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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Restrições na publicidade médica nas redes sociais visa proteger consumidores e profissionais


Especialista explica o uso das redes sociais e os limites da publicidade médica


O Conselho Federal de Medicina recentemente alterou as regras que definem as condutas dos profissionais da área, estabelecendo os princípios da ética médica nas redes sociais. A advogada Adriane Zimmermann, do escritório Küster Machado Advogados, comenta que as novas regras de condutas se basearam em inúmeros posts nas redes sociais, de clínicas médicas ou até mesmo, por exemplo, do comparativo do famoso “antes e depois” de procedimentos, estéticos ou não, prometendo aos consumidores resultados imediatos e milagrosos.

            “É prudente nos questionarmos sobre os limites da publicidade na área médica e até que ponto essas exposições e indicações são ou não saudáveis para o consumidor ou se estamos apenas diante da autopromoção desses profissionais, sem as devidas advertências quanto ao procedimento e resultados apresentados”, explica.

            A especialista disse que a decisão do CFM está publicada no Manual de Publicidade Médica, com as diretrizes que visam impedir a autopromoção e mercantilização do ato médico. “Hoje é permitida a publicidade de serviços médicos, mas com algumas restrições, sendo permitida a postagem com conteúdo relevante a respeito da sua especialidade, bem como elucidar dúvidas frequentes dos pacientes, devendo, estes anúncios, conter o número de inscrição no CRM, nome do profissional, especialidade, número do registro e qualificação de especialista”, analisa.

            A advogada diz que a publicidade nas redes sociais tem vetos muitos expressivos, como os anúncios de técnicas não validadas cientificamente. “Outro ponto é que o CFM desaconselha a utilização de fotos do antes e depois de pacientes como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento, pois entende que a divulgação desse tipo de material pode caracterizar a prática médica de forma sensacionalista, promocional ou com conteúdo inverídico. Havendo a divulgação, o profissional deverá ter o consentimento expresso do paciente”, destaca.

            Outro ponto de atenção são as famosas “selfies em situações de trabalho e atendimento”, que também são permitidas apenas com o consentimento do paciente de forma expressa. “Essa proibição visa proteger a privacidade e o anonimato inerentes ao ato médico e ao próprio paciente”, explica.



Novas tecnologias tornam laboratórios de informática obsoletos


O laboratório da escola, da forma como era utilizado a alguns anos atrás, está ficando obsoleto. O avanço digital está tornando rapidamente programas e softwares ultrapassados e o ensino muito distante da realidade dos alunos e do mercado de trabalho. 

“A percepção é que os alunos precisam muito mais do que um simples laboratório de informática. Como a maioria das crianças hoje nas escolas já são nativos digitais, a educação digital deveria tratada como uma segunda linguagem. “Precisamos ensinar tanto português como programação”, defende o empresário especialista em educação digital Rodrigo Santos. 

Alguns países como Canadá, Estados Unidos, China, Coréia do Sul, Nova Zelândia e até mesmo a Índia entenderam que a educação digital desenvolve no estudante conceitos e habilidades que serão importantes para a carreira profissional, como resolução de problemas, gestão do tempo, empatia para trabalhar em grupos e inovação.

Um estudo do Banco Mundial, divulgado no ano passado, revela que, 75 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 133 milhões novos papéis podem emergir mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos, nos próximos anos. 

Mesmo aquelas tarefas de trabalho que são basicamente realizadas por humanos, como comunicação, coordenação, estratégias de desenvolvimento e gestão começarão a ser automatizadas, diz o estudo. 

Segundo Santos, uma das metodologias mais assertivas nessa direção foi desenvolvida no Brasil: o LET (Lean Education Technology), baseada no modelo STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts e Math). 

Ela utiliza três conceitos centrais, com princípios relevantes de ensino e aprendizagem: descoberta (fase do aprendizado), missão (receber um problema para ser resolvido) e a construção e prototipagem (criação e apresentação do projeto com protótipos de alta e baixa fidelidade) para a solução do problema.

Desenvolvido pela equipe de Tecnologia Educacional da Happy Code, o terceiro maior provedor particular do ensino de tecnologia no Brasil e a sexta maior iniciativa no mundo, o Letramento Digital, como é conhecido, deverá mudar a percepção de aprendizagem nas escolas nos próximos anos. 

A Happy Code possui parceria com 150 escolas no Brasil e 50 em Portugal que estão aplicando o LET como cursos extracurriculares. Santos espera que as escolas entendam o “poder transformador da educação digital” e passem a oferecer a tecnologia na grade curricular nos próximos anos. 

Apesar de o desemprego passar dos 12 milhões de pessoas, no Brasil, há mais de 100 mil vagas abertas para profissionais qualificados, principalmente em áreas de competência tecnológica na saúde, infraestrutura, direito, educação, marketing, entre outras.

Brasileiras estão satisfeitas com atendimento de seus ginecologistas, revela pesquisa Datafolha



Levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, a pedido da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), releva que oito em cada dez mulheres estão satisfeitas com o atendimento do atual ou último ginecologista. 


Nos quesitos dar acolhimento e atenção, realizar exames clínicos e passar confiança, 88% das entrevistadas se declararam satisfeitas. Aconselhar teve 87% de satisfação e fornecer informações claras e suficientes, 86%.

Os índices são maiores que a média entre as pacientes que utilizam atendimento particular ou por planos de saúde, entre 89% e 93%, e ligeiramente menores entre as usuárias do sistema público, de 84% a 86%.

“É bastante satisfatório receber números de satisfação como esses, que provam que somos uma classe de especialistas muito bem aceitos pelas pacientes. É uma especialidade que tem sido um pouco demonizada no presente, devido a algumas dificuldades de assistência ao parto, mas que precisamos resgatar porque é fundamental para a boa assistência da mulher”, declara o presidente da Febrasgo, César Eduardo Fernandes.



“É um reconhecimento importante que temos de nossas pacientes. Isso é fruto da excelência e dedicação dos ginecologistas e obstetras. Vale destacar também o acerto da FEBRASGO em sua atuação e também em realizar o estudo, pois só vem valorizar nossa especialidade” completa Juvenal Barreto Borriello de Andrade, diretor da Defesa Profissional.

Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para a saúde da mulher, cerca de 80% indicaram a Ginecologia e Obstetrícia. E 88% declararam que costumam se consultar com os profissionais, sendo 43% uma vez ao ano e 24% a cada seis meses.


ACESSO AOS ESPECIALISTAS

Em relação ao acesso, 58% das que já foram ao ginecologista o fizeram por meio de atendimento público gratuito/SUS, 20% por planos de saúde e 20% por atendimento particular. Entretanto, 8% das mulheres entrevistadas (o que representa 6,5 milhões de brasileiras) não costumam ir a um GO e 5%, ou 4 milhões de brasileiras, nunca foram.

O hábito de ir ao ginecologista é mais comum entre as moradoras de regiões metropolitanas, da Região Sudeste, e cresce conforme aumentam a escolaridade e a posição na pirâmide econômica. Por outro lado, as mulheres que nunca recorreram a esse especialista encontram-se mais entre as residentes em cidades do interior, entre as mais jovens e entre as integrantes das classes D/E.

Perguntadas se há médicos ginecologistas de fácil acesso na região onde moram, aproximadamente quatro a cada dez sinalizam que o acesso ao especialista é restrito.

A média de idade da primeira consulta, entre as mulheres que já foram ao ginecologista, é de 20 anos e a necessidade de esclarecer um problema ginecológico, gravidez ou suspeita dela e prevenção são algumas das razões de procura pelo especialista.

“À medida em que a primeira consulta de uma mulher com o ginecologista ocorre em média aos 20 anos, perdemos grandes oportunidades de orientar e encaminhar as pacientes para envelhecerem de forma saudável. Uma é a possibilidade de oferecer imunização, a exemplo da vacina contra o HPV e outras importantes, além de abordar a questão do planejamento familiar. Aliado a isso estariam a prevenção de doenças cardiovasculares e sexualmente transmissíveis e o rastreamento de câncer”, argumenta o vice-presidente da Região Sudeste da Febrasgo, Agnaldo Lopes da Silva Filho.




PESQUISA E PERFIL

A pesquisa ocorreu entre 5 e 12 de novembro de 2018, com 1.089 brasileiras de 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, distribuídas em 129 municípios - de forma a abranger as diversas regiões geográficas. Representa 80.980 milhões de mulheres. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.

Construída para representar as mulheres brasileiras de 16 anos ou mais, a amostra revela que a média de idade é de 42 anos e a maior parte cursou ensino fundamental ou médio. Cerca de metade das entrevistadas são casadas ou possuem companheiro(a) e aproximadamente sete em cada dez têm filhos, à média de 2,7 filhos.

 



Com informações da APM
 

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