O mundo filológico não tem
sinônimos perfeitos.
Catástrofes são de grandes
proporções, como a de Brumadinho e do Flamengo. A Tragédia pode envolver uma
única ou poucas pessoas, num fato que não se alastra, tal como a infausta morte
do jornalista Boechat.
Mas os fatos da vida sempre
têm causas. Em todos eles, há responsabilidades muito sérias a serem apuradas,
se queremos, um dia, tornarmo-nos uma nação.
As culpas tomaram conta de
nosso País. Se posso ser negligente, por que ser diligente? Se posso trafegar
em velocidade incompatível, por que ser prudente e perder parte da novela ou do
futebol? Se posso apreender algo pela rama, por que ser um especialista na
matéria?
Infelizmente, esse egoísmo
tomou conta de nosso povo.
Os políticos e governantes,
com suas éticas esquálidas, alimentaram esse sentir coletivo.
Não percebemos que, assim,
não somos seres íntegros. Temos meias-personalidades. Não nos completamos como
seres humanos. E sofremos, assim como propagamos o sofrimento.
Somente significativa
evolução cultural - em seus termos corretos - podem salvar o Brasil.
Para tanto, é indispensável
pelo menos mínima educação formal. Quem sabe calcular, sabe prever; quem sabe
redigir, sabe pensar.
Logo, não podemos ser
unilaterais; imaginar que só reformas econômicas nos tornarão uma sociedade
civilizada. O mundo é um todo, ao qual devemos estar cada vez mais integrados,
num processo virtuoso.
O mais é consequência.
Se não podemos escapar das
tragédias - a morte prematura, por uma doença, por exemplo - sejamos capaz de
evoluir. O ano de 2019 já esgotou seu estoque de catástrofes.
Que os homens,
principalmente os governantes, tenham isso bem claro em suas consciências. Se
não espontaneamente, pelo menos por medo, como dizia Maquiavel.
Amadeu Garrido de Paula - Advogado, sócio do Escritório
Garrido de Paula Advogados