Pesquisadores Sergio Tufik, David Gozal,
Isabela Antunes Ishikura, Gabriel Natan Pires e Monica Levy Andersen expuseram
trabalho no Journal of Clinical Sleep Medicine
Acompanhamos
em todo o ano de 2020 a manifestação clínica menos favorável da COVID-19 nos
pacientes com idade mais avançada (superior a 60 anos), homens, e pessoas com
obesidade e doença cardiovascular prévia. Essas características são comuns
também nos pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS).
O
destaque está no fato da possibilidade de doenças cardiovasculares
preexistentes associadas à AOS poderem levar ao aumento da chance de internação
em unidade de terapia intensiva por COVID-19, e até aumentar a mortalidade da
doença causada pelo vírus.
Exemplo
importante são as arritmias cardíacas noturnas que estão presentes em 40% dos
pacientes com AOS e em mais de 90% dos pacientes com AOS grave.
Embora
uma doença muito prevalente (32,9% da população de São Paulo tem apneia do
sono), pouca atenção tem sido dada à AOS durante a pandemia de COVID-19.
Destacamos a AOS, uma comorbidade potencial que merece inclusão como risco para
desfechos negativos em pacientes com COVID-19.
Portanto,
as pessoas com suspeita de AOS, roncadoras, que possuem um sono fragmentado e
não reparador, e que apresentam sonolência diurna, necessitam de avaliação com
especialista em medicina do sono e realização de polissonografia, para um
adequado diagnóstico e tratamento, caso haja confirmação da doença.
Dr. Nilson André Maeda - CRM
125.367 - médico do sono do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Dr. Braz Nicodemo Neto -
CRM 70.179 - médico do sono do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fonte:
Does obstructive sleep apnea lead to increased risk of COVID-19 infection and
severity? (Tufik, S. et al., Journal of Clinical Sleep Medicine, Vol. 16, No.
8, p. 1425-1426)
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