidiu ir para a Europa sozinho. Foi lá que obteve mais autonomia, aprendeu a conversar com pessoas de diferentes línguas e teve que encontrar soluções para problemas em regiões desconhecidas. Na obra Menos rotinas, mais roteiros, ele incentiva as pessoas a saírem da zona de conforto e a entrarem em contato com novas culturas e consigo mesmo.

(Onde encontrar: Clube de Autores)

 

“Engenharia da alma”, de Sandra Strauss

Neste livro, a professora transformacional e especialista em Cabala e meditação, Sandra Strauss, ensina o leitor a mudar sua vibração, conhecer seus medos e padrões atuais (e alterá-los como quiser). Tudo isso, com uma técnica única de meditação e mantra, que melhora a intuição pessoal e transforma os medos em combustível para o seu sucesso.

(Onde comprar: Amazon)


 

“Efeito Paradigma”, de Altair Poeta

Altair Poeta utiliza a ficção para tratar dos condicionamentos mentais que impedem as pessoas de buscarem as mudanças necessárias em suas vidas. No enredo, Melanie Parker é uma estudante de astrofísica que funda o programa “Efeito Paradigma” com objetivo de estimular os outros a conhecerem novas realidades. É uma obra voltada, principalmente, para empreendedores, palestrantes e interessados no autoconhecimento.

(Onde encontrar: Amazon)


Gibis contribuem com hábito de leitura de crianças

Créditos: Envato
Ícone da história em quadrinho, Turma da Mônica completa 60 anos e segue na lista dos preferidos


De quadrinho em quadrinho, com diálogos curtos e envolventes, os gibis facilitam a alfabetização de milhares de crianças pelo país. A Turma da Mônica, referência quando se trata do assunto, completa 60 anos em 2023, com 12 milhões de gibis por ano lidos por crianças e adultos. De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, em 2019, sobre os hábitos do leitor brasileiro, as crianças do Ensino Fundamental 1 e os jovens da faculdade são os que mais leem histórias em quadrinhos (HQs). A pesquisa revela, ainda, que livros de literatura e HQs estão empatados nas preferências dos entrevistados, perdendo apenas para os jornais.

“A leitura contribui com habilidades socioemocionais que o ser humano precisa aprimorar ao longo da vida, como empatia, senso crítico e noção de pertencimento a partir da identificação com os personagens da história. O apelo visual, a dinâmica ágil da narrativa em quadrinhos e o humor presente no enredo fazem com que o momento da leitura seja prazeroso e descontraído, despertando ainda mais interesse pelos textos”, afirma a professora de Oficina de Leitura e Redação do Colégio Positivo, Liliani Aparecida da Rosa.

Responsáveis pela formação de muitos leitores de gibis, Maurício de Sousa e equipe abordam temas diversos e atuais nas histórias, que agradam a todos os públicos. Sempre com novidades, foi possível manter um público fiel por tantas décadas. Na pesquisa do Instituto Pró-Livro, quando perguntados sobre o último livro que leu ou está lendo, dos 37 títulos mais citados, a Turma da Mônica está em terceiro lugar, empatado com Diário de um Banana.

Quem acompanha as histórias da Turma da Mônica quer mais, e os personagens foram transformados em ícones da cultura pop. Por meio da intertextualidade, os personagens aparecem em diferentes versões, como séries, filmes e obras de arte, como Mônica Monalisa. Segundo levantamento do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual da Agência Nacional do Cinema (Ancine), dos dez filmes mais vistos em 2021, cinco são baseados em personagens nascidos dos quadrinhos, já consagrados no papel e que querem ser vistos na telona.

Outra característica marcante das histórias em quadrinhos é que elas mostram temas complexos para leitores iniciantes de forma mais fácil. Contudo, é preciso que   o conteúdo seja adequado à idade da criança. “Não há dúvidas de que os gibis podem ser fundamentais no processo de incentivo à leitura para crianças, no entanto, pais e professores precisam estar atentos à faixa etária indicativa dos quadrinhos, já que é um universo bastante variado e complexo. Além disso, para que a criança evolua na leitura, é importante disponibilizar outros gêneros narrativos, que apresentam, gradativamente, desafios de leitura.  Por fim, desenvolver o hábito da leitura em crianças e adolescentes é um processo que inicia pela escuta e leitura prazerosa de obras que os agradem e que, de alguma forma, criam memórias afetivas nos jovens leitores”, comenta Liliani.


Hormônios bioidênticos: esclarecendo de uma vez por todas o que são e para o que servem

Endócrino alerta para os perigos da manipulação e as falsas promessas

 

“Hormônios bioidênticos são prescritos por nós, endocrinologistas, há muito tempo. São as substâncias hormonais com a mesma estrutura molecular e química dos hormônios produzidos pelo nosso organismo, e vários tipos de hormônios vendidos há bastante tempo nas farmácias são idênticos ao do organismo. O perigo é a pessoa ser levada a acreditar que hormônios bioidênticos são medicamentos tidos como naturais, para rejuvenescimento e que somente existem manipulados. Estão usando esta nomenclatura para fins comerciais. Isso é muito perigoso para a saúde e, infelizmente, esse mau uso tem sido amplamente propagado nas mídias sociais”, alerta o Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

 

Os hormônios, quer sejam bioidênticos ou não, servem para repor algum hormônio que esteja faltando em decorrência de uma disfunção ou doença. Em alguns casos, a molécula do hormônio precisa ser alterada pois se for administrada “bioidêntica” por via oral, ela não seria absorvida pelo intestino, dada a ação dos sucos gástricos. De modo semelhante, alguns outros hormônios precisam ser levemente modificados para que, após a administração intramuscular, possam durar vários dias ou semanas, reduzindo a necessidade de injeções diárias.

 

Por outro lado, quando a molécula hormonal é estável para absorção ao ser ingerida via oral, ela pode ser prescrita idêntica ao do corpo humano. “É o caso de hormônios tireoidianos prescritos para quem tem hipotireoidismo, por exemplo: eles são (bio) idênticos ao que nosso organismo produz. Quando a glândula tireoide não produz o hormônio suficiente, então o endocrinologista avalia o paciente e prescreve o hormônio, que é vendido em fármacias com aprovação pela Anvisa, em doses altamente reguladas, testadas, aprovadas e feitas em laboratórios de alta segurança, sem inconsistência”, explica Dr. Felipe.

 

O mesmo acontece com outros hormônios como o hormônio do crescimento (prescrito para deficiência de GH), alguns hormônios sexuais (prescritos para reposição), o cortisol (hidrocortisona) e assim por diante.

 

O que acontece é que estão usando o termo ‘hormônio bioidêntico” para se referir comercialmente a um composto natural (animal, vegetal ou mineral, tecnicamente natural), manipulado (diversas vias: oral, sublingual, transdérmico, transvaginal, nasal, intramuscular etc), customizado e com simulação de níveis da juventude.

 

“Esses ditos ‘médicos’ que circulam nas redes sociais se apropriaram do termo bioidêntico para taxar substâncias como ‘naturais’ e as prescrevem para manipulação. As partículas de hormônios são muito precisas, e na manipulação, em alguns casos, não é possível atingir tal precisão. E pior: na maioria das vezes as pessoas que recorrem a estes ‘médicos’ sequer precisam repor qualquer hormônio”, conta o endocrinologista.

 

Bioidênticos para rejuvenescer?


Além da apropriação do nome como sinônimo de natural para ‘mascarar’ a intenção comercial, a venda dessas substâncias costuma vir juntamente com promessas de rejuvenescimento associado a mais energia e vitalidade, o que não está comprovado pela Ciência. Portanto, os efeitos colaterais podem ser os mais diversos. 

Um hormônio só deve ser indicado quando há deficiência e para isso não basta fazer um exame de sangue ou apenas um exame de saliva, é necessária toda uma avaliação da história clínica do paciente, frequentemente associada a exames de imagem para avaliar se a reposição vai ser benéfica ou não. Quando indicada, essa reposição deve ser prescrita preferencialmente por um especialista em endocrinologia e metabolismo, e de preferência utilizando hormônios vendidos em caixa, com extensa informação sobre o produto, e a marca do laboratório aprovado pela Anvisa, salvo raríssimas exceções”, finaliza Dr. Felipe. 



SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
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