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terça-feira, 21 de março de 2023

O ChatGPT me ajudou a escrever este artigo sobre o ChatGPT


“Como um modelo de linguagem avançado, o ChatGPT é uma tecnologia fascinante que tem o potencial de transformar a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia”, diz o ChatGPT sobre si mesmo. Em seguida, a ferramenta, que virou febre em praticamente todos os meios em que é possível falar sobre algum assunto atualmente, lembra que tem a capacidade de “compreender e produzir linguagem natural”, o que permite que seja aplicada de diversas formas, “desde assistentes virtuais até chatbots de atendimento ao cliente”. Não é mentira, mas também está longe de ser uma verdade absoluta.

O próprio ChatGPT sabe disso e, no segundo parágrafo de sua ‘auto análise’, faz questão de ressaltar que, como qualquer outra tecnologia, “tem suas limitações e deve ser usado com responsabilidade”. Não é à toa, afinal, que a moda do momento é discutir quais as implicações de seu uso indiscriminado no meio acadêmico, médico, legal, da engenharia, enfim… cada área está olhando para si mesma e, em alguns casos, colocando em xeque a própria capacidade de lidar com a inteligência artificial.

Do ponto de vista da comunicação, não é de hoje que se escuta que a tecnologia vai substituir profissionais e extinguir funções que sempre foram desempenhadas por nós, mortais pensantes. De acordo com inúmeras previsões, a televisão substituiria os jornais impressos e, por sua vez, seria substituída pela internet. Por essa lógica, a esta altura da história, jornalistas já não deveriam ser necessários para absolutamente nada. E, no entanto, cá estamos, com jornais impressos ainda circulando, programas de televisão firmes o bastante para gerarem um mercado ilegal conhecido como “gatonet” e jornalistas desempenhando seu papel fundamental para a democracia mundial.

Isso acontece porque não há, até aqui, nada capaz de emular com perfeição características puramente humanas, como a empatia, a criatividade (em muitos graus) e a capacidade de avaliar situações distintas sob variados aspectos. Não será diferente com o ChatGPT e outras ferramentas de inteligência artificial que aparecerem daqui em diante. Mas é preciso ter cuidado com a “urgência” em se criar concorrentes para todas as novas plataformas. 

O Google, há poucos dias, correu para lançar sua própria ferramenta de inteligência artificial, o Bard. Esse desespero por não perder o timing fez com que, logo no lançamento do recurso, uma resposta errada causasse a perda de mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado da gigante da tecnologia.

As discussões são, claro, importantes para compreender cenários possíveis e antecipar os prós e contras de se adotar esse tipo de ajuda, qualquer que seja o setor ao qual uma empresa pertença. “É importante lembrar que o ChatGPT é apenas tão bom quanto os dados com os quais é treinado. Se os dados forem tendenciosos ou limitados, ele pode reproduzir essas mesmas tendências ou limitações em sua linguagem”, acrescenta, sobre si, o próprio ChatGPT. Problema parecido já aconteceu com o algoritmo do Twitter, por exemplo, há poucos anos. Sempre que uma imagem na vertical é postada naquela rede, ela é cortada de forma aparentemente aleatória para que apareça na timeline dos usuários no formato horizontal. Twitteiros por todo o mundo começaram a notar, entretanto, que esse corte não era assim tão aleatório. Se havia uma pessoa branca e uma negra na imagem, por exemplo, a tendência do algoritmo era deixar apenas a branca em evidência. Tratava-se de um vício moral que, pasmem, estava instalado no algoritmo do Twitter devido à forma como esse algoritmo foi treinado.

Questões éticas como essa tendem a ser uma constante sempre que a tecnologia estiver envolvida em qualquer atividade humana. Afinal, embora hoje seja relativamente fácil fazer esse processamento de linguagem natural, por trás dos algoritmos sempre haverá ao menos um ser humano, com suas próprias crenças, percepções e tendências pessoais. Mas isso o próprio ChatGPT é capaz de dizer melhor que eu mesmo. “O ChatGPT é uma tecnologia empolgante que tem o potencial de melhorar significativamente a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia. No entanto, é importante usá-lo com responsabilidade e reconhecer suas limitações e considerações éticas. Se esses aspectos forem cuidadosamente considerados, o ChatGPT pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a vida das pessoas em todo o mundo.” Quem somos nós para discordar?

 

Cristiano Caporici - jornalista, cientista da comunicação e diretor de Marketing da Tecnobank.

 

Brasileiros passam mais de 13h assistindo a filmes e séries em streaming aponta pesquisa da NordVPN

Especialista em cibersegurança mensurou o tempo médio online dos brasileiros e mostra que a população passa mais da metade de suas vidas conectada


No Brasil, mais de 81% da população tem acesso à internet, conforme aponta a pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). Diante disso, a NordVPN, especialista em cibersegurança, fez um levantamento sobre os hábitos dos brasileiros na rede. 

O tempo médio semanal que os brasileiros ficam online cresceu, de acordo com o levantamento realizado pela companhia em janeiro deste ano, considerando apenas respondentes maiores de 18 anos. Em média, os brasileiros se conectam às 8h33 da manhã e saem às 22h13 da internet. 

Dessas 91 horas semanais, pouco mais de 19 são gastas trabalhando, enquanto as restantes – quase 72 horas – para diversas atividades online. A maior quantidade de tempo gasto transmitindo programas de TV e filmes, mais de 13h, assistindo a filmes e séries em streaming, seguido de acompanhar vídeos pelo YouTube, com a média de 12 horas e 8 minutos. Em terceiro lugar, com 11 horas e 19 minutos semanais, são dedicados ao entretenimento em mídias sociais como Facebook, WhatsApp e Instagram. 

Em uma semana típica, calcula-se que os entrevistados passam mais de 91 horas usando a internet, o que equivale a quase quatro dias. Isso equivale a 197 dias por ano, ou seja, mais de 41 anos, considerando que a expectativa média de vida da população no país é de 75,9 anos, isso representa mais da metade de suas vidas. 

Em meio ao trabalho e à diversão, surgem ameaças que passam despercebidas. “A maioria de nós procura facilitar e enriquecer nosso dia a dia com várias plataformas e serviços online, no entanto quase ninguém pensa na segurança online e na privacidade dos dados fornecidos a aplicativos e sites, o que aumenta o risco de se tornar outra vítima de criminosos cibernéticos”, afirma Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN. 

A pesquisa ainda mostra que 43,5% dependem da internet para a maioria de seus hobbies e 36% dos respondentes não imaginam seu dia sem internet. Uma prática comum aos brasileiros é o compartilhamento excessivo de informações pessoais. Entre os dados mais divulgados publicamente estão nomes e sobrenomes (91,5%), data de nascimento (86,1%), endereço completo (81,4%), status de relacionamento (43,9%), cargo (40,6%) e informações bancárias (29%). 

“Hoje, a maior parte de nossas vidas pode ser conduzida online, desde pagamentos até entretenimento, como filmes, séries e jogos, por isso devemos prestar atenção às ameaças cibernéticas. Tenha cuidado com o conteúdo recebido, como anexos e links, e verifique o remetente, eles podem ser um sinal de fraude”, alerta Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN. 

 

NordVPN
http://nordvpn.com/pt-br/


Fundo Social de São Paulo e Defesa Civil divulgam nova etapa de envio de doações para os municípios atingidos pelas chuvas do Litoral Norte

Um mês após a tragédia que deixou milhares de famílias desabrigadas, a ação de ajuda emergencial será substituída pelo abastecimento programado levando em conta a necessidade de cada município 

 

O Fundo Social de São Paulo e a Defesa Civil SP iniciam a partir desta segunda-feira, 20, uma nova etapa de abastecimento dos municípios atingidos pelas chuvas no litoral norte com as doações recebidas pela população. Desde 20 de fevereiro, quando se iniciou a ação de ajuda humanitária, já foram enviados às cidades atingidas um total de 364 toneladas de alimentos, água, roupas e produtos de higiene e limpeza.


Com o fim da ação emergencial, a entrega agora será feita de forma programada e de acordo com a necessidade de cada município. Na última semana, os fundos municipais de São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba, além do Guarujá, se reuniram com o Fussp e com a Defesa Civil para detalhar a situação atual e informar as principais necessidades das famílias atingidas. Ilhabela já começa a receber nesta semana a doação de cestas básicas e água.


O capitão Rodrigo Fiorentini, Diretor de Ajuda Humanitária da Defesa Civil, explica que a previsão nesta nova etapa é a de que os envios sejam feitos mensalmente. "A estratégia agora é atender as necessidades pontuais e apoiar de forma constante todas as famílias até a reconstrução total das suas casas", afirma Fiorentini.


O abastecimento das cidades continua sendo feito com os donativos entregues no depósito do Fundo Social desde o início da ação de ajuda humanitária. Além das 364 toneladas já enviadas no último mês, estima-se que ainda há cerca de 200 toneladas para serem entregues. Serão enviados também donativos adquiridos com as doações recebidas em dinheiro.


A presidente do Conselho do Fundo Social de Sâo Paulo, Berenice Giannella, explica que foram recebidos cerca de R$ 1,8, milhão. "Com as doações feitas em dinheiro, vamos iniciar o processo licitatório para comprar cestas básicas, cobertores e produtos de higiene que serão incluídos na programação de entrega aos municípios", detalha Berenice.


Com volume suficiente para continuar abastecendo os municípios afetados pelos próximos meses, o trabalho neste momento é separar o volume restante de produtos e, para isso, é fundamental o apoio de voluntários. Quem deseja se voluntariar para auxiliar na triagem das doações e abastecimento dos caminhões, deve enviar um e-mail para doacoesfussp@sp.gov.br e responder um formulário com informações sobre disponibilidade e preferência.


Apenas maiores de 18 anos podem se voluntariar. Mais informações sobre doações e como ajudar em https://www.fundosocial.sp.gov.br/

 

Síndrome de Down: o desafio da inclusão desse grupo no mercado de trabalho

Especialista do CEUB destaca benefícios das empresas que acolhem profissionais com essa condição, enriquecendo as relações de trabalho


Nas últimas décadas, os avanços médicos melhoraram a qualidade de vida dos indivíduos com Síndrome de Down e a longevidade desse grupo evoluiu de 35 para 60 anos. Essas pessoas também estão mais inseridas na sociedade, conquistando espaço inclusive no mercado de trabalho. No entanto, o desafio de assegurar plenos direitos a esse público ainda é enorme. Por preconceito e falta de informação, muitos não são alfabetizados e a minoria consegue ser contratada. De acordo com o IBGE, enquanto 37% das pessoas com deficiência visual conseguem ser empregadas, no universo da deficiência mental (onde o Down está inserido), apenas 5,3% conquistam uma vaga de trabalho.

Neste 21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down, Ana Paula Barbosa, Psicopedagoga, especialista em Psicopedagogia Clínica e Coordenadora do curso de Serviço Social do Centro Universitário de Brasília (CEUB), defende que além de garantir a inclusão no mercado de trabalho, é importante pensar na qualidade dessa ocupação.

“O artigo 34 do Estatuto da Pessoa com Deficiência define que ela tem direito ao trabalho da sua livre escolha em um ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidade com os demais funcionários. Entretanto, a grande questão é que muitas empresas desconhecem a importância de se adaptar às necessidades esse colaborador”, comenta Ana Paula.“É preciso considerar o tempo de trabalho, conscientizar os colaboradores para que a pessoa com Down se sinta acolhida por todos. Pensar em qual seria a ocupação ideal e adaptar esse posto, tanto no aspecto físico quanto emocional, respeitando suas necessidades. Essa é uma questão para a qual a gente não vê as empresas muito capacitadas”, acrescenta.

A coordenadora do curso do CEUB ressalta os ganhos que a inclusão no trabalho proporciona às pessoas com Síndrome de Down. “É muito importante que elas se sintam inseridas e independentes. Elas desenvolvem um olhar diferente para si mesmas e uma consciência sobre sua própria existência na sociedade. Isso melhora, inclusive, a autoestima”, lembra Ana Paula. Ela observa, entretanto, que o maior fator limitante acaba sendo a própria família, que cerceia o acesso ao trabalho com receio do preconceito e da exclusão. “Por isso, as empresas precisam contar com equipes multidisciplinares que estejam preparadas para trabalhar também o necessário apoio da família”, diz.

Em contraposição às dificuldades, frisa a psicóloga, os benefícios da inclusão não alcançam somente as pessoas com a Síndrome de Down, mas a própria organização que ganha em credibilidade e diversidade, enriquecendo as relações de trabalho. Para mudar a realidade e garantir uma verdadeira inclusão das pessoas com deficiência, Ana Paula afirma ser fundamental investir em uma educação que forme profissionais e cidadãos mais preparados e capacitados para lidar com as diferenças.

Programa Emprego Apoiado
O "Emprego Apoiado" é uma iniciativa do governo federal que oferece trabalho remunerado a pessoas com deficiência. A proposta é promover a inclusão social e laboral desses indivíduos por meio da contratação direta ou de serviços terceirizados. No programa, o candidato recebe orientações, formação e acompanhamento personalizado desde o início do processo. O responsável pelo treinamento traça um perfil deste colaborador, direcionando-o para empresas conforme suas habilidades e permanece junto dele durante um período para, depois, afastar-se gradualmente, até que a empresa assuma o controle. O programa já está operando diferentes cidades brasileiras.


Benefícios do trabalho para a pessoa com Down

• Independência e autoconceito: ter consciência de sua própria existência.
• Autoestima: ter consciência de amar, respeitar e se valorizar.
• Autoconfiança: acreditar na capacidade de aprender, produzir e compartilhar.
• Participação e apoio da família em todo o processo.


Benefícios para a Empresa

• Agrega valor à empresa: responsabilidade social.
• Humaniza e enriquece as relações interpessoais no trabalho.
• Desenvolve a cooperação e solidariedade.
• Investimento em capacitação para todos os colaboradores.
• Adequação da empresa para atender à diversidade humana.


Sugestões para incluir pessoas com Síndrome de Down

• Garanta a acessibilidade física.
• Promova a tecnologia assistiva. Isso engloba os produtos, recursos, equipamentos, práticas e metodologias que promovem a funcionalidade, visando aumentar a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
• Supere os vieses inconscientes. O conjunto de padrões que estabelecemos ao longo da vida influencia a maneira como percebemos, nos relacionamos e interagimos uns com os outros.
• Combata o capacitismo. Baseado nesses vieses, podemos compartilhar opiniões e/ou ter comportamentos capacitistas. É preciso reconhecer e identificar essas atitudes para evitar constrangimentos e combater o preconceito.

 

Empresas devem implementar regras de combate ao assédio sexual no trabalho; prazo termina hoje

Lei Federal obriga empresas com mais de 20 funcionários a implementar medidas para combater o assédio no trabalho
Divulgação


 

Companhias que não se adequarem às regras poderão ser multadas; CIPA ganha mais uma função e deverá prevenir o assédio laboral



 

Hoje (dia 21/03) vence o prazo estabelecido pela lei federal nº 14.457, de 21 de setembro de 2022, que obriga as empresas com mais de 20 funcionários a implementar medidas internas de combate ao assédio sexual e outras formas de violência no âmbito do trabalho.

 

Desde que foi publicada no Diário Oficial da União, as companhias tiveram prazo de 180 dias para se adequar. Quem não cumprir a determinação pode receber multa de até R$ 6.708,09, que varia de acordo com o número de empregados. A fiscalização e as penalidades ficarão a cargo dos auditores fiscais do trabalho, que são vinculados do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

“A maior parte das empresas ainda não estabeleceu procedimentos para receber e acompanhar denúncias, apurar fatos e aplicar sanções disciplinares aos responsáveis diretos ou indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, isso porque a lei exige o anonimato do denunciante. Mas para evitar condenações na Justiça, a recomendação é que as companhias busquem orientações e obedeçam a nova legislação o quanto antes”, explica o especialista em Direito do Trabalho, Empresarial e Cidadania, José Roberto Almeida.

 

O assédio sexual é crime previsto no artigo 216-A do Código Penal, com pena de detenção prevista de 1 a 2 anos, que pode ser aumentada em (um terço) se a vítima for menor de idade. Sob a ótica trabalhista, o empregador também pode ser punido, pois é sua função cumprir e fazer cumprir as leis dentro da empresa.

 

 

Obrigações legais das empresas

 

A lei nº 14.457 também atribuiu mais uma função à CIPA, que agora passará a se chamar de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio.

 

Para a promoção de um ambiente laboral sadio, seguro e que favoreça a inserção e a manutenção de mulheres no mercado de trabalho, as companhias que têm a CIPA deverão incluir regras de conduta nas normas internas e divulgar aos empregados.

 

Também deverão fixar procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apuração dos fatos, aplicar sanções aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis.

 

Além disso, as corporações deverão incluir esses temas nas atividades e práticas da CIPA e realizar, no mínimo a cada 12 (doze) meses, ações de capacitação, de orientação e de sensibilização dos empregados.

 

 

Números assustadores

 

Dados do Tribunal Superior do Trabalho apontam que, somente em 2021, foram ajuizados, na Justiça do Trabalho, mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o país. Contudo, os números podem estar subdimensionados, uma vez que as vítimas nem sempre fazem a denúncia.

 

Já a pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), feita em dezembro de 2022, mostra que mais de uma em cada cinco pessoas empregadas (quase 23%) sofreram violência e assédio no trabalho, seja físico, psicológico ou sexual.

 

O relatório constatou que apenas metade das vítimas em todo o mundo havia revelado suas experiências para outra pessoa, e muitas vezes somente depois de terem sofrido mais de uma forma de violência e assédio. Os motivos mais comuns apresentados para a não divulgação foram “perda de tempo” e “medo por sua reputação”.

 

“Os números são aterrorizantes. Por isso, a partir de agora, as empresas brasileiras estão obrigadas a ter um canal de comunicação para receber esse tipo de denúncia, apurar os fatos, punir os agressores e diminuir esses dados alarmantes”, ressalta Almeida.

 

 

Formas de assédio no trabalho

 

O assédio sexual no ambiente de trabalho consiste em constranger o colega, a fim de obter vantagem ou favorecimento sexual. Tal ação pode ou não envolver contato físico, pode ser explícita ou sutil, expressa por palavras diretas, mensagens, gestos ou por meio de insinuações.

 

A prática pode ocorrer por um único indivíduo ou por um grupo. Assim como o assediador pode ser o superior hierárquico, pode estar no mesmo nível de hierarquia, ou até mesmo, ser cometido pelo subordinado com relação ao superior.

 

“Outra forma de assédio no trabalho é o Straining, conhecido como assédio moral organizacional, gestão por injúria, gestão por estresse ou assédio moral coletivo. Ele ocorre, por exemplo, em empresas em que há cobranças excessivas, imposição de metas inatingíveis e ofensas de forma coletiva”, explica o advogado.

 

 

Impactos do assédio

 

O assédio sexual gera vários prejuízos à saúde e à vida profissional do assediado como a depressão e estresse, Síndrome de Burnout, comprometimento da saúde físico-psíquica, desestabilização emocional.

 

Também gera vergonha, autoisolamento, sentimento de culpa, absenteísmo (faltas), afastamento por doenças, redução da autonomia, queda na produtividade e qualidade.

 

 

O que a vítima deve fazer?

 

Para ajudar as vítimas de assédio sexual nas empresas, o especialista em Direito do Trabalho recomenda algumas medidas.

 

1) Reúna provas. É fundamental reunir as provas que permitam a apuração dos fatos como prints de tela, áudios, vídeos, fotos, bilhetes, cópia de conversas, gravações telefônicas, relatos de testemunhas. Inclua também data, horário, local em que a situação ocorreu.

 

2) Busque ajuda. Jamais guarde somente para si casos de assédio ou quaisquer outras formas de violência no âmbito do trabalho. Peça ajuda a um profissional de saúde, que vai auxiliar a superar possíveis traumas.

 

3) Denuncie. Comunique imediatamente o superior ou responsável da empresa. Exija para que tomem providências e acompanhem o caso. Isso pode evitar que outras pessoas passem pela mesma situação, vai inibir o comportamento do assediador e ele vai responder às medidas punitivas estipuladas pela empresa.

 


Aviação agrícola cresce no brasil e se torna aliado dos agricultores

O Antares Polo Aeronáutico será voltado para aviação executiva, manutenção, operações logísticas e outros segmentos da Aviação Geral.
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 De acordo com o especialista, enquanto um trator pulveriza cerca de 100 a 200 hectares por dia, pelo ar é possível atingir cerca de 1,2 mil hectares


O ano agrícola 2022/2023 começa trazendo a expectativa de uma boa safra para o agronegócio brasileiro e, consequentemente, para a aviação agrícola, que tem se tornado cada vez mais valorizada no agronegócio.  Iniciado no país em 1947, o setor da aviação agrícola é um dos principais fomentadores para o desenvolvimento tecnológico, principalmente no combate e defesa de pragas, no manejo das lavouras, e na otimização de tempo. 

Embora não seja uma novidade tão recente nos campos do País, a aviação agrícola é, cada vez mais, uma prática recorrente e rentável para o agronegócio nacional. O Brasil por exemplo tem a segunda maior frota área agrícola do mundo, com 2.409 aeronaves, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que possui 3,6 mil aviões agrícolas. A pesquisa ainda aponta que Goiás tem a quarta maior frota de aeronaves agrícolas do País, com 295 equipamentos, ficando atrás apenas do Mato Grosso que lidera com mais de 600 aviões agrícolas, o equivalente a 24,67% da frota do país. 

De acordo com o empresário que é um dos empreendedores responsáveis pelo Antares Polo Aeronáutico, Rodrigo Neiva a aviação agrícola tem uma importância fundamental na otimização de tempo do produtor. “A aviação se destaca por vários fatores, entre eles: o trabalho de semeadura, a aplicação de fertilizantes, pulverizações para combater pragas nas grandes lavouras; o combate a incêndios florestais e claro devido a otimização de tempo e logística que pode ser feito com a aviação”, disse.  

Rodrigo Neiva, também destaca que enquanto um trator pulveriza cerca de 100 a 200 hectares por dia, pelo ar é possível atingir cerca de 1,2 mil hectares. “A rapidez no tratamento de grandes áreas em curtos espaços de tempo, possibilita uma redução significativa de tempo. Por isso, eu digo que essa é uma ferramenta indispensável na agricultura”, disse.  

Atento a esse enorme potencial, um grupo de empreendedores formado por seis empresas goianas está construindo na região metropolitana de Goiânia, a maior infraestrutura para aviação geral do Centro-Oeste e uma das maiores do Brasil. Com investimentos da ordem de R$ 100 milhões, o Antares Polo Aeronáutico será voltado para a chamada aviação geral, que engloba aviação executiva, serviços aeromédicos, transporte aéreo de cargas, a aviação agrícola, voos regionais ou a aviação regional e a manutenção de aeronaves. “O projeto é dividido em cinco fases e a primeira tem previsão de entrega para 2024, já com pista de pouso e área de embarque e desembarque funcionando, além de toda a infraestrutura necessária para os hangares. O nosso objetivo é atender empresas de todos os segmentos da aviação geral, entre eles a agrícola, que é muito forte em Goiás e em todo o Centro-Oeste”, informa o incorporador que é um dos empreendedores responsáveis pelo Antares Polo Aeronáutico, Rodrigo Neiva. 

 

Treinamento e conscientização: a chave do sucesso dos programas de privacidade e proteção de dados pessoais

Construir um programa de privacidade e proteção de dados pessoais implica, na grande maioria das vezes, na mudança de mentalidade de toda a organização. Proteger efetivamente as informações pessoais depende da colaboração de todos. A chave para despertar essa mudança e colaboração são os treinamentos e estratégias de conscientização. 

Os colaboradores possuem uma série de obrigações diárias relacionadas com a sua função primordial. Para inserir a privacidade nas responsabilidades diárias é indispensável a tomada de ações contínuas e inovadoras. 

Além desse ponto, diversos relatórios de investigação de violação de dados apontam que o fator humano é um dos principais pontos explorados pelos criminosos. Colaboradores treinados e conscientes são menos vulneráveis aos ataques cibernéticos. Sistemas e softwares de última geração não são capazes de impedir que o funcionário clique em campanhas de phishing ou sejam vítimas dos engenheiros sociais. 

Portanto, os treinamentos e campanhas de conscientização são pilares fundamentais para concretizar a privacidade e proteção dos pessoais nas rotinas profissionais e aumentar a segurança digital da organização. 

Os colaboradores precisam estar cientes do que estão processando, das responsabilidades e das consequências das condutas irregulares. 

A LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei Federal nº 13.709/2018) ao regrar as boas práticas e governança de dados pessoais, expressamente menciona as ações educativas dentre tais medidas (art. 50). Portanto, trata-se de ponto importante para comprovar a conformidade com esta legislação. 

Os treinamentos e conscientizações reforçam as políticas de privacidade e segurança da informação. São fundamentais para a sua recepção, aceitação e entendimento por toda a organização. Podem ser utilizadas diferentes estratégias: aulas ao vivo, aulas online, vídeos, e-mails, pôsteres, desafios, simulações de incidentes etc. 

Um desafio de todo gestor de privacidade é tornar o conteúdo dos treinamentos interessante para colaboradores de diferentes funções, instrução, formação e idade. Uma estratégia é aproveitar os incidentes cada vez mais estampados nas manchetes de jornais. Criar histórias sobre estes fatos e como evitá-los é uma excelente forma de transmitir conteúdo, já que é da natureza humana querer ouvir histórias de outras pessoas. 

O gestor de privacidade da organização deve eleger a melhor estratégia de treinamento, pois as regras devem ser efetivamente entendidas por todos, sob pena de as políticas construídas serem apenas para “inglês ver” e totalmente ineficazes para a organização. 

Os treinamentos e campanhas de conscientização devem abordar as leis e políticas aplicáveis, identificar os principais riscos de incidentes, gerenciar reclamações de titulares, apontar condutas proibidas, esclarecer os procedimentos de denúncias e as consequências das violações das leis e políticas de privacidade. 

A depender do modelo de negócio, o treinamento pode ser necessário para os funcionários, quanto aos parceiros de negócio (ex: fornecedores, representantes comerciais, associados etc). Tal definição vai depender do ciclo de vida dos dados pessoais que transitam pela organização. 

É importante que aqueles que estejam recebendo o treinamento reconheçam por escrito que o assistiram e que concordam em estar sujeito às políticas da empresa e à lei aplicável. Este ponto é muito importante no caso de a organização ser alvo de fiscalizações e processos administrativos/judiciais. 

A organização deve identificar quem tem acesso às informações pessoais e fornecer treinamento direcionado. Isso significa que pode ser necessário diferentes treinamentos, dependendo do departamento, tipo de informação administrada, como as informações são processadas etc. 

Embora interligados, treinamento e conscientização possuem escopos diferentes. O treinamento comunica a mensagem de privacidade, as políticas e processos da organização. Ou seja, a partir do treinamento o colaborador deve compreender o que pode fazer, o que não pode fazer e como agir no caso de um incidente. 

Por sua vez, a conscientização é formada por estratégias capazes de reforçar a mensagem de privacidade e proteção de dados pessoais da organização com lembretes, anúncios frequentes, questionários. Ou seja, o seu propósito é lembrar da importância de garantir a privacidade e proteção dos dados pessoais durante as rotinas profissionais. 

A comunicação é uma ferramenta importante para garantir o sucesso dos treinamentos e conscientização. Devem ser utilizados diferentes métodos para transmitir a mensagem (ex: intranet, folhetos, e-mails, pôsteres, reuniões, palestras etc.). A comunicação deve ser coerente com todos os níveis da organização, para que todos entendam o framework e como ele afeta e melhora a organização. 

Programas de treinamentos devem ser contínuos. Todos que manuseiam informações pessoais precisam ser treinados. A organização deve sempre buscar formas inovadoras para garantir que a sua mensagem seja conhecida e entendida por todos. Um programa de treinamento e conscientização efetivo deve ser capaz de integrar um tópico complexo nas rotinas profissionais.

  

Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)


Chat GPT: saiba como fazer o uso inteligente da ferramenta e como ela pode ou não ser benéfica para a publicidade

O aplicativo traz respostas de forma rápida e precisa; indústria tem utilizado cada vez mais o recurso para garantir comunicação de forma intuitiva com os sistemas digitais. Mas, especialista alerta que é necessário ter cuidado ao utilizá-lo



A indústria anda cada vez mais tecnológica, isso é fato. E com esse advento digital, é comum pensar sobre os impactos que as inteligências artificiais (IA) ocasionaram e como elas foram integradas em diversos segmentos para otimizar os processos de produção. Dentre esses impactos, temos a facilidade que a tecnologia traz para a indústria no geral, inclusive na produção de conteúdo, poupando tempo, ampliando as informações e produzindo com agilidade. De acordo com uma pesquisa da Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo, a IA impacta no dia a dia de 54% da população brasileira.

 

Diante disso, a indústria busca facilitar e melhorar o seu tempo e, para isso, são aplicadas algumas ferramentas, entre elas está o Chat GPT (Generative Pre-Trained Transformer) - um site de IA que utiliza redes neurais para interpretar perguntas e anexos enviados a ele. O programa é capaz de fornecer respostas precisas e personalizadas, inclusive, possui a capacidade de compreender um diálogo, isso tudo a partir de fontes na internet. 

 

"A.I. Artificial Intelligence simula algumas capacidades da inteligência humana, como tomada de decisão, execução de tarefas, e resolução de problemas, por meio de softwares. Mas, a principal questão que devemos considerar é: como fazemos o bom uso dessas ferramentas, estamos utilizando elas de uma forma realmente produtiva? O Chat GPT não é a primeira IA disponível no mercado, aqui na Ogilvy já fazíamos o uso de outras plataformas muito mais eficazes, como por exemplo: ShortlyAI, Midjourney, Dall-e-2, entre outras", destaca Viviane Sbrana - Chef de Data Officer na Ogilvy Brasil. 

 

O Chat GPT representa uma grande inovação no campo da IA, possuindo um potencial que transforma a forma como as pessoas se comunicam com os sistemas digitais. À medida que a tecnologia evolui, é previsível que tenham mais aplicativos e serviços baseados nesse tipo de aplicativo, em uma ampla variedade de setores, como em cálculos matemáticos, codificações e conhecimentos técnicos. Mas, é importante lembrar que mesmo que o aplicativo tenha um potencial que transforma a forma como as pessoas se comunicam com os sistemas digitais, é preciso usá-lo com cuidado. 

 

É importante ter em mente que o Chat GPT ainda está em fase de desenvolvimento e pode apresentar respostas incompletas. Sendo assim, a indústria deve entender que ainda existem limitações. Muitas informações que a plataforma oferece precisa e deve ser checada, até porque alguns dos dados que do aplicativo podem estar incorretos ou levam estereótipos que já foram quebrados. Então, a plataforma é útil, mas não descarta e nem substitui a necessidade do cérebro humano", é o que ressalta Pietro Queiroz – Especialista em Data Research na Ogilvy Brasil.

 

Outros pilares da IA muito além do Chat GPT

 

Há algumas vertentes necessárias para desenvolver e entender os benefícios que as plataformas de IA oferecem, e nesse caso, não apenas o Chat GPT. Viviane Sbrana, Chef de Data na Ogilvy Brasil listou algumas: "Na Ogilvy procuramos nos aprofundar em cada ferramenta, assim conseguimos utilizá-las de forma correta para cada área. Não é apenas sobre usar, mas sim como conseguir extrair o melhor conteúdo que a plataforma pode oferecer e direcionarmos cada uma para a devida demanda", destaca a profissional. 

 

1.   Processamento de Linguagem Natural (PLN): É uma área da IA que se concentra em compreender e gerar linguagem humana, incluindo reconhecimento de voz, chatbots, análise de sentimentos e tradução automática.

2.   Visão Computacional: é uma área da IA que lida com o processamento de imagens e vídeos, incluindo reconhecimento de objetos, detecção de rostos, rastreamento de movimento e análise de imagens médicas.

3.   Aprendizado de Máquina (Machine Learning): é uma técnica de IA que permite aos computadores aprender e melhorar a partir de dados, incluindo redes neurais, árvores de decisão e algoritmos de clustering.

4.   Reconhecimento de Voz e Imagem: é uma aplicação de IA que permite que os computadores reconheçam e classifiquem vozes e imagens, incluindo reconhecimento facial e de impressões digitais. 

 

Ogilvy Brasil



Jornada da Cidadania, Trabalho e Renda no CIC do Imigrante


O Centro de Integração da Cidadania (CIC) Campinas, da Secretaria da Justiça e Cidadania, recebe, na próxima quarta-feira (22), das 10h às 15h, na sede da unidade, a ação Jornada da Cidadania, Trabalho e Renda promovida pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). 

O evento tem como objetivo disponibilizar serviços para migrantes internacionais, refugiados, e egressos do sistema prisional. Serão oferecidos serviços de 2ª via de certidões (nascimento, casamento e óbito), emissão de CPF, encaminhamento para vagas de emprego, orientação jurídica, verificação de “dias-multa”, regularização migratória, solicitação de refúgio, bolsas de estudos, cursos de capacitação, orientação sobre MEI, banco do povo, e palestras.

 

Data: Quarta-feira, 22 de março de 2023

Horário: 10h às 15h

Localização: R. Barra Funda, 1020 - Barra Funda, São Paulo

Local: https://goo.gl/maps/KSXpZFeWtPpUgaBy8 

Dia Mundial da Infância: Pobreza acomete 32 milhões de crianças e adolescentes no Brasil, segundo a UNICEF

Diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, reitera que as desigualdades regionais e de raça agravam os efeitos da pobreza nas famílias com crianças


No Dia Mundial da Infância, é importante refletir que nem todos possuem motivos para comemorar. Afinal, a fome continua sendo uma realidade para milhares de crianças e adolescentes no Brasil. O novo estudo da UNICEF, com apoio da Fundação Vale, relata que 32 milhões de meninos e meninas (63% do total) enfrentam a pobreza diariamente. Com a pandemia de Covid-19, a situação ficou ainda mais grave, com famílias enfrentando dificuldades econômicas e de acesso a alimentos. A fome na infância pode levar a consequências graves, como o atraso no desenvolvimento físico e cognitivo, além de prejudicar o desempenho escolar.

A pesquisa relata ainda que, entre 2020 e 2021, o número de crianças e adolescentes privados de renda familiar necessária para uma alimentação adequada passou de 9,8 milhões para 13,7 milhões, um aumento de 3,9 milhões. Os percentuais de privação tiveram elevação tanto para negros e indígenas (31,2%) quanto para brancos e amarelos (17,8%).

O estudo intitulado “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”, constatou ainda que, em 2021, o percentual dessa faixa etária que vivia em famílias com renda abaixo da linha da pobreza monetária extrema (menos de 1,9 dólar por dia) atingiu o maior nível dos últimos cinco anos: 16,1%, versus 13,8% em 2017.

De acordo com a diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, os dados ajudam a refletir sobre os desafios que já eram grandes e foram potencializados, no período da pandemia do coronavírus. “As desigualdades regionais e de raça agravam os efeitos da pobreza que afeta de forma ainda mais severa as crianças e os adolescentes”, afirma.

Para reverter este cenário, a UNICEF recomenda: priorizar investimentos em políticas sociais; ampliar a oferta de serviços e benefícios à crianças e aos (às) adolescentes mais vulneráveis; fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente; implementar medições e o monitoramento das diferentes dimensões da pobreza e suas privações por um órgão oficial do Estado; promover a segurança alimentar e nutricional de gestantes, crianças e adolescentes, garantindo a eles (as) o direito humano à alimentação adequada e reduzindo o impacto da fome e da má nutrição nas famílias mais empobrecidas; implantar com urgência políticas de busca ativa escolar e retomada da aprendizagem, em especial da alfabetização; priorizar, no âmbito das respectivas esferas de gestão, a agenda de água e saneamento para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas; implementar formas de identificar precocemente as famílias vulneráveis a violências, incluindo trabalho infantil; e promover e fortalecer oportunidades no ambiente escolar e na transição de adolescentes para o mercado de trabalho. O Instituto Opy endossa as recomendações da UNICEF.

 

Dia Contra a Discriminação Racial: 5 livros para ensinar as crianças sobre o tema

A leitura pode ser uma grande aliada à causa da inclusão racial. O Pró-Saber SP, responsável por biblioteca infanto-juvenil em Paraisópolis, seleciona 5 títulos


O dia 21 de março, ficou marcado como o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, criada pela Organização das Nações Unidas — ONU, que enfatiza a luta por direitos e vela todo e qualquer ato discriminatório contra à população negra mundial.

 

O Pró-Saber SP, organização social, sem fins lucrativos, disponibiliza uma biblioteca gratuita para crianças e moradores da região de Paraisópolis. E, no intuito de incentivar leituras antirracistas, listou 5 livros disponíveis em sua biblioteca, para quem busca mais informações sobre o tema.

 

“Precisamos contribuir, todos os dias, para que a Educação Antirracista chegue a todos. A leitura desempenha um papel importante no desenvolvimento de uma criança, e incentivar obras que tragam consigo representatividade, é um dever nosso.”, conta Maria Cecilia Lins, diretora-executiva e fundadora do Pró-Saber SP.

 

O espaço reúne mais de 19 mil livros direcionados a crianças e jovens, além de ser palco de programas educacionais de contraturno escolar focados na leitura e na brincadeira.

 

1- “O Caderno sem rimas de Maria”, de Lázaro Ramos.

Lázaro Ramos é um dos maiores e mais consagrados atores nacionais. Mas, nem todos conhecem seu lado literário. Com mais de 7 livros lançados, ‘O caderno sem rimas de Maria’, é um passeio entre o mundo subjetivo e dito por sua filha, fonte de inspiração da obra.

 

2-  “Amoras”, de Emicida.

Inspirado em sua própria música, Emicida cria uma história inspiradora, construindo uma ponte para as crianças tenham contato sobre ancestralidade, cultura negra e autoestima; que deve ser cultivada e acentuada. Um livro essencial.

 

3-  “A Mãe que Voava”, de Caroline Carvalho.

Mesmo as mães sendo vistas como ‘heroínas’, por fazer o impossível. Como é isso para uma criança? O livro de Caroline Carvalho aborda a visão de uma criança sentindo o afastamento de sua mãe por desempenhar suas várias tarefas diárias; desde os cuidados da casa, familiares e profissional.

 

4-  “Omo-Oba: Histórias de Princesas”, de Kiusam de Oliveira.

O livro reúne histórias de orixás femininas e suas trajetórias como princesas. De forma lúdica, nos convidam a conhecer esse universo de ancestralidade e das religiões de matrizes africanas. Kiusam é uma escritora mundialmente conhecida, principalmente, por suas histórias repletas de diversidade e questões étnico-raciais.

 

5-  “De passinho em passinho: Um livro para dançar e sonhar”, de Otávio Junior.

‘Passinho’ é o nome dado pela dança criada a partir do funk, da capoeira, do samba e do frevo. Criando textura e características próprias, o livro, escrito por Otávio Junior, simboliza a força desse movimento e a representatividade de quem participa.

 

Instituto Pró-Saber SP

https://www.instagram.com/prosabersp/


Mulheres na linha de frente: profissionais da saúde abrem espaço para futuras gerações e mudam perfil de cargos de gestão

Apesar das barreiras enfrentadas, mulheres representam 70% da força de trabalho da área da saúde
Crédito: Envato

70% da força de trabalho na área da saúde é de mulheres; médicas, fisioterapeutas, enfermeiras, pesquisadoras e outras profissionais reúnem histórias de comprometimento e superação


As mulheres representam 70% da força de trabalho na área da saúde, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). São médicas, fisioterapeutas, enfermeiras e tantas outras profissionais que estão na linha de frente dos esforços para cuidar de pacientes todos os dias, além de desenvolver pesquisas que permitem o avanço da área. Dentro de hospitais, elas mudam o perfil de cargos de liderança ao unir os múltiplos talentos, a curiosidade e a valorização do olhar humanizado. 

A pesquisadora e fisioterapeuta Cristina Baena faz parte dos 25% de posições de liderança ocupadas por mulheres dentro de unidades de saúde. Ela coordenou um projeto de pesquisa interdisciplinar que envolveu mais de cinquenta pesquisadores dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, de Curitiba (PR), em parceria com a PUCPR e outras instituições nacionais e internacionais, que buscou compreender o comportamento da covid-19 na fase aguda e após a alta hospitalar. Para a pesquisadora, a participação feminina na ciência traz contribuições que vão além da promoção de saúde, bem-estar e justiça social genuína. "Cada conquista fortalece a importância de continuarmos a inspirar mulheres para a carreira científica, mudar estereótipos da profissão e dar visibilidade às suas realizações", afirma.

Já a enfermeira Vanessa Ramos perdeu a conta de quantos pacientes atendeu em duas décadas como profissional da linha de frente do sistema de saúde. Em meio a tantos desafios, ela destaca que o maior de todos foi o enfrentamento da covid-19. "Durante a pandemia, em cada turno de trabalho tínhamos nossas vidas transformadas por presenciar de perto histórias de luta e altas emocionantes. Foi necessário montar uma força-tarefa e passar por um aprendizado rápido que uniu os profissionais da assistência e de gestão", relata a coordenadora das unidades de internação do Hospital Marcelino Champagnat, instituição que se consolidou como referência no tratamento da infecção pelo coronavírus.

Os contextos sociais e culturais são diversos, mas há muitas semelhanças nas inspirações e dificuldades encontradas por mulheres que trabalham com saúde ao redor do globo. Para a médica Lídia Zytynski Moura, a vontade de trilhar novos caminhos de conhecimento foi a força motriz para uma mudança temporária de país com toda a família, para realizar o pós-doutorado em insuficiência cardíaca no segundo maior hospital de ensino da Harvard Medical School, o Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos. "É a combinação de conhecimento acumulado, pesquisas científicas e curiosidades que permite darmos novos passos. E as mulheres de hoje são assim: elas têm olhos que brilham, são pragmáticas, têm agilidade e conseguem ser doces e técnicas ao mesmo tempo", descreve a coordenadora do setor de cardiologia dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, que fazem parte da frente de saúde do Grupo Marista.


Mais espaço para elas

E com mais representatividade nos números gerais, a próxima luta poderá ser por mais equidade também nos cargos de liderança. Hoje, inúmeras profissionais da saúde se destacam com trajetórias brilhantes, inspirando outras a acreditarem, persistirem e não desistirem de trilhar caminhos igualmente bem-sucedidos. Mas não é preciso fazer uma longa viagem no tempo para perceber que é um fato recente na história a presença feminina em postos de liderança e em áreas de destaque. Como lembra Lídia, que durante sua trajetória acadêmica viu poucas figuras femininas em cargos de gestão. "A minha geração tem tentado soltar as amarras e deixar um importante ensinamento para as mulheres que estão chegando: é possível fazer e alcançar o que se quer, sem precisar seguir velhos modelos", declara ela, que também é diretora do eixo de saúde humana da Escola de Medicina e Ciências da Vida, na PUCPR.

"A proporção de pós-graduandas é maior que a de homens, mas nos papéis de liderança elas ainda são a minoria", observa Cristina Baena, que é coordenadora da pós-graduação em Ciências da Saúde, na PUCPR. Para mudar esse cenário, a pesquisadora acredita que é preciso considerar as habilidades emocionais da mulher como gestora, sem deixar de prever momentos que são característicos da sua vida, sobretudo a maternidade. "É possível ser mulher, mãe e pesquisadora, mas é preciso um grupo de apoio, pois sozinha é muito difícil", conta Cristina, que, ela mesma, encarou a criação de um filho enquanto realizava mestrado, doutorado e pós-doutorado.

"A presença feminina na gestão de hospitais é importante, porque elas trazem para dentro das instituições olhares detalhistas e abordagens cuidadosas", reforça Vanessa. Igualdade de gênero e diversidade no corpo de trabalho têm sido temas cada vez mais discutidos dentro e fora das unidades de saúde. E, apesar das barreiras que ainda são enfrentadas diariamente, algumas profissionais estão otimistas e acreditam que o futuro da liderança será feminino. “Foco no objetivo e na autenticidade são pontos importantes para meninas que querem conquistar igualdade de possibilidade profissional. De tijolo em tijolo, é possível construir a base para uma sociedade cada vez mais próspera e igualitária", finaliza Cristina Baena.

 


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