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quarta-feira, 5 de abril de 2023

5 erros que impedem empresas de crescer. Especialista explica

Mentor empresarial, Gustavo Medeiros, afirma que a falta de inovação é o pior erro que uma pequena empresa pode cometer 

 

O que faz uma empresa crescer? A resposta a essa pergunta pode ser exaustivamente longa por englobar uma série de aspectos importantes que devem ser considerados, no entanto, existem alguns erros que podem influenciar negativamente esse processo.

 

Segundo o mentor empresarial e especialista em neurolinguística, Gustavo Medeiros, existem alguns erros que podem ser fatais tanto para empresas que estão começando, quanto para as que já estão estabelecidas.

 

O mercado está se tornando cada vez mais competitivo, em todas as áreas, por isso, é preciso tomar alguns cuidados fundamentais ao abrir uma nova empresa ou para manter os resultados”.

 

1 - Apenas atender às expectativas:

Estamos cansados de ouvir que é importante atender às expectativas dos clientes e isso é realmente muito importante, mas atualmente, os clientes têm se tornado mais criteriosos e apenas atender às expectativas pode não ser o suficiente, por isso, é importante sempre buscar superá-las, isso é fundamental para encantar e fidelizar clientes” Explica Gustavo Medeiros.

 

2 - Muitos chefes, poucos líderes:

Equipes bem lideradas são fundamentais para o sucesso de qualquer empresa, mas isso não pode ser feito por um simples chefe que delega atividades em critérios e dá ordens sem contexto, é preciso investir em líderes com habilidades de adaptação e análise para melhor utilizar os talentos da sua equipe e aplicá-los assertivamente”.

 

3 - Falta de inovação:

Esse é com certeza o que mais causa o fim de empresas, o mundo moderno está em constante e veloz desenvolvimento, e isso deve ser acompanhado pelas empresas, quem não busca sempre inovar, pensar fora da caixa, oferecer novas soluções, novos produtos, serviços e abordagens, fica para trás e muitas vezes não consegue recuperar sua posição no mercado novamente” Afirma Gustavo Medeiros.

 

4 - Mal atendimento:

Com o crescimento do uso de inteligência artificial e chatbots, o atendimento humanizado e adaptado está se tornando um diferencial cada vez melhor, os clientes gostam do contato humano-humano e isso deve ser motivo de atenção”.

 

5 - Falta de conhecimento do seu público-alvo:

Nenhum dos itens acima pode ser aplicado sem o adequado conhecimento das necessidades do seu cliente, é quase inconcebível que com a tecnologia atual e os diversos dados sobre seu público adquiridos com facilidade, eles não sejam devidamente utilizados” Explica.

 

 


Gustavo Medeiros - formado em Administração pela Faculdade Estácio de Florianópolis e Master em Programação Neurolinguística (PNL), com experiência de 18 anos no comércio varejista, passando pelas gestões de marketing, estratégica e comercial. Também é especialista em Psicodinâmica do mundo dos negócios, analista comportamental e com especialização em psicanálise em curso. Hoje atua mais fortemente nas áreas de consultoria e treinamentos, sobretudo em gestão de clínicas do mercado estético, mas também de consultórios odontológicos.


VLI abre processo seletivo para 22 aprendizes em Paulínia (SP)

Todas as vagas são afirmativas, ou seja, serão destinadas a mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência (PCDs)

 

A VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – está com 22 vagas abertas para aprendizes de Elétrica em Paulínia, no estado de São Paulo. As oportunidades são todas afirmativas e, portanto, serão preenchidas por mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência (PCDs). O curso, exclusivo para os selecionados, será desenvolvido em parceria com o Senai. A aprendizagem terá duração de 18 meses e há chances de efetivação quando ele for concluído.   

Podem se inscrever até o próximo dia 15, pela página de carreira da empresa, pessoas com ensino médio completo e que tenham disponibilidade para uma jornada diária de oito horas. Isso porque quatro horas serão dedicadas ao aprendizado e as outras quatro horas serão destinadas às aulas práticas na Oficina de Locomotivas de Paulínia. A previsão é de que a aprendizagem tenha início no dia 26 de julho deste ano. 

Os aprovados no processo seletivo terão uma bolsa no valor de R$ 1.302; cartão-refeição, vale-alimentação; vale-transporte e/ou ônibus fretado (dependendo da localização em que irá trabalhar); assistência médica e odontológica; Gympass (plataforma de academias, com foco em sua saúde e bem-estar); cesta de Natal; além de uma rede de descontos em várias lojas, restaurantes, salões e outros. 

De acordo com a analista de Gente da VLI, Lorena Maria Marinho Ribeiro Santana, os aprendizes serão apadrinhados. “Isso significa que as práticas deles serão acompanhadas por profissionais já experientes dentro da companhia. Eles irão para as locomotivas e realizarão tudo que aprenderem no Senai”. Ela ressalta que eles também serão capacitados pela Universidade Corporativa, conforme os procedimentos da área em questão. 

Ela destaca que a empresa acredita no potencial dos jovens e investe no desenvolvimento de competências essenciais para o profissional do futuro. “A VLI investirá na capacitação e desenvolvimento destas pessoas, porque o processo de aprendizagem visa a efetivação, caso surjam vagas futuramente. Esta é uma grande oportunidade para iniciar a carreira na ferrovia”, finaliza.

 

Desastres Ambientais: principais motivos desses fenômenos estarem acontecendo

Rodrigo Salvetti, professor de Geografia do Ceunsp, explica a crescente dos impactos ambientais e formas de evitar as tragédias

 

O que antes não era tão comum no Brasil, vem acontecendo cada vez mais: os desastres ambientais. Neste ano, o caso mais recente envolveu os diversos escorregamentos de massa no Litoral Norte de São Paulo, disparados pelas fortes e volumas chuvas de verão.  

De acordo com o professor de Geologia no curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Rodrigo Salvetti, é necessário entender os motivos dessas tragédias ambientais estarem acontecendo. 

“Primeiro, é preciso compreender que eventos naturais, como inundações, chuvas intensas, terremotos e deslizamentos de terra fazem parte da dinâmica natural. Esses cenários ocorrem desde a formação do planeta, moldando o relevo e provocando a formação de solos e sedimentos. Estes são ocasionados pela ação do gelo, água, ventos, ou pelos processos de movimentação tectônica que acontecem no interior do planeta”, destaca o geólogo. 

Salvetti explica que autoridades e especialistas têm conhecimento sobre as possibilidades desses fenômenos acontecerem. “As áreas onde essas tragédias ocorrem são conhecidas. Geólogos mapeiam os locais suscetíveis a terremotos, enquanto os profissionais da defesa civil conhecem os espaços com potencial risco de deslizamento e inundação. No entanto, o ser humano eventualmente acaba por ocupar essas áreas de risco, ficando vulneráveis a ocorrência dos desastres quando acontecem esses eventos naturais”. 

Em áreas de terremotos, como o que ocorreu na Turquia recentemente, o professor reforça que nesse cenário, fica evidente que as leis de construção de prédios resistentes a terremotos não foram seguidas, o que promove o desabamento dos edifícios em eventos de maior intensidade. 

Rodrigo ressalta ainda que as mudanças climáticas, observáveis no Brasil, ocorrem em uma escala mundial, devido ao aquecimento da atmosfera pelo acúmulo de gases estufa, em geral, provenientes da queima de combustíveis fósseis e vegetais. “Quanto mais aquecido o planeta, mais intensa e dinâmica será a formação de tornados, furacões e nuvens de tempestade. Com isso, se tornam mais frequentes os eventos climáticos extremos globalmente”. 

Para modificar esse cenário dos impactos climáticos, Salvetti reforça que é preciso uma mudança de atitude da população e das autoridades mundiais.  

A redução das emissões de gases estufa precisa ser imediata e significativa para que as mudanças climáticas aconteçam com menor intensidade. Isso significa a adoção de novas fontes de energia limpas e renováveis, a interrupção ou diminuição da queima de combustíveis fósseis e de desmatamento das grandes florestas. Entretanto, no atual cenário, mesmo que essas medidas sejam tomadas, acredita-se que as mudanças já não poderão ser revertidas, e que precisaremos nos adaptar a essas novas condições climáticas e, sobretudo, nos preparar para os eventos climáticos mais intensos no futuro próximo”, indaga. 

Outro fator preponderante para evitar esses desastres, de acordo com o professor do Ceunsp, é as autoridades locais planejarem e fiscalizarem a ocupação de áreas de risco, removendo as pessoas das áreas mais suscetíveis a eventos de perigo. “As leis ambientais existem e devem ser respeitadas. Com o uso das ferramentas de gestão e planejamento urbano, é possível evitar que a dinâmica natural afete de maneira mais contundente as populações. Além disso, a fiscalização é o mecanismo mais efetivo para evitar ou minimizar as perdas materiais e humanas diante da ocorrência dos desastres naturais”, finaliza.  



Ceunsp
www.ceunsp.edu.br


Carga tributária recorde faz crescer a demanda por bons profissionais tributários

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgou recentemente a estimativa da carga tributária bruta (CTB) do Governo Geral (Governo Central, Estados e Municípios) para 2022. De acordo com o órgão, a carga tributária no último ano foi de 33,71% do PIB, contra 33,05% em 2021, ou seja, um aumento de 0,65 pontos percentuais. Foi o maior resultado na série histórica do Tesouro, iniciada em 2010. Esse fato nos faz refletir sobre o importante papel dos profissionais tributários para auxiliar as empresas a, dentro da estrita legalidade, reduzir, postergar ou evitar a incidência de tributos, bem como para detectar se houve recolhimentos de tributos indevidos ou a maior, recuperando valores essenciais à manutenção da sua competitividade.

De fato, em um cenário onde empreendedores convivem com uma das maiores cargas tributárias do mundo, é muito importante que um planejamento tributário seja realizado. São estratégias, ações e estudos, dentro do que permite a legislação, que as empresas adotam para evitar a incidência, reduzir os valores e retardar o pagamento de tributos. A diminuição da carga tributária torna a empresa mais competitiva, uma vez que a economia gerada pode ser revertida na melhoria do próprio negócio, na minimização de passivos ou até mesmo em uma política de preços mais agressiva.

É importante salientar que existe uma série de fatores a serem levados em consideração, como as diversas opções de regimes de tributação, os incentivos fiscais existentes, as particularidades das legislações federal, estaduais e municipais, o volume de negócios, o porte da empresa, a situação econômica e as diversas possibilidades para recuperar e/ou reduzir tributos.

Todo planejamento tributário começa com a realização de um diagnóstico preciso, revisando as opções tributárias da empresa e os procedimentos que ela adota. É preciso levantar dados mercadológicos, analisar o atual enquadramento tributário, mapear os fluxos operacionais, administrativos, contábeis e financeiros, bem como os produtos e serviços ofertados. Na fase de diagnóstico, o importante é coletar o máximo de informações que tenham impacto direto no pagamento de tributos, de modo a embasar todas as decisões futuras a serem tomadas.

A escolha do regime de tributação é uma etapa crucial, pois uma opção equivocada faz com que os empresários paguem mais tributos e/ou assumam mais obrigações. O objetivo então é definir, analisando diversos cenários, o regime mais vantajoso para a empresa. Cada regime (Lucro Presumido, Lucro Real ou Simples Nacional) tem suas características peculiares, vantagens e desvantagens. Necessário também analisar as possibilidades de redução da carga, buscando, dentro da legislação, as vantagens tributárias que podem ser utilizadas pelo negócio e os benefícios fiscais disponíveis, como isenções, reduções de base de cálculo/alíquotas, deduções, amortizações e outras medidas dessa natureza.

Além disso, realizar uma revisão fiscal permite auditar os procedimentos relacionados à emissão de notas fiscais, escrituração fiscal, cálculo de tributos e preenchimento de obrigações acessórias, verificando se as informações prestadas estão corretas e se houve equívocos fiscais que fizeram o contribuinte pagar mais tributos do que deveria. A correção dos procedimentos equivocados irá gerar economia futura e os tributos pagos indevidamente podem ser recuperados administrativamente, injetando novos recursos na empresa.

Por fim, é preciso examinar as teses tributárias existentes e analisar a viabilidade de ingressar em juízo buscando a ilegalidade ou a inconstitucionalidade de determinadas exigências, o que, em caso de êxito, poderá evitar, reduzir ou retardar o pagamento de tributos, além de recuperar tudo o que foi pago indevidamente nos últimos cinco anos.

Percebe-se que o planejamento tributário vai muito além da escolha do melhor regime de tributação. Ele avalia a empresa como um todo, propondo um caminho mais seguro para o crescimento do empreendimento. Profissionais tributários competentes são essenciais para a construção de empresas prósperas. Afinal, a alta carga tributária brasileira exerce forte impacto sobre o preço de venda das mercadorias e prestações de serviços, e o lucro de um negócio pode aumentar ou diminuir de acordo com os procedimentos tributários adotados.

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.


e-Auditoria
https://www.e-auditoria.com.br/

A Páscoa está chegando, veja 12 formas de economizar

O especialista em finanças pessoais, João Victorino, elenca doze dicas para levar em consideração se você deseja economizar nesta Páscoa

 

A Páscoa chegou e o valor do chocolate disparou. A variação de preços dos ovos de chocolate, segundo uma pesquisa realizada pelo Procon-SP, chega a 320% entre diferentes lojas. O especialista em finanças pessoais, João Victorino, elencou seis conselhos para conseguir gastar menos nesta Páscoa. Confira a lista:  

  1. Compare os preços: essa vale para todos as ocasiões. É importante que os consumidores façam uma comparação entre os preços em diferentes estabelecimentos, seja em lojas virtuais ou físicas. Em muitos casos, podem haver descontos que valem a pena. 
  2. Considere o peso do chocolate: muitos ovos pesam menos e são mais caros do que barras de chocolate, uma saída pode ser comprar barras de chocolate com até o dobro do peso do ovo, gastando menos da metade. 
  3. Amigo chocolate em grupo: como no Natal, o amigo chocolate é uma espécie de amigo secreto, onde grupos de amigos ou familiares sorteiam entre si e todos são contemplados da mesma forma. 
  4. Fazer os próprios Ovos de Páscoa: essa dica além de econômica, pode criar lembranças e momentos inesquecíveis junto de seus amigos e familiares, sejam filhos, sobrinhos, afilhados, irmãos e outros. 
  5. Compras coletivas: muitas vezes, as lojas dão bons descontos para quem compra em grande quantidade. Assim, reunindo algumas pessoas próximas, é possível organizar uma compra grande com ótimos descontos. 
  6. Comprar de confeitarias do seu bairro: além de ajudar no trabalho do microempreendedor, por vezes, os ovos de confeiteiras são mais saborosos e possuem mais variedades de tamanhos e sabores, nem sempre encontradas no mercado.
  7. Anote todos os gastos do feriado no orçamento mensal: saber para onde vai o dinheiro recebido é uma tarefa essencial para a boa saúde financeira. Inclusive para compras sazonais, que não acontecem todos os meses. Seria interessante deixar um espaço no orçamento para as compras desse período não impactam negativamente as finanças.
  8. Planeje-se com antecedência: à medida que nos aproximamos da Páscoa, mais caros costumam ficar os produtos típicos da época. Neste caso, vale a pena largar na frente e iniciar as pesquisas de preços antes da data. Caso esteja em cima da hora, se você tiver paciência de esperar, tente aproveitar as promoções após o feriado.
  9. Procure não levar as crianças para a compra dos ovos de Páscoa: geralmente, o excesso de estímulos pode acabar influenciando o comportamento delas, o que, por sua vez, pode resultar em gastos maiores que o previsto. 
  10. Produtos licenciados (de personagens) costumam ser mais caros: justamente pela compra dos direitos de imagem, o repasse do custo deste licenciamento também impacta os preços desses produtos.
  11. Estabeleça um limite de gastos para a data: medida importante para manter os pés no chão e não gerar arrependimento por ter gasto mais do que deveria.
  12. Para além dos chocolates: se possível, busque fazer um planejamento também para a hora do almoço.  Por conta da alta demanda de pescados para a data, pode valer a pena pesquisar preços, encontrar alternativas que possam substituir o bacalhau e, ainda, buscar o trabalho de pequenos produtores.

O especialista destaca que os Ovos de Páscoa vêm com preços crescentes há tempos e não foi diferente do ano passado para este. “Segundo a Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) os Ovos de Páscoa estão até 18% mais caros este ano se comparados a 2022. O motivo, segundo a pesquisa, foi o repasse dos custos de produção e a alta nos insumos. Isso acaba pesando muito no bolso do consumidor, que pode economizar seguindo as dicas acima”, finaliza João.  

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas pela Universidade e com MBA pela instituição. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João é líder em diversidade e inclusão na Visa, atuando em prol de pessoas com deficiência. O especialista busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Levantamento do Infojobs aponta aumento de 16% nas ofertas de vagas híbridas em três meses no Brasil

A pesquisa também aponta que, de janeiro de 2022 a janeiro de 2023, a oferta de vagas remotas cresceu 32,6%.

 

Levantamento exclusivo do Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções de tecnologia para o RH das empresas, mostra que de novembro de 2022 a janeiro deste ano, o modelo híbrido cresceu 16,6% no Brasil, reforçando o comportamento de empresas de retornarem para os escritórios, após a pandemia da covid-19. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com mais ofertas desse tipo. 

Apesar dos 3.190 anúncios, com 7.010 vagas ofertadas, a preferência de contratação ainda é para o modelo tradicional. O modelo híbrido representa apenas 2,48%, contra 94,82% de vagas totalmente presenciais. Já as vagas totalmente remotas, tendência durante quase dois anos, representam 2,7%.  

Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, o movimento de volta ao escritório ganhou força nos últimos meses, porque as empresas perceberam a falta de integração das pessoas e dificuldade para transmitir a cultura da empresa. “Temos visto movimentações em todo mundo com o retorno aos escritórios. Recentemente, Wall Street comemorou a ocupação de 50% de seus offices pela primeira vez em anos”, comenta.  

É preciso lembrar que a pandemia trouxe muitos efeitos e alguns refletem até hoje, como  a alteração nos modelos de trabalho. No período, cerca de 85% das empresas do país adotaram o home office, conforme Korn Ferry. No entanto, o cenário mudou e após um ano completo da retomada total de atividades, a preferência por vagas híbridas ou totalmente remotas ainda é expressiva por parte dos profissionais. E, por vezes, inegociável. Uma pesquisa do ADP Research Institute, por exemplo, mostrou que jovens de 18 a 24 anos preferem procurar outro emprego ao ter que voltar ao presencial. 

“O home office oferece qualidade de vida e bem-estar para o colaborador, mas a imersão pode ser um desafio, prejudicando até mesmo o desempenho da função. O modelo híbrido, por outro lado, permite equilibrar os benefícios do presencial e remoto. Vejo como uma tendência em negócios de diversos setores a adoção desse formato de trabalho, comprovado até mesmo pelo aumento de ofertas nos últimos três meses”, pontua. 

 

Áreas que mais oferecem vagas no modelo híbrido

  • 34% - comercial e vendas;
  • 10,5% - TI;
  • 10,2%  - finanças.

 

Áreas que mais oferecem vagas no modelo home office:

  • 22,4% - comercial e vendas;
  • 19,5% - TI;
  • 7,9%  - administração.

 

Cargos com mais ofertas de vagas (são quase os mesmos para ambos modelos)

  • Analistas  - 28,1% modelo híbrido e 33,1% home office; 
  • Operacional  - 13,6% no híbrido e 20,9% no home office;

Na terceira posição dos cargos para o modelo híbrido aparecem os assistentes com 12,6% das vagas ofertadas e os consultores no modelo home office com 10,5% das vagas. 

 

Cobrança do Difal antes de janeiro de 2023 deve ser considerada inconstitucional, defende FecomercioSP

Para Entidade, que é amicus curiae na ação em julgamento no STF, estabelecer cobrança a partir do ano passado prejudicaria empresas

 

No próximo dia 12, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará uma das pautas mais relevante para o varejo no ano: a que trata do período de cobrança que deve incidir sobre o Diferencial de Alíquotas (Difal) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Enquanto a corte não toma a decisão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) tem trabalhado para que seja determinada a anterioridade anual do recolhimento do tributo – o que faria com que este fosse cobrado a partir de janeiro deste ano, e não de 2022 para cá.

 

A Federação, por meio do Conselho Superior de Direito (CSD) e do Conselho de Assuntos Tributários (CAT), encaminhou memoriais aos gabinetes dos ministros e fez coro junto a outras entidades com o objetivo de impactar a votação, iniciada em setembro do ano passado e paralisada quando o placar estava em 5 a 3 para a anterioridade anual. 

O pleito da FecomercioSP representa, sobretudo, os interesses das empresas que vendem para consumidores finais em outros Estados.

Vale lembrar que a Entidade é amicus curiae no julgamento.

Na perspectiva da Federação, o STF deve levar em conta o dispositivo presente no artigo 3º da Lei Complementar (LC) 190/2022, que é claro ao estabelecer que a cobrança só pode ser feita a partir de janeiro de 2023, evitando-se que o empresariado seja surpreendido com nova carga tributária retroativa do ano anterior. 

Sem este entendimento, as empresas perderão competividade no mercado, consequência que será ainda mais intensa para os negócios de menor porte, que não têm condições de recorrer à Justiça para evitar pagar o imposto, como muitas grandes conseguiram fazer do ano passado para cá. 

“Apesar de os governadores apontarem preocupação com a queda na arrecadação, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), desde 2002 há um significativo aumento da arrecadação dos tributos estaduais, sendo que, em 2022, o aumento foi de 7,48%, em comparação a 2021”, explica Sarina Manata, assessora do Conselho de Assuntos Tributários (CAT) da FecomercioSP.  

“Não se ignora que as análises devem levar em consideração os efeitos econômicos e sociais, mas o que vem ocorrendo é uma valoração excessiva dos impactos econômicos aos fiscos, em detrimento dos flagrantes inconstitucionalidades, como é o caso. Além disso, as empresas ainda não se recuperaram dos impactos da covid-19 e convivem com as incertezas da economia do País. Exigir o imposto antes de janeiro de 2023 será extremamente prejudicial aos negócios”, completa. 

 

O entendimento de que a cobrança deve começar a partir de 2023 vem do fato de que a LC 190, que regulamenta o recolhimento do Difal, foi sancionada em janeiro do ano passado. Como a Constituição proíbe a exigência de um novo tributo dentro do mesmo exercício financeiro, logo, não teria nenhum respaldo jurídico. 

 

Mais do que isso, a medida seria inconstitucional. A FecomercioSP observa os trâmites do Difal desde 2015, quando foi editado o Convênio ICMS 93/2015, declarado inconstitucional pelo Supremo em 2021, que também contou com a participação da entidade como amicus curiae e, desde a Edição da LC 190/2022 e de leis estaduais que regulam a matéria, aponta para a cobrança indevida do tributo naquele mesmo ano.

 

Em um movimento político, a ministra Rosa Weber zerou o julgamento no fim de 2022, quando faltava um voto para completar maioria pela anterioridade anual, após ouvir as demandas dos governadores – cuja votação lhes era desfavorável. 

 

A ministra defendeu que o destaque do caso, ferramenta institucional para o reinício do debate no plenário físico, foi para atender às populações afetadas nos Estados. A discussão será retomada em breve, permitindo que até os ministros que já registraram seus votos no plenário virtual possam alterar o posicionamento adotado.

 

FecomercioSP



A 5 meses do fim do ano fiscal nos EUA, veja 5 dicas para conseguir um dos 200 mil Green Cards disponíveis no período

O ano fiscal de 2023 dos EUA termina em setembro, quando encerra-se também as emissões dos quase 200 mil de vistos de trabalho disponíveis nesse ano e que garantem um Green Card. Um dos caminhos mais assertivos para conseguir um desses documentos é ter aqui no Brasil uma trajetória profissional sólida e um histórico profissional que deixe claro o peso da contribuição que a mudança de carreira para os EUA trará para o desenvolvimento do país.

A advogada Liz Dell’Ome, sócia fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório de advocacia especializado em imigração de brasileiros para os Estados Unidos, conta que embora a questão da trajetória profissional sólida assuste a maior parte dos candidatos, ela não está condicionada apenas a profissionais que tenham frequentado universidades ou sejam C-Level. “Já tivemos aprovação de vistos que garantem Green Card para artistas, tatuadores, fotógrafos, bartenders, empreendedores, técnicos, atletas entre outros. Países de economia sólida, como a dos Estados Unidos, também precisam de diversidade profissional”, afirma.

Liz Dell’Ome elenca cinco dicas que tornam um currículo passível de aprovação para um visto de permanência no país. Este, aliás, é apenas um dos passos no processo de expatriação, e por isso é necessária a assistência especializada para percorrer todo o caminho.


Dica 1: invista em aprendizado constante

A atualização profissional constante é um ótimo caminho para construir um currículo consistente para fins imigratórios e conseguir oportunidades no mercado de trabalho americano. Esse investimento mostra que houve prioridade no desenvolvimento de habilidades profissionais e também pessoais. “É importante manter o foco e ressaltar a real contribuição de cada curso concluído e relacioná-lo com a trajetória do profissional”, explica Liz.  “Por exemplo, é preciso que fique claro como essa formação tem colaborado para tornar a pessoa um melhor profissional, com resultados de impacto em seu setor de atuação”, complementa.


 Dica 2: tenha projetos que extrapolem o campo profissional

Nem só de experiências formais com resultados de impacto para o campo de atuação do profissional ajudam na aplicação de um green card. A advogada explica que vale se dedicar a outros tipos de atividades. “Manter um blog voltado para a área de atuação profissional, ter artigos autorais publicados em sites e publicações especializadas pode ser uma boa maneira de mostrar autoridade sobre a atuação e conhecimentos em um determinado campo”, exemplifica Dell’Ome. 


Dica 3: construa Networking:

Participe de eventos! Isso é muito importante, seja como audiência ou palestrante. A especialista explica que esses encontros e as interações com outros profissionais agregam muito com a troca de conhecimento e experiências, networking, descoberta de novas oportunidades, e pode transformar o profissional em referência em seu setor de atuação, com reconhecimento pelos seus pares.


Dica 4: exerça atividades voluntárias

 Na cultura americana o trabalho voluntário é muito bem-visto. “Muitos empregadores interpretam o envolvimento em atividades voluntárias como forma de avaliar valores e postura pessoal em relação ao coletivo”, diz Liz. Além de ser uma ótima forma de socialização é possível demonstrar na prática habilidades e competências pessoais e conceitos profissionais.

Dica 5: aprenda a viver na multicultura

O contato com outros idiomas, novas culturas, visão de mundo, adaptabilidade a uma nova realidade são aspectos que agregam tanto do ponto de vista pessoal, como profissional. Liz Dell’Ome dá a dica: “Procure se familiarizar o quanto antes com aspectos como a língua local, comportamento e etiqueta social, culinária, entre outros tópicos. Filmes e livros costumam trazer boas dicas”. Nos Estados Unidos, o trabalho voluntário pode ser uma opção para se adaptar, construir relacionamentos e entender melhor algumas tradições e aspectos sociais.

 

Liz Dell´Ome - advogada brasileira fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório com sede em Nova York especializado em imigração de brasileiros para os EUA


Instituições sem fins lucrativos têm dificuldade para acessar sistema financeiro

Estudo inédito sobre ONGs e bancos expõe relação conflituosa e cercada por barreiras operacionais e administrativas


Impossibilidade de abrir uma conta bancária, falta de acesso a cartões de crédito e de débito, tarifas semelhantes a de outros clientes, requerimento de antecedentes criminais de toda a diretoria e exigência de parecer do consulado brasileiro no país-sede. Estes são apenas alguns dentre uma série de obstáculos enfrentados pelas organizações da sociedade civil no Brasil e que foram revelados pela pesquisa As ONGs e os Bancos, primeira sobre o tema no país. 

O estudo englobou 123 organizações e é uma iniciativa do programa de advocacy da ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos), que também faz parte da Coalizão de OSCs pelo GAFI (Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo). A investigação nasceu a partir de queixas realizadas pelas organizações sem fins lucrativos à ABCR sobre a relação conflituosa com o sistema financeiro. Com o objetivo de compreender e avaliar suas percepções em relação aos bancos, os dados da pesquisa foram coletados por meio de questionários on-line, com 39 perguntas abertas e fechadas, entre junho e julho de 2022. 

Ao todo, foram elencadas 28 instituições bancárias (incluindo o segundo e o terceiro banco com que as organizações trabalham). Os bancos mais citados pelas organizações foram o Banco do Brasil (14%), Itaú Unibanco (11%), Banco ABC Brasil (10%) e Bradesco (10%). É provável que a liderança do Banco do Brasil seja uma consequência da lei 13.019/2014, que rege as parcerias entre os governos e as ONGs e exige a abertura de conta em um banco público. Possivelmente, em razão de sua penetração maior no Terceiro Setor, o BB foi citado tanto como o banco que mais apresenta facilidades quanto como o que mais apresenta dificuldades para os participantes.

Organizações sociais de todas as regiões do país e de quase todas as unidades da Federação responderam às questões, sendo que pouco menos da metade delas (46%) é do estado de São Paulo, mas o restante se distribuiu de maneira razoavelmente uniforme. O perfil das entidades respondentes é diverso do ponto de vista de receitas anuais. Aproximadamente um terço recebeu até R$ 100 mil em 2001, outro terço somou entre R$ 100 mil e R$ 2 milhões de reais, e outro terço contabilizou mais de R$ 2 milhões. 


Burocratização, desinteresse e desconhecimento

O estudo expôs a contínua burocratização exercida pelos bancos, além de seu grande desinteresse e desconhecimento pelo trabalho das entidades do Terceiro Setor. Entre as principais queixas estão: 73% das organizações não possuem cartão de crédito, 2/3 (65%) das organizações não possuem cartão de débito, 38% foram vítimas de cobrança indevida de tarifas bancárias ou de impostos debitados em conta, 1/3 (33%) das organizações foram impedidas de abrir uma conta bancária, 26% precisaram movimentar recursos em contas de terceiros, uma em cada cinco instituições (21%) já recebeu exigência inadequada de um banco ou de uma empresa financeira e 17% tiveram sua conta bloqueada pelo banco ou instituição financeira.

“Este estudo revela algo que faz parte do dia a dia de quem faz gestão em organizações da sociedade civil, mas que é pouco conhecido pelo público em geral. As dificuldades são constantes, atrasos e faltas de respostas são comuns, as soluções são poucas. Isso prejudica o trabalho de centenas de milhares de organizações, impactando diretamente na vida de uma grande parcela da sociedade brasileira”, afirma Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR.

A recusa de abrir uma conta bancária causa vários impactos. Em algumas ocasiões, trata-se de uma conta vinculada, exclusiva para receber recursos públicos e a negativa da instituição bancária atrasa ou inviabiliza a prestação do serviço. Em outros casos, a organização migra para a informalidade e utiliza subterfúgios como uma conta bancária de pessoa física (de seu presidente ou diretor). Essa alternativa já foi utilizada por 26,3% das instituições, seja porque ainda não tinham conta em banco (11%) ou porque a conta estava bloqueada (6%) ou em decorrência de outro empecilho (9%). 


Falta de cartão de crédito dificulta execução de tarefas rotineiras

A pesquisa constatou que a maioria das instituições sem fins lucrativos só consegue abrir uma conta bancária devido à persistência, mas depois ocorrem dificuldades em ações triviais, como a obtenção de cartão de crédito. Só um quarto das OSCs dispõem desse recurso para fazer operações cotidianas, como saques e compras nacionais e internacionais. 

Como regra, a maioria dos bancos compreende que o cartão é um tipo de crédito antecipado e, portanto, algo que preferem não fornecer a instituições sem fins lucrativos. Porém, ONGs que trabalham com temas de interesse global têm dificuldade, por exemplo, de assinar publicações estrangeiras ou de obter certos tipos de software, como os de videochamada. “Nosso cartão só foi aprovado depois de mais de cinco anos de relacionamento com o banco. Mesmo assim, o limite de crédito é baixo”, declarou um dos respondentes da pesquisa. 

A recusa dos bancos em conceder serviços simples ajuda a explicar a grande quantidade de reclamações sobre as tarifas cobradas pelas empresas. Parte dos representantes de ONGs queixa-se da cobrança por avaliarem que suas organizações, por terem atuação socialmente relevante, deveriam ser isentas. Outra parte critica o descompasso entre o que se paga e o que se tem em contrapartida. “Sabemos que é justo que os bancos recebam pelo trabalho. Porém, minhas taxas são cobradas como cliente Ouro, mas não tenho nem cartão de débito”, comentou um dos respondentes.

Como investidores, as entidades preferem alternativas de menor risco, como renda fixa e poupança. Quase 20% não aplicam seu dinheiro; algo esperado nas organizações que têm giro financeiro de curto prazo, que recebem para pagar suas despesas ou investir em seus projetos. Possivelmente em razão desses entraves, grande parte das ONGs (77%) nunca pediu empréstimo bancário. Entre as que pediram, 13% tiveram o empréstimo aceito e 10%, negado. 


Necessidade de diálogo

Os números sinalizam uma dificuldade do setor financeiro de compreender o funcionamento e a composição das receitas das OSCs. Os bancos parecem não saber que organizações sem fins lucrativos têm gestão financeira, planejam-se da mesma maneira que as organizações com fins lucrativos e são atores da sociedade que podem necessitar de crédito para muitas atividades, como investir em obras, ampliar a atuação ou melhorar sua própria capacidade de captar recursos.

Para as organizações, 48% dos profissionais das agências bancárias não compreendem o Terceiro Setor, e 45% entendem o setor, mas não têm qualificação para lidar com as instituições. As reclamações contra o sistema financeiro mostram uma necessidade de diálogo entre os dois lados para transformar essa realidade.

“Bancos e ONGs só têm a ganhar com um maior diálogo. Além dos benefícios para a gestão das organizações sociais, há um grande potencial comercial para o sistema financeiro. Atender bem quem faz o bem pode também ser um ótimo negócio”, complementa Nogueira.

O resultado completo da pesquisa pode ser conferido pelo link https://bit.ly/40GPZLp.  

 


ABCR - Associação Brasileira de Captadores de Recursos
https://captadores.org.br


Nova lei determina que delegacias da mulher passam a funcionar 24 horas a por dia; advogada explica como conseguir atendimento.

Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta terça-feira (4/4) passa a estabelecer que as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) passem a funcionar 24 horas por dia, inclusive em feriados e finais de semana. A medida já está em vigor e também prevê que o Poder Público forneça acompanhamento psicológico e jurídico à mulher vítima de violência. O atendimento deverá ser realizado em salas fechadas e, preferencialmente, por policiais do sexo feminino. A regra também vale para os municípios que não possuem delegacia especializada.

A advogada Marilia Golfieri Angella, especialista em direito de família, gênero e infância e juventude e sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia familiar e social, explica que é função das DEAMs realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal da violência doméstica. É nessa delegacia, por exemplo, que se pede medida protetiva de urgência. A polícia terá 48 horas para enviar o pedido ao juiz, que também terá 48 horas para responder ao pedido da ofendida. É importante destacar que a mulher não precisa estar acompanhada de advogado para solicitar esse tipo de proteção.

Para registrar a ocorrência é preciso que a vítima leve seus documentos, o máximo de informações possíveis sobre a pessoa que será denunciada, como nome, número da identidade e endereço (quando possível) e o máximo de provas e testemunhas que tiver.

Os policiais vão abrir o boletim, colher o depoimento da vítima e depois chamar as testemunhas para depor. “Se a mulher tiver sofrido agressão física, será encaminhada para o exame de corpo de delito. Algumas delegacias possuem médicos no próprio local. Quando não há um especialista na delegacia, a vítima é encaminhada para um hospital, onde será feito o exame.  Além disso, se a vítima achar que ela ou os filhos corram riscos, pode-se solicitar encaminhamento para uma casa abrigo, onde ficará protegida”, afirma Marilia Golfieri Angella.


Veja quais crimes podem ser denunciados nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher:

Segundo a Lei Maria da Penha, violência doméstica é qualquer tipo de ação ou omissão que cause dano físico, psicológico, moral, patrimonial ou sexual à mulher dentro do ambiente doméstico, familiar ou em uma relação íntima de afeto.

Ou seja, é violência doméstica quando uma mulher é agredida por qualquer pessoa (homem ou mulher – ou seja, se você for lésbica e for agredida por sua companheira, também vale) que more com ela seja da família (pai, mãe, filha, filho, irmãos também podem praticar violência doméstica), ou com quem ela tenha uma relação íntima de afeto (namorado, amigo, colega de trabalho, etc).  

- Ameaças;

- Constrangimento, humilhação, vigilância, perseguição, chantagem ou qualquer outro tipo de atitude que cause dano emocional e diminuição de autoestima ou que vise controlar suas ações;

- Todo tipo de conduta que obrigue a mulher a presenciar, manter ou participar de relação sexual sem sua vontade, que impeça de usar método contraceptivo, que force a gravidez ou ao aborto ou à prostituição contra sua vontade;

- Reter, pegar ou destruir qualquer bem ou dinheiro da mulher;

- Calúnia, difamação ou injúria.

Já os crimes contra a dignidade sexual são todos os tipos de agressão sexual mesmo que praticados por um completo desconhecido na rua. E isso vale para beijo a força, passada de mão e qualquer outro tipo de abuso. “Esse tipo de denúncia toda delegacia da mulher no país deve receber”, complementa Angella.

A advogada celebra mais essa conquista do Direito da Mulher, mas lembra que a sensação de impunidade e injustiça ainda pairam sob os casos de violência doméstica, o que afetam até mesmo os profissionais que atuam na causa em razão do sentimento de frustração e impotência. “A melhora da legislação ajuda, mas ela precisa ser acompanhada de uma mudança sistêmica no funcionamento dos órgãos, em especial garantindo eficiência e celeridade nos procedimentos, que garantam o que está escrito, que garantam o cumprimento da lei já vigente”, finaliza.

 

Seis perguntas que devem ser feitas antes de iniciar um negócio em sociedade

Fundadoras do Do it Girls Club ressaltam a necessidade de conhecer alguns pontos de vista e estabelecer acordos logo no início 

 

Iniciar um negócio é o sonho de muitos brasileiros e, muitas vezes, esse sonho começa em sociedade, afinal de contas, parece ser muito mais fácil ter alguém para dividir um desafio como esse. Mas nem sempre é assim. Muitas sociedades começam em meio a muito otimismo, mas terminam de forma arrasadora. Como evitar que isso aconteça?

De acordo com Brunna Duarte, head de Marketing e uma das fundadoras do Do It Girls Club, comunidade de networking e conteúdo voltado para empreendedoras e executivas, ter um sócio pode ajudar muito quando se coloca o sonho do negócio próprio em prática, seja por questões financeiras ou por conta de disponibilidade de tempo. Mas a escolha correta desse parceiro ou parceira é fundamental. “Quem já teve uma sociedade que só deu dor de cabeça e fracassou sabe bem que é preciso tomar muito cuidado na escolha. Por isso é fundamental fazer alguns questionamentos antes mesmo de iniciar o negócio e a parceria”, sugere Brunna.

Para a empreendedora, uma das primeiras perguntas a serem feitas a um potencial sócio ou sócia é com relação ao espaço que o negócio terá na vida dele. “Entender o peso que o empreendimento terá na vida de cada um dos empreendedores é fundamental. Isso porque para um deles pode ser que a vida seja dedicada à nova empresa, mas para o outro o novo negócio pode ser apenas um hobby ou algo extra. Ou seja, provavelmente não haverá muito equilíbrio em termos de dedicação e isso pode causar problemas”, avalia.

Falar em tempo de dedicação, objetivos e outros itens relacionados ao negócio logo no início também são pontos ressaltados por Natália Archanjo, advogada e head comercial do Do It Girls Club. Ela acredita que a escolha de uma sociedade pode transformar em céu ou inferno a vida de quem empreende e a própria longevidade do empreendimento. “É preciso conhecer realmente a disponibilidade de cada um, assim como os objetivos para o negócio desde o início para evitar confusões e demandas fora do combinado ao longo do processo”, destaca. 

Outra questão relevante é entender o que faria um sócio ou sócia desistir do negócio. Para Adriana Tavares, head de Finanças e Gestão do Do It Girls Club, é importantíssimo saber desde o começo o que traz motivação ao sócio ou sócia com quem se divide o negócio, assim como os pontos que o fariam perdê-la.

Além disso, ela enfatiza a questão das finanças como fundamental. “Falar em lucro e verba para investimento, por exemplo, é importante ser colocado em pauta, porque nem sempre as coisas acontecem conforme o planejado. Nesse caso, o que os sócios já têm acordado?”, questiona.


Confira seis perguntas indicadas pelas fundadoras do Do It Girls Club para serem feitas para um possível sócio ou sócia:

- Qual o seu objetivo com esse negócio? Será que ele é similar ao meu?

- O que te faria desistir?

- Quanto tempo você pode se dedicar a ele?

- Se não chegarmos ao lucro no tempo estimado no planejamento, o que faremos?

- Se tivermos que investir mais, de onde virá essa verba?

- Quais são os seus valores essenciais, aqueles dos quais você não abriria mão?

 

 

Do It Girls Club
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Natália Archanjo - Advogada por formação com MBA em negócios pela FDC. Diretora Comercial e Líder dos departamentos de Marketing e Recursos Humanos da Matur Contábil, uma das maiores empresas de contabilidade do país. Membro da comissão do Do It Now, evento de gestão responsável por reunir mais de mil empresários na capital mineira.

Brunna Duarte - Formada em comunicação pela PUC e pós-graduada em Administração pela FGV, já realizou diversos cursos nas áreas de CX e Design Thinking. Desenvolveu sua carreira em grandes empresas multinacionais, sempre procurando atuar de forma criativa e inovadora.

Adriana Tavares - Formada em direito, cursou MBA em gestão na FDC e participou do Gestão 4.0, programa de imersão em negócios destinado a gestores C- Level. Sua experiência prática é vivenciada na empresa de sua família, a Altura Andaimes, em que ocupa o cargo de diretora há 11 anos.
 

Avanço da IA pode mudar os rumos da arquitetura

Segundo especialistas, tecnologias como ChatGPT devem aumentar a produtividade no setor, mas provoca discussões importantes, como a de direitos autorais 

 

Os avanços da inteligência artificial tomaram conta dos cadernos de tecnologia nos últimos meses, com a crescente adesão a novas tecnologias como o ChatGPT, um modelo de inteligência artificial treinado para conversar e responder perguntas, e o Midjourney, capaz de gerar imagens inéditas a partir de comandos de texto. Na arquitetura, há expectativa de que o aprimoramento desses sistemas auxilie profissionais em projetos complexos, seja na resolução de problemas, cálculos ou apenas otimizando processos.  

“Acredito que uma das evoluções que mais esperei e que se aproxima cada vez mais da realidade é a diminuição da quantidade de cliques no esboço de uma ideia. Em um escritório de arquitetura, tempo é dinheiro, quanto menos tempo você leva em um projeto, maior seu lucro”, comenta Leonardo Zanatta, arquiteto que integra a lista Forbes Under 30, que reúne jovens promissores de 15 setores distintos.   

Por outro lado, abre-se espaço para debates éticos sobre, entre outros temas, a substituição dos arquitetos pelas máquinas e os direitos autorais das imagens geradas por máquinas. 

Na visão de Leonardo, as máquinas ainda não criam algo totalmente do zero para a arquitetura. “Esse uso é algo que não estimulo mais ninguém a fazer, uma vez que a máquina basicamente se apropria de um acervo visual existente, de artistas reais, usando o trabalho deles para produzir suas próprias criações. Há uma apropriação indevida de imagens de vários artistas que não estão recebendo por isso”, explica.   

Parece, no entanto, que a inserção da IA nos processos de criação pode encontrar um meio-termo, ainda assim de forma disruptiva. Em artigo publicado pela Fast Company Brasil, Mauro Cavelletti, arquiteto e Diretor Executivo de Criação Latam na Huge, acredita que o valor da criatividade está sendo reformulado, não destruído. “As novas ferramentas são poderosas, sedutoras, nos empurram para novas trilhas cheias de inspiração. Assim, uma massa enorme de profissionais está encontrando caminhos criativos nas plataformas de IA adotando novas ferramentas em seus processos de trabalho”, afirma.  

No Brasil, por exemplo, a otimização por meio da tecnologia para arquitetos têm se tornado comum através de plataformas como o Archabox, sistema que organiza a biblioteca de blocos 3D de produtos e texturas em nuvem. “Em breve, se o arquiteto der o comando “selecionar todas as poltronas brancas em blouclet”, serão selecionadas todas as opções disponíveis no mercado. Isso é revolucionário para profissionais que desperdiçam horas com essa busca e solicitações de orçamentos”, ressalta Raphael Tristão, diretor da empresa. 

A maior parte dessas tecnologias funcionam a partir de um comando textual, por isso a expertise dos profissionais ainda será muito valorizada. O arquiteto Jeferson Branco, vencedor de concursos como o Archathon, destaca que a necessidade do conhecimento técnico em áreas complexas, como no caso da arquitetura e da construção civil, inviabiliza a ideia de “substituição” dos profissionais. 

“Quanto mais detalhado o texto, com referências e informações possíveis, melhor o resultado. Não acredito que sejam ferramentas que o cliente vá usar sozinho, até por existirem conceitos mais técnicos que são imprescindíveis para a execução de um projeto. Enxergo a utilização desses mecanismos quase que como um briefing, um brainstorming que, aí sim, poderia ser feito junto do cliente”, diz.


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