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terça-feira, 19 de julho de 2022

Brasil ganha primeiro banco de germoplasma de baunilhas

Apesar da sua importância, principalmente para o mercado gastronômico, a baunilha é encontrada em poucas coleções genéticas no mundo


  • Coleção dá visibilidade e preservação às espécies brasileiras de baunilha, ainda pouco conhecidas no mundo.
Trata-se do único banco de germoplasma de baunilhas do Brasil. Possui acervo diferenciado por incluir várias espécies da América do Sul.

Banco também ajudará a encontrar genes resistentes a doenças que acometem a espécie, subsidiando o seu melhoramento genético.
  • As espécies brasileiras de baunilha têm características únicas capazes de conquistar mercados importantes como o da alta gastronomia.
  • Demanda mundial pela baunilha tem sido maior do que a oferta.
  • Coletas agregam diversidade genética à pesquisa.
  • Baunilhas do Cerrado começam a ganhar espaço na gastronomia mundial.

 

O Banco Genético da Embrapa, um dos cinco maiores repositórios do gênero do mundo, ganha sua primeira coleção de uma das espécies mais cobiçadas pela gastronomia: a baunilha. Mais de 70 acessos (amostras) de orquídeas do gênero Vanilla compõem o primeiro banco de germoplasma de baunilhas do Brasil e o único do mundo a reunir um volume significativo de espécies da América do Sul. A coleção permitirá benefícios importantes como apoiar o melhoramento genético ao fornecer genes de interesse agronômico; subsidiar a domesticação da baunilha no Brasil, cuja produção ainda é extrativista; e até auxiliar na preservação de suas espécies.

 

Apesar da sua importância, principalmente para o mercado gastronômico, a baunilha é encontrada em poucas coleções de germoplasma no mundo. As de maior destaque são as do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), instituição francesa que mantém 200 acessos de 30 espécies na Ilha da Reunião, e as coleções da Universidade da Califórnia, do Indian Institute of Spices Research (IISR) e a de alguns jardins botânicos. 


 

O sabor mais popular do planeta

 

O aroma extraído das orquídeas Vanilla spp. é o mais popular e o mais largamente utilizado no mundo. A baunilha contém cerca de 300 compostos químicos, responsáveis por um aroma único e com uma grande variedade de usos. É utilizada em sorvetes, doces, produtos de panificação, bebidas e aromas alimentares e em cosméticos. Cerca de 97% da baunilha é usada para fragrâncias e aromas.

 

“A nossa coleção é inédita porque o Brasil possui inúmeras espécies silvestres do gênero Vanilla que nunca foram exploradas e que recentemente passaram a ter valor, podendo serem usadas não só no segmento da gastronomia como na indústria de cosméticos”, relata o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Roberto Vieira (à esquerda), líder do projeto de pesquisa sobre as baunilhas do Brasil. 

 

A relevância da coleção de germoplasma de baunilhas da Embrapa não se dá apenas pelas características interessantes do ponto de vista olfativo para uso gastronômico, mas também auxilia na busca por materiais resistentes a doenças. “A baunilha sofre muito por problemas sanitários, como viroses e fungos. Do material genético coletado pela equipe do projeto também esperamos encontrar materiais com genes resistentes a essas doenças, especialmente Fusarium, que é um fungo muito crítico nas baunilhas”, ressalta o pesquisador, revelando que há várias perspectivas de uso desse banco, que vão desde estimular o pequeno produtor a obter produto de maior valor agregado até o estabelecimento de parcerias com empresas e indústrias interessadas no uso comercial da espécie.


 

Incentivo à produção de espécies nativas

 

A cadeia produtiva da baunilha no Brasil ainda não está estruturada e sua exploração depende de processos extrativistas para a comercialização dos frutos. Boa parte do material técnico disponível está voltado para a Vanilla planifolia, espécie mexicana que é cultivada em todo o mundo. Segundo Vieira, para incentivar os produtores que carecem de informação, a equipe tem realizado oficinas voltadas a levar conhecimento técnico e, ao mesmo tempo, reunir e conhecer o público que trabalha com a espécie. 

 

Os pesquisadores do projeto já começaram a reunir dados com informações técnicas que vão suprir a lacuna que existe a respeito das espécies brasileiras. Eles vão disponibilizar, até o fim de 2022, uma cartilha com conteúdo que vai desde a produção de mudas até o processamento dos frutos da baunilha. “A expectativa é sair do modelo extrativista e passar para o cultivo”, observa o pesquisador da Embrapa. 

 

Um dos desafios das Unidades da Embrapa envolvidas na pesquisa é a domesticação da cultura com o desenvolvimento de técnicas e protocolos de cultivo para a substituição do atual modelo extrativista que vigora no País. Com isso, os cientistas pretendem ajudar na inclusão das baunilhas nativas do Brasil no mercado, ampliando a sua oferta e oportunizando a agregação de valor a um produto local e o desenvolvimento das comunidades rurais produtoras dessa matéria-prima. Os cientistas acreditam que as espécies locais têm características interessantes e diferenciadas se comparadas às existentes no mercado internacional e que, justamente por isso, reúnem condições de conquistar as exigências da alta gastronomia.


 

Onde estão as baunilhas do Brasil

 

Apesar de o gênero Vanilla ter uma ampla distribuição no território brasileiro, com ocorrência em todos os estados e Distrito Federal, três espécies são consideradas de valor econômico atual ou de uso potencial: a Vanilla bahiana, a V. chamissonis e e V. pompona.

 

Vanilla bahiana aparece amplamente distribuída nas regiões Sudeste e Nordeste. A V. chamissonis apresenta ampla distribuição geográfica no Brasil, desde o extremo oriental até o extremo ocidental, estando presente nas cinco regiões do País. Já a V. pompona é conhecida atualmente nas regiões Sudeste,  Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

 


Mercado

 

Atualmente, Madagascar é o maior produtor mundial de baunilha. Os tipos comumente encontrados são: Bourbon, baunilha Mexicana, baunilha do Taiti e baunilha do Oeste da Índia. Das variedades disponíveis no mercado, a de Madagascar é a mais utilizada, ocupando mais de 70% do mercado internacional, enquanto os tipos restantes são do Taiti e do México.

A demanda por esse produto é maior do que a oferta, provavelmente porque a produção dos principais fornecedores de matérias-primas, como Madagascar e Indonésia, apresenta uma redução de produtividade, em função de doenças e adversidades climáticas.

 

Considerando que a propagação de baunilha é essencialmente vegetativa, por estaquia, a base genética nos países produtores é muito reduzida, expondo os cultivos a riscos biológicos e ambientais. O preço da baunilha curada é definido por empresas internacionais, e é, normalmente, semelhante ao preço em Madagascar. Nos últimos três anos, essas empresas cobravam pelo quilo do produto cerca de 50 dólares. Em alguns casos, pequenas quantidades de favas gourmet foram vendidas a 80 dólares o quilo.

 


De Goiás, a baunilha brasileira alcança o mundo

 

Foi o chef dinamarquês Simon Lau, que vive em Brasília desde a década de 1960, que “descobriu” as baunilhas do Cerrado e as introduziu como ingrediente na alta gastronomia da região. Quando um vendedor ambulante bateu à porta de sua casa na cidade de Goiás, Lau comprou todas as favas que ele carregava em uma caixa de sapatos. Enormes quando comparadas às favas comerciais (chegam a medir 25 centímetros), passaram a ser difundidas no meio gastronômico e foram levadas a um festival na Espanha pelo chef Alex Atala. A história é contada pela gastróloga e pesquisadora de baunilhas brasileiras, Cláudia Nasser.

 

“O potencial aromático e de sabor da especiaria brasileira está se difundindo pelo mundo da gastronomia”, afirma. Chefs conceituados já a incorporaram em suas receitas. Emiliana Azambuja criou o vinagrete de cajuzinho do Cerrado com azeite de baunilha. Já Humberto Marra a utiliza em um caramelo salgado servido sobre carne suína. O ingrediente também está sendo usado na fabricação de chocolates, kombuchas e outros produtos em pequena escala.

 

Na cidade de Goiás, elas estão por todo canto – no centro histórico, no pátio da igreja, na periferia e principalmente na zona rural, e ainda em jardins e quintais das casas na área urbana. Lá, elas são utilizadas há mais de 200 anos por seus habitantes, principalmente com fins medicinais, para tratamento de tosse, inflamação de garganta e outras doenças do trato gástrico. Em seu livro de receita, a escritora Cora Coralina registrou o uso da baunilha desde o século 18.

 

A maior parte das favas de Goiás vem do extrativismo e as práticas de produção – colheita, cura e uso – seguem as técnicas adquiridas de seus antepassados. Na chamada El Dorado das Baunilhas, por Nasser, a cura da vagem – processo para liberar o aroma e o odor típicos da especiaria – é finalizada em mel, açúcar, álcool de cereais ou cachaça, já que seu uso é geralmente medicinal ou em doces.

 

Para que o ingrediente brasileiro ganhe espaço no mercado, a cura deve ser feita seguindo processos que permitam a venda da fava in natura, atendendo as exigências do mercado gastronômico. No entanto, a valorização do ingrediente tem levado a um extrativismo desordenado, o que pode causar um desequilíbrio na produção das plantas, adverte a gastróloga: “Precisamos entender a formação da cadeia produtiva das baunilhas brasileiras para termos um processo sustentável e justo, que possa auxiliar na renda dos agricultores familiares. Hoje, uma fava de Goiás é vendida por R$ 20,00 e na Internet, encontramos por até R$ 180,00”.

 


Receita de Montanha-Russa feita por Cora Coralina

 

Ferve-se uma garrafa de leite com uma fava de baunilha.

Bate-se quatro gemas de ovos com duas xícaras de açúcar; mistura-se duas colheres de maisena: deita-se o leite sobre tudo isso bem dissolvido e volta novamente ao fogo para cozinhar e formar creme, que se deixa esfriar.

Cozinha-se à parte 250 gramas de ameixas-pretas sem caroços com um copo de d’água e um cálice de vinho seco, cravo, canela e casca de limão.

Arruma-se em uma cremeira, uma camada grossa de creme e outra de ameixa, sucessivamente. Cobre-se com suspiro e leva-se ao forno para secar.

 


O trabalho de coleta

 

Em quatro dias, pesquisadores percorreram áreas do estado de Goiás onde a baunilha é conhecida pela população. No município de Nova América, que já se chamou Baunilha, e em Itapirapuã, cerca de 30 mudas de diferentes espécies – Vanilla pomponaV. bahianaV. chamissonis e uma ainda a ser identificada – foram coletadas e incorporadas ao primeiro banco de germoplasma da espécie, no Banco Genético da Embrapa.

 

“O objetivo das coletas é aumentar a diversidade genética dos acessos do banco de germoplasma e buscar materiais com características superiores de interesse para o projeto”, conta Fernando Rocha, pesquisador da Embrapa Cerrados que participou da atividade. A coleta foi realizada com a colaboração de pessoas da região, que conhecem os locais onde estão os remanescentes das espécies.

 

Em Nova América, a equipe, composta também pelos pesquisadores Marília Pappas e Wanderlei Lima e o técnico Ismael Silva Gomes, contou com a colaboração de Vera Lúcia Pimenta, descendente dos pioneiros da cidade na coleta dos materiais. Outras coletas serão realizadas ainda neste ano, em Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e Goiás.

 

O material, além de compor o banco genético, será utilizado em estudos sobre as espécies. Uma primeira remessa de mudas foi plantada em uma área nativa da Embrapa Cerrados. “A coleção de trabalho será formada pelas principais espécies com potencial comercial,” conta Rocha ao informar que o material será caracterizado, multiplicado e utilizado em experimentos para o desenvolvimento dos processos da cultura.

 

Em Brasília, o produtor rural Rubens Bartholo de Oliveira (à esquerda) cura as favas de sua primeira safra. Com o uso de uma chocadeira elétrica, ele testa a melhor combinação de temperatura e umidade para que, ao fim do processo, suas baunilhas tenham uma ótima qualidade. Em sua propriedade, ele mantém dois telados, um deles já em plena produção das espécies pompona e bahiana, vindas do Cerrado goiano.

 

Entusiasta da cultura, interessou-se por seu cultivo quando ficou sabendo da repercussão da iguaria no mercado gastronômico. Para isso, estudou a planta, pesquisou sobre seu cultivo e a cura das favas e foi ao México fazer um curso no Centro Mexicano de Investigación em Vainilla (Cemivac).

 

No segundo telado, com paredes de substrato à base de casca de coco, Oliveira cultiva diferentes espécies vindas dos mais variados locais – planifolia e tahitensis, do Pará; pompona, de São Paulo, e bahiana, de Goiás, além de palmarum, chamissoniscribbiana e calyculata. “Os frutos têm mais de duas centenas de compostos aromáticos – a vanilina é só um deles. Além de teores diferentes de vanilina, cada espécie tem uma combinação única de aromas”, explica Rocha.

 

Oliveira espera que suas plantas comecem a dar frutos para que possa identificar quais são as melhores para seu negócio. “Eu acredito que a cadeia de baunilha pode dar certo aqui na região,” aposta o produtor que em breve começará a comercializar favas de baunilha do Cerrado.

 


Uma cidade chamada Baunilha

 

Contam que em 1944, ao chegar em uma serra goiana onde sentiu um cheiro inebriante, o explorador José Jeremias do Couto resolveu ali se estabelecer e formar um povoado. Encantando com a quantidade e variedade da planta e seu aroma, foi decidido o nome da cidade: Baunilha.

 

Segundo os moradores, havia ali uma enorme quantidade de baunilhas nativas, principalmente ao longo do córrego que margeia a cidade e que ainda leva o nome da planta. O historiador Vineci Macedo informa que pouco restou da diversidade encontrada no século passado: “Quase chegou à extinção. Hoje, existem poucas [plantas]. Com a presença do gado, o desmatamento dos pioneiros e do povo, a baunilha foi entrando em extinção”. Na beira do córrego, não existe mais nenhuma planta, avisa.

 

Hoje, Nova América, rebatizada em 1956 em homenagem à esposa do fundador, América Couto, busca restabelecer sua ligação com a planta que deu origem à cidade. O nome continua presente em restaurantes, hotéis, fazendas e setores da cidade. Mas isso não é suficiente. Um projeto propõe o replantio de mudas na beira do córrego. “Ficamos muito felizes ao saber do interesse da Embrapa pela baunilha. Temos o desejo de manter a planta aqui na cidade, saber usá-la e preservá-la, o que não aconteceu antes. Queremos que a comunidade ame a baunilha, assim como ama o seu nome”, relata a moradora Vera Pimenta.


Como reconstruir marcas na era das distrações?

Vinicius Covas, autor de "Criando Marcas na Era das Distrações", acredita que a criatividade é uma aliada poderosa no desenvolvimento de um modelo de engajamento mais rico


Mais de 1,4 milhão de empresas fecharam suas portas em 2021, segundo dados do Ministério da Economia. Driblar tamanha crise econômica não foi fácil – exigiu muita perseverança e, acima de tudo, a reinvenção das companhias de todos os portes e segmentos.

Em meio a este cenário desafiador, Vinicius Covas, doutor em comunicação e autor do livro “Criando Marcas na Era das Distrações”, defende a hipótese de que toda marca tem a necessidade de se reinventar para sobreviver, principalmente em um momento como o que vivemos. “A pandemia alterou muitas dinâmicas sociais, acelerou a adoção da tecnologia e ampliou a consciência e sensibilidade social, exigindo uma nova postura das empresas”, destaca.

Segundo ele, o comportamento do consumidor mudou completamente durante o isolamento social. “Novas necessidades e desejos emergiram. Se adaptar se tornou obrigatório para qualquer negócio que tenha a ambição de seguir vivo na próxima década”, defende. Toda essa mudança, impactada por uma mutação nos processos sociais, também altera os modelos de negócios, o relacionamento com os consumidores e a arquitetura de comunicação.

Fenômenos que marcam nossa sociedade demandam abordagens granulares, já que são cataclísmicos, provocando a transformação de padrões e inaugurando novas formas de conceber processos. “No centro desse renascimento corporativo, está o que conhecemos como marca, uma membrana biológica que participa de um processo de simbiose entre consumidor e sociedade, facilitando o processo de relacionamento e funcionando como uma interface que vai cumprir com um propósito que o usuário possui”.

Em seu livro, Covas aborda o advento da modernização das marcas desde uma perspectiva da economia da atenção que promove o surgimento de uma moeda chamada experiência que compra a atenção do usuário. O autor define o conceito de experiência como a soma das predisposições, expectativas, necessidades, motivações, estados de ânimo da pessoa em conjunto com as características da marca. “Em um momento de constante mutação de processos sociais e culturais, marcas precisam lembrar que são interlocutoras de desejos, mais além de uma extensão funcional de uma necessidade. Elas devem ser espelhos que projetam emocionalmente as expectativas dos consumidores”, defende.

Independentemente da situação provocada pela pandemia, o especialista propõe que estamos inaugurando uma categoria de consumidores desconexa às tradicionais taxonomias geracionais, como millenials, baby boomers, centenialls, e que é transversal a todos nós. “Os ‘coroniais’ são esses consumidores mutantes que começaram a interpretar o relacionamento com as marcas como um processo mais íntimo, transparente e associativo. O que eu consumo, me consome; e o que o me consome, comunica quem eu sou”. Nesse contexto, marcas precisam ajustar suas mensagens para se conectar de maneira mais significativa. 

De certa forma, esse movimento já vinha acontecendo no chamado debranding, que é quando se busca por marcas mais simples, removendo elementos que atrapalham, poluem e contaminam esse processo semiótico de interpretar o que ela está comunicando. “É o momento de fortalecer as empresas com uma proposta ousada: reinventar marcas para que se mantenham vigentes para as próximas décadas, fortalecendo a imagem das companhias por meio de estratégias criativas e disruptivas, tornando-as cada vez mais pessoais para o consumidor”, acredita. 

Seja para empresas que já estão no mercado há anos e precisam renovar suas estratégias, ou para aquelas que estão dando seus primeiros passos, Vinicius reforça que a criatividade aplicada nas plataformas digitais é uma aliada poderosa no desenvolvimento de um modelo de engajamento mais rico – projeto que ganhou tamanha notoriedade frente aos constantes estudos e especializações consagradas ao longo de sua trajetória profissional.

Seu talento-nato para o marketing foi descoberto cedo. Formado em jornalismo, com apenas 21 anos, Covas foi semifinalista do Prêmio Jovens Inspiradores da Fundação Estudar junto com a Revista VEJA, no ano de 2013. Atualmente, é um estrategista de marca reconhecido no México, onde foi palestrante TEDx Ciudad de México e personagem viral na internet em 2015, com sua publicação “100 Impressões sobre o México”, com milhões de visualizações e que deu origem ao jogo de celular “Ándale Vini”. Lá, fundou a hive id., agência estratégica para criação de marcas modernas, além de ter concluído um mestrado em Direção de Empresas de Entretenimento e um doutorado em Comunicação. 

Com mais de 80 empresas atendidas em 14 países diferentes, principalmente México e Brasil, Covas transporta sua expertise para criar marcas poderosas, através da criatividade no marketing e, acima de tudo, no desenvolvimento de uma comunicação inteligente. “As marcas precisam se manter fortes ao longo do tempo. Para isso, precisam se reinventar por meio da conexão com o seu cliente em uma era em que a atenção é cada vez mais disputada”, pontua.

Sua mensagem é clara e objetiva. “Vivemos em uma era de intensos e constantes estímulos, tornando a missão de atrair o foco dos consumidores algo bem mais complexo que antigamente. Mas, por meio de um replanejamento estratégico, visual e comunicativo, as empresas podem prosperar e conquistar cada vez mais consumidores em meio à tamanhas interações”, garante.

Sua proposta é criar algo diferente do que o consumidor está acostumado. “A remodelação da marca deve estar fundamentada na criatividade e comunicação clara e honesta com o consumidor. Com este guia, as empresas conseguirão reajustar suas operações e alcançar feitos cada vez mais promissores”, finaliza o especialista. Reinventar-se é cada vez mais necessário.

 

Vinícius Covas

www.viniciuscovas.com.br

 

Saiba como definir o valor dos benefícios alimentação e refeição do trabalhador

Composição do crédito deve levar em conta custo médio praticado pelos restaurantes da região além do preço da cesta básica medido pelo Dieese

 

O custo da alimentação, que já apresenta alta de 16% no primeiro trimestre de ano ano contra o mesmo do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Benefícios do Trabalhador (ABBT), tem impactado cada vez mais o bolso do trabalhador brasileiro. Diante desse cenário desafiador, as empresas têm se mantido atentas quanto ao crédito concedido aos benefícios alimentação e refeição do colaborador para que assim mantenham uma alimentação nutritiva e de qualidade – fator essencial para a boa produtividade. Porém, muitas vezes podem surgir dúvidas de como determinar o valor ideal desses benefícios.

Para ajudar a área de recursos humanos a entender o que precisa ser considerado na composição do crédito a ser depositado nestes benefícios, a Sodexo Benefícios e Incentivos criou uma página que traz essas orientações e ainda um portal onde é possível consultar o valor médio das refeições e da cesta básica por região do País. Acesse aqui.

"É preciso estar atento a média de preço praticado pelos restaurantes e padarias da região. Afinal, o funcionário busca por estabelecimentos próximos ao local de trabalho para almoçar ou jantar, por isso, é importante estar atento aos valores do entorno. Além disso, para o vale-alimentação, deve-se utilizar como base o levantamento mensal de evolução de preços da cesta básica realizado pelo Dieese", explica Willian Tadeu Gil, Diretor de Relações Institucionais da Sodexo Benefícios e Incentivos.

Veja a seguir as principais orientações:

 

Valor do vale-refeição

No caso do cartão refeição, uma questão importante a ser levada em conta são os valores médios das refeições nos restaurantes e padarias da região. No caso de grandes centros urbanos, é importante também considerar a diferença de valores entre bairros da cidade. Afinal, o funcionário provavelmente vai buscar por estabelecimentos próximos ao local de trabalho para almoçar ou jantar, por isso, não adianta usar como base os preços de outras regiões da cidade. 


Valor do vale-alimentação

Para o valor do vale-alimentação, a base de preços pode ser determinada pela média praticada nos supermercados da região. Também é possível utilizar como base o levantamento mensal de evolução de preços da cesta básica realizado pelo Dieese.

A pesquisa da Cesta Básica Nacional acompanha mensalmente a evolução de preços de 13 produtos da cesta básica, assim como o gasto mensal que o trabalhador teria para comprá-los. Dessa forma, os gestores podem ter uma noção do preço médio dos produtos para determinar o valor pago do vale-alimentação aos colaboradores todo mês, reajustando sempre que necessário.


Desconto do benefício na folha de pagamento

Outro ponto importante é que o desconto na folha de pagamento do funcionário para esses benefícios pode ser de até 20% do custo do benefício de vale-refeição e vale-alimentação, de acordo com as regras do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Por isso, o gestor também precisa saber quanto a empresa tem condições de investir na alimentação dos funcionários.

 

SODEXO BENEFÍCIOS E INCENTIVOS


Presença tecnológica cada vez maior no cotidiano exige reflexão sobre o papel humano


A gestão humanizada tem crescido nos últimos anos. Aquela velha noção de que o ambiente empresarial é inflexível tende a desaparecer, até porque não é só a tecnologia que evolui e inovações de comportamento nos empurram para outra realidade. E não se trata aqui de perfeição operacional e metas estrondosas, mas de responder de modo sustentável aos anseios da sociedade. Os resultados, claro, são consequência.


É o que revela pesquisa realizada pelo projeto Empresas Humanizadas no Brasil. O levantamento indica que o modelo de gestão focado no aspecto humano não só dobrou a rentabilidade das empresas, como provocou satisfação 240% superior por parte dos clientes, e níveis 225% maiores de bem-estar entre os funcionários.


Cabe destacar aqui que a comunicação e a tecnologia andam lado a lado nesta transformação. Assim, é imprescindível para aqueles que querem atuar na área de produtos digitais, escutar e entender a experiência dos clientes para a definição e criação de uma solução. A tecnologia está em processo de transição e seu caráter funcional não é o que mais importa hoje em dia. 


Algumas das novas tecnologias tenderão a aprender com a interação. Outras, serão pensadas ao redor do ser humano, no que ficou conhecido pelo conceito de “design centrado no homem”. No fundo, todas pretendem gerar experiências mais humanizadas e trazer resultados positivos para as pessoas.


A tecnologia humanizada é uma estratégia de recursos humanos que tem o objetivo de fazer com que a relação entre o ser humano e a máquina seja mais tranquila, igualitária e eficiente. E o atendimento humanizado é aquele que busca cooperar de todas as formas com o cliente. Nesse sentido, um produto digital deve vir para somar, permitindo uma otimização dos processos, garantindo maior qualidade de vida e reduzindo os custos.


A humanização está justamente aí, em utilizar a tecnologia a seu favor, para colher informações, agilizar o atendimento e criar uma experiência mais agradável para o consumidor. De posse de dados públicos, por exemplo, é possível ter diversas informações à disposição que vão desde o histórico de serviços e produtos contratados, até ligações e problemas relatados anteriormente, entre outros.


É esse conhecimento que ajuda a humanizar o atendimento ao abrir possibilidades de tratar o cliente pelo nome, indo diretamente ao ponto ao falar sobre os produtos ou serviços de seu interesse, criando ofertas personalizadas com bases no seu histórico e preferências de consumo. Mais do que atendê-lo simplesmente, é preciso ter empatia para entender suas dores, suas dificuldades e seus desejos. 


Uma forma simples de fazer isso é, primeiramente, se livrando de atendimentos engessados, cheio de frases prontas. Assim, é possível criar uma comunicação mais próxima, mostrando que a empresa se importa com os problemas apresentados e está buscando a melhor solução para resolvê-los. Quanto mais naturalidade e inovação no atendimento, mais humanizado ele é. E isso se traduz em boa experiência para o cliente e, consequentemente, gera melhores resultados para a empresa, inclusive financeiros.


Não é diferente no mercado financeiro. Muito menos no previdenciário, em que os fundos de pensão são opções de investimentos para uma aposentadoria complementar e maior qualidade de vida.  Embora cada segmento tenha suas nuances, o conceito da transformação digital atinge todo o universo corporativo, para o qual está cada vez mais evidente a necessidade de ampliar e digitalizar os canais de atendimento para empoderar o cliente.


Vale destacar que o mercado de previdência reúne hoje um total de mais de 250 fundos, com ativos que superam R$ 1 trilhão e um público de mais de 3,5 milhões de pessoas, sem considerar seus dependentes.

Diante deste cenário, é preciso encontrar soluções mais centradas nesse público contribuinte para melhorar a dinâmica de um relacionamento ainda bastante desconectado. Trata-se de um caminho sem volta e que abre oportunidades ímpares.

 

Alexandre Teixeira - CEO e cofundador da uFund



Como aproveitar o Dia dos Pais para aumentar as vendas dos pequenos negócios

Data marca a abertura do calendário promocional do comércio no segundo semestre do ano

 

No próximo dia 14 de agosto será comemorado o Dia dos Pais no Brasil. A data é uma das mais importantes do calendário do comércio e abre a programação das promoções do segundo semestre, que ainda conta com o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal. Um levantamento feito pelo Sebrae, em 2021, mostrou que além dos pais (27%), os maridos, companheiros, noivos e namorados (31%) estão entre as figuras mais presenteadas nesta data. Para os empresários que pretendem impulsionar as vendas nesse período, ainda dá tempo de implementar algumas mudanças e estratégias.

Do presente tradicional ao inovador, o Dia dos Pais traz oportunidades para os mais diferentes setores de atividades. Segundo o levantamento do Sebrae, os presentes mais lembrados foram: vestuário (43%); cosméticos, perfumes, colônia pós-barba (21,4%); comidas para almoço ou jantar (10,1%); chocolates (9,1%), além de bebidas e vinhos (9,1%).


Planejamento é palavra de ordem

Para os empresários que pretendem aproveitar a data para potencializar os negócios, a principal recomendação do Sebrae é planejar. Isso significa, por exemplo, organizar e preparar a equipe, ampliar a presença digital, organizar os estoques, ativar o relacionamento com os clientes, entre outras providências necessárias.

Tudo começa com a gestão do estoque da empresa. O Sebrae tem orientações que ajudam os donos de pequenos negócios na tomada de decisões. Uma das principais regras para alcançar bons resultados é contar sempre com carros-chefes, que são aqueles 20% de produtos que representam 80% das vendas. Os empresários precisam se programar para não deixar faltar na prateleira esses itens que funcionam como principais atrativos da clientela.

O passo seguinte é fazer com que o público potencial saiba como a empresa se organizou para atender às expectativas dos consumidores no período. Nesse sentido, vale a pena lançar mão das redes sociais onde a marca está presente, além de usar os aplicativos de mensagem para falar diretamente com antigos clientes.

Uma equipe de vendedores preparados é outro passo fundamental para alcançar bons resultados nas vendas do Dia dos Pais e de outras datas comerciais. Além de conhecer os produtos da empresa, os funcionários precisam ouvir e entender as necessidades dos clientes.


Iniciativa

O empresário Ricardo Fritsch, da Cervejaria SteinHaus, primeira e única cervejaria orgânica do país, já está preparado para o Dia dos Pais deste ano. Ele já definiu que a loja virtual vai trabalhar com um desconto de 15% para os clientes que usarem um código promocional e vai trazer, além das cervejas produzidas pela empresa, dois kits para os clientes que desejem presentear seus pais. Ricardo vai fazer ainda uma ação na própria data, ofertando chopp de graça para os pais que forem ao restaurante da cervejaria, inaugurado em abril. Para isso, ele vai fazer uma panfletagem de rua nos dois pontos mais movimentados da cidade de Picada Café (na Serra Gaúcha).

Conheça a cartilha do Sebrae que apresenta os diferentes perfis de pais e como trabalhar com cada um deles.


Confira outras sugestões do Sebrae:

  • Mostre para seu cliente como, principalmente em momentos de crise, devemos demonstrar que nos importamos com quem amamos. Que tal incentivá-lo a comprar o seu produto e pedir para entregar na casa do seu pai e surpreendê-lo? Que tal oferecer também a oportunidade de incluir uma mensagem personalizada com o presente?
  • Agora é a hora de realmente conhecer o seu cliente! Esse é o principal caminho para traçar qualquer estratégia do negócio. Entenda o melhor jeito de suprir suas necessidades. Algumas simples perguntas nos stories do Instagram já podem ajudar a entendê-lo melhor. Manter contato constante também é muito importante, e você pode usar o WhatsApp para isso.
  • Mostre para o seu seguidor que seu produto pode complementar outros presentes, mostre ideias de cestas ou caixas com seus produtos dentro.
  • A venda em si pode ser feita pelo WhatsApp Business, por exemplo. Não crie barreiras para o seu cliente, já mande as opções de pedido, de forma clara e prática, envie o link de pagamento, oriente sobre a forma de entrega ou retirada. De todas as maneiras, facilite a compra, assim fica mais fácil de manter seu cliente.
  • Além de vender, usar o WhatsApp é ótimo para que você tenha os contatos de todos seus clientes. Isso estreita seu relacionamento com eles e o número de celular facilita na hora do contato. Avalie outros canais de venda interessantes, como os aplicativos de delivery.

Energia solar ultrapassa gás natural e biomassa e já é terceira fonte na matriz elétrica brasileira, informa ABSOLAR

De acordo com a entidade, fonte fotovoltaica atinge 16,4 gigawatts (GW) em pequenos projetos de geração própria e em usinas de grande porte no País, ante os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa

 

Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a potência instalada operacional da energia solar fotovoltaica acaba de ultrapassar a potência das termelétricas de gás natural e de biomassa, tornando a terceira maior fonte na matriz elétrica nacional, atrás apenas da hídrica e eólica.
 
De acordo com mapeamento da entidade, são 16,4 gigawatts (GW) de energia solar em grandes usinas e em pequenos projetos de geração própria, ante os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa. Segundo a associação, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.


 
Para o diretor da ABSOLAR, Carlos Dornellas, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta.
 
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, acrescenta Dornellas.
 
Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. E basta apenas 24 horas para tornar um telhado ou um pequeno terreno em uma fonte de geração de eletricidade a partir do Sol. Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, conclui Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR


Segurança energética: como solucionar a crise global?

O tema segurança energética voltou com força total à pauta global. Grande parte dos países enfrenta uma crise no setor, que agrava o quadro econômico que já vinha desfavorável com inflação alta e perspectivas de recessão. A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro deste ano, torna a crise econômica e energética em uma crise geopolítica de grandes proporções. Neste contexto desafiador, governos ao redor mundo buscam alternativas para garantia de fornecimento de energia a preços competitivos afim de evitar impactos mais severos em suas economias.

E o Brasil? Em função dos seguidos reajustes dos preços dos combustíveis, e em resposta as pressões de vários setores da sociedade, o governo federal, em coordenação com o congresso, estados e municípios, se mobiliza para amenizar os efeitos da crise energética global. A resposta passa por desde a redução de tributos até subsídios para algumas categorias menos favorecidas com a recém aprovada PEC dos Benefícios Sociais.

Importante destacar que a matriz energética do Brasil é uma das mais diversificadas do mundo, com 44,7% da oferta de energia renovável, e 47,7% da energia primária proveniente do petróleo e gás natural. O Brasil, apesar de estar entre os 10 maiores produtores de petróleo do mundo, ainda depende de importação de seus derivados para atender a demanda interna. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), temos necessidade de importar cerca de 415 mil barris/dia.

O atual parque de refino tem a capacidade de processar 2,3 milhões de barris/dia – insuficiente para atender a demanda interna, que é de aproximadamente 2,7 milhões de barris/dia. De acordo com a ANP, entre janeiro e abril, a importação média dos principais derivados em relação ao total comercializado no país foi de: diesel A (27%), GLP (21%), QAV (17%) e gasolina A (8%). O diesel, em especial, representa 44% da matriz veicular no Brasil e a descontinuidade no abastecimento pode ter impacto relevante em diversos setores da economia, principalmente no agronegócio e na logística/distribuição de diversos produtos e serviços.

Para complicar um pouco mais a situação, grande parte da importação de diesel para o Brasil é proveniente das refinarias americanas no Golfo do México. Estas refinarias têm grande capacidade de processamento de petróleo, já que processam mais de 5 milhões de barris/dia – 27,4% da capacidade do refino dos EUA. Porém, elas já se encontram quase no limite de seu fator de utilização (94% em média de FUT) e com dificuldade de atender a demanda crescente do mercado americano, europeu e do resto do mundo.

As projeções de produção de petróleo da EIA (Energy Information Agency, USA) apontam para uma leve alta da oferta em relação à demanda nos últimos meses do ano, sugerindo que o mercado vai se manter em equilíbrio – oferta próxima de 100 milhões barris/dia, média para 2022. Entretanto, por razões já mencionadas, o mercado de energia global está bem tensionado. A disponibilidade do petróleo Russo, decisões sobre aumento (ou diminuição) de produção de petróleo dos países do Oriente Médio e a possibilidade de desastre naturais (como furacões no Golfo do México), podem reverter este quadro de aparente equilíbrio, causando desabastecimento e elevação nos preços.

Portanto, dado o alto grau de incertezas, a melhor estratégia é se preparar para o pior cenário. O Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis (CMSNC) e agentes do mercado, vem discutindo alternativas para mitigar a possível escassez de diesel no segundo semestre de 2022. A ANP propôs, recentemente, ampliar os estoques operacionais de diesel nas distribuidoras (elevar estoques operacionais de cinco para nove dias semanais, em média), mas esta ampliação de estoque seria exigida somente por alguns meses, até a situação se normalizar. Esta alternativa, apesar de buscar uma segurança maior de oferta do produto, na prática, pode elevar os custos para o mercado e para o consumidor final, além de implicar em eventual falta do produto, já que os agentes terão que ampliar seus estoques.

Ao contrário, seria preferível criar incentivos para o próprio mercado propor soluções factíveis e economicamente viáveis, com o objetivo de aumentar a oferta de diesel no curto prazo. A ideia é promover incentivos que possam melhorar a dinâmica dos fluxos logísticos para circulação e internalização do produto, bem como redução dos custos associados à importação, tais como tarifas e tributos. Outra sugestão, e muitas vezes mencionada pelo próprio mercado, seria autorizar que importadores e distribuidoras celebrem acordos de cessão de espaço nos terminais e bases de distribuição, possibilitando melhor eficiência na utilização de espaços de armazenagem do produto.

Adicionalmente, ainda do lado da oferta, seria verificar a possibilidade de se aumentar a produção interna de diesel, obviamente, sem comprometer a segurança operacional das refinarias – opção muito provavelmente já em curso na pauta do governo, agência reguladora e refinadores. E, finalmente, como já mencionado pelo próprio governo, buscar importar o produto de outras regiões além do Golfo do México, tais como Rússia e Oriente Médio.

O frágil equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global de petróleo e gás natural, elevam os riscos de falta de produto e pressão sobre preços de derivados. O fato é que existem muitas incertezas que trazem indícios de mais volatilidade para o mercado nos próximos meses, portanto, é imprescindível desenvolver um plano robusto para garantir a segurança energética do Brasil.

De fato, neste momento, o remédio amargo de uma possível redução da atividade econômica, ou mesmo de uma recessão, talvez seja a alternativa mais provável para trazer alívio para a crise energética global. Este remédio nos deixa uma sensação desconfortável e com mais incertezas em relação ao futuro, porém, cria a motivação necessária para continuarmos promovendo as mudanças estruturais em prol de fortalecer a segurança, acessibilidade e sustentabilidade do setor de energia do país. Solucionar o problema é uma missão complexa e desafiadora que demanda uma estratégia de longo prazo.

 

Felipe Kury - ex-diretor da ANP.


Prazo para realizar a matrícula nas Etecs vai até quinta-feira

Convocados da primeira lista de chamada do processo seletivo das Escolas Técnicas precisam enviar a documentação via 'upload', pelo site do Vestibulinho 

Matrículas da primeira chamada devem ser feitas pelo site, com envio de documentos nas datas predeterminadas

 

O processo seletivo para ingresso nas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) no segundo semestre deste ano chega à fase de matrículas. Os convocados da primeira lista devem fazer o upload da documentação entre hoje (19) e quinta-feira (21), pelo site do Vestibulinho. A validação será divulgada em 25 de julho, a partir das 15 horas.

A chamada para matrícula segue o critério de classificação dos candidatos em ordem decrescente de notas, até o preenchimento total das vagas disponíveis, para cada curso e período oferecido na Etec ou Classe Descentralizada.


Cronograma

De 19 a 21 de julho: matrículas dos convocados da primeira lista, envio de documentação, via upload, no site vestibulinhoetec.com.br;

25 de julho, a partir das 15 horas: aviso de deferimento e indeferimento das matrículas da primeira lista de convocação;

26 de julho: recurso da matrícula para correção da documentação e/ou envio da documentação para os candidatos que perderam o prazo inicial de matrícula da primeira lista;

27 de julho, a partir das 15 horas: divulgação do resultado do recurso da correção/análise de documentação da primeira chamada;

28 e 29 de julho: convocação e matrícula da segunda lista de convocados, presencialmente na Etec ou Classe Descentralizada;

1º de agosto: recurso da matrícula para correção da documentação e/ou entrega da documentação para os candidatos que perderam o prazo inicial de matrícula da segunda lista;

2 e 3 de agosto: convocação e matrícula da terceira lista de convocação dos candidatos, presencialmente na Etec ou Classe Descentralizada;

4 de agosto: recurso da matrícula para correção da documentação e/ou entrega da documentação para os candidatos que perderam o prazo inicial de matrícula da terceira lista.

 

Matrícula

O convocado na primeira chamada para matrícula deve acessar o link disponível na área do candidato e seguir as orientações de envio de documentos nas datas informadas, independentemente se há feriado na cidade em que a Etec/Classe Descentralizada está localizada. O envio deve ser feito via upload, no site vestibulinhoetec.com.br. Os documentos devem estar legíveis e, obrigatoriamente, nos formatos PDF, JPEG ou PNG. A falta de envio dos itens no prazo correto resultará na perda do direito à vaga. 

A matrícula da primeira chamada será feita de forma online. As demais chamadas serão presenciais nas Etecs e Classes Descentralizadas. Os critérios de ocupação de vagas por chamada podem ser consultados na Portaria do Vestibulinho (pág. 22) e no Manual do Candidato (pág. 25).


Documentos

Candidatos dos Cursos Técnicos de Primeiro Módulo, devem preparar os seguintes documentos para a matrícula:    

  • Documento de identidade com foto (ex: RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), dentro da validade;
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;

·         Histórico escolar com Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Conclusão do Ensino Médio, emitida pela escola de origem, ou declaração de que está matriculado a partir da segunda série do Ensino Médio. 

Quem concluiu ou estiver cursando a Educação de Jovens e Adultos (EJA), também conhecido como supletivo, ou o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) deve levar cópia simples com apresentação do original de um dos seguintes documentos:  histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio ou declaração de que está matriculado a partir do segundo termo da EJA, ou dois certificados de aprovação em áreas de estudo na EJA, ou boletim de aprovação do Encceja, emitido e enviado pelo MEC, ou certificado de aprovação do Encceja em duas áreas de estudos avaliadas, emitido e enviado pelo MEC, ou documento que comprove a eliminação de no mínimo quatro disciplinas, ou documento original da declaração de conclusão do Ensino Médio, firmada pela direção da escola de origem, contendo a data em que o certificado e o histórico serão emitidos, ou da declaração que está matriculado a partir do segundo semestre da EJA.

O candidato que realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até 2016 deve providenciar o certificado ou declaração de conclusão do Ensino Médio, expedido pelos Institutos Federais ou pela Secretaria de Educação do Estado.

O candidato que utilizar o Sistema de Pontuação Acrescida pelo item “escolaridade pública” deverá enviar por upload a Declaração Escolar ou Histórico Escolar contendo o detalhamento das séries cursadas e o(s) nome(s) da(s) escola(s), comprovando, assim, ter estudado integralmente da 5ª à 8ª série ou do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em instituições públicas.

Os documentos para matrícula de candidatos às vagas remanescentes de segundo módulo são:

  • Documento de identidade com foto (ex: RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), dentro da validade;
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;

·         Histórico escolar com Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Conclusão do Ensino Médio, emitida pela escola de origem, ou o Certificado de conclusão do Ensino Médio, expedida por órgão competente, para o candidato que concluiu o Ensino Médio por meio de provas ou exames de certificação de competências ou de avaliação de jovens e adultos, que sejam decorrentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e afins.  

Os candidatos que disputam vaga para os Cursos de Especialização Técnica de Nível Médio devem preparar a seguinte documentação:

  • Documento de identidade com foto (ex: RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), dentro da validade;
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;

·         Histórico Escolar com Certificado de Conclusão de Curso Técnico equivalente conforme lista disponível no site vestibulinhoetec.com.br ou Declaração de Conclusão do Curso Técnico equivalente, documento original, emitida pela escola de origem. Para o curso de Especialização em Gestão de Projetos – EaD – Online, o candidato poderá, se for o caso, fazer upload do certificado de conclusão de um curso do Ensino Superior.

Ao terminar de realizar o upload dos arquivos solicitados, o candidato deve clicar no botão “salvar e enviar”, validando o envio dos documentos. Caso o candidato não clique nesse botão, os documentos não serão salvos no servidor do sistema para análise posterior e, consequentemente, a matrícula não será válida.

Ao clicar em “salvar e enviar” será gerado um número de protocolo de matrícula. O candidato que não visualizar esse número deve realizar novamente o procedimento até que consiga obter o número de protocolo dentro do prazo estipulado no cronograma. Não serão aceitos documentos via postal, e-mail, e/ou fora do prazo.

O ingressante que não tiver acesso a computador e internet pode ir até uma unidade próxima, para usar os equipamentos e efetivar a matrícula.

Mais informações podem ser conferidas na Portaria do Vestibulinho e no Manual do Candidato, disponíveis na internet. O cronograma completo do Vestibulinho das Etecs do segundo semestre de 2022 pode ser consultado aqui.

 

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4071 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-772 2829 (demais localidades) ou pela internet

 

Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios. As Etecs atendem mais de 226 mil alunos nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 96 mil estudantes.


Por que tantos brasileiros estão indo estudar e trabalhar na Irlanda?

Cada vez mais brasileiros estão desbravando as terras irlandesas. Em seis anos, o total de brasileiros no país chegou a quintuplicar – alcançando a marca dos 70 mil, segundo dados da Embaixada de Dublin. Cerca de 75% dos intercambistas do país são dessa nacionalidade, seguidos pelos mexicanos, com apenas 10% do total. Mas, o que torna este país tão atrativo, diante de tantos destinos internacionais?

Fora suas belezas naturais incontestáveis e a facilidade em conhecer muitas outras regiões europeias, aqueles que decidem vivenciar essa experiência no território poderão conquistar imensas oportunidades profissionais – estimulados, ainda, por benefícios que, muito dificilmente, encontrarão em outros países.

Muitas vantagens aguardam todos que decidirem vivenciar essa experiência na Irlanda. Dentre tantas, veja as que mais brilham os olhos dos futuros intercambistas:


#1 Aprendizado da língua estrangeira: Existem cerca de 88 escolas de inglês na Irlanda, segundo dados da Unleashe – espalhadas nas principais cidades do país. Fora esse amplo leque, todas as instituições recebem alunos dos mais diversos lugares do mundo, permitindo uma convivência e práticas de conversação entre diferentes sotaques. Para aqueles cujo foco é adquirir a fluência no inglês, o país é o destino ideal.


#2 Oportunidades de emprego: muito mais do que desenvolver um segundo idioma, a Irlanda é muito buscada por intercambistas que desejam conquistar uma oportunidade de emprego na região ou, ainda, adquirir a experiência e fluência necessária para melhores cargos no Brasil. Como incentivo, o país é um dos que oferece um dos maiores salário-mínimo de toda a Europa – permitindo que os estudantes consigam juntar uma boa reserva financeira ao longo de sua estadia.


#3 Possibilidade de trabalho e estudo juntos: bancar um intercâmbio nem sempre é fácil. Mas, na Irlanda, os estudantes podem conciliar seus cursos com inúmeras oportunidades de trabalho, de forma que consigam, em pouco tempo, recuperar todo o valor gasto e começar a juntar uma boa quantia. Existem vagas disponíveis tanto para meio período (20 horas semanais), quanto em período integral (40 horas semanais) na época de férias. Tudo isso, ganhando em euro!


#4 Custo-benefício e duração do curso: escolher a Irlanda como seu país de intercâmbio trará um enorme custo-benefício. Afinal, além da possibilidade de trabalhar durante os estudos, existem diversos tipos de programas disponíveis para os alunos – desde os mais curtos, de um mês ou seis meses, aos mais extensos, de dois anos. Basta escolher aquele que mais se encaixe em suas condições financeiras e objetivos.


#5 Facilidade de viagem para a Europa: por integrar a União Europeia, fica muito mais fácil viajar para qualquer país do continente ao estudar na famosa Ilha Esmeralda, enquanto o visto estiver válido. É possível encontrar muitas passagens por preços baixos e promoções constantemente – quem sabe, até mesmo para fazer um mochilão pelo território.


Mentoria gratuita para estudar e trabalhar na Irlanda

Fazer um intercâmbio não precisa ser um sonho engavetado. Dentre tantos destinos, a Irlanda é um dos que mais proporciona facilidades e benefícios para os estudantes, com diversas opções de curso com base em seus desejos e necessidades. Fora o crescimento profissional, essa experiência, definitivamente, trará muitas mudanças pessoais para todos – e, sem dúvidas, histórias que ficarão guardadas na memória.

Para auxiliar todos que desejam conquistar essa jornada, a SEDA College, eleita cinco vezes a melhor escola de idiomas de Dublin, irá organizar um programa de mentoria no dia 26 de julho, a partir das 18h, com todas as dicas e processos necessários para realizar um intercâmbio no país.

Os interessados podem conferir mais informações e se cadastrar no link a seguir: https://promo.sedacollege.com.br/mentoria-exclusiva/.  As vagas são limitadas.

 

Serviço:

Mentoria gratuita para estudar e trabalhar na Irlanda

Dia 26 de julho, a partir das 18h

Inscrições: https://promo.sedacollege.com.br/mentoria-exclusiva/.

 

Danilo Veloso

 

Direito tributário nos últimos 20 anos: o que mudou?

Nas últimas duas décadas, o direito tributário no Brasil passou por mudanças consideráveis, especialmente por ter relação direta com as finanças e a economia do país, sensíveis a fatores externos e políticos. Ao longo desse tempo, estamos acompanhando as transformações por meio da prática diária do direito tributário.

A famosa carga tributária tem um espaço de destaque na trajetória do direito tributário brasileiro, por ser um problema crônico pelos sucessivos aumentos. Na virada dos anos 2010 passamos até mesmo pela alteração do critério de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), para aumentá-lo artificialmente. Como a carga tributária é obtida por meio de quanto pagamos de tributos sobre a riqueza produzida, com tal modificação não houve aumento percentual, mas efetivamente a carga estava aumentando. A verdade é que a carga só cresceu nos últimos anos.

Mas voltemos um pouco. O início dos anos 2000 foi marcado pela forte crise econômica de 1998, que refletiu na atividade empresarial no Brasil e afetou profundamente muitas organizações. Essa crise gerou consequências para o mundo corporativo e o próprio governo, que no ano 2000 editou o mais abrangente programa de benefício fiscal, chamado Refis, para parcelamento de dívidas tributárias através de um percentual sobre o faturamento, sem prazo definido para quitar as dívidas. A flutuação do mercado era muito acelerada e a inconstância foi generalizada. O governo concentrou esforços para a regularização, mas depois se empenhou ainda mais para extinguir o benefício, excluindo muitas empresas do programa.

Durante esses 20 anos, as mudanças foram intensas e constantes. Na legislação tributária tivemos o surgimento do Simples Nacional, do regime não cumulativo do PIS-Cofins e da Lei da Liberdade Econômica. Foram renovados os códigos Civil e Processual Civil, com impactos diretos nas medidas de redirecionamento de cobranças aos sócios das empresas, e com permissão da penhora de dinheiro em contas bancárias. A jurisprudência, apesar da implantação do regime de precedentes (recursos repetitivos e de repercussão geral nos Tribunais Superiores), não impediu a prolação de decisões conflitantes sobre bases fáticas idênticas, gerando insegurança jurídica. Por exemplo, temos o caso do ICMS na base de cálculo de outros tributos. O Supremo Tribunal Federal o afastou da incidência do PIS e da Cofins, porque o imposto estadual não é faturamento da empresa, mas o admitiu como se fosse no cálculo da contribuição previdenciária quando calculada sobre o faturamento, em substituição à folha de pagamentos.

A Constituição Federal, que passa constantemente por alterações através de emendas – desde 1988 foram 121, sofreu profundas modificações no capítulo destinado ao Sistema Tributário Nacional e no que se refere ao financiamento da Seguridade Social. Para tais assuntos, foram 12 emendas (Emendas 3, 20, 29, 33, 37, 39, 41, 42, 75, 87, 103 e 116). Muitas questões foram submetidas ao Judiciário para a interpretação do que era constitucional, se pró-contribuinte ou pró-fisco.

Num panorama mais recente, devido à pandemia, houve setores de produtos e serviços que foram mais necessários e, por decorrência, geraram negócios e tributos. Para aqueles que perderam atividade e receitas, há uma demanda que ficou represada por conta da Covid-19, e que agora tende a se recuperar. A questão da inflação, dos fatores externos inéditos (novas ondas de contaminação e Guerra na Ucrânia) e a atual desarmonia entre os Poderes da República trarão impactos que ainda não conhecemos.

Contudo, houve avanços, como podemos ver. Nessa trajetória toda, muitas empresas passaram por aperfeiçoamento dos seus departamentos jurídicos e fiscais, o que favoreceu a advocacia personalizada, com assistência individual. A formação e o aperfeiçoamento de equipes otimizaram a visão micro e macro, com muitas conseguindo conquistar, de antemão, um atendimento eficaz às empresas.

O direito tributário é um ramo reconhecido como complexo, porque sofre interferência direta da economia e da política. Por outro lado, é diferencial ser especialista em cada cliente, de forma individualizada e profunda, considerando o segmento de atuação, o porte e o perfil dos seus dirigentes.

No atual cenário, destaco ainda a frequente falta de imparcialidade do Poder Judiciário. Nesse contexto, uma reforma tributária somente seria pura e viável após uma verdadeira reforma de Estado, que revisse os termos de funcionamento, da divisão da federação e até mesmo do regime de governo.

Por fim, na atualidade, tem sido foco de assuntos tributários os princípios ESG (ambiental, social e de governança). Afinal, ser uma empresa ambientalmente responsável é fundamental, e, além disso, pode trazer benefícios. Lembramos, porém, que não basta uma atuação individual para implementação dessa agenda. A soma de esforços jurídicos por órgãos de classe e associações é necessária, o que pode auxiliar na busca por regimes especiais e benefícios.

 

 

Regiane Esturilio - advogada sócia do escritório Esturilio Advogados, especializada em Direito Tributário e Direito Penal Tributário.

 

Esturilio Advogados

 contato@esturilio.adv.br 

fone (41) 3029-3303.  


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