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terça-feira, 5 de maio de 2020

Tudo o que você precisa saber sobre gravidez após os 40


Mulheres com menos de 30 anos têm chances de gestação, ao mês, ao redor de 25%. Entre 36-37 anos, caem para cerca de 15%. Entre 38-40 anos, 10%, e 5% entre 41 e 42 anos. Juntamente com a queda das taxas de gestação ocorre o aumento das chances de abortamento e de alterações cromossômicas, sendo a mais conhecida a síndrome de Down. Esses fatores estão diretamente ligados a idade materna, ou seja, a idade do óvulo.

Quem afirma é a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e especialista em reprodução assistida pela FEBRASGO. Segundo ela, a ovogênese (nome dado ao processo de formação dos óvulos) inicia-se durante a vida fetal da mulher e não volta a acontecer em nenhuma outra fase. Ou seja, ela tem seu início e fim na vida fetal. Aos 6 meses de gestação, o feto feminino contém cerca de 7 milhões de óvulos, caindo para 2 milhões ao nascimento. Essa redução se mantém ao longo de toda a infância e, na puberdade, restam 400 mil óvulos.

“Ao longo da vida reprodutiva, perdemos todo o ‘estoque’ de óvulos. Quando isso acontece, inicia-se o período da menopausa (ocorre, em média, aos 48 anos na mulher brasileira). Todo mês, em cada ovulação, não produzimos novos óvulos. Eles já estão no ovário desde a nossa vida fetal, e o óvulo já existente é recrutado para ser liberado na ovulação”, pontua Karina Tafner.

A importância dessas informações está relacionada ao fato de que o “estoque” de óvulos é finito. “Não há uma produção contínua de óvulos como os homens têm de espermatozoides. Ao contrário. A cada dia que passa, temos menos óvulos disponíveis. Estes não sofrem perda somente em número, mas também em qualidade, fato esse que justifica a diminuição das taxas de gravidez com o avançar da idade da mulher”, reforça a ginecologista.


Alternativas de gestação

Os tratamentos de fertilização in vitro (FIV) aumentam em, aproximadamente, duas vezes a taxa de gestação, mas também variam com a idade dos óvulos, pois o tratamento não faz com que haja uma nova produção dos mesmos. “A chance de gestação é maior do que as taxas naturais, pois já é colocado um embrião pronto dentro do útero da mulher, após a fertilização dos óvulos com espermatozoides em laboratório”, explica Karina Tafner.

A solução para mulheres conseguirem uma gestação em idade mais avançada é o congelamento de óvulos para uso posterior ou a realização da FIV, utilizando óvulos doados. O processo de ovodoação acontece quando mulheres com idade menor do que 34 anos, que realizaram a FIV, optam por doar seus óvulos excedentes para outra mulher que necessite.

Os óvulos congelados mantêm a mesma capacidade reprodutiva (ou seja, a mesma chance de gestar) desde o dia em que houve o congelamento. Por exemplo: uma mulher que congelou seus óvulos com 34 anos e quer engravidar aos 46, tem uma chance ao redor de 50-60%. Sem o congelamento, sua chance de engravidar de forma natural seria menor que 1%. O mesmo vale para óvulos doados. 


Precisão

Segundo a ginecologista, como as mulheres estão postergando cada vez mais a gestação, a idade materna vem aumentando, assim como a utilização de tratamentos de reprodução assistida. “Infelizmente, os métodos disponíveis para avaliação da reserva ovariana são imprecisos, especialmente em mulheres mais jovens, dificultando a orientação das mesmas em relação ao seu futuro reprodutivo. Apesar da imprecisão, recomenda-se solicitar os exames disponíveis para mulheres que desejam gestar, mas que não decidiram quando, e o congelamento de óvulos deve sempre ser orientado, principalmente se a mulher tem mais de 35 anos”.


Riscos

Toda gestação após os 35 anos é considerada de risco. Além da queda da fertilidade, há maiores riscos obstétricos decorrentes tanto do envelhecimento ovariano quanto da frequência aumentada de doenças crônicas pré-existentes na mulher, que aumentam com o decorrer da idade. Há maior incidência de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, obesidade, parto prematuro, aborto espontâneo e síndrome de Down.

“O período ideal para gestação é entre os 20 e 30 anos. Isso porque, além de ser a fase de maior fertilidade, há menor incidência de doenças crônicas e menor risco de aparecimento de patologias na gestação, tanto para a mãe quanto para o feto. Apesar do descrito acima, há vantagens, sim, em gestar após os 40 anos. Mulheres mais velhas são mais experientes, têm carreiras profissionais consolidadas e experimentam a gestação em um momento da vida onde não há tantas dúvidas e incertezas”, finaliza Karina Tafner.


Óleos Essenciais ajudam a combater ansiedade e depressão comuns na pandemia


Neste tempo de isolamento social, as pessoas têm ficado mais ansiosas e deprimidas. Os óleos essenciais podem ser usados para combater tais sensações. A lavanda ajuda a acalmar. O alecrim traz energia. Esses são alguns exemplos do uso dos óleos essenciais.

 São muitos os aromas que podem ajudar no enfrentamento de sentimentos negativos causados pela quarentena. Estudos científicos já comprovaram que os óleos têm influência na saúde e no bem-estar, trazendo resultados benéficos. De acordo com o professor, cientista aromatólogo, fundador da Laszlo Aromatologia e do Instituto Brasileiro de Aromatologia, Fábián László, o óleo essencial pode ser usado para diversos fins: “Cada óleo tem uma propriedade diferente: são anti-inflamatórios, antibacterianos, auxiliam nas áreas emocionais, de tomada de decisões”, afirma.

Os óleos essenciais produzem efeito fisiológico que ameniza os problemas físicos e emocionais. Pelo olfato o sistema límbico do cérebro, responsável pelas emoções, é trabalhado. Dessa forma, os efeitos são mais rápidos.

Confira as intenções de alguns óleos essenciais:

ATENÇÃO: manjericão, capim-limão, alecrim-verdadeiro, hortelã-pimenta.

CLAREZA MENTAL: alecrim-verdadeiro, gerânio, limão-siciliano.

CONCENTRAÇÃO: manjericão, capim-limão, alecrim-verdadeiro.

CONFIANÇA: canela-do-ceilão, cedro-do-atlas, tea tree, tomilho qt. timol.

CORAGEM: tomilho qt. timol, olíbano, gengibre.

DIVERTIMENTO: laranja-doce, mandarina.

ENERGIA MENTAL: hortelã-pimenta, eucalipto-glóbulus, tomilho qt. timol.

ENTUSIASMO: ylang-ylang, laranja-doce, cardamomo, jasmim.

EXPRESSÃO VERDADEIRA: camomila-alemã.

FOCO: manjericão, benjoim, alecrim-verdadeiro, limão-siciliano.

FORÇA DE VONTADE: pinheiro, alecrim-verdadeiro, cedro-do-atlas, tea tree, tomilho qt. timol.

FORÇA EMOCIONAL: gerânio, ylang-ylang, manjerona-verdadeira, tomilho

MOTIVAÇÃO: cravo-da-índia, mandarina, tea tree, alecrim-verdadeiro.

OBJETIVIDADE: limão-siciliano, manjericão, alecrim-verdadeiro.

PERSEVERANÇA: funcho-doce, limão-siciliano, tea tree.

PRAZER: jasmim, laranja-doce, sândalo, ylang-ylang, rosa-de-damasco, cardamomo.


Benefícios da prática de exercícios físicos para pessoas com epilepsia


Exercícios liberam neurotransmissores no organismo que inibem a atividade epiléptica, podendo atuar como um anticonvulsivante natural


Está mais do que comprovado que seguir uma rotina de exercícios só faz bem à saúde física e mental. Por isso, é importante manter as práticas também na quarentena por conta da COVID-19. Mesmo com isolamento social, quem já praticava algum tipo de atividade física deve continuar os treinos, adaptando-os ao espaço de sua casa e seguindo as orientações de um profissional. 

Segundo Maria Alice Susemihl, presidente da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), se as crises epilépticas estão controladas, as atividades físicas indicadas por profissionais só têm a somar. “Na prática esportiva, o nosso metabolismo produz e libera hormônios que proporcionam sensação de bem-estar e influem positivamente na qualidade de vida”, explica.

Estudos científicos mostram que a atividade física libera no organismo vários neurotransmissores que contribuem para inibir a atividade epiléptica. Estudos indicam que podem até atuar como anticonvulsivantes naturais. Entretanto, alguns esportes são considerados de maior risco para as pessoas com epilepsia, como esportes radicais e de aventura, a exemplo do paraquedismo, corridas de kart, bungee jumping, escalada, parapente e outros.

O Dr. Ricardo Arida, neurofisiologista e docente da disciplina de neurofisiologia e fisiologia do exercício na UNIFESP, e parceiro da ABE, reforça a importância de seguir os treinos e pede atenção sempre à respiração e postura durante os exercícios físicos. “Temos que manter o nosso corpo e a nossa mente em pleno funcionamento, principalmente durante este período atípico. Uma boa alimentação, a qualidade de sono e o equilíbrio emocional são fatores indispensáveis a saúde e o bem-estar”, completa.

Para manter a rotina de exercícios em casa, o Dr. Ricardo sugere um programa básico de exercícios, sem sobrecarga e de baixo impacto, que pode ser feito por qualquer pessoa:
  • Alongamento: alguns simples movimentos para alongar braços, pernas, tronco e pescoço são ótimos para iniciar a rotina de exercícios e de trabalho.
  • Polichinelos: por mais que pareçam ser simples, os movimentos são muito funcionais e trabalham a resistência muscular e cardiovascular. Faça 6 séries de 15 a 20 movimentos, com intervalos de 30 segundos entre as séries.
  • Abdominais: fácil, efetivo e prático. Faça três séries de 10 ou 15 movimentos.
  • Agachamentos: são ótimos para as partes inferiores do corpo, tanto para fortalecer quanto para enrijecer. Repita as três séries de 10 ou 15 movimentos.
  • Meditação e Yoga: há diversos canais disponíveis nas redes sociais que ajudam nessas práticas que são tão importantes quanto as demais. Medicação guiada e exercícios de yoga diminuem o estresse e a ansiedade, ajudam na concentração, equilíbrio, postura e frequência cardiorrespiratória.
“O sedentarismo aumenta o risco de desenvolver hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e obesidade. Pessoas com epilepsia não fazem parte do grupo de risco do novo Coronavírus apenas por terem a doença, mas, caso desenvolvam outras que o sedentarismo acarreta, farão parte sim”, finaliza Maria Alice.





Associação Brasileira de Epilepsia

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