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terça-feira, 20 de abril de 2021

5 aprendizados sobre higiene bucal trazidos pela pandemia que deveriam ser mantidos

Cuidados básicos antes e depois de escovar os dentes e troca frequente de escovas foram reforçados


Escondida por trás das máscaras, a saúde bucal não pode ficar de lado e ganhou, inclusive, novos reforços nesse momento. São ações que já deveriam fazer parte da rotina, mas que muitas vezes eram esquecidas e não valorizadas como deveriam. Quando se fala em contaminação, um dos principais canais de acesso de todo tipo de vírus ao corpo é a boca. E, para prevenir inclusive muitas outras doenças que já circulavam entre a população, alguns hábitos implantados agora deveriam ficar no dia a dia de cada um.


Lavar as mãos antes de escovar os dentes

Lavar as mãos já está entre as formas de prevenção da Covid-19. Mas realizar essa higiene antes da escovação também faz parte da rotina de cuidados. “Se a higiene das mãos já é essencial no dia a dia, no momento de manipular objetos que terão contato direto com a boca, isso se torna ainda mais primordial. A recomendação é lavar bem as mãos, com água e sabão, até a altura do punho e por aproximadamente 20 segundos”, explica o dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sergio Bernardes.


Usar enxaguante bucal 

O uso de enxaguantes bucais é um reforço na higiene que pode entrar na rotina diária. “É importante ressaltar que o enxaguante atua somente na cavidade bucal, mas por sua capacidade antimicrobiana e função de limpeza, é um excelente coadjuvante para aumentar ainda mais a higiene da boca”, explica. 


Trocar de escova dental com frequência 

A substituição das escovas também é uma recomendação que já deve fazer parte da rotina de todos, mas, com a chegada da Covid-19, essa ação recebe ainda mais importância. “É essencial que as pessoas que passarem por qualquer problema de saúde, inclusive Covid-19, troquem de escovas. Assim como quem ficou internado, já que a escova tem contato direto com a boca e pode ter vírus e bactérias acumulados”, ressalta o dentista. 


Higienização das escovas 

Após cada escovação também é importante fazer a higienização correta da escova. “Deve ser feita a higienização em água corrente, fazer remoção dos resíduos que sobram da escovação e, por final, não enxugar as cerdas na toalha de mãos e rosto, já que pode ocorrer uma transferência de bactérias entre as duas superfícies”, conta  Bernardes. Além disso, em casos de pessoas contaminadas, recomenda-se borrifar álcool 70% ou água oxigenada a 0,5% sobre toda superfície da escova para eliminar o vírus. Outro fator importante é que a escova seja guardada sempre seca, para que a umidade não influencie no acúmulo de fungos e bactérias.


Armazenamento 

Guardar corretamente as escovas de dente também faz parte do processo de prevenção. Apesar de ir contra o que grande parte da população segue, o armazenamento correto não deve ser em gavetas, armários ou com protetores para as cerdas. “Deixar as escovas fechadas ou abafadas não é o mais indicado, pois proporciona um ambiente propício para a proliferação de bactérias. O ideal é manter a escova aberta, com as cerdas voltadas para cima e na maior distância possível do vaso sanitário, que pode, no momento da descarga, transmitir germes para o ar e contaminar a escova”, ressalta. Outro ponto importante é deixar as escovas de familiares e amigos separadas, sem contato umas com as outras. 

É importante ressaltar que, para o combate à pandemia da Covid-19, deve ser respeitado o isolamento social, o uso de máscaras e as medidas de segurança estabelecidas pelos órgão de saúde e gestão de cada município. De acordo com especialistas, essas são as formas fundamentais de prevenção aos casos da doença. 

 


Neodent®


Os pacientes de hipertensão pulmonar precisam respirar

A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença rara, grave, progressiva e sem cura. As pessoas que têm HAP são grupo de risco para a Covid-19, sendo que a patologia está listada no Plano Nacional de Imunização como uma das comorbidades previstas nas prioridades para vacinação. Neste momento difícil da pandemia de coronavírus no Brasil, com elevada circulação do vírus e alto número de mortes causadas pela doença, os pacientes com hipertensão pulmonar ainda são submetidos a mais um agravante: a falta de medicamento, que causa interrupção no tratamento e coloca em risco as suas vidas. Ou seja, em um cenário de falta de leitos hospitalares, os pacientes de hipertensão pulmonar correm risco de precisarem de internação por terem o seu direito à saúde negligenciado.

A Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF) recebeu relatos de desabastecimento do medicamento sildenafila em diversas cidades do Brasil. Diante do risco à saúde e à vida dessas pessoas que vivem com hipertensão pulmonar, nós, da ABRAF, decidimos fazer um manifesto pela vida, em formato de vídeo, para chamar a atenção dos governantes e da sociedade para o problema enfrentado por essas pessoas.

Em um dos depoimentos que recebemos, Roseane Sousa Furtado, moradora de Brasília que tem lúpus e hipertensão pulmonar, faz um apelo para que as autoridades olhem por ela e pelas pessoas que necessitam de medicação para continuarem vivas. "Necessito muito dessa medicação, pois assim que eu fico sem usá-la eu me sinto muito cansada, minha respiração fica ofegante e eu tenho que ir para o oxigênio. Eu peço que, por favor, olhem para nós, para que possamos ter uma vida digna com um pouco mais de saúde, diante de tantos problemas que a gente tem que enfrentar".

O medicamento sildenafila é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sua compra centralizada pelo Ministério da Saúde. Ocorre que, em um momento em que todos os esforços parecem estar centralizados na pandemia, os pacientes correm risco de morte pela incapacidade do órgão em manter suas responsabilidades de cuidado com os demais pacientes em dia.

A pesquisa Vivendo com Hipertensão Pulmonar: a perspectiva dos pacientes, realizada em 2019 pela ABRAF, nos mostra que o problema de desabastecimento de remédios não é recente. Dentre os diversos problemas que uma doença crônica traz, a falta de medicamentos foi apontada como o tema que mais preocupava os pacientes. Tal preocupação se deve, principalmente, ao impacto negativo que a doença traz nas finanças da casa (80% dos pacientes afirmam isso). Se levarmos em conta que a pandemia afetou grande parte da população e, no caso de pacientes de grupo de risco, limitou também a locomoção do cuidador (o qual se protege, ou seja, evita sair para trabalhar no intuito de proteger a vida do paciente), podemos inferir que certamente as finanças das famílias de pacientes de HAP estão muito piores atualmente.

A manifestação e a exigência dos pacientes em receber a medicação são, pois, legítimas. Comprar medicamentos caros, que fazem parte do componente especializado no SUS, está fora do alcance da grande maioria. Faz-se mister que eles possam manter o tratamento ao qual têm direito e que garanta suas vidas, ainda que diante de um cenário extraordinário como o que estamos vivendo. Trata-se de um direito constitucional e também, previsto nas diretrizes do SUS. Submeter os pacientes de hipertensão arterial pulmonar a um risco de morte ainda maior em plena pandemia de uma doença respiratória é desumano.

 


Paula Menezes - Presidente da ABRAF - Advogada e consultora independente em defesa da saúde, comunicação e planejamento estratégico para organizações sem fins lucrativos e para a indústria farmacêutica. É presidente da ABRAF desde 2014 e atuou como vice-presidente da Sociedade Latina de Hipertensão Pulmonar durante sete anos.

 

Flávia Lima - Líder da ABRAF em Brasília - jornalista, especialista em Saúde Coletiva pela Fiocruz Brasília e líder da ABRAF em Brasília.

 

ABRAF - Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas

http://abraf.ong/

Dor de cabeça? Cuidado, pode ser um sinal de DTM

Especialista explica a relação da Disfunção Temporomandibular (DTM) como uma das causas para esse incômodo


Segunda a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a principal queixa dos pacientes que procuram clínicas e hospitais é a cefaléia, conhecida popularmente como dor de cabeça. Sabe-se hoje que 90% da população terá pelo menos um episódio desse incômodo durante a vida, e que 50% apresenta pelo menos um quadro dessa dor todos os anos.

A grande dificuldade que os profissionais encontram no tratamento desses pacientes é descobrir corretamente o diagnóstico da causa do problema, já que podem existir inúmeras etiologias.

Entre as possibilidades, está a chamada disfunção temporomandibular (DTM). "Estima-se que pelo menos 80% dos pacientes que procuram tratamento para DTM relatam que apresentam frequentemente episódios de cefaléia", relata o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

A DTM é um problema relacionado à articulação temporomandibular (ATM) e musculatura mastigatória, normalmente causada por uma associação de fatores como hábitos parafuncionais de apertar ou ranger os dentes, forçar a mastigação com chiclete ou alimentos duros, bem como problemas sistêmicos e genéticos. Entre as principais queixas dos pacientes com essa disfunção estão as dores em face, limitação e travamento em abertura de boca e ruídos na articulação temporomandibular.

De acordo com o Dr. Fábio Sato, devido ao fato de a DTM ser uma das causas de dores de cabeça frequente, principalmente com os quadros de enxaqueca tensional, é importante que o paciente que apresenta esse sintoma, sem causa específica, procure além de um neurologista, um especialista em DTM e Dor Orofacial para investigar se tal incômodo não está sendo causada ou agravada por um quadro de disfunção temporomandibular.

"Tenho vários casos de pacientes que sofriam há anos com problemas de cefaléia, principalmente no período da manhã e em situações de ansiedade e estresse, e que após o início do tratamento para DTM, apresentaram melhora significativa nessa dor" explica o Dr. Fábio Sato.

Dessa forma, é muito importante a avaliação de um profissional especializado, pois um tratamentos simples como o uso de uma placa, fisioterapia e medicações podem trazer a resposta e cura em relação à qualidade de vida de pacientes que sofrem por muitos anos com dor de cabeça diária.

 


Dr. Fábio Sato - Formado pela Odontologia na USP, é mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial. Sua atuação é principalmente no tratamento da Disfunção Temporomandibular através de procedimentos minimamente invasivos, Cirurgia Ortognática para Correção das Deformidades Dentofaciais, além de outros procedimentos como Enxertos Ósseos, Implantes Dentários e demais relacionados à área.


Hipertensão arterial sistêmica e doenças renais: uma via de mão dupla

A hipertensão arterial sistêmica, conhecida popularmente como pressão alta, atinge mais de um bilhão de pessoas no mundo, sendo reconhecidamente o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. No Brasil, estima-se que aproximadamente 35% dos brasileiros sejam hipertensos, porém como essa doença é silenciosa e apresenta poucos sintomas, apenas metade desses brasileiros hipertensos sabe ser portador dessa enfermidade, e desses, menos da metade está com os níveis pressóricos controlados, realizando tratamento adequado. Isso já seria um sinal de alerta incontestável, aumentando o risco das doenças cardiovasculares para nossa população, todavia existe ainda uma estreita e mórbida relação da pressão arterial e os rins muito menos difundida que faz a maior parte da população ignorá-la.

Os rins são órgãos fundamentais no controle da pressão arterial por produzir hormônios que aumentam a pressão todas as vezes que eles reconhecem que estão recebendo pouco sangue, por exemplo, ou quando eles estão "inflamados" em um contexto de glomerulonefrite. Por outro lado, os níveis pressóricos elevados são muito lesivos aos rins, já que esses órgãos possuem uma estrutura de vasos muito delicada por onde é filtrado o sangue, não podendo, por exemplo, deixar que proteínas sejam perdidas.

A hipertensão arterial e a perda de proteína na urina são reconhecidamente os dois fatores de risco principais que aceleram a progressão da doença renal. Quando essa estrutura delicada é submetida a um regime de alta pressão ela se distende e se danifica permitindo a perda de proteínas e a formação de lesões de esclerose, que são como cicatrizes.

Logo, essa distensão acaba gerando a lesão da estrutura que em última análise fará pacientes que possuem problemas renais perderem seus rins mais rapidamente e pacientes que não possuem começarem a ter problemas. Em todas essas situações, a perda da função renal será tão mais rápida quanto maior for o descontrole pressórico e muitas vezes o principal tratamento para desacelerar o processo é o controle pressórico rigoroso.

Dito isto, é importante ressaltarmos alguns pontos:

1. Pacientes com hipertensão arterial devem realizar investigação de doenças renais visando descartar que a causa da hipertensão seja problemas renais.

2. As doenças renais que causam hipertensão são diversas, mas vale ressaltar algumas principais como: estenose de arterial renal, hiperaldosterinismo primário, glomerulopatias primárias (como nefropatia IgA), glomerulopatias secundárias (como lúpus eritematoso sistêmico e nefropatia diabética).

3. É recomendado que todo paciente hipertenso faça exames da sua função renal ao diagnóstico e posteriormente uma vez no ano, além de exames urinários. Se alterações urinárias forem encontradas, uma consulta com nefrologista está indicada. Os exames de imagem do rim, dos vasos do renais e das glândulas adrenais são muitas vezes indicados, porém eles dependem de uma avaliação médica que leva em consideração idade, história, exame físico.

4. Pacientes com problemas renais devem controlar a pressão arterial rigorosamente visando retardar a progressão da doença renal e reduzir o risco de lesões cardiovasculares. Aqui vale ressaltar que pacientes renais possuem um risco cardiovascular altíssimo, extremamente maior que a população geral, sendo essas doenças a primeira causa de óbito nesse grupo de pacientes.


Logo, não é possível se falar e pensar em hipertensão arterial sem falar em doenças renais, assim como é impossível se falar e pensar em doenças renais sem falar de hipertensão arterial e controle da pressão arterial. Cuide da pressão arterial e cuide dos seus rins.

 


Lectícia Jorge - médica nefrologista e intensivista, com doutorado em lesão renal aguda pela USP e gerente Nacional de Serviços Hospitalares da Fresenius Medical Care.


Obesidade, sedentarismo e tabagismo estão associados ao desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, indica estudo da CAPESESP

Essas doenças podem ser evitadas com estilo de vida mais saudável


Uma pesquisa realizada pela CAPESESP (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde) analisou ao longo de dez anos o potencial impacto do estilo de vida de 46 mil beneficiários do plano de saúde e verificou que os fatores de risco modificáveis, tais como sobrepeso/obesidade, atividade física leve/sedentarismo e tabagismo, podem estar associados ao surgimento de hipertensão arterial e diabetes.

O estudo constatou que aqueles que não apresentavam fatores de risco em 2007 permaneceram livres das doenças 10 anos depois (2017). Desse grupo, 37% não desenvolveram hipertensão arterial e 31% continuaram sem manifestar diabetes. Os dados analisados foram obtidos a partir de pesquisas de saúde populacional realizadas pela entidade e registros de eventos no sistema informatizado.

De acordo com os autores da pesquisa, os médicos João Paulo dos Reis Neto, Diretor-Presidente da CAPESESP e Juliana Martinho Busch, Diretora de Previdência e Assistência da Entidade, essas duas doenças são particularmente importantes, pois também podem agravar ainda outras comorbidades, elevando o risco de mortalidade, além de gerar um impacto significativo, na utilização dos recursos assistenciais e na economia familiar como um todo, uma vez que resulta em incapacidade para atividades laborativas e perda de produtividade,

Ainda segundo os especialistas, o incentivo a uma rotina saudável é fundamental para reduzir os fatores de risco e assim, viver melhor e por mais tempo, ressaltam.

 


CAPESESP - Caixa de Previdência e Assistência aos Servidores da Fundação Nacional de Saúde


Especialistas alertam: a perda de audição está começando cada vez mais cedo

Ruídos do cotidiano e maus hábitos causam prejuízos à saúde auditiva


O Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, comemorado em 24 de abril, é uma data importante para refletirmos sobre a agitação e o barulho que, cada vez mais, fazem parte de nosso cotidiano. Os especialistas advertem: o ruído em excesso faz mal à saúde e pode ser a causa de problemas auditivos precoces nas novas gerações.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta que o ruído em áreas residenciais não ultrapasse os limites de 55 decibéis para o período diurno, das 7h às 20 h; e 50 decibéis para o período noturno, das 20h às 7h da manhã. De acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), ruídos constantes acima de 55 decibéis são nocivos. Muitas vezes eles causam, de imediato, incômodo e irritação, mas as consequências podem vir mais tarde, em forma de estresse, problemas cardíacos e perda auditiva.

"A data serve como alerta sobre a responsabilidade que cada indivíduo tem de reduzir a emissão de ruídos em suas atividades diárias. É um problema sério. Já se constata que a perda auditiva está começando a surgir cada vez mais cedo entre moradores de grandes cidades. E o barulho intenso e prolongado pode causar danos cada vez maiores à audição, ao longo da vida", explica a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo na Telex Soluções Auditivas.

O barulho está por todo lado. Por isso, é importante fazermos a nossa parte. A qualquer hora do dia são obras, trânsito, carros de som, buzinas, sirenes de ambulância, ronco de caminhões, gritos e algazarra em prédios e condomínios, música alta em casa ou no vizinho, TV em alto volume, e outras incontáveis formas de ruído. Na maioria das vezes, não percebemos o risco. É o que acontece quando aumentamos o volume da música que ouvimos nos fones de ouvido durante a caminhada ou no trajeto para o trabalho.

E a ideia de que nos acostumamos com o barulho é um mito. Mesmo quando acreditamos que ele não incomoda, biologicamente continua a nos fazer mal. "Infelizmente a poluição sonora ainda não é percebida como um mal à saúde. O ruído é um poluente invisível que, contínua e lentamente, agride as pessoas", lembra a fonoaudióloga.

A Sociedade Brasileira de Otologia estima que entre 30% a 35% das perdas de audição são consequências da exposição a ruídos comuns do dia a dia. São os próprios médicos e fonoaudiólogos que advertem: a juventude deve ter mais consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição, sob pena de ter dificuldades para ouvir antes de envelhecer.

"Essa geração da tecnologia, que não larga os smartphones e videogames, dependerá mais de aparelhos auditivos no futuro. Isso porque, ao se expor a uma intensidade sonora elevada todos os dias, se arrisca a sofrer danos irreversíveis à audição com o passar do tempo", conclui Marcella Vidal, ressaltando, contudo, que as consequências não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada um.


Analgésicos são os medicamentos mais vendidos durante a pandemia, aponta Farmácias APP

Levantamento mostra os medicamentos mais vendidos desde fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 em todo o varejo farmacêutico


Com a chegada da pandemia no Brasil, os brasileiros, além de prevenir o contágio da Covid-19, também redobraram os cuidados com outras doenças. Segundo o Farmácias APP, aplicativo de venda online de saúde e beleza, os analgésicos e antitérmicos foram os mais comprados durante a pandemia, com 6,5% das vendas total de medicamentos.

Na mesma linha, os anti-inflamatórios estão na segunda colocação com 4,7% das vendas. Em seguida, medicamentos para doenças cardiovasculares (como pressão alta) e contraceptivos hormonais aparecem com 4,3% e 3,6% da totalidade. Por fim, completa o top 5 os remédios para congestão nasal somando 2,8%.

Analisando por faturamento, os antidepressivos foram os que mais geraram receita, sendo responsáveis por 5% do total de medicamentos, apesar de ser apenas o 11º em quantidade. Com maior volume de vendas, os analgésicos e antitérmicos foram a segunda classe que mais faturou com 4,2% da totalidade. Completando, medicamentos para colesterol e triglicérides registraram 3,8% do faturamento total.

“Os números mostram que os brasileiros buscaram mais os medicamentos que tratam doenças do cotidiano, como a dores e inflamações. Na contramão dos remédios mais comuns na rotina, medicamentos que combatem vermes e parasitas cresceram 147% nos dois primeiros meses de 2021, comparado ao mesmo bimestre do ano anterior”, afirma Renata Morais, coordenadora de marketing do Farmácias APP.

O estudo leva em conta o período entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 e contempla todo o varejo farmacêutico, tanto físico quanto digital.

 


Farmácias APP

www.farmaciasapp.com.br


Maior causa de cegueira evitável cresce no País

Redução nas cirurgias de catarata apontada pelo DATASUS pode causar outros problemas de saúde. Entenda.

 

A pandemia de coronavírus está agravando doenças que podem levar à perda da visão. Levantamento do DATASUS mostra que de 2019 para 2020 o número anual de cirurgias de catarata no Brasil caiu cerca de 38%, passando respectivamente de 576 mil para 357,8 mil operações. 

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier (IPB), esta redução é bastante preocupante. Primeiro, porque surgem no País cerca de 120 mil novos casos de catarata ao ano.  O último levantamento do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte também mostra que hoje a catarata rouba a visão de 769 mil brasileiros. São 49% dos 1,57 milhão que não enxergam. Por aqui, a perda da visão decorrente da catarata está acima dos 45% que ocorre no restante do mundo, conforme pesquisa publicada na revista científica, The Lancet.

 

Sintomas

Queiroz Neto afirma que muitos pacientes são diagnosticados durante uma consulta de rotina quando ainda não percebem a doença. “Por isso nem sempre é necessário passar pela cirurgia, único tratamento, logo após o diagnóstico”, salienta. O ideal é operar quando os óculos já não oferecem correção satisfatória e por isso a visão começa atrapalhar atividades rotineiras como ler, dirigir, acompanhar aulas, palestras ou reuniões online. 

A catarata senil, explica, é caracterizada pela perda progressiva da flexibilidade e transparência do cristalino, lente transparente que fica atrás da íris, parte colorida do olho.  O embaço dificulta a penetração da luz e a visão nítida conforme envelhecemos. 

Os sinais que indicam a catarata são: mudança frequente do grau dos óculos, perda da visão de contraste, dificuldade para dirigir à noite ou enxergar em ambientes escuros, visão dupla em um dos olhos, enxergar halos ao redor da luz, ofuscamento (fotofobia) em ambientes ensolarados ou bem iluminados.

 

Causas

Ao contrário do que muitos imaginam, Queiroz Neto afirma que a catarata não é uma exclusividade do envelhecimento, embora esta seja a maior causa. Para se ter ideia, a relação entre a doença e a faixa etária é de:

·         17% dos 55 aos 65 anos.

·         47% dos 65 aos 75 anos.

·         73% aos 75 anos ou mais.

 

Juvenil

“Embora menos frequente, a catarata também pode surgir entre jovens que têm alta miopia, casos na família ou que sofrem algum trauma na região da cabeça”, avisa Queiroz Neto.

 

Em bebês

A catarata congênita responde por 40% dos casos de cegueira na infância e surge logo que o bebê nasce. O especialista afirma que as causas mais comuns são as doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gestação. As principais são: sarampo, rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose. Por controverso que possa parecer, a doença também pode ser do tipo idiopática, ou seja, de causa desconhecida, simplesmente aparece. Por isso, o especialista recomenda aos pais que chequem se o recém-nascido passou pelo teste do olhinho na maternidade após o nascimento. “Na dúvida, recomenda tirar fotos com flash da criança. Isso porque, se não aparecer um reflexo vermelho nos olhinhos indica a presença de alguma doença congênita”, ensina.

 

Efeitos na saúde

O oftalmologista afirma que de acordo com diversos estudos a evolução da catarata aumenta a chance de quedas, fraturas ósseas, isolamento, depressão e insônia. “Olhos com catarata dificultam a penetração no globo ocular da luz azul durante o dia. Este comprimento de luz orienta a secreção de hormônios que regulam nosso estado de vigília e à produção de melanopsina responsável pelo controle de nosso relógio biológico. Por isso, mais da metade das pessoas com catarata perdem o sono, ganho de peso, aumento da glicemia e colesterol”, pontua. Juntos estes efeitos funcionam como uma verdadeira bomba em nosso organismo.

O oftalmologista ressalta que, nos recém-nascidos, o sistema nervoso central e o sistema visual são pouco desenvolvidos – o que explica por que um

bebê precisa dormir até 17 horas por dia. “Por isso, a catarata congênita não influi no sonotanto quanto os tipos juvenil ou senil”, diz.

 

A cirurgia

O único tratamento para catarata é a cirurgia que hoje pode recuperar a visão para todas as distâncias mesmo em pessoas que já estavam cegas pela catarata. Consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular. O procedimento é realizado com anestesia local e o paciente é liberado no mesmo dia. Queiroz Neto explica que por uma incisão de 2 milímetros na borda da íris, parte colorida do olho, é retirado o cristalino opaco e inserida uma lente intraocular. As atividades podem ser retomadas no dia seguinte. Colírio lubrificante, antibiótico e anti-inflamatório são recomendados pelo cirurgião para evitar complicações.


Pediatra fala sobre principais doenças respiratórias do outono e como prevenir

O outono chegou e, com ele, as temperaturas vão ficando mais amenas e o tempo, mais seco. Combinação perfeita para o aparecimento das doenças respiratórias como resfriados, gripe, pneumonia, sinusite, asma e bronquite. Mas, afinal de contas: por que as doenças respiratórias são mais frequentes nessa época do ano? A pediatra e alergista infantil, Dra. Felícia Szeles, explica.

“Muita gente acha que são as baixas temperaturas que causam essas doenças respiratórias, mas isso não é inteiramente verdade! O tempo seco e frio pioram a qualidade do ar, pois dificultam a dispersão dos poluentes da atmosfera o que leva a uma irritação maior das mucosas respiratórias, podendo piorar os quadros alérgicos (rinite e asma) e até facilitar o surgimento de mais quadros infecciosos.

Mas o principal motivo do aumento das doenças respiratórias é que o frio favorece aglomerações em ambientes fechados e, muitas pessoas juntas falando, tossindo e espirrando em locais pouco ventilados, cria condições ideais  para a disseminação de vírus e  das bactérias.

Para os pais de primeira viagem, é muito comum a aflição de ver os pequenos congestionados, irritados e com dificuldade até para respirar. Mas é importante entender que não se deve desesperar e logo sair correndo para o pronto socorro, que acaba sendo um ambiente altamente contagioso nesses meses. Importante sempre entrar em contato com o pediatra do seu filho, que poderá orientar melhor sobre o tratamento ideal, sinais de gravidade e quando seria o melhor momento para ir à emergência.

Não podemos esquecer que crianças até os sete anos estão formando seu sistema imunológico e, por isso, tendem a ter mais episódios de doenças nesse período. Por isso também é tão importante estar com o calendário vacinal em dia, se alimentar e dormir bem.

No caso dos bebês que ainda não conseguem falar, sinais como irritabilidade, inapetência, coriza, tosse e febre são os indicativos mais comuns de que há algo em desequilíbrio. Nesses casos, o pediatra deve ser consultado imediatamente para minimizar as chances de uma gripe mal tratada evoluir para uma pneumonia, otite ou outra doença mais grave. Para as crianças que já sabem falar e apontam dores e incômodos mais detalhados, a conduta médica mais correta é unir as observações dos pais com as queixas das crianças para entregar a melhor solução.

Para minimizar as chances de ver os pequenos doentes, a Dra. Felícia reuniu algumas sugestões que são simples, porém muito eficientes:

  • Limpe com frequência o nariz dos bebês e crianças que ainda não sabem assoar as narinas. É importante manter as vias respiratórias sem acúmulo de muco, ambiente propício para proliferação de vírus e bactérias;
  • Mantenha os ambientes abertos para receber luz solar e deixar ventilar o ar nesse período que não é tão frio;
  • Evite juntar muitos brinquedos, pois facilita o acúmulo de poeira. Use caixas com tampas para guardar os que não estão sendo usados, assim vai fazendo um rodízio e até bom que a criança não enjoa;
  • Fique atento se a casa apresenta mofo em algumas regiões e mantenha sempre limpa e com ventilação;
  • Use capas protetoras de travesseiros e colchões, elas ajudam a manter os ácaros longe. Mas não se esqueça de lavar com frequência;
  • Se tem pet em casa, é importante manter os pelos bem longe dos pequenos. Aspirador de pó é a melhor forma de limpar;
  • Cortinas e tapetes devem ser lavados pelo menos uma vez por mês. Se a cortina for tipo persiana, o ideal é tirar o pó com um pano úmido a cada dois dias;
  • Evitar varrer a casa para tirar o pó: passe um pano úmido para retirar as partículas de poeira que se espalhem pelo ambiente;
  • Sofás e estofados também precisam de uma limpeza frequente, de preferência, com aspirador de pó e um pano úmido, quase seco.

“Infelizmente, não existe uma atitude certa para evitar que as crianças fiquem doentes nessa mudança de estação, mas a soma desses cuidados minimiza bem as chances. E, independentemente do coronavírus, os hábitos de lavar sempre as mãos ao chegar ou receber algo da rua, devem ser mantidos. E, caso algum adulto muito próximo esteja com sintomas de gripe, use a máscara para evitar transmitir para os bebês”, reforça a especialista.

 


Dra. Felícia Szeles - Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas), é especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência, também realiza acompanhamento pediátrico pré-natal em gestante. Como Alergista, atua com foco no atendimento infantil.


Abril Azul Claro: Câncer de Esôfago pode ultrapassar 10 mil casos por ano até 2022

 Especialista alerta para importância da prevenção e diagnóstico precoce

 

Abril é o mês da prevenção ao câncer de esôfago, que apresenta alto índice de mortalidade e é o oitavo mais frequente no mundo. No Brasil, a doença pode ultrapassar 10 mil casos anuais. Dados da Fundação do Câncer apontam que, entre 2020 e 2022, o número de novos casos no país, por ano, será de 8.690 para homens e 2.700 para mulheres.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência da doença em homens chega a ser duas vezes maior do que em mulheres. O câncer de esôfago é o 6º mais frequente para o gênero masculino, enquanto é o 15º que mais acomete pessoas do sexo feminino.

O principal fator para a alta mortalidade é o diagnóstico tardio. “O câncer de esôfago, em sua fase inicial, é praticamente assintomático, o que dificulta identificar a doença antes que se agrave. Por isso, a prevenção é imprescindível para que o tratamento seja eficaz na cura”, explicou o cirurgião oncológico, especialista em cirurgias do aparelho digestivo alto e PhD em Ciências Médicas e Biológicas, dr. Antonio Talvane Torres de Oliveira. Segundo o especialista, a prevenção é a principal medida para evitar a doença e realizar exames específicos regularmente contribui para diagnosticar o tumor em sua fase inicial, aumentando as chances de cura. “Se o paciente apresenta refluxo contínuo, que é uma das causas do câncer de esôfago, a indicação é realizar endoscopia regularmente para identificar uma possível lesão logo no início, possibilitando a cura através de procedimento cirúrgico minimamente invasivo, que traz maiores benefícios e qualidade de vida para o paciente no período pós-operatório. Além disso, é possível tratar o refluxo para evitar o câncer”, disse.

“Quando aparecem os sintomas, entre eles, disfagia (dificuldade para engolir), perda de peso , odinofagia (dor a deglutir), dor irradiada para a face posterior e lateral do tórax,dor na garganta, rouquidão entre outros, o câncer já está em fase avançada, e neste caso é necessário avaliar o estágio da doença para definir as melhores formas de tratamento”, disse. Em casos de metástase, o mais indicado é o tratamento paliativo”, completou o cirurgião.


Obesidade já afeta um em cada quatro brasileiros; médica fala sobre transformações necessárias para reverter o quadro

Sedentarismo, má alimentação e estresse são fatores importantes no desenvolvimento desta doença crônica, além de causas genéticas e hormonais

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que um a cada quatro brasileiros estão obesos, sendo que 61,7% da população está acima do peso. Embora atualmente existam muitas correntes em favor da aceitação do próprio corpo, não podemos esquecer que, quando o assunto é obesidade, estamos falando de uma alteração no organismo, uma doença crônica que pode trazer graves consequências se não for combatida.

“Aceitar-se não é sinônimo de ter saúde. São dois assuntos diferentes”, afirma Dra. Lívia Salomé, médica especialista em Medicina do Estilo de Vida pela American College of Lifestyle Medicine. A médica reforça que a obesidade no início da vida adulta é uma preocupação da Organização Mundial de Saúde (OMS) porque isso, por si só, já abrevia o tempo de vida. “Sem falar no risco potencializado de entrar em um quadro mais grave ao contrair a Covid-19”, diz a especialista. 

Atualmente, se fala muito em quebrar padrões de beleza impostos ao longo do tempo, o que é muito positivo para evitar 

Segundo ela, é preciso lembrar que a aceitação do corpo não significa estar com a saúde em dia. “São dois assuntos diferentes. Independentemente de padrões estéticos, a obesidade pode desencadear outros problemas de saúde”. 

Dra. Livia esclarece que o acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e também pode desencadear alguns tipos de câncer. “Claro que estas doenças não são exclusividade de pessoas obesas, mas estar com sobrepeso representa um importante fator de risco para todas elas”, esclarece. 

Os números do IBGE sobre os índices de obesidade entre os brasileiros traduzem o comportamento da população durante o isolamento.  Entre os fatores que vêm colaborando para que as pessoas ganhem peso, estão o sedentarismo e o estresse, que levam as pessoas a mudarem os hábitos alimentares intuitivamente, muitas vezes descontando a ansiedade na comida. “Ao passo em que comem mais, elas deixam de realizar atividades do dia a dia ao ar livre, assim como os exercícios físicos, que são deixados em segundo plano”, diz a médica.

Além disso, ela revela que a obesidade também pode ter causas genéticas e hormonais, o que requer um tratamento multidisciplinar, como propõe a Medicina do Estilo de Vida (MVE). “O paciente precisa se conscientizar de que a obesidade é uma doença crônica e que é necessário mudar completamente o estilo de vida para melhorar. É uma transformação composta por muitas etapas, inclusive psicológica e emocional”, afirma a Dra. Livia.

Ela ressalta que não existe fórmula mágica capaz de garantir emagrecimento rápido e duradouro. “Normalmente, as estratégias bruscas e imediatistas levam a um resultado que dificilmente será mantido por um longo período”, informa a Dra. Livia. 

Conforme a especialista, o melhor caminho é realizar uma mudança geral no estilo de vida - especialmente sobre a alimentação, exercícios físicos, equilíbrio mental e qualidade do sono. Outro ponto importante é investigar possíveis causas da obesidade, como alterações hormonais. “Desta forma, o médico especialista pode tomar as melhores decisões para ajudar o paciente a se manter saudável e com mais qualidade de vida”, finaliza a especialista.

 


Dra. Lívia Salomé - Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem especialização em Clínica Médica e certificação em Medicina do Estilo de Vida pelo American College of Lifestyle Medicine. Atualmente, é vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).


Especialista esclarece comprometimentos relacionados ao raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X

Os ossos são considerados tecidos vivos que ajudam na movimentação, sustentação e na proteção dos órgãos vitais. Ou seja, eles têm um papel fundamental em nosso corpo. Por isso, doenças que afetam os ossos, como o raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH), têm um impacto relevante.


De acordo com a endocrinologista pediátrica, Renata Lago, as enfermidades ósseas metabólicas são patologias raras que, muitas vezes, exigem um grau de suspeita elevado do especialista, como é o caso do XLH, causado pela deficiência de fosfato e que pode ser confundido com outras condições que causam deformidades ósseas. "As hipofosfatemias podem ser confundidas com outras doenças. Quando o paciente apresenta só afastamento dos joelhos (também conhecido como geno varo) é preciso tomar cuidado com o diagnóstico", alerta.

A especialista explica que, como os ossos de quem tem a doença ficam mais maleáveis, a carga e o peso colocados sobre os membros inferiores acabam deixando as pernas do indivíduo arqueadas. "O principal sintoma ósseo do XLH são as pernas arqueadas. Mas quem tem XLH pode ter múltiplas fraturas, pseudofraturas, assim como calcificações extraósseas, que também são bem dolorosas. Além do tratamento adequado, o paciente precisa evitar traumas e ter acompanhamento multidisciplinar com fisioterapeuta, ortopedista, endocrinologista, dentista, educador físico e fisiatra", reforça a médica.

Mas, afinal, como é possível identificar o XLH? A endocrinologista pediátrica ressalta que o diagnóstico é feito com base no quadro clínico. "Geralmente, o primeiro sintoma que surge é o geno varo. Diante desta situação, o especialista precisa investigar o metabolismo do fósforo. Por meio de exames de urina e de sangue é possível averiguar as dosagens do fósforo e de outros minerais, como cálcio e magnésio, por exemplo. As radiografias também são importantes porque mostram alterações nos ossos que sugerem a doença".

Apesar do XLH não ter cura, é possível ter mais qualidade de vida com o tratamento. Atualmente, o Brasil já conta com terapia farmacológica específica que proporciona melhoras significativas ao mudar o curso natural da doença. "Por se tratar de uma condição progressiva, quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e tiver acesso ao tratamento, melhor", conclui a especialista.

Saiba mais sobre o XLH: é uma doença progressiva, que pode trazer graves consequências para os pacientes e comprometer a qualidade de vida. Assim como acontece com 80% das doenças raras, o XLH tem origem genética, sendo geralmente herdado. Neste caso, devido à sua relação com o cromossomo X, o pai afetado pelo XLH transmitirá a condição a todas as suas filhas, mas nenhum de seus filhos será acometido. Já a mãe afetada pelo XLH tem 50% de chance de ter um filho ou uma filha com a doença. Entre os sintomas da doença estão deficiência de crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, alterações dentárias, fraqueza muscular, limitação funcional e pernas arqueadas. A doença tem prevalência aproximada de 1 a 9 casos para cada 1 milhão de pessoas.



Referências
[1] Ministério da Saúde. Disponível em http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-raras. Último acesso em março de 2021.
[2] X-linked hypophosphatemia. Disponível em http://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=11911&Disease_Disease_Search_diseaseType=ORPHA&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=89936&Disease(s)/group%20of%20diseases=XLH&title=XLH&search=Disease_Search_Simple. Último acesso em março de 2021


Artigo publicado por brasileiros em renomado periódico norte-americano chama a atenção para relação entre COVID-19 e Apneia Obstrutiva do Sono

Pesquisadores Sergio Tufik, David Gozal, Isabela Antunes Ishikura, Gabriel Natan Pires e Monica Levy Andersen expuseram trabalho no Journal of Clinical Sleep Medicine

 

Acompanhamos em todo o ano de 2020 a manifestação clínica menos favorável da COVID-19 nos pacientes com idade mais avançada (superior a 60 anos), homens, e pessoas com obesidade e doença cardiovascular prévia. Essas características são comuns também nos pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS).

O destaque está no fato da possibilidade de doenças cardiovasculares preexistentes associadas à AOS poderem levar ao aumento da chance de internação em unidade de terapia intensiva por COVID-19, e até aumentar a mortalidade da doença causada pelo vírus.

Exemplo importante são as arritmias cardíacas noturnas que estão presentes em 40% dos pacientes com AOS e em mais de 90% dos pacientes com AOS grave.

Embora uma doença muito prevalente (32,9% da população de São Paulo tem apneia do sono), pouca atenção tem sido dada à AOS durante a pandemia de COVID-19. Destacamos a AOS, uma comorbidade potencial que merece inclusão como risco para desfechos negativos em pacientes com COVID-19.

Portanto, as pessoas com suspeita de AOS, roncadoras, que possuem um sono fragmentado e não reparador, e que apresentam sonolência diurna, necessitam de avaliação com especialista em medicina do sono e realização de polissonografia, para um adequado diagnóstico e tratamento, caso haja confirmação da doença.

 



Dr. Nilson André Maeda - CRM 125.367 - médico do sono do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

 Dr. Braz Nicodemo Neto - CRM 70.179 - médico do sono do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Fonte: Does obstructive sleep apnea lead to increased risk of COVID-19 infection and severity? (Tufik, S. et al., Journal of Clinical Sleep Medicine, Vol. 16, No. 8, p. 1425-1426)


9 cuidados com a voz durante o outono

Fonoaudióloga que atende pelo GetNinjas oferece dicas que ajudam a evitar rouquidão e dores de garganta durante a estação


Com o aumento das vídeo chamadas e ligações telefônicas o uso da voz se tornou mais constante. É comum também que, durante as estações mais frias, as pessoas acabem roucas ou sintam dores de garganta. Isso tem relação direta com a queda nas temperaturas e com o tempo seco, características que variam durante esse período. A queda nas temperaturas acaba contraindo os vasos sanguíneos, o que deixa a laringe mais estreita e as cordas vocais mais apertadas, por isso, muitas pessoas identificam mudanças na qualidade da voz. Para cuidar dos vocais, a Liliane Lopes, fonoaudióloga que atende no Rio de Janeiro pelo GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços, separou algumas dicas práticas para cuidar da voz.
Confira abaixo quais são elas:

Dica 1: Poupe a voz e procure não falar tão alto;

Dica 2: Evite fumar;

Dica 3: Afaste-se do ar condicionado;

Dica 4: Faça inalação com vaporizador ou aproveite o vapor de uma chaleira com água quente;

Dica 5: Evite líquidos e alimentos muito gelados ou muito quentes;

Dica 6: Beba bastante líquido, principalmente água, e prefira chás mornos;

Dica 7: Evite as bebidas alcoólicas e as com gás;

Dica 8: Coma maçã;

Dica 9: Evite excesso no consumo de leite e derivados, pelo menos no período da manhã.


Atenção: "Muitas pessoas acreditam que o conhaque, por exemplo, auxilia a garganta durante o frio. Ele pode até esquentar, mas assim como qualquer outra bebida alcoólica, produz ácido clorídrico, o que é prejudicial para as cordas vocais", explica a fonoaudióloga.

Se mesmo com todos esses cuidados, você perceber que está ficando doente, procure um médico para fazer o tratamento adequado. No caso dos profissionais que trabalham com a voz, é essencial fazer um acompanhamento com fonoaudiólogos para a realização de exercícios que auxiliam na preservação da voz. 

Pegando pouco sol? Entenda a importância da exposição solar em tempos de pandemia

  Nutricionista da Superbom alerta sobre como a falta da Vitamina D pode afetar o corpo


O distanciamento social é uma medida de segurança tomada para impedir a disseminação do coronavírus. E, embora muito importante e essencial para ajudar no controle de transmissão do vírus, o isolamento acaba fazendo com que as pessoas tenham menos contato com o sol, uma das principais fontes de Vitamina D para o organismo. Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Chicago, em setembro de 2020, apontou que os baixos níveis dessa vitamina no sangue podem acabar aumentando as chances da testagem positiva do vírus, pois ela é uma das responsáveis por manter a imunidade do organismo alta.

Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, relata que quando aproveitado sem excesso, o sol proporciona bom funcionamento para o corpo. "Ele é considerado a principal fonte de Vitamina D, pois seus raios são absorvidos pela pele estimulando a produção desta", explica.

Descoberta há pouco como um hormônio, essa vitamina é indispensável, pois auxilia no controle dos níveis de cálcio e fósforo. De acordo com Cyntia, "ela regula o metabolismo através da absorção de cálcio no intestino e apresenta benefícios para os rins. Também é importante no fortalecimento dos ossos e dentes", descreve. Além disso, modula o sistema imunológico, assim, sua ausência pode favorecer o surgimento de infecções. "Ele é capaz de reagir aos microrganismos nocivos que invadem o corpo", complementa.

A nutricionista também explica que é possível localizar a vitamina D em alguns alimentos que podem nos ajudar a manter a saúde dos ossos. "Essa substância está presente em alguns alimentos, entre eles, podemos destacar a variedade de cogumelos", afirma. Segundo Cyntia, esses alimentos são ótimos para serem incluídos nas dietas veganas e vegetarianas, pois são ricos em diversos nutrientes. Contudo ela ressalta que eles não são uma fonte própria da vitamina, auxiliam apenas de forma complementar.

A especialista enfatiza que a melhor forma de repor a falta da substância no organismo é a exposição a luz solar: "Criar o hábito de tomar 15 minutos de sol diariamente, entre 10h e 14h de preferência, é uma ação que pode garantir muitos benefícios para o corpo", orienta. Em época de pandemia, para quem não mora em casas com jardins, o ideal é que a exposição seja feita através de janelas ou varandas abertas, sempre expondo regiões do corpo como braços e pernas. Fique sempre atento as restrições individuais e, o ideal, é que essa curta exposição ao sol seja feita sem o protetor solar, favorecendo a entrada dos raios na pele para que efetue suas funções.


Você sabe o que é Doença Inflamatória Intestinal?


O Dr. Iuri Tamasauskas, Gastroenterologista do Consulta Aqui, fala sobre as causas, sintomas e tratamentos sobre as doenças do intestino

 

Doenças inflamatórias intestinais (DII) são enfermidades do trato digestivo, crônicas, que podem apresentar picos de agudização e, muitas vezes, terem comportamentos ditos “malignos”, apesar de não serem tumores.

“As duas principais DIIs são a Doença de Crohn, que pode acometer qualquer segmento do trato digestivo e, por vezes, apresentar comportamento mais agressivo, e a RCU (Reto Colite Ulcerativa), restrita ao intestino grosso”, explica o Dr. Iuri Tamasauskas, Gastroenterologista do Consulta Aqui (Grupo HAS).

Os sintomas dessas doenças variam de acordo com o segmento do trato digestivo acometido, o grau desse acometimento, o caráter da manifestação (aguda ou crônica) e a presença de complicações. Comumente, os pacientes podem apresentar dor abdominal e, nos casos de complicação como abscessos e fístulas, podem sofrer com febre e outros sintomas. “Nos casos de manifestações mais severas e extensas, em geral na Doença de Crohn, pode-se observar a perda ponderal e, devido ao déficit na absorção de nutrientes, a queda de cabelos”, completa o Dr. Iuri.

O diagnóstico depende da manifestação clínica. É possível se levantar a suspeita a partir da história e do exame físico do paciente e/ou após a realização de biópsias por endoscopia digestiva alta ou colonoscopia. O médico lembra que é necessário afastar outros diagnósticos diferenciais, tais como quadros neoplásicos.

O tratamento se dá através do controle das crises. Corticoides ou medicações específicas, como a Mesalazina, podem ser administradas pelo médico. Na vigência de crises com complicações, como fístulas, abscessos e obstrução intestinal, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.

“No mais, o acompanhamento com o médico gastroenterologista é de suma importância na presença de sintomas como dores abdominais e cólicas, diarreias intensas, perda de apetite, sangue e dor ao defecar. O rápido diagnóstico é um fator preponderante para o sucesso no tratamento das DIIs”, finaliza o Dr. Tamasauskas.




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