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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Procedimentos estéticos no queixo ou mentoplastia?


 O queixo se tornou o novo foco da medicina estética. É preciso cautela com procedimentos irreversíveis e materiais usados

 
Você já ouviu falar da mentoplastia? Mento é o termo médico que se dá ao queixo. Portanto, a mentoplastia é uma cirurgia plástica usada para corrigir alterações nesta região da face. Entretanto, embora a principal indicação da mentoplastia não seja apenas estética, com também funcional, nos últimos anos a procura pelo procedimento apresentou um crescimento elevado, principalmente entre os homens.

O motivo deste interesse repentino pela mentoplastia é que personalidades, como atores, cantores e modelos descobriram na técnica uma forma de melhorar a aparência facial. E com o acesso às informações cada vez mais acelerado, a notícia invadiu as redes sociais, motivando a procura pelo procedimento.

Mas, será que a mentoplastia pode ser indicada para qualquer pessoa, principalmente para fins estéticos? Pode haver consequências da cirurgia depois de alguns anos? Quais os riscos do procedimento?

 

Opinião do especialista


Segundo o cirurgião plástico, Dr. Luiz Philipe Molina Vana, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), é preciso muito cuidado com procedimentos que são irreversíveis, principalmente àqueles que alteram a estrutura da face, como a mentoplastia, a rinoplastia e a bichectomia.

“É fundamental orientar o paciente que o processo natural do envelhecimento causa mudanças importantes na estrutura facial. Estas alterações devem ser levadas em consideração na hora da decisão pela cirurgia ou não”, reforça o médico.

A região do mento, ou seja, do queixo, é de extrema importância para a harmonia facial. Algumas pessoas apresentam deformidades ou alterações anatômicas no mento que afetam a estética e as funções do organismo que dependem dessa estrutura, como fala, mastigação, respiração, entre outras.

“Nestes casos, a mentoplastia é muito bem indicada. Normalmente, é realizada por um cirurgião buco-maxilar em conjunto com um cirurgião plástico, pois é preciso mexer na estrutura óssea, realizando cortes ou enxertos, além do trabalho estético para uma boa aparência final”, explica Dr. Molina.

 

Plástica ou preenchimento?

Porém, o que se popularizou nos últimos anos não foi a mentoplastia em pessoas com alterações ou deformidades no mento, já que é uma cirurgia realizada há muitos anos. "Na verdade, o que aumentou foi a procura por procedimentos na região do queixo para melhorar ou harmonizar a aparência facial”, cita Dr. Molina.

“A harmonização facial ganhou fama com a popularização do preenchimento com ácido hialurônico, que pode ser aplicado para melhorar a aparência da região do mento. Também podem ser usadas outras técnicas, com inserção de prótese de silicone, enxerto de gordura do próprio paciente ou ainda o avanço ósseo do mento”, afirma o cirurgião plástico.

“Hoje, o preenchimento com ácido hialurônico é o procedimento mais recomendado. Isso porque o resultado não é definitivo e o produto é absorvido pelo corpo em cerca de 12 a 18 meses, com baixo índice de complicações”, reforça Dr. Molina.

O preenchimento também pode ser feito com a gordura do paciente, mas envolve diversas etapas. “Primeiro, é feita a retirada da gordura. Depois, a gordura é purificada e só então pode ser aplicada no paciente. O lado positivo é que a gordura também é absorvida pelo organismo, sendo uma boa alternativa”, comenta o especialista.

De acordo com Dr. Molina, a inserção de uma prótese de silicone no queixo também é uma técnica bastante comum. “Caso o paciente não goste do resultado, será necessário realizar outro procedimento para retirar a prótese. Apesar disso, também é uma técnica reversível”.

 

Atenção ao que é permanente!

Quando uma cirurgia plástica se torna popular, com a mentoplastia, o desejo de se submeter à técnica pode levar o paciente a algumas armadilhas, caso não esteja bem informado. Em relação ao queixo, o ideal é optar por técnicas não definitivas, como as citadas acima. É preciso ainda muito cuidado com um produto chamado PMMA (Polimetilmetacrilato).

Há algumas ressalvas em relação ao uso desta substância. A primeira e a mais importante é que o resultado é definitivo. Ou seja, uma vez feito o preenchimento, não há retorno da aparência.

"Além deste aspecto, é um produto com alto índice de complicações, como alergias, endurecimento da área aplicada, infecções, necrose dos tecidos, formação de nódulos, dores, entre outras condições que podem ser muito graves”, reforça Dr. Molina. 

 

Cirurgia plástica segura

Lembre-se de procurar um cirurgião plástico capacitado, membro da SBCP e com CRM ativo. “Avalie as opções e questione o médico sobre o resultado, pensando principalmente nas mudanças que ocorrem na aparência facial com o passar dos anos”, encerra Dr. Molina


Elevação do índice de raios ultravioleta reforça alerta para quem vai se expor ao sol


Forte calor registrado no início deste ano desperta atenção para reforçar a importância das medidas de fotoproteção

 
  Conscientização dos perigos é forma de proteger e cuidar da população (Divulgação) 


Nessa época do ano, é preciso intensificar constantemente a população da conscientização dos cuidados necessários antes de se expor ao sol, seja na praia, na cidade ou no campo. Se o calor e sensação de abafamento causam mal estar, a incidência dos raios ultravioletas (RUV) são ainda mais graves, pelos males que causam à nossa pele. O descuido pode causar envelhecimento precoce, queimaduras solares e facilitar o desenvolvimento do câncer de pele. O alerta é da médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção-RS (SBD-RS), Taciana Dal'Forno Dini.

- Os raios ultravioletas (RUV) são divididos em RUVA, RUVB e RUVC. Os RUVC não atingem a superfície da Terra, pois são filtrados pela camada de ozônio. No entanto, tanto os RUVA, quanto RUVB são danosos à pele. Os raios RUVA são constantes durante o dia, penetram mais profundamente na pele e são responsáveis pelo bronzeado. Os RUVB, por sua vez, são mais intensos e responsáveis pelas queimaduras solares. O uso de filtros solares, roupas protetoras, bonés e chapéus, evitando ou redobrando os cuidados nos horários de radiação solar mais intensa, são medidas fundamentais para a adequada proteção - explica.

O Índice de RUV, que aumenta durante o verão, indica a intensidade da radiação solar num determinado instante. Quanto maior o índice UV, maior é o risco de lesões na pele devido a exposição em período de tempo curto. Este indicador não está associado ao que mais comumente a população enxerga, que é a claridade e a sensação térmica, mas sim, está ligado a outros fatores.

- Em alguns momentos pode até não estar tão quente, mas a incidência dos raios é intensa. Por isso, é preciso informar as pessoas, para não confundirem, pois a variação da intensidade do Índice de RUV depende da época do ano, altura do sol, das alterações na espessura da camada de ozônio, da nebulosidade e das partículas presentes na atmosfera do local - orienta a médica.

As queimaduras solares estão relacionadas ao surgimento de câncer de pele, o tipo de tumor maligno mais frequente no nosso país. Portanto, a consulta com dermatologista deve ser realizada anualmente, tanto para o exame de toda a pele, como para orientação dos cuidados relacionados à proteção solar, que devem ser avaliados individualmente para cada paciente.





Vítor Figueiró 



Estética Masculina: a busca pelo rosto quadrado


Uso de preenchedores nos homens deixa a mandíbula mais alongada e o queixo menos pontiagudo 

Os homens já sabem que os cuidados com a aparência não se resumem apenas às questões de estética mas são também uma necessidade profissional. Manter a aparência jovem e saudável pode sim ser um diferencial no mercado de trabalho e os consultórios já refletem essa mudança de comportamento, com um crescimento de até 40%, nos últimos anos, de homens que procuram por tratamentos estéticos. "Diferentemente das mulheres, que procuram tratamento sempre para ficarem mais bonitas, o público masculino vem em busca de técnicas com curto tempo de recuperação e com resultados mais naturais, que transmitam uma imagem atualizada e que se enquadre nos padrões de beleza dos dias atuais", afirma a dermatologista Denise Steiner.  
 
médica  ressalta que os homens têm diferenças que devem ser levadas em conta desde a primeira consulta com o dermatologista para que os objetivos sejam alcançados. O envelhecimento cutâneo em homens e mulheres são semelhantes, porém devido a estabilidade hormonal, o sexo masculino tem uma maior preservação da cútis. "O homem mantém os níveis circulantes de androgênios e estrogênios durante mais tempo preservando a hidratação e a formação de colágeno", explica a Dra. Denise. De acordo com a especialista, outro fato relevante para preservação da pele masculina está relacionado ao ato de fazer a barba todos os dias, um hábito que, indiretamente, estimula a superfície cutânea. 
    


3 fatores para o envelhecimento da pele do homem

- Fotoenvelhecimento - alterações de superfície da pele com o surgimento de manchas e vasos;   

- Flacidez - diminuição da formação de fibras de colágeno e elastina;   

- Rugas de expressão -  que ocorrem onde há predomínio de contração muscular.   

    
Como tratar a pele masculina 
 
Existem muitas diferenças entre a beleza masculina e a beleza feminina que precisam ser realçadas, do ponto de vista dos tratamentos estéticos. Enquanto a mulher busca deixar o rosto mais afilado o homem tende a buscar um formato diferente. Normalmente o homem tem a mandíbula mais alargada, fazendo uma projeção bem abaixo da orelha, na parte lateral que deixa o aspecto de rosto mais quadrado. O queixo dos homens não é pontiagudo com o tamanho sendo definido a partir dos cantos dos lábios. A região central do rosto não é muito projetada, por isso deve se evitar realçar as bochechas que é uma preocupação comum da mulher. O homem tem também a sobrancelha reta, por isso deve-se ter um cuidado redobrado no uso, por exemplo, de toxinas para não arquear essa região.  

  
 A pele do homem tem características bem específicas e o próprio comportamento masculino interfere na escolha dos tratamentos estéticos.  Além disso, a pele do homem apresenta uma maior espessura, tem mais pelos e oleosidade. O homem, como característica, não gosta de produtos oleosos e com cheiro forte. "Se a pele é diferente, os tratamentos são diferentes. As técnicas usadas nos procedimentos visam valorizar os traços masculinos evitando resultados grotescos", acrescenta a médica.  
 
 O preenchimento facial com injeções de ácido hialurônico é um dos procedimentos mais usados no tratamento da pele masculina. O ácido hialurônico, é produzido pelo corpo humano e encontrado na pele, no globo ocular, nas cartilagens e articulações. O ácido usado é sintético, mas igual ao do organismo. "Com o tempo ele é absorvido e estimula o corpo a produzir colágeno, a proteína que dá firmeza e elasticidade à pele. O tratamento diminui rugas e cicatrizes, atenua olheiras, levanta as maçãs do rosto, os lóbulos das orelhas, define o desenho da mandíbula, pode alargar ou projetar o queixo para a frente e deixá-lo mais quadrado", completa a dermatologista.  
 
O público masculino também procura bastante pelos procedimentos que usam a  toxina botulínica, com o intuito de diminuir ou até mesmo apagar as pequenas rugas entre as sobrancelhas. Outro método disponível nos consultórios e muito procurado pelos homens é a bioestimulação. O tratamento é feito através de bioestimuladores de colágeno, como a hidroxiapatita de cálcio e o ácido poliláctico e, que traz resultados semelhantes ao do preenchimento, mas sob um método inovador. Segundo a Dra. Denise, a função do ácido é conferir mais firmeza e melhorar a textura da pele. "As substâncias são diluídas e injetadas com agulhas na pele e espalhadas em toda a superfície a ser tratada. Esta aplicação tem a capacidade de estimular a formação de colágeno novo, deixando a pele firme e tonificada", conclui a dermatologista.




Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. www.denisesteiner.com.br   


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