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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Catástrofes e tragédias



O mundo filológico não tem sinônimos perfeitos.

Catástrofes são de grandes proporções, como a de Brumadinho e do Flamengo. A Tragédia pode envolver uma única ou poucas pessoas, num fato que não se alastra, tal como a infausta morte do jornalista Boechat.

Mas os fatos da vida sempre têm causas. Em todos eles, há responsabilidades muito sérias a serem apuradas, se queremos, um dia, tornarmo-nos uma nação.

As culpas tomaram conta de nosso País. Se posso ser negligente, por que ser diligente? Se posso trafegar em velocidade incompatível, por que ser prudente e perder parte da novela ou do futebol? Se posso apreender algo pela rama, por que ser um especialista na matéria?

Infelizmente, esse egoísmo tomou conta de nosso povo.

Os políticos e governantes, com suas éticas esquálidas, alimentaram esse sentir coletivo.

Não percebemos que, assim, não somos seres íntegros. Temos meias-personalidades. Não nos completamos como seres humanos. E sofremos, assim como propagamos o sofrimento.

Somente significativa evolução cultural  - em seus termos corretos - podem salvar o Brasil.

Para tanto, é indispensável pelo menos mínima educação formal. Quem sabe calcular, sabe prever; quem sabe redigir, sabe pensar.

Logo, não podemos ser unilaterais; imaginar que só reformas econômicas nos tornarão uma sociedade civilizada. O mundo é um todo, ao qual devemos estar cada vez mais integrados, num processo virtuoso.

O mais é consequência.

Se não podemos escapar das tragédias - a morte prematura, por uma doença, por exemplo - sejamos capaz de evoluir. O ano de 2019 já esgotou seu estoque de catástrofes.

Que os homens, principalmente os governantes, tenham isso bem claro em suas consciências. Se não espontaneamente, pelo menos por medo, como dizia Maquiavel.





                                      
Amadeu Garrido de Paula - Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados


O segredo da eficiência das formigas é a ociosidade

Recentemente, compartilhei meu interesse no artigo "O Segredo da Eficiência e Ociosidade", publicado no New York Times por James Gorman, e como Eli Goldratt o apresentou como uma das principais questões a serem contestadas em Operações no âmbito da Teoria das Restrições: "Um recurso ocioso é um desperdício".
Em um estudo recente sobre o comportamento das formigas, perceberam que a alta velocidade e eficiência na construção de túneis estão diretamente relacionados a uma construção irregular da carga de trabalho. Ou seja: uma parte da população do formigueiro trabalha incessantemente para construir a rede de túneis, enquanto outros estão "disponíveis" a maior parte do tempo. A descoberta surpreendente é que a proporção mostra que apenas 30% das formigas trabalham de modo ininterrupto e as 70% restantes permanecem sem se aproximar do local do trabalho. A questão é: o que é que as leva a se comportar dessa maneira? Faz algum sentido? Sendo como a natureza é, deve haver uma boa explicação!

A resposta? Parece que essas formigas conhecem a Teoria das Restrições (TOC) e os Princípios do Fluxo descritos pelo Dr. Eli Goldratt, físico nascido em Israel e autor de best-sellers no mundo da gestão e administração.
Se as formigas se comportassem sob os atuais paradigmas de gestão, causariam um engarrafamento no túnel e reduziriam a produtividade ao mínimo. Esses insetos "sabem" que a produtividade máxima é obtida com o fluxo máximo. E que o fluxo máximo depende do nível de tráfego no chão de fábrica. Esse tráfego é equivalente a veículos em uma estrada ou às tarefas de produção e as ordens abertas no chão da fábrica. Ao limitar o tráfego máximo de formigas no túnel, o movimento é rápido e progride de forma constante. Se o número de formigas for aumentado, o trabalho é interrompido e a cabeça de perfuração não pode ser alcançada facilmente.

Desta forma, um dos 4 princípios fundamentais de fluxo de Henry Ford, de limitar a superprodução, é cumprido na natureza, já que há um mecanismo para evitar o excesso de formigas no túnel. Ou seja, limitar o trabalho em andamento garante o fluxo máximo. Quando essas condições de ócio para a maioria das formigas foram reproduzidas com robôs, aqueles que seguiram a lógica de ter considerado tempos ociosos produziram o melhor resultado. Além disso, quando as formigas escavam um túnel, o espaço é restrito. Por conseguinte, a população e a capacidade de encapsulamento devem ser sujeitos a restrição, com o objetivo de maximizar a taxa de transferência do sistema (velocidade do túnel escavada).

Estes princípios aplicados à produção - que foram disciplinados na aplicação dos princípios de Lean Manufacturing ou outras metodologias de melhoria - podem, com a metodologia de Teoria das Restrições, produzir avanços maiores e substanciais. Pela lógica usada por Lean, os 70% de capacidade ociosa seriam claramente considerados como um desperdício e, portanto, teriam sido eliminados. Seja no universo das formigas ou no universo empresarial, a capacidade ociosa pode ser dedicada a funções e processos para ter capacidade protetiva ou excedente. É o que garante o melhor fluxo e sobrevivência ou sucesso do sistema.





Javier Arevalo - partner da Goldratt Consulting da América Latina


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Protestar em cartório agora não tem custo para quem cobra dívidas


Com a nova lei, todos os valores para a realização do protesto extrajudicial serão pagos pelo devedor


A partir de agora, quem optar pelo protesto extrajudicial em Minas Gerais não precisará desembolsar qualquer quantia para cobrar, via cartório, uma dívida não paga. A mudança trazida pela lei Nº 23.204, em vigor desde o dia 28 de janeiro, transfere os custos relativos ao protesto para o devedor, que deverá quitá-los no ato do pagamento do débito.

“Essa legislação é benéfica para o cidadão, pois abre uma nova possibilidade de cobrança legal e sem custos, para quem precisa receber uma dívida não paga”, explica Evérsio Donizete Oliveira, tabelião e presidente do Instituto de Protesto-MG. Segundo ele, a nova norma vai facilitar o processo, principalmente, para quem já estava com o orçamento comprometido devido a falta de um pagamento que era esperado e também para quem depende desses valores para conduzir seus negócios.

Evérsio acrescenta que a nova prática trazida pela lei já era válida para protestos de órgãos públicos no estado de Minas Gerais. Com a nova lei, o recurso fica à disposição, também, dos credores privados. “A novidade pode desafogar o judiciário dando vazão a um processo de desjudicialização, a medida em que mais pessoas poderão recorrer ao protesto extrajudicial para cobrar dívidas, e sem precisar fazer qualquer investimento financeiro, evitando o processo judiciário. Contribuindo para aliviar o número de demandas e processos que circulam nesse âmbito”, ressalta.


Para protestar

O Instituto de Protesto-MG, disponibiliza a Central de Remessa de Arquivos Eletrônicos (CRA), um sistema que facilita não apenas o envio e acompanhamento de títulos protestados, mas também ajuda o devedor a regularizar sua situação. A ferramenta tem todas as orientações necessárias para a quitação de débitos. O acesso pode ser feito por meio do www.protestomg.com.br. Quem preferir, também pode protestar pessoalmente nos cartórios, é necessário apenas ter um título ou documento que comprove a dívida. 

Entre os documentos que podem ser protestados em cartórios estão: cheques, contratos, aluguéis e encargos condominiais, notas promissórias, duplicatas, confissões de dívida, sentenças judiciais condenatórias ou declaratórias, células de crédito bancário, certidões de dívida ativa e outros. 

Consultas de CPF/CNPJ e pedidos de certidão também podem ser feitos pelo protestomg.com.br. Os cartórios de protesto contam com um banco de dados, que pode ser consultado, gratuitamente, por qualquer pessoa, sem necessidade de cadastro prévio. O site reúne informações sobre protestos no Brasil inteiro.


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