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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Do que o Brasil precisa: reforma política ou reforma dos políticos?



A cada dia estamos mais próximos das eleições de 2018, e os brasileiros diariamente encaram uma realidade de dúvida e apreensão em suas televisões, jornais e qualquer meio de informação sobre a situação política do país. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, pela Edelman Trust Barometer, é apresentado que 62% dos brasileiros perderam a confiança no sistema, sendo a corrupção o maior medo de 70% dos pesquisados. A descrença da população nas promessas constantes de melhorias e de reformas demonstra o grande desgaste em tudo que envolve o meio político. 

Infelizmente a política passou a ser considerada uma escola para ficar rico da noite para o dia. Cada vez mais se vê pessoas que estão ali com o objetivo de dar uma guinada em sua própria vida. Em uma rápida pesquisa feita no site do Tribunal Superior Eleitoral é possível constatar o grande crescimento de eleitores que se afiliaram a algum partido para assim dar os primeiros passos na vida pública. Em 2017, já somam mais de 2.400.000 eleitores filiados na faixa etária entre 16 e 34 anos. Uma situação péssima para a população e para a imagem do governo. Essa visão de enriquecimento usando um cargo público é alimentada quando o sistema governamental é corrupto.

Neste cenário se enobrece a esperteza, fazendo com que a juventude brasileira seja incentivada a pensar que a possibilidade de roubar vale a pena. E o que agrava ainda mais é fazer com que a sociedade acredite que ser honesto não traz nenhum benefício e acabará por levar o indivíduo a pobreza.

Esse é o retrato que o homem público passa para a sociedade.

Com essa imagem tão desgastada e sem credibilidade que os políticos no Brasil atualmente possuem, apresentar propostas de reforma política parece não ser suficiente para sanar todos os problemas escancarados para a população durante todos esses anos. Um texto bíblico representa bem a situação do país, no livro de Ezequiel é apresentado ao profeta um vale de ossos ressecados, e Deus o questiona: Por ventura viverão esses ossos? - o trecho induz a reflexão sobre a ausência de esperança.

Hoje, pela quantidade de escândalos que foram produzidos e acumulados em vários e vários anos, falar sobre reforma não resolve a questão, precisamos falar sobre uma ressureição política. E o que temos hoje são os ossos ressecados da profecia de Ezequiel na política brasileira.

Então o que seria a ressureição política?

A velha política está ressecada, mas continua esperta. Quando o tema reforma é debatido, parece que isso é feito apenas para garantir mais um mandato e fortalecer a si mesmo, e com isso são construídas trincheiras para defender seus partidos. Estão legislando em causa própria, e tudo que é proposto pelos políticos leva à ideia da literatura, que o papel aceita tudo. Mas a verdade é que a culpa da situação do governo e da sociedade brasileira não é do papel e nem da caneta, mas sim, de quem escreve. O Brasil não precisa de uma reforma política, precisa de uma reforma do ser político, e isso é ressureição. Ele deve entender que está lá para servir o povo, e não para enriquecer.

Para isso, deve-se restabelecer critérios do perfil do político, do parlamentar, do ministro, dos gestores e do próprio presidente. Para que a ressureição política seja feita com sucesso, é preciso ver se é possível reviver com os políticos que estão ativos, ou preparar uma nova geração, e como fazer esse período de transição.

Os ossos ressecados da política devem começar a ganhar vida com a reforma do ser político, mas devem ir além, e também servir como motivadores da reforma do ser eleitor. A ressureição vai realmente acontecer quando todos reverem os próprios conceitos, pensar em quem votar e o motivo que o levou a isso, reconhecendo a importância de exercer o seu direito como cidadão. Assim será possível reconstruir a imagem dos homens público e do governo no Brasil.







Prof.Dr.Rabino Samy Pinto - especializado em educação



O descaso e falta de reconhecimento da dignidade do policial pelo Estado brasileiro



É grave a situação para os policias que trabalham no Brasil. O descaso e a falta de reconhecimento da dignidade humana pelo Estado com os profissionais que se arriscam diariamente nas ruas é triste e crescente. Os números são assustadores em grandes regiões. No Rio de Janeiro, por exemplo, recente levantamento afirmou que um policial morre a cada 57 horas. Neste ano, mais de 100 policiais foram assassinados nas ruas da capital fluminense. Famílias choram e as autoridades assistem caladas.

Entra ano, acaba ano nada muda. Governantes federais, municipais e estaduais são trocados e nada acontece. As notícias dos telejornais e veículos impressos demonstram a brutalidade contra os policiais. E já são décadas de ausência de medidas efetivas em favor dos policiais no país. Assim como outras categorias profissionais, como professores, motoristas do transporte públicos e servidores, os policiais são essenciais para o funcionamento da máquina.


Sem uma polícia unida, forte e estruturada, a tendência é que a vulnerabilidade da segurança do cidadão brasileiro fica cada vez mais acentuada. Nos dias de hoje, o policial vai trabalhar, assumir seu posto, realizar sua ronda, sem um suporte necessário para atuar de forma tranquila em prol da sociedade.


A recente greve da Polícia do Rio Grande do Norte é um exemplo claro da situação em que estão expostos os policiais. Salários atrasados, famílias passando fome e contas acumuladas. Um cenário caótico. E o Estado, ao invés de assimilar a mensagem e procurar corrigir suas falhas, expõe os profissionais em rede nacional. Sim, existe uma lei que impede a greve de policias militares. Entretanto, a medida extrema foi tomada porque não é uma questão de legalidade e sim de humanidade. Vale ressaltar que ao militar é proibido a sindicalização e a greve, desde que lhes sejam garantidos outros direitos essenciais. O Estado não pode escravizar nenhum ser humano sob o pretexto de que esse mesmo homem renunciou seus direitos ao aceitar as regras impostas. Direitos humanos são irrenunciáveis!

Os policiais não são valorizados. E não é apenas na questão financeira. Falta uma política que abrace a categoria em questões sociais e profissionais. Os salários estão defasados, os benefícios são escassos e a estrutura – viaturas, armas, entre outros – é decadente.

Não existe um apoio psicológico necessário para enfrentar as duras batalhas contra criminosos e situações extremas as quais fazem parte da profissão. Sem dúvidas, o policial é movido pelo amor pela sua farda e pela sua profissão, mas só o amor não garante a sua sobrevivência.

Hoje, o policial que sai às ruas para desempenhar sua função deve ter orgulho de lutar contra a criminalidade e também contra a falta de amparo do Estado. Só a união de forças dos policias militares, policiais civis, policiais federais , guardas municipais, ou seja, dos agentes de segurança pública pode sensibilizar as autoridades competente para mudar esse triste e calamitoso quadro. Temos que defender aqueles que defendem.






 
Francisco Alexandre Filho - é o sargento Alexandre do 18 BPMM de São Paulo, diretor de Direitos Humanos da Associação  de Defesa dos Agentes de Segurança Pública (ADEASP) e consultor do escritório Yamazaki , Calazans e Vieira Dias Advogados



Por que os pequenos negócios quebram?



Você sabia que, segundo o Sebrae, 98,5% das empresas no Brasil são micro e pequenos negócios? E segundo o IBGE, de cada 10 negócios abertos no Brasil, 6 fecham antes de completar 5 anos? Pasmem, nos Estados Unidos, esse dado é ainda mais negativo, pois lá, 80% das empresas fecham antes de cinco anos de atividade.

Dados preocupantes e que muito têm a ver com as três personalidades que existem dentro de cada dono de um pequeno negócio. Um estudo da E-Myth Worldwide, publicado no livro O Mito Empreendedor, de Michael Gerber, chegou à conclusão que, uma das principais razões para que a maioria das empresas fecharem as portas, é a briga entre as personalidades existentes dentro do próprio dono do negócio.

Segundo Gerber, há três tipos de personalidades dentro de cada empresário que abre um negócio e que o atrito entre elas é o principal culpado para a falta de prosperidade. São elas:


1) Técnico: é aquele que sabe colocar a mão na massa, gosta de fazer, representa 70% do perfil do empreendedor novato. Caracteriza-se por viver o presente, desconfia de ideias ambiciosas, é focado na realização e, por isso, acha que ninguém realiza uma tarefa tão bem como ele. Desta forma, defende a bandeira: “Se quer bem feito, faça você mesmo”. Um erro muito comum do técnico é pensar, quando empregado, que vai abrir um negócio e continuar fazendo a mesma coisa, ganhando mais e com maior liberdade por não ter patrão.


2) Administrador: é o perfil pragmático, que adora planejar. Vive o passado, afinal, aprende com os erros para se organizar melhor a cada dia. É daquele tipo que primeiro precisa conhecer a casa para só depois pensar em morar nela. Geralmente representa 20% do perfil de empreendedores. Sua bandeira é: “Se ele não planejar as coisas, nada de bom vai acontecer”.


3) Empreendedor: é o perfil sonhador, aquele visionário catalisador da mudança e representa 10% do perfil empresarial. Caracteriza-se pela criatividade e sempre chega com ideias para inovar o negócio, quer transformar continuamente sonho em realidade. Vive no futuro, do tipo que termina de construir a casa e já pensa na próxima. Sua bandeira é: “Se não for ele, ninguém cria nada”.

Agora imagine o encontro dessas três pessoas na empresa: o perfil empreendedor já chega falando que tem uma brilhante ideia. O administrador então retruca: Ah, não, nem terminei de planejar a primeira ideia e você já aparece com outra, pode esperar para nos organizarmos direito. E enquanto os dois estão discutindo o técnico aproveita para sair de fininho e já começa a colocar a mão na massa.

E essa guerra mental e cotidiana na cabeça do empresário costuma ser fatal para o desenvolvimento do negócio. E sabe o que é o mais agravante? Quando ele percebe que não está dando conta e decide contratar alguém para ajudar, é comum escolher uma pessoa com o mesmo perfil do seu, afinal, uma personalidade semelhante à sua irá agradá-lo e o problema tende a persistir.

Então a dica para evitar este ciclo negativo é ter a consciência de que o pequeno empresário que deseja crescer vai precisar dos 3 perfis. Mas cabe a ele reconhecer o seu perfil mais saliente e valorizar e dar espaço para as outras 2 personalidades atuarem dentro de cada decisão, ou encontrar pessoas com perfis complementares, podendo ser um funcionário ou até um sócio.

É importante lembrar que grande é aquele que reconhece a grandeza do outro, ou seja, identificar, relevar e valorizar o perfil do outro e, a partir daí, trabalhar em harmonia para o bem do próprio negócio.

Além disso, é preciso saber treinar adequadamente as pessoas ao seu redor para poder delegar, pois, se a empresa depende de você para tudo, na verdade você estará atuando mais como empregado do que empresário. 







Erik Penna - palestrante de vendas e motivação, especialista em vendas com qualificação internacional, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender”, “Motivação Nota 10”, “21 soluções para potencializar seu negócio”, “Atendimento Mágico - Como Encantar e Surpreender Clientes” e “O Dom de Motivar na Arte de Educar”. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br



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