Especialista alerta para importância da prevenção e diagnóstico precoce
Abril é o mês da prevenção ao câncer
de esôfago, que apresenta alto índice de mortalidade e é o oitavo mais
frequente no mundo. No Brasil, a doença pode ultrapassar 10 mil casos anuais.
Dados da Fundação do Câncer apontam que, entre 2020 e 2022, o número de novos
casos no país, por ano, será de 8.690 para homens e 2.700 para mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional de
Câncer (INCA), a incidência da doença em homens chega a ser duas vezes maior do
que em mulheres. O câncer de esôfago é o 6º mais frequente para o gênero
masculino, enquanto é o 15º que mais acomete pessoas do sexo feminino.
O principal fator para a alta
mortalidade é o diagnóstico tardio. “O câncer de esôfago, em sua fase inicial,
é praticamente assintomático, o que dificulta identificar a doença antes que se
agrave. Por isso, a prevenção é imprescindível para que o tratamento seja
eficaz na cura”, explicou o cirurgião oncológico, especialista em cirurgias do
aparelho digestivo alto e PhD em Ciências Médicas e Biológicas, dr. Antonio
Talvane Torres de Oliveira. Segundo o especialista, a prevenção é a principal
medida para evitar a doença e realizar exames específicos regularmente
contribui para diagnosticar o tumor em sua fase inicial, aumentando as chances
de cura. “Se o paciente apresenta refluxo contínuo, que é uma das causas do
câncer de esôfago, a indicação é realizar endoscopia regularmente para
identificar uma possível lesão logo no início, possibilitando a cura através de
procedimento cirúrgico minimamente invasivo, que traz maiores benefícios e
qualidade de vida para o paciente no período pós-operatório. Além disso, é
possível tratar o refluxo para evitar o câncer”, disse.
“Quando aparecem os sintomas, entre eles,
disfagia (dificuldade para engolir), perda de peso , odinofagia (dor a
deglutir), dor irradiada para a face posterior e lateral do tórax,dor na
garganta, rouquidão entre outros, o câncer já está em fase avançada, e neste
caso é necessário avaliar o estágio da doença para definir as melhores formas
de tratamento”, disse. Em casos de metástase, o mais indicado é o tratamento
paliativo”, completou o cirurgião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário