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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Novas tecnologias tornam laboratórios de informática obsoletos


O laboratório da escola, da forma como era utilizado a alguns anos atrás, está ficando obsoleto. O avanço digital está tornando rapidamente programas e softwares ultrapassados e o ensino muito distante da realidade dos alunos e do mercado de trabalho. 

“A percepção é que os alunos precisam muito mais do que um simples laboratório de informática. Como a maioria das crianças hoje nas escolas já são nativos digitais, a educação digital deveria tratada como uma segunda linguagem. “Precisamos ensinar tanto português como programação”, defende o empresário especialista em educação digital Rodrigo Santos. 

Alguns países como Canadá, Estados Unidos, China, Coréia do Sul, Nova Zelândia e até mesmo a Índia entenderam que a educação digital desenvolve no estudante conceitos e habilidades que serão importantes para a carreira profissional, como resolução de problemas, gestão do tempo, empatia para trabalhar em grupos e inovação.

Um estudo do Banco Mundial, divulgado no ano passado, revela que, 75 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 133 milhões novos papéis podem emergir mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos, nos próximos anos. 

Mesmo aquelas tarefas de trabalho que são basicamente realizadas por humanos, como comunicação, coordenação, estratégias de desenvolvimento e gestão começarão a ser automatizadas, diz o estudo. 

Segundo Santos, uma das metodologias mais assertivas nessa direção foi desenvolvida no Brasil: o LET (Lean Education Technology), baseada no modelo STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts e Math). 

Ela utiliza três conceitos centrais, com princípios relevantes de ensino e aprendizagem: descoberta (fase do aprendizado), missão (receber um problema para ser resolvido) e a construção e prototipagem (criação e apresentação do projeto com protótipos de alta e baixa fidelidade) para a solução do problema.

Desenvolvido pela equipe de Tecnologia Educacional da Happy Code, o terceiro maior provedor particular do ensino de tecnologia no Brasil e a sexta maior iniciativa no mundo, o Letramento Digital, como é conhecido, deverá mudar a percepção de aprendizagem nas escolas nos próximos anos. 

A Happy Code possui parceria com 150 escolas no Brasil e 50 em Portugal que estão aplicando o LET como cursos extracurriculares. Santos espera que as escolas entendam o “poder transformador da educação digital” e passem a oferecer a tecnologia na grade curricular nos próximos anos. 

Apesar de o desemprego passar dos 12 milhões de pessoas, no Brasil, há mais de 100 mil vagas abertas para profissionais qualificados, principalmente em áreas de competência tecnológica na saúde, infraestrutura, direito, educação, marketing, entre outras.

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