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domingo, 26 de março de 2023

A Competência de Ouro do Futuro: Pensamento Crítico

Você provavelmente já ouviu falar do Chat GPT. Ele está desempenhando um papel importante na automatização de muitas funções em vários campos profissionais. Vale ressaltar que ele não substitui completamente o papel dos seres humanos, especialmente no que se refere a habilidades humanas únicas, como a empatia. 

 

A psicóloga, especialista em neurociência, mestre em comunicação e CEO da Eleve Consulting, Shana Wajntraub, comenta que é necessário um pensamento crítico para fazer uma boa curadoria das informações e se atentar para não deixar o nosso conhecimento se tornar ultrapassado. No século passado, um conhecimento de 20 anos ainda era considerado atual. Hoje o conhecimento se torna obsoleto mais rápido, o que nos obriga a nos adaptarmos constantemente.

 

Mas afinal, o que é o pensamento crítico?

É a capacidade que temos de analisar informações de forma cuidadosa e racional, levando em consideração diferentes perspectivas e avaliando a qualidade e a veracidade das informações que nos são apresentadas.

 

E por que ele é tão importante?

Porque vivemos em um mundo cada vez mais complexo, de fake news e cheio de informações, onde é fácil se perder em meio a tantas opções. Mas se soubermos avaliar de forma crítica aquilo que nos é apresentado, teremos mais chances de tomar decisões mais assertivas.

 

Shana Wajntraub destaca que o avanço da tecnologia e o contexto complexo traz a necessidade de aprimorar o pensamento crítico. Ele envolve a habilidade de analisar informações, questionar as próprias ideias e opiniões, considerar diferentes perspectivas, ou seja, utilizar o "ceticismo de forma amável” e com uma boa retórica para influenciar as pessoas.

 

Duvidar de si mesmo e conviver com pessoas que possuem opiniões diferentes é uma maneira de melhorar a perspectiva do mundo. Pessoas com pensamento crítico estão sempre abertas a ouvir opiniões diferentes e fazer boas perguntas todos os dias. Conversar com pessoas de diferentes áreas pode enriquecer a visão do mundo e promover a desconstrução de preconceitos. 

No ambiente de trabalho, indivíduos com pensamento crítico são capazes de tomar decisões mais inteligentes e encontrar soluções inovadoras para problemas complexos.

A especialista Shana Wajntraub comenta que é importante aprimorar o pensamento crítico. Ele é um processo contínuo que exige prática e paciência e intencionalidade. Aqui estão algumas dicas para desenvolvê-lo:

 

  1. Faça boas perguntas: O pensamento crítico começa com fazer perguntas e questionar suposições. Ao se deparar com uma ideia ou informação, pergunte-se: isso faz sentido? Como eu sei que isso é verdade? Que evidências existem para apoiar essa afirmação?

    

  2. Analise fontes: Quando você encontrar informações, certifique-se de que elas sejam confiáveis e baseadas em fatos. Pergunte-se: de onde veio essa informação? É uma fonte confiável? Quais são os possíveis vieses ou motivações? 

    

  3. Considere diferentes perspectivas: O pensamento crítico envolve considerar diferentes pontos de vista e perspectivas. Ao avaliar uma ideia ou problema, tente se colocar no lugar de outra pessoa e pensar em como eles poderiam ver a situação.

    

  4. Use a lógica: O pensamento crítico requer lógica e razão. Quando você está avaliando uma ideia ou argumento, verifique se as conclusões fazem sentido e se as evidências são válidas. 

    

  5. Seja aberto a mudanças: O pensamento crítico envolve estar disposto a mudar sua opinião ou ponto de vista com base em novas informações ou evidências.

 

“O pensamento crítico envolve autoconhecimento, repertório, valores pessoais, ceticismo amável, análise de dados, abertura a opiniões diferentes e conversas construtivas. É importante sempre lembrar que não sabemos tudo, e que devemos permanecer abertos a aprender e evoluir constantemente.” Finaliza Shana Wajntraub.

 

 

Shana Wajntraub - conhecida como Shana Eleve - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil

 

Dependência tecnológica está elevando o número de pessoas sedentárias e solitárias

 A falta de convívio físico com outras pessoas pode prejudicar o desenvolvimento social, intelectual e emocional

 

Hoje, quem não tem rede social é considerado ultrapassado e se tornará incomunicável, pois as ligações por telefone estão em extinção. Só restará chamadas por aplicativos de voz e vídeo. Pesquisas apontam que, cada vez mais cedo, as crianças têm acesso às redes sociais. Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que no Brasil, houve um aumento significativo da população com acesso à internet pelo celular. As pessoas utilizam os aplicativos para troca de mensagens de texto, de voz, imagens e vídeos, ou seja, todas as idades “sofrem” interferência do uso da internet, incluindo os idosos, para se sentirem “acompanhados”.

Em função do crescimento desenfreado do acesso à internet e de novas tecnologias, está se elevando o número de pessoas sedentárias e solitárias. “Consequentemente, cada vez mais pessoas buscam ajuda para tratar a autoestima, depressão e fobia social, além de isolamento e dependência dos grandes centros, pois necessitam de conexão da internet, celular e vídeo game”, explica Cristiane Duez V. Santos, psicóloga do NAPP (Núcleo de Apoio Psicológico e Psicopedagógico) da Faculdade Santa Marcelina.

“Além da dependência notória da conexão, podemos falar também sobre a dependência emocional de estar conectado, de saber o que está acontecendo com as pessoas próximas ou consideradas próximas, isto é, hoje, os influenciadores atualizam seus status minuto a minuto, causando a sensação de estarmos juntos em uma compra no mercado da esquina, assim como, em uma balada, ou até mesmo na troca de fraldas de seu filho ou afilhado. Este movimento, faz com que permaneçamos online, tempo suficiente para acreditarmos que, aquilo que é mostrado como cotidiano, é real e verdadeiro, disse a psicóloga.

A seguir, a especialista fala dos malefícios da dependência tecnológica.


Quais os sintomas da dependência tecnológica?

Os sintomas são: baixa autoestima, necessidade de aumentar o tempo conectado (online), irritabilidade, depressão e prejuízos no trabalho e nas relações interpessoais.


Quando a dependência tecnológica pode se tornar uma doença?

Quando ultrapassa o limite da realidade e da fantasia. A tecnologia faz parte da nossa rotina e, não dá para dizer que, ficar horas na internet é uma doença que precisa de tratamento, porém, chama atenção, quando a pessoa deixa de ter vida social para ficar no celular (redes sociais). Neste caso, seria importante avaliação médica.


Quais os malefícios da dependência tecnológica?

A falta de convívio físico com outras pessoas como: olho no olho e sentir o calor humano devido ao uso excessivo das tecnologias, pode prejudicar o desenvolvimento social, intelectual e emocional. Os dependentes da tecnologia não conseguem controlar seu envolvimento e seu uso com a vida real e social, o que pode além do isolamento provocar desconforto emocional, ansiedade, agitação, irritabilidade, depressão, perturbação, TOC (transtorno-obsessivo-compulsivo) e outros, por conta de comparações entre a fantasia da vida idealizada e a fantasia da vida mostrada.


Quais os gatilhos que podem provocar uma dependência tecnológica?

Todo excesso é falta de algo e busca preencher um vazio existente. Com a tecnologia não é diferente, o excesso de conexão pode ser considerado uma busca por uma vida idealizada como o, “viveram felizes para sempre’. Estamos em uma era que basta aparentarmos sermos alegres, felizes, termos roupas e carros, que todos acreditam que somos felizes. O gatilho que considero mais importante, são os likes, isto é, a opinião do outro expressa se o que fazemos e vivemos, traz a felicidade. A quantidade de curtidas, válida ou não os sentimentos experienciados, o que pode trazer a certeza irreal do valor de nossa vida. Nestes casos, a opinião do outro importa sim, e muito. E é capaz de fazer a pessoa adoecer por acreditar que todos vivem bem e ela não.

 

Faculdade Santa Marcelina


Em 1999, o Ministério da Saúde classificou a Síndrome de Burnout na lista de doenças relacionadas ao trabalho. No começo do ano passado, esse movimento foi repetido, porém desta vez em escala global, já que a Organização Mundial de Saúde também adicionou a enfermidade como um problema atrelado às tarefas ocupacionais. Reconhecida por se tratar de um estado de exaustão crônica, o distúrbio ocorre, principalmente, após períodos prolongados de estresse e costuma desencadear entre profissionais que lidam com altas responsabilidades e pressão.

Hoje os professores acabam sendo um exemplo bastante recorrente e vulnerável à essa patologia, principalmente devido à natureza exigente de trabalho, ao estresse de cuidar dos estudantes e à fadiga social relacionada às atividades na área educacional. 

Como se as próprias exigências profissionais já não fossem o bastante, não são raros levantamentos que apontam que educadores precisam lidar com condições de trabalho problemáticas, como número elevado de estudantes, cargas de trabalho extenuantes, conflitos com alunos ou até mesmo com as famílias, que muitas vezes exigem ambiguidade de papel de educador e cuidador. 

Não à toa, um estudo conduzido pela Revista Brasileira de Medicina do Trabalho com professores da rede pública indicou que 70,13% dos profissionais apresentavam sintomas de burnout. Dentre eles, 85% sentiam-se ameaçados em sala de aula, enquanto 44% cumpriam uma jornada de trabalho superior a 60 horas semanais. Além dos números alarmantes, a pesquisa constatou que o alto índice da doença entre os educadores se dá pelo medo da violência no ambiente escolar, além da jornada excessiva, os baixos salários e a falta de suporte, recursos e reconhecimento pelo seu trabalho. 

A somatória de todos esses fatores acaba gerando um enorme estresse ao cotidiano desses profissionais, afetando também diretamente a sua qualidade de vida. Problemas como esgotamento mental, cansaço físico, dificuldade de concentração, insônia, além de distúrbios de memória e irritabilidade são alguns dos sintomas mais comuns do burnout. Vale dizer ainda que o esgotamento mental no caso dos educadores gera consequências importantes na própria qualidade do ensino, tornando o impacto desse problema ainda mais grave.

Outro ponto que não pode ser ignorado nesse contexto é a pandemia, que acabou trazendo novos desafios para a classe, principalmente sobre a necessidade de adaptação ao ensino remoto de maneira atropelada. Isso, sem dúvida, ampliou os níveis de estresse e ansiedade entre os professores. Mais do que isso, os docentes tiveram que lidar ainda com toda a incerteza do cenário e, é claro, com o próprio medo dele ou algum parente próximo se adoecer. Diante desse contexto, não é de se espantar o resultado apontado por uma pesquisa feita pela Nova Escola mostrando que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada durante o período mais crítico do novo coronavírus. 

Muito embora a síndrome do burnout não apresente uma cura específica, existe tratamento e, sobretudo, prevenção. O foco nesse sentido passa muitas vezes pela aproximação dos gestores com o objetivo de criar ferramentas e suporte para que os educadores consigam atuar em melhores condições. Atitudes simples que visem uma melhor divisão de tarefas, a fim de evitar o acúmulo de funções e preservar a jornada de trabalho, além do reconhecimento profissional já são passos importantes para assegurar o aumento da motivação e bem-estar emocional dos professores e, assim, evitar os sintomas mais comuns da doença. 

O burnout é uma questão séria que deve ser mitigada com afinco pelos gestores escolares. Afinal, o problema afeta tanto a saúde física e mental dos profissionais envolvidos, quanto pontos ligados ao ambiente educacional, como a qualidade do ensino e a retenção de educadores. Por isso, é importante que as instituições reconheçam esses sinais de esgotamento e busquem ferramentas que os ajudem a lidar com o estresse e a prática do autocuidado. Afinal, zelar por quem será o responsável pela educação de nossas crianças e jovens, é cuidar do futuro do país. 

 

Rossandro Klinjey - embaixador e co-fundador da Educa. Autor de diversos livros e psicólogo com mestrado em saúde coletiva, professor de pós-graduação da Unicamp e PUCRS, o empreendedor é um dos nomes mais relevantes no segmento de saúde mental e desenvolvimento humano no Brasil

 

Sexólogo esclarece mitos sobre o uso de vibradores

Apesar de temas relacionados à sexualidade estarem crescendo entre as rodas de conversa, muitas vezes a falta de conhecimento ou a vergonha em buscar respostas, acaba criando dúvidas que viram grandes questões. O uso dos sextoys nas relações é um desses temas. Renan de Paula, sexólogo e Co-fundador da Dona Coelha, destaca as três principais dúvidas que recebe de seus seguidores e esclarece os fatos para acabar de vez com alguns mitos. “Sempre me deparo com muitas questões pessoais nas minhas redes, e consigo perceber que a falta de conhecimento, que muitas vezes se dá pela vergonha em buscar as respostas, acaba gerando aqueles famosos “Mitos” da internet e da vida real. Para tentar diminuir alguma dessas dúvidas,

selecionei aqui três perguntas que mais aparecem no meu Instagram”.

 

1 – Minha parceria quer usar vibrador, não sou o suficiente?

 

Essa é uma questão muito comum entre homens que estão em relacionamentos heterossexuais e temem que o uso de brinquedos sexuais possa ser um sinal de insatisfação com o desempenho masculino. Mas, a verdade é que isso é muito mais sobre a outra pessoa do que sobre você. O uso de vibradores e outros brinquedos sexuais pode ser uma ótima maneira para sua parceira explorar sua sexualidade e ter mais controle sobre seu próprio prazer. Não pense nisso como uma ameaça à sua masculinidade ou desempenho sexual. Na verdade, o uso de brinquedos sexuais em conjunto pode ser uma forma de criar ainda mais intimidade e explorar novas sensações juntos. Se você tem medo ou insegurança sobre o uso de brinquedos sexuais, saiba que isso é completamente normal e compreensível. Mas não deixe que esses sentimentos atrapalhem a comunicação e a abertura sexual em seu relacionamento. Converse abertamente com sua parceira sobre suas preocupações e desejos, e esteja disposto a experimentar coisas novas juntos.

 

2- Vibrador pode me fazer broxar?

Sabemos que vibradores e pessoas são bem diferentes e não dá nem pra comparar, mas ambos nos dão prazer. Quando você usa sextoys junto com a parceria, as coisas podem ficar bem quentes, e às vezes no calor do momento, brochamos. Não é culpa sua e nem do vibrador, são coisas que acontecem e não conseguimos controlar, e tá tudo bem! O importante é só usar quando se sentir confortável e com vontade, ele pode ajudar, e muito, você e sua parceria saírem da rotina e apimentar um poucos as coisas.

 

3 - Vibrador pode me fazer perder a sensibilidade e não ter ereção?

Pera, não é bem assim! O que pode ter rolado é um excesso de estímulos contínuos que fazem o local, seja o pênis, vulva ou ânus, diminuir consideravelmente a sensibilidade e não ter ereção. Por conta disso, recomendamos sempre usar por, no máximo, 15 minutos seguidos um vibrador.

 


Renan de Paula
@renandepaula
@donacoelha

 

Prática do Krav Magá é uma excelente opção para os jovens reduzirem o tempo que passam nos eletrônicos

 

Tema é discutido na novela Travessia, onde o personagem Theo já teve crise de abstinência e demonstra agressividade, exatamente como um dependente químico  Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da USP aponta que 85% dos adolescentes jogam videogame e desse total, quase 30% têm as características do Transtorno de Jogo pela Internet (TJI).  

O tema está tão presente nos lares brasileiros que também é abordado na novela Travessia, da Rede Globo, onde o personagem Theo chegou a fugir quando os pais o levaram para viajar para um lugar isolado para que, assim, ele ficasse um pouco longe das telas. Além disso, Theo é agressivo e tem crises constantes de ansiedade.  

Há pouco mais de 1 ano, o vício em jogos eletrônicos passou a ser considerado como doença pela OMS, mas o que fazer com uma juventude cada vez mais digital e conectada? Segundo Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá, incentivar a prática de atividades físicas pode ser um bom caminho.

“O Krav Magá traz diversos benefícios para os jovens porque os treinos coletivos promovem a interação entre as pessoas e o próprio contato físico é muito benéfico nesse sentido. Além disso, o que costuma atrair os jovens para os games, sobretudo os meninos, é o desafio e poucas atividades físicas são tão desafiadoras quanto o Krav Magá”, explica. Zalmon, que é nascido em Jerusalém - onde iniciou seus passos no mundo da luta e aprimorou a técnica de Krav Magá no exército israelense - pontua que isso acontece não só pelo esforço físico envolvido no treinamento, mas principalmente pelo esforço mental. É que para executar os movimentos de forma correta e rápida é preciso analisar o agressor, a posição do ataque, a distância, o alvo, as possíveis reações, entre outras funções, tudo ao mesmo tempo.

Quem for mais rápido e mais competente, ganha. Há muitos jogos que são exatamente assim, o Krav Magá se aproxima da temática preferida deles no mundo virtual: jogos como Street Fighter, Mortal Kombat e Fortnite, por exemplo, exigem agilidade, concentração e contra-ataque ao inimigo. Além disso, como grande parte dos gamers também é estudante, o treinamento mental do Krav Magá ajuda na capacidade de focar e de se concentrar melhor, no autocontrole, na canalização do estresse, no equilíbrio emocional, além de trabalhar conceitos como humildade, solidariedade, respeito e educação. Sobre a parte física, Zalmon finaliza falando sobre pontos muito importantes, novamente para a faixa etária dos jovens como a coordenação motora, a flexibilidade, o fortalecimento e o desenvolvimento dos músculos, o uso correto da transferência do peso e a velocidade.

“Quem pratica Krav Magá logo entende a importância de dormir e de se alimentar bem porque isso é determinante para seu desempenho em aula. Temos muitos exemplos de jovens que se tornaram mais conscientes e passaram a evitar os excessos pensando em ser melhores que os seus oponentes”, diz.

O Brasil está entre os primeiros colocados no ranking mundial de tempo de uso de telas e como o vício começa na adolescência, é muito importante que os pais estejam atentos. Uma vez detectado o problema, simplesmente proibir não vai resolver porque se há dependência, a tendência é que o jovem procure outros canais, como o celular, por exemplo. Oferecer outras atividades é um caminho interessante para desestimular, aos poucos, o uso dos eletrônicos e a dependência afetiva que isso provoca.  


Serviço:  

Ajuda em São Paulo Ambulatório de Dependências do Comportamento do Proad/Unifesp (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo) Telefone: (11) 5579-1543.   Programa Ambulatorial do Jogo (PRO-AMJO) do IPq-HC-FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) Telefone: (11) 2661-7805.   Federação Internacional de Krav Magá  Site: https://www.kravmaga.org.br/ Email: atendimento@kravmaga.org.br Telefone: (11) 97041-9797


Entenda o movimento red pill - Por que tanto ódio sobre as mulheres?

As mulheres enfrentam inúmeros desafios para serem reconhecidas em nossa sociedade. Com muita luta conquistaram direitos e avançaram nas políticas públicas. 

Porém, no primeiro semestre de 2022, o discurso mais denunciado foi o de misoginia, que é a aversão a mulheres, com mais de sete mil casos, de acordo com a SaferNet. 

Nesse caso, o discurso de ódio compreende textos e imagens que incitam a discriminação ou a violência contra as mulheres. 

Há grupos de homens que estão promovendo discursos contra o avanço de direitos da mulher, tentando mostrar para homens e mulheres, que o homem precisa resgatar sua virilidade e a mulher a submissão. 

Essa linha de pensamento que cresceu a partir da década passada, em cantos obscuros e anônimos na internet, se chama “red pill” (pílula vermelha, em inglês), que faz referência ao filme Matrix de 1999. Nesse sentido, os "red pills" são homens que se opõem ao "sistema que favorece as mulheres", por terem alcançado um conhecimento privilegiado sobre isso. Já os "blue pills" continuariam vivendo em ilusão e, portanto, seriam usados pelas mulheres. Esse pensamento prega que é necessário se aproveitar das mulheres e torná-las submissas para recuperar a virilidade perdida. 

O que podemos analisar sobre isso? Quando necessitamos desvalorizar alguém para nos sentirmos melhor, isso fala de uma insegurança nossa. Algo que nego em mim, não olho e não trato, quero extinguir o meu incômodo através da tentativa de controlar o comportamento do outro. Em vez de eu mudar em mim, vou tentar fazer com que o outro mude.

 Sendo assim, me parece que grupos de homens que vão pela corrente do red pill sofrem de complexo de superioridade. 

Foi o psicólogo Alfred Adler que descreveu pela primeira vez o complexo de superioridade. Ele destacou que o complexo é um mecanismo de defesa para sentimentos de inadequação com os quais todos lutamos. Para ele, o complexo de superioridade é uma situação que se cria quando uma pessoa supercompensa o complexo de inferioridade que sente, uma maneira de encobrir sentimentos de fracasso ou falha. 

E sabemos que esses homens que se enquadram no papel de macho, acreditam que devem ser fortes, protetores, provedores, autoridades e vigorosos. Portando, eles não podem demonstrar sua vulnerabilidade, pois sentir e chorar é coisa de "mulherzinha", inferiorizando mais uma vez a mulher, que sente e se expressa. A condição humana envolve a sensibilidade que esse homem insiste em reprimir por conta dessa cultura machista que o adoece e, consequentemente gera todo esse ódio ao feminino. Não se deve odiar ou matar o feminino, precisa haver aceitação de sua vulnerabilidade, acolher e expressar os seus sentimentos para se curar. 

Assim, penso que precisamos repensar a educação de nossas crianças, trabalhando a educação socioemocional delas desde a primeira infância, as acolhendo e permitindo a expressão dos seus afetos, principalmente na tratativa de meninos, que são os que mais sofrem com a repressão dos seus sentimentos. 

Lendo sobre os malefícios e toxicidade da cultura patriarcal e a importância de cuidarmos da saúde emocional, de incentivamos a expressão dos sentimentos e não diferenciarmos o que é de menino e de menina, contribui para uma cultura de prevenção de problemas mentais, cultivando a saúde emocional. Diante dessas leituras e minha maternagem como mãe de menino, escrevi o livro "Eu só quero brincar", que atua exatamente sobre essa temática para filhos e pais, para cada um refletir o seu lugar e atitudes dentro e fora do sistema familiar - expressão/repressão dos afetos; acolhimento dos sentimentos; repetição de padrão comportamental herdado de gerações anteriores; diálogo familiar; preconceitos e estereótipos; a importância do brincar livre; brincadeira não tem gênero. 

Com leitura, conhecimento, debates, conversas, podemos contribuir para maior igualdade de gênero, proporcionando mais harmonia individual e entre si.


 Luana Menezes Psicóloga clínica, palestrante e autora do livro “Eu só quero brincar” (Literare Books International). Instagram: @luanamenezespsi

 

Psicóloga une arte, escrita e educação, para facilitar a vida de crianças, adolescente e adultos

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, mediação de conflitos e arteterapia, e com forte pendor para a escrita, Cecília Rocha aplica todos os seus conhecimentos para tornar menos tortuosa a vida de seus pacientes


“Essa menina não fala nada, mas presta uma atenção”, comentava o avô de Cecília Rocha sempre que a menina adentrava ao recinto, sem falar nada, mas com os olhos atentos de quem não quer perder nenhum detalhe. Este comportamento detectado pelo patriarca da família rendeu à menina Ciça o apelido de “corujinha”. E, de fato, reconhece hoje, seu avô tinha razão. “Eu sempre fui uma menina quieta e observadora”, diz. E tais características, segundo ela, foram preponderantes para que se tornasse psicóloga, com especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Mediação de Conflito e arteterapeuta.

Foi essencial também para que ela abraçasse sua profissão de psicóloga o fato de que não gostava de ser assim quando criança. “Eu demorei muito para aceitar que esta era minha natureza”, diz Cecília E isso, de acordo com ela, talvez tenha tornado seu caminho mais complicado. Hoje, aos 45 anos, casada e mãe de dois filhos e um enteado, com toda a “bagagem” acumulada, Cecília acredita que tudo poderia ter sido mais fácil caso tivesse mais conhecimento, recursos emocionais e intimidade com a natureza humana. “Assim, minha maior motivação e o objetivo hoje em dia é proporcionar caminhos mais fáceis para as pessoas”, diz.

Uma das formas encontradas para isso foi através da escrita, uma paixão antiga que andava escondida, mas que foi aflorada através da terapia e que culminou em um livro infantil de sua autoria, intitulado “A casa de Pedro”, cujo objetivo é ensinar as crianças (e aos pais) a entender e acolher todas as emoções, mesmo aquelas desagradáveis de sentir, para levar uma vida mais leve e tranquila.

Justamente por ser reticente à personalidade mais voltada para o mundo interior, a psicóloga e arteterapeuta trilhou um caminho tortuoso até compreender sua verdadeira missão. Findado o ensino médio, no momento de escolher qual curso prestar no vestibular, Ciça ficou em dúvida entre marketing e psicologia, mas acabou preferindo a primeira opção em relação à segunda. Cursou a faculdade, formou-se e durante muitos anos trabalhou nesta área.

“Mas a vida prega peças e lentamente fui migrando para área de Recursos Humanos (RH), mais especificamente para atuar com treinamento e seleção de pessoas. Meu destino era mesmo a psicologia”, enfatiza. Com o objetivo de melhor capacitá-la para cumprir esta função, a empresa onde Cecília trabalhava arcou com os custos de uma faculdade de psicologia. “Eu uni o útil ao agradável e me formei psicóloga”, relata.

Durante dois anos, Cecília dividiu-se entre o trabalho no RH de uma empresa e atendimentos em sua clínica particular. Em 2012, logo após dar à luz ao seu primeiro filho, resolveu se dedicar integralmente ao atendimento. Neste intervalo, especializou-se em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Posteriormente, a fim de equilibrar seus conhecimentos profissionais, Cecília buscou especialização em arteterapia.

Ao começar a atender muitas crianças e adolescentes em sua clínica, outra especialidade entrou no caminho de Cecília: a mediação de conflitos. “Quando tratamos esse tipo de paciente necessariamente precisamos envolver a família no processo terapêutico. Esse envolvimento é em sua essência muito conflituoso”, afirma. A psicóloga explica que as crianças e os adolescentes chegam em sua clínica inseridos em um sistema familiar que pode ser conflituoso e em alguns casos reforçar problemas emocionais. “Assim eu necessito promover algumas mudanças no ambiente e a mediação de conflitos é de grande ajuda para trazer de volta a harmonia familiar”, diz.

Há alguns anos, quando foi atendida por uma arteterapeuta – encontro, aliás, que a fez assimilar essa especialidade ao seu trabalho – Cecília recordou como gostava de escrever em sua tenra infância e adolescência. “Eu escrevia peças de teatro quando era pequena e era recrutada por minhas amigas para elaborar cartas de amor aos seus namorados. Era uma atividade prazerosa, mas que foi se perdendo com o tempo”, relata.  Com a arteterapia, esta paixão foi despertada novamente.

“O que eu posso fazer, unindo a psicologia, a escrita e a educação, para facilitar as pessoas em seu caminhar pela vida?”, indagou Cecília após essa redescoberta. A resposta veio em formato de cursos, livros e materiais com o intuito de viabilizar recursos que ajudem as pessoas em suas jornadas. O livro infantil “A casa de Pedro”, é um desses frutos. Agora, além de atender crianças, adolescentes, adultos e famílias, Cecília se considera uma escritora, cujo intuito é ajudar as pessoas por meio de suas histórias.

 

Cecília Rocha – Psicóloga; Especialista em TCC (terapia cognitiva comportamental) pela FMUSP; Arteterapeuta; Mediadora de conflitos. 

 


Na era do narcisismo digital, somos todos voyeurs?

Em série ficcional, Luiz Estevam Gonzalez supõe que o prazer em observar a intimidade do outro é mais comum do que se imagina


Passar horas distraído com a última fofoca do mundo das celebridades. Discutir com amigos sobre os mais novos acontecimentos do Big Brother ou de um reality show da Netflix. Quem nunca? Ainda mais no Brasil, onde mais de 70% da população está nas redes sociais. O país também tem o maior número de influenciadores do mundo, alcançando a marca de 500 mil, segundo a Nielsen.

Enquanto pesquisadores e acadêmicos analisam o cenário nacional, o escritor Luiz Estevam Gonzalez adapta essa conjuntura para a ficção por meio da trilogia Voyeur, que chega ao segundo volume com o lançamento de Omissão Fatal. Nesta saga, o autor conta a história de um homem que sente atração ao observar a intimidade alheia com objetivo de questionar se a sociedade está mesmo distante das práticas do voyeurismo. O próprio protagonista Celso Henrique atesta que todos são voyeuristas, o que muda é a intensidade.

Para ele, com poucas exceções, fundamentalmente a humanidade é voyeurista, por um lado ou narcisista pelo outro. Todos se espionam ou se exibem, com a maioria das pessoas ansiando ser observada, reconhecida ou admirada, levianamente compartilhando a própria intimidade com estranhos em uma profusão de redes sociais e “reality shows”, almejando aprovação universal de seus estilos de vida, seja lá quais fossem. (Voyeur - Omissão Fatal, pág. 20)

No enredo, o personagem principal é um jovem rico que fundou o CH Motel para assistir à vida de seus clientes. Essa violação também está próxima do cotidiano: recentes casos de câmeras escondidas em hospedagens foram investigados no Brasil; já na Coreia do Sul, 6 mil ocorrências de gravações não autorizadas são registradas anualmente segundo levantamento da ONG Human Rights Watch (HRW).

Com Voyeur - Omissão Fatal, o autor lança um olhar para situações que se escondem por trás da esfera íntima, mas que podem prejudicar milhares de pessoas. Ao tratar da história fictícia, ele problematiza o debate ao inserir na trama um homem envolvido em uma série de crimes e que precisará combater o tráfico de crianças. Luiz Estevam Gonzalez coloca lentes de aumento em circunstâncias que os leitores poderiam preferir acreditar que não existem, como a invasão de privacidade e a exploração sexual infantil.

 

Divulgação / LC Editorial
FICHA TÉCNICA  

Título: Voyeur - Omissão Fatal 
Autor: Luiz Estevam Gonzalez 
Editora: Publicação independente 
ASIN: B094GGZNZ1 
Páginas: 310 
Preço: R$ 67,36 (físico) e R$ 5,99 (e-book) 
Onde comprar: Amazon 


Sobre o autor: Economista por formação, Luiz Estevam Gonzalez trabalhou por anos no ramo empresarial, entretanto, decidiu se dedicar à literatura há mais de uma década. Aos 60 anos, o carioca que mora em São José dos Campos (SP) tem quatro livros publicados: “Sonho Azul”, “Em Um Breve Piscar de Olhos”, “Voyeur - Nada é o que Parece Ver” e “Voyeur - Omissão Fatal”. 

Instagram | Site oficial 

 

Cinco perguntas para refletir sobre a realização como mãe e profissional

Veja dicas para traçar um planejamento que auxilia no sucesso em todos os âmbitos

 

Em 2021, uma pesquisa da Catho mostrou que, entre as mães que trabalhavam fora, 69% deixavam os filhos com outras pessoas, 19% com o pai das crianças e 12% em alguma escola. A mesma estatística pelo olhar da paternidade mostra que apenas 36% dos pais deixam com outras pessoas, 58% com a mãe das crianças e 6% em alguma creche. 

A discrepância mostra como o cuidado do pequeno ainda recai muito mais sobre a mulher e, por isso, é preciso refletir sobre o equilíbrio da realização pessoal e da profissional, como aponta Monique Stony, psicóloga com mais de 15 anos de experiência como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiadora do desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres.

“Existe uma formação social e cultural da mulher na sociedade com relação aos papéis esperados que ela ocupe. E pouco se fala da mulher à frente da carreira, em cargos importantes de liderança. Quando se torna mãe, por exemplo, é natural que uma mulher precise de mais flexibilidade. Sabemos que algumas responsabilidades deveriam ser compartilhadas entre mãe e pai, mas, infelizmente, em boa parte dos casos caem no colo apenas das mulheres”, comenta. 

Considerando essas informações, ela fornece uma série de perguntas que a mãe deve se fazer para conseguir entender o contexto em que está inserida e traçar um plano estratégico que vise a uma realização em todos os âmbitos. São elas:

  1. Como é o tipo de mãe com o qual eu gostaria de ser reconhecida? Quais os adjetivos que eu gostaria de ter? “Uma mãe presente, amável, que consegue brincar bastante com os filhos e ser participativa na vida deles? Tente identificar esse ideal”, pontua.
  2. O que eu preciso fazer para me sentir essa mãe presente - ou qualquer outro objetivo que tenha utilizado em resposta à primeira pergunta - na vida dos meus filhos? “Acompanhar na escola ou jantar com eles? Tente trazer uma medida concreta e objetiva para isso”, indica a psicóloga.
  3. Em termos de tempo presente, quantas horas preciso ter com seu filho diariamente para viabilizar esse plano?
  4. Profissionalmente pensando, o que eu preciso alcançar para me sentir realizada? Qual a posição e o tipo de trabalho que eu devo estar fazendo e com qual tipo de flexibilidade?
  5. O que eu preciso fazer para chegar nesse ideal de realização profissional? Que habilidades e conhecimentos preciso desenvolver? Que conexões com outras pessoas preciso estabelecer? Que tipo de rede de apoio materna e profissional preciso montar? 

“A mulher precisa de um bom nível de autoconhecimento para identificar com clareza qual o papel da carreira na vida dela, a função da realização profissional e da maternidade. Quem concilia bem as funções normalmente considera que a maternidade não é seu único papel e nem fator exclusivo determinante de sua identidade, mas sim um deles”, conclui a especialista.

 


Monique Stony - psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e, atualmente, está escrevendo um livro com o propósito de ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade. Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.
https://www.instagram.com/maesnalideranca/

 

4 hábitos para pôr em prática e obter sucesso na vida

Ter sucesso na vida não é uma tarefa simples que se conquista da noite para o dia. É preciso muita dedicação, trabalho forte e perseverança. No entanto, todos podem alcançar o sucesso se estiverem dispostos a investir no seu potencial. 

Podemos caracterizar o sucesso, em atingir seus objetivos pessoais e profissionais. Ter uma vida equilibrada, com um bom trabalho, uma boa família e amigos fiéis. Ser realizado pessoalmente e ter uma contribuição significativa para a sociedade. Em suma, ter sucesso na vida é ser feliz. 

A terapeuta e gestora de carreira, Madalena Feliciano, comenta que acreditar em si mesmo é o primeiro passo para desenvolver o caminho para o sucesso. Acreditar que você é capaz de conquistar seus objetivos e autoconfiança é fundamental para enfrentar os desafios da vida. 

“Ser persistente e aprender com os erros também são fatores cruciais. Nunca desista dos seus sonhos e continue lutando pelo que quer, mesmo quando as coisas parecem impossíveis. Todos cometemos erros, mas o importante é aprender com eles e continuar se esforçando para melhorar.” diz Madalena. 

A hipnoterapeuta indica também, estar sempre aberto às novas possibilidades e experimentar coisas novas, pois você nunca sabe onde elas podem te levar. É fundamental o investimento em seu crescimento pessoal e profissional. Busque sempre aperfeiçoar-se e evoluir. 

Madalena Feliciano cita mais algumas dicas infalíveis para você alcançar o sucesso:

 

Cuide da sua saúde mental 

A saúde mental é um aspecto importante da nossa vida que muitas vezes deixamos de lado. Porém, ela é tão importante quanto a saúde física. Cuidar da mente significa ter um bom equilíbrio emocional e mental, o que pode influenciar positivamente a qualidade de vida. Para manter a mente sã, é importante praticar atividades que proporcionem bem-estar, como meditação, ioga ou algo que você goste muito. Além disso, é crucial cultivar relacionamentos saudáveis e fazer atividades que gostamos. Dessa forma, cuidar da sua saúde mental torna-se mais fácil. 

“O estresse, a ansiedade e a depressão são problemas de saúde mental que podem afetar negativamente a qualidade de vida. Por isso, é importante buscar ajuda se você está passando por um momento difícil. Falar com um amigo ou um terapeuta pode fazer toda a diferença. Cuide da sua saúde mental para ter uma vida mais feliz e equilibrada.” fala a especialista.

 

Leia conteúdos que enriquecem 

Ao ler conteúdos interessantes, você está alimentando sua mente com conhecimento e inspiração. Isso te ajudará a ter pensamentos mais abrangentes e criativos. Com o tempo, você se tornará uma pessoa mais culta e interessante, capaz de conversar sobre diversos assuntos. Além disso, a leitura também estimula sua imaginação e te faz refletir sobre questões importantes da vida. Portanto, busque sempre por novas fontes de informação para enriquecer sua mente! 

Isso fará com que você cresça intelectualmente e seja capaz de enfrentar os desafios da vida com mais facilidade, desenvolvendo pensamentos criativos que te impulsionarão para o sucesso.

 

Pausa para o descanso 

A importância da pausa para o descanso. Quando estamos em plena atividade, seja ela qual for, é natural que fiquemos cansados, é importante dar uma pausa de vez em quando. Isso não significa que precisamos parar tudo o que estamos fazendo e ir dormir, mas sim que devemos nos permitir um momento de relaxamento e descanso. Essas pequenas pausas farão com que estejamos mais dispostos e produtivos quando voltarmos às nossas atividades. 

“Afinal, é durante o descanso que o nosso organismo repõe as energias e se prepara para as atividades do dia seguinte. Além disso, a pausa também permite que a mente se desligue um pouco da rotina e possa relaxar. Dessa forma, ficamos mais dispostos e produtivos quando retomamos as nossas atividades.” esclarece Madalena Feliciano.

 

Faça auto-hipnose todos os dias 

A hipnoterapeuta explica que a auto-hipnose é uma técnica que pode ser usada para alcançar uma variedade de objetivos, desde reduzir o estresse até melhorar o desempenho esportivo. Se você se sentir bem fazendo auto-hipnose, experimente incorporá-la à sua rotina. Comece por escolher um local tranquilo e confortável para fazer sua sessão. Feche os olhos e concentre-se em respirar profundamente. Enquanto você respira, imagine que está sendo transportado para um lugar seguro e relaxante. Visualize-se relaxando completamente e deixando ir todas as suas preocupações. Permaneça nessa visualização por 10 a 20 minutos, depois abra os olhos lentamente e volte à sua rotina normal. 

"A auto-hipnose é uma grande aliada para te ajudar a fortalecer a mente. Aprenda a relaxar e a focar seus pensamentos para obter o máximo de benefícios desse poderoso recurso mental. Além de te ajudar a reduzir o estresse, melhorar sua autoestima, segurança, confiança e até sua disposição. Tudo o que você precisa é de um pouco de disciplina e dedicação para aprender essa técnica e colocá-la em prática todos os dias. Caso sinta dificuldades, você pode optar por buscar um especialista no ramo para te auxiliar nessa prática tão poderosa.” Finaliza Madalena Feliciano. 

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.

 

Antes das palavras

O forte apache era um dos brinquedos mais incríveis que o menino já tivera. As paliçadas, o portão e as casas internas eram de madeira. Apenas os postos de observação eram de plástico marrom escuro, encaixados. Os seus cowboys circulavam com seus cavalos ou apontavam seus rifles para o horizonte do quintal de areia da sua casa da infância. Lá longe, atrás dos formigueiros, as cabeças dos índios com suas lanças, rifles e arcos e flechas indicavam uma ameaça iminente. A tensão era grande. De repente, abria-se o portão do forte e um cavaleiro solitário, com um pedacinho de pano branco na mão - a mãe ralhava e tentava acertá-lo com uns tapas no cocoruto quando descobria seus panos de prato cortados - ia vagaroso em direção às montanhas, a poeira levantando alto, ao fundo só se ouvindo o cacarejar das galinhas índias ciscando dentro do galinheiro. Toda a cena se passava no centro do quintal, debaixo da jaqueira de jacas duras, o que adicionava um outro elemento de perigo ao evento: a qualquer momento, uma bruta poderia deslizar do galho mais alto e sufocar toda a tropa debaixo de gomos grudentos e madeiras destruídas. 

A estratégia do ataque era sutil e fora longamente discutida pelos líderes. A ideia era fazer os inimigos se revelarem, imaginando que haveria uma rendição. A cena era repetida muitas vezes, a mão do menino fazendo o cavalo rajado percorrer a distância entre o forte e os formigueiros, desviando de uma ou outra saúva que continuava em sua marcha, indiferente ao sangrento conflito que estava por começar.

O momento da batalha exigia outras providências estéticas importantes, e aí, as agulhas da caixa de cerzir e o fundinho do vidro de esmalte vermelho que a mãe já quase não usava vinham a calhar. Difícil era decidir quem cairia em batalha, quem seria ferido e quem conseguiria se esgueirar entre os gritos de horror e rostos retorcidos para acabar com a raça do líder inimigo. Seria a vez de os cowboys vencerem mais uma vez ou seriam os índios - hoje seriam os indígenas, os povos originários, embora tudo se passasse perto das montanhas rochosas, nos vales de canyons soprados pelo vento que faziam rolar as touceiras e deixavam os lobos inquietos, uivando sem parar - quem levaria a melhor. Outra dúvida que atormentava é se haveria ou se não haveria fogo, flechas incendiárias jogadas para dentro do forte, gerando um corre corre das mocinhas e das senhoras, agarradas aos seus rebentos. Depois de breve deliberação interna, um sanduíche feito às pressas com um pouco da carne do almoço - a mãe ralharia quando descobrisse, era pro jantar, e tentaria mais uma vez alcançá-lo com suas mãos pequeninas - decidia-se pela ausência do fogo, pensando principalmente no risco de danos ao brinquedo que amava tanto. 

A batalha desenrolava-se rápido. Não havia palavras, todas existiam somente dentro da sua cabeça: os gritos, palavrões, esgares, uivos, brados de valentia e chamamentos à luta. O quintal continuava silencioso, quebrado pelos pios dos pintinhos junto às mães, a cachorra enorme ressonando sob o sol do fim da tarde, esperando o dono que traria seu jantar feito de restos de comida do refeitório da base aérea para dar força para a longa noite de vigília contra os assaltantes de ocasião, que aproveitavam a casa de esquina para roubar uma roupa do varal ou mesmo frutas dos diversos pés que nas manhãs enchiam o areal de folhas amarronzadas. 

Desta vez, os cowboys massacraram os nativos, aprisionando o chefe guerreiro e o líder espiritual da tribo, levando-os, cabisbaixos, para exibi-los dentro do forte aos que lá ficaram e confiaram em seus heróis. 

A história interrompia-se bruscamente com um chamado de dentro da casa ou, simplesmente, com o fim da vontade de brincar disso, ou pela atenção desviada para alguma outra brincadeira, como iniciar uma batalha sem tréguas contra o ataque das formigas alienígenas ou as lagartas assassinas do tronco do coqueiro. A mente fervilhava de histórias e de vozes. De longe, às vezes, a mãe olhava e preocupava-se: esse menino é muito sozinho, sempre quieto. Será que tem algum problema?

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros

 

Psicóloga mostra a seus pacientes a importância de eles se priorizarem

A experiência mostrou à Gislene Erbs que privilegiar as necessidades e desejos dos outros e colocar seus próprios objetivos em segundo plano causa prejuízos ao bem-estar, qualidade de vida e felicidade

 

Em suas consultas, a psicóloga, hipnoterapeuta e coach sistêmica, Gislene Erbs, detectou um problema que se repetia com diversos pacientes: eles tinham extrema dificuldade em dizer não às demandas alheias, privilegiando as necessidades e desejos dos outros e colocando suas prioridades em segundo plano, o que impactava negativamente o bem-estar, a felicidade e a qualidade de vida deles. 

Durante os atendimentos, Gislene buscava orientá-los a superarem a dificuldade de dizer um não categórico sempre que isso se fazia necessário, habituando-os a praticar a arte de colocarem-se em primeiro lugar. Buscando romper as barreiras de seu consultório e difundir a mensagem de empoderamento para um número maior de pessoas, Gislene escreveu o livro “Sim ou Não – A difícil arte de colocar-se em primeiro lugar na sua vida”, da editora Literare Books International. 

O impulso para abordar o assunto veio do trato com os pacientes, mas o conteúdo apresentado na obra não é fruto apenas de sua prática profissional e conhecimento teórico, mas também, claro, de sua experiência. Em sua vida, Gislene se deparou mais de uma vez com situações em que precisou impor limites àqueles ao seu redor. Muitas vezes conseguiu e se fortaleceu. Outra vezes anulou-se, tendo somente a vontade alheia como norte, o que custou caro para sua saúde física e mental. 

Natural de Luiz Alves, interior de Santa Catarina, Gislene teve uma infância pobre e uma educação rígida. Ainda era criança quando se mudou para Joinville (SC) com seus pais, em busca de uma vida melhor. “Minha mãe conta que nessa época precisava dividir até ovo comigo. Nós nunca chegamos a passar fome, mas sempre foi tudo muito contado, controlado”, relata. A despeito de ser filha única, Gislene nunca se sentiu cheia de mimos e cuidados.  “Meus pais faziam questão de estabelecer limites. Então, quando eu chorava para ganhar algum presente, eles não me davam, justamente para que eu não ficasse mimada”, lembra. 

Por conta da infância pobre, sem perspectivas, embora tranquila e feliz, Gislene nutria o desejo de conhecer outros lugares do mundo. Para isso, pensou até em se juntar a uma congregação religiosa, sem nunca ter tido a real vontade de se tornar freira. Acabou não dando certo, porque seus pais tinham outros planos. “Eu fui educada e preparada para casar, porque para eles isso significava que eu estaria segura dos perigos da vida”, diz. E assim foi: Gislene casou-se com 17 anos, na mesma época em que ingressou na faculdade, para tentar concretizar um de seus sonhos de criança: trabalhar com artes plásticas. O outro, ser psicóloga, tornou-se realidade anos depois. 

Ainda uma adolescente, Gislene se viu tendo que manejar uma rotina estressante. Ela precisava fazer caber no seu dia, o cuidado da casa e dos filhos, que vieram nos primeiros anos de casamento; os estudos na faculdade; e o trabalho na empresa familiar de confecção, que estava repleta de pedidos. “Em alguns dias da semana eu ficava sem dormir, para conseguir dar conta de todas essas atividades e ganhar dinheiro suficiente para custear a faculdade e ajudar no sustento da família”, conta. 

Depois de seis anos de casamento, Gislene resolveu dizer o seu primeiro “não”. Deixando de pensar no que seu esposo queria e colocando-se em primeiro lugar na sua lista de preocupações, divorciou-se. A psicóloga explica que ela e o esposo não comungavam dos mesmos princípios e valores. “Eu ficava muito tempo sozinha e não o considerava nem um bom marido nem um bom pai. Comecei a adoecer mentalmente e percebi que não estava valendo a pena. Como não desejava que os meus filhos entendessem que esse tipo de relacionamento é uma norma, resolvi dar um basta”, explica. 

Tempos depois, Gislene começou a se relacionar com outra pessoa, que ao contrário do seu ex-marido, deu o suporte que ela precisava para seguir o sonho de se tornar psicóloga. “Eu sempre fui curiosa em relação as 'coisas da vida', e ansiava entender o comportamento humano”, conta. Assim, logo após terminar a faculdade de artes, em 1994, surgiu uma oportunidade de Gislene cursar uma especialização em psicanálise, que ela agarrou e adorou. “Foi durante estes estudos que eu percebi que precisava fazer uma faculdade de psicologia”, explica. Mãe de dois filhos, cheia de afazeres, precisou postergar seu sonho, que foi concretizado anos depois. Em 2007 estava formada em psicologia. 

Neste ínterim, entre os términos dos dois cursos, Gislene havia deixado de trabalhar na empresa familiar, algo que precisou voltar a fazer, para tentar ajudar o empreendimento que se afundava em dívidas. Pensando no bem-estar dos outros ao invés de seu próprio bem-estar, a psicóloga tornou-se avalista de dívidas que não eram suas. “Eu que tive uma educação muito rígida, no sentido que deveria ser correta com tudo, de que não poderia gastar o dinheiro que não tinha, de repente me vi cercada de cobranças e com o nome negativado”, relata. 

Por 16 anos, Gislene lutou para recuperar seu nome. Os tempos em que se viu imersa em dívidas cobraram seu preço até mesmo em sua carreira de psicóloga. Para ter um alívio dos cobradores que insistentemente a procuravam, Gislene trocou de número de telefone e acabou perdendo os contatos de vários clientes. “Além disso, eu não conseguia comprar um móvel para o meu consultório, porque meu nome estava ‘sujo’ na praça”, conta. Esses acontecimentos contribuíram para que Gislene entrasse em depressão profunda e desenvolvesse um câncer de útero, doenças das quais hoje está curada.  

Há quatro anos, Gislene conseguiu se reerguer financeiramente. O episódio serviu para que ela aprendesse a lição de que suas vontades e de que o seu bem-estar devem ser prioritários. “Hoje eu não empresto meu nome mais para ninguém”, garante. Há dois anos, a psicóloga “virou a chave”, ao decidir que sua história poderia servir de inspiração para que mais pessoas se conscientizassem da importância de dizer não aos outros e sim a elas mesmas, de maneira consciente e equilibrada.  

Assim, compartilha as lições que a vida lhe ensinou no livro “Sim ou não - difícil arte de colocar-se em primeiro lugar na sua vida” e na sua profissão. Mas em suas consultas, o que mais tem peso são seus conhecimentos teóricos e práticos.  Além da psicanálise, especializou-se em hipnose ericksoniana e tem mestrado em saúde. “A minha interpretação é psicanalítica, mas as práticas que eu desenvolvo sãos de várias linhas sempre com um foco sistêmico”, explica. Conforme ela, sua característica maior como psicóloga é extrair o que, em sua concepção, é o melhor de cada linha para aplicá-la em seus pacientes, visando o resultado mais eficaz. 

 

Gislene Erbs -  Graduação em Psicologia pela Associação Catarinense de Ensino, graduação em Educação Artística. Universidade da Região de Joinville e Mestrado em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade da Região de Joinville. Tem experiência na área da Saúde e Educação, com ênfase em Avaliação. Psicológica. Atuando principalmente nos temas: Saúde, Hipnose, Liderança, Carreira, Avaliação Psicológica. 

 

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