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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Habilidades do futuro: Pensamento analítico e inovação ocupam o ranking das 5 principais habilidades no Fórum Econômico Mundial

Especialista comenta sobre uma das tendências e traz 5 dicas para se desenvolver as habilidades de pensamento crítico, análise e inovação


Como já sabemos, a pandemia acelerou as transformações que já estavam acontecendo pouco a pouco no mercado de trabalho, e diante disso o relatório do Futuro do Trabalho, pelo Fórum Econômico Mundial, apontou algumas habilidades que os profissionais precisam desenvolver para acompanhar as mudanças e as novas demandas. Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira expõe as tendências e 5 dicas para auxiliar os profissionais nesta nova fase, focando no desenvolvimento das habilidades de pensamento crítico, análise e inovação.

Segundo o último Relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial (WEF), foram apontadas 15 habilidades essenciais para o futuro do trabalho, e estão no topo da lista o pensamento analítico e a inovação. Ainda destaca que o potencial de crescimento da adoção de novas tecnologias é dificultado pela escassez de habilidades e pela incapacidade para atrair o talento certo.

O relatório também mostra que a procura por qualificação de profissionais desempregados está mais direcionada às habilidades digitais como: análise de dados, ciência da computação e tecnologia da informação. Enquanto os profissionais empregados focam mais em habilidades comportamentais.

A palavra chave desse momento é a tão discutida requalificação, pois é a partir desse passo onde se consegue projetar um futuro com mais sentido, levando em consideração que nos próximos cinco anos as competências exigidas pelo mercado de trabalho mudarão, e já em 2025 de acordo com o Fórum Econômico Mundial, o tempo gasto em tarefas atuais no trabalho por humanos e máquinas será igual.

De acordo com a especialista, o relatório ainda aponta como tendência o aprendizado híbrido que mistura a oferta de treinamento por parte das empresas com outros conhecimentos por parte dos profissionais.

“O desafio das empresas em requalificar e dos profissionais em se qualificar ainda estará bastante presente em 2021. E vale mencionar que durante o ano de 2020, emergiram as habilidades de autogestão, como aprendizagem, resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade, e isto reforça descobertas anteriores sobre a importância do bem-estar para gerenciar e trabalhar remotamente.”, comenta Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.


E como se diferenciar?

Quando se fala em habilidades, se refere à capacidade de fazer o uso produtivo do conhecimento que se possui. E as habilidades do futuro são os diversos conhecimentos e formas de lidar com inúmeros desafios implementados na vida profissional, e até pessoal. Como por exemplo, o cenário da pandemia de COVID-19 gerou muitos desafios, e demandou de todos uma dose elevada de análise e inovação, portanto, de forma muito intensa a habilidade de pensamento analítico e inovação foi demandada.

Segundo a especialista, para ser capaz de absorver qualquer tipo de aprendizado, o cuidado com a saúde física e mental conta muito, pois é a partir de um corpo e uma mente saudável que se consegue manifestar o melhor de cada um.

“Muitos não entendem a importância de se cuidar da saúde, ainda mais falando sobre a vida profissional, mas é a partir de uma vida saudável que o profissional consegue equilibrar produtividade e ter bem-estar. Então, é primordial cuidar da saúde física para se relacionar melhor com as emoções, para que os julgamentos cessem, pois somente assim conseguiremos aprender com nossas experiências.”, finaliza, Toyama. 

São ao todo 15 novas habilidades que precisaremos desenvolver até 2025 para acompanhar o ritmo da mudança e responder aos novos desafios. E para auxiliar os profissionais neste importante passo, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama trouxe 5 dicas para desenvolver a habilidade de pensamento crítico, análise e inovação:

1- Cuide do corpo para não comprometer sua capacidade de sentir o momento presente. Uma vida equilibrada e saudável, tendo em vista a presença da tecnologia na rotina de trabalho deve ser uma meta. Ergonomia, pausas programadas, ingestão de água, sono de qualidade, adoção de uma dieta balanceada são aliados neste processo;

2- Fique atento à forma como suas emoções interferem em sua análise. Para isso, planeje uma rotina e siga o planejamento. Não respeitar seu espaço pessoal leva a um estresse que prejudica o desempenho profissional;

3- Entenda que sua mente não é você, e sim um instrumento poderoso e você deve aprender usá-lo a seu favor: meditação, relaxamento, yoga, mindfulness, costuma ajudar;

4- Cuidado com o efeito manada e com as fakenews. Ao receber uma informação observe a intenção da fonte e procure fatos que contraponham essa versão. Isso também vale tanto para o trabalho, quanto para vida pessoal. Comentários paralelos, grupos de WhatsApp, redes sociais desconcentram e tiram o foco;

5- Vá além de reproduzir informações. Desenvolva a capacidade de inovar e colaborar com seus pensamentos. Pesquise novos conteúdos, relacione temas já tratados e transforme ideias em ações.

 


Rebeca Toyama - fundadora da ACI que integra competências e inteligências e transforma propósitos em carreiras e negócios. Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave, do Instituto Filantropia, e da Academia GFAI.


Coface prevê que economia global vai crescer 4,3%, mas de maneira desigual; Brasil tem risco elevado em 10 setores

Barômetro de Risco País e Setorial da Coface estima que comércio global terá volume 6,7% maior; América Latina está mais preparada do que na crise financeira

 

Depois do baque causado pelo Covid-19 em 2020, a economia global deve se recuperar este ano, mas de maneira desigual entre países, setores de atividade e níveis de renda. A conclusão é do Barômetro de Risco País e Setorial da Coface, líder global em seguro de crédito e serviços relacionados, apresentado globalmente nesta terça-feira (dia 9). A previsão da Coface é que o crescimento mundial seja de 4,3% em média em 2021, enquanto o comércio mundial deverá aumentar 6,7% em volume.

Segundo o estudo, os países emergentes (entre os quais o Brasil) continuarão a sofrer os impactos da crise sanitária, tanto de maneira direta (com lockdowns e outras restrições) quanto indireta (consequência dos problemas nas economias maduras, em particular no comércio, nos preços das commodities e no turismo).

Apesar dessas dificuldades, os países latino-americanos poderão, em sua maioria, implementar políticas econômicas contracíclicas, particularmente políticas monetárias, de acordo com o relatório da Coface.

Segundo o texto, a situação atual é mais confortável no continente do que na crise financeira de 2008, quando a inflação alta limitou a ação dos Bancos Centrais. Desta vez, embora a inflação ainda seja elevada em países como a Argentina, a maioria dos Bancos Centrais da AL reduziu as taxas básicas de juros em 150 pontos-base em média. Além disso, os BCs de mais de 15 países da região lançaram programas de compra de títulos públicos ou de empresas privadas.

Em relação ao risco dos setores da economia, a Coface analisou a situação em 4 países da América Latina (Brasil, Argentina, Chile e México) em 13 segmentos. No caso brasileiro, o risco foi considerado médio apenas no Agronegócio e no Farmacêutico, e muito elevado em Têxtil e Roupas. Nos demais o risco foi classificado como alto: Automotivo, Químicos, Construção, Energia, Metais, Papel, Varejo, Transporte e Madeira.

 

Qual a receita dos negócios de garagem?

Atender o cliente, cuidar do estoque, marketing nas redes sociais e ainda gerenciar pagamentos faz parte da rotina de qualquer negócio, mas não é uma tarefa fácil. Porém, mesmo diante de tantos desafios e ainda, com a pandemia da COVID-19, segundo o Sebrae, 2020 bateu recorde de empreendedores e ultrapassou 11 milhões registrados. Foram 2,6 milhões de novos registros como Microempreendedor Individual só em 2020.

O Brasileiro gosta de desafios e sabe lidar com as dificuldades. Muitos negócios de sucesso começaram pequenos e viraram grandes cases de êxito. E destacamos alguns para inspirar os empreendedores no Brasil. Quem nunca ouviu falar de empresas garagem, que começaram do zero e deram certo? Os estudantes universitários Larry Page e Sergey Brin começaram o Google em 1998 em uma garagem emprestada e hoje são os responsáveis pelo maior site de tráfegos da história da internet. Outro bom exemplo é a Harley Davidson. Em 1901, Willian S. Harley pretendia criar um mecanismo para mover a sua bicicleta e dentro de um barraco feito de madeira, fundaram a empresa construindo uma bicicleta movida por um motor.

Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft dentro de uma garagem e licenciaram o seu primeiro sistema operacional para a IBM por $80 mil. São histórias inspiradoras que é sempre bom relembrar para impulsionar sonhos.

De qualquer forma entre sonhar e realizar existem algumas etapas que precisam ser consideradas para o sucesso do negócio.


E quais são as cinco dicas de uma jornada para criar uma empresa de sucesso?

  • Criar produtos ou serviços diferenciados;
  • Criar um plano de negócios – Imprescindível para mapear o mercado e traçar o melhor caminho;
  • Buscar conhecimento e capacitação;
  • Encontrar parceiros de jornada;
  • Organizar as finanças;

Citamos apenas 5 dicas, mas o caminho é longo e precisa ser bem planejado. Vale ressaltar que pensar no cliente é o ponto principal para o sucesso de qualquer negócio, afinal ao ter seus problemas solucionados e necessidades atendidas, o cliente contribui fortemente para a venda, recomendando e divulgando o produto ou serviço.

Facilitar o acesso à compra e ampliar as formas de pagamento, são essenciais para o sucesso do negócio. Assim como uma oferta de produtos diferenciada, um site bem estruturado e boa comunicação para se aproximar do público possibilitam maior aproximação com a marca e conceito do negócio.

Uma pesquisa realizada pela EbitNielsen no quarto trimestre de 2020 com consumidores que compraram online indicou que 95% dos respondentes pretendem continuar comprando online, motivo muito relevante para os empreendedores olharem com mais atenção para o ecommerce, investir mais, e criar condições e oportunidades que impulsionem as vendas. O empreendedor na internet precisa investir em marketing digital para promover o seu negócio, impossível fugir, afinal quem não é visto não é lembrado, certo?

O caminho é longo, mas pode ser prospero, principalmente se você acreditar e for apaixonado pelo seu negócio. É tudo questão de planejamento! Boa sorte e caso você esteja no caminho do empreendedorismo, mas ainda não começou, que tal começar agora a desenhar a sua nova jornada de empreendedor no Brasil?



Claudio Dias - formado em Matemática na FMU e Gestão Empresarial na FGV, acumula mais de 30 anos de experiência na área de tecnologia e inovação. Foi fundador da Gopay e é Cofundador e CEO, empresa que pertence a holding pagolivre, especializada em meios de pagamento e recorrência.

Poupatempo funciona normalmente na semana de Carnaval

Atendimento presencial somente com agendamento prévio; fechamento das unidades fica mantido nos municípios que estão na fase vermelha do Plano São Paulo 

 

O Governo de São Paulo suspendeu o feriado de Carnaval neste ano, com o objetivo de evitar aglomerações e diminuir o risco de contágio da Covid-19. Por isso, os postos do Poupatempo abrirão no horário habitual na próxima semana, entre os dias 15 e 20 de fevereiro, inclusive em cidades que decretaram ponto facultativo de Carnaval.   

A exceção será para as regiões que estiverem na Fase Vermelha do Plano São Paulo – postos localizados em Araraquara, Avaré, Bauru, Botucatu, Franca, Jaú, Lençóis Paulista, Lins e São Carlos - onde o Poupatempo permanecerá fechado. E em Birigui, cidade em que na terça-feira (16) é comemorado feriado municipal de Carnaval, a unidade não funciona. Na segunda e na quarta-feira, dias 15 e 17, o atendimento será no horário normal.     

Importante destacar que o atendimento presencial nas unidades do Poupatempo é realizado exclusivamente mediante agendamento, que pode ser feito pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br ou no aplicativo Poupatempo Digital. Além disso, para evitar aglomerações, os postos operam com capacidade reduzida, somente para serviços que necessitam da presença do cidadão para serem concluídos, como a primeira via do RG, transferência interestadual e mudança nas características de veículos.  

Pelos canais digitais, o Poupatempo oferece mais de 120 serviços online, que podem ser realizados sem sair de casa, 24 horas por dia, sete dias por semana. Entre os serviços digitais mais solicitados estão renovação de CNH, pesquisa de pontuação, consulta de IPVA, Licenciamento de veículos, Atestado de Antecedentes Criminais, Carteira de Trabalho Digital, Seguro Desemprego, entre outros, tudo de forma prática e rápida, com a mesma qualidade e eficiência que são marcas do Poupatempo.   

Para acessar as unidades do programa, além do agendamento, é obrigatório o uso de máscara, medição de temperatura, higienização das mãos com álcool em gel, e dos calçados, em tapete sanitizante, todos disponibilizados na entrada de cada unidade. Para reforçar o distanciamento, peças de acrílico separam as mesas de atendimento, entre colaboradores e usuários, e há sinalização nos bancos e no chão, para marcação de espaço entre os cidadãos.  

Para conferir os endereços e horários de funcionamento de cada posto, acesse o portal www.poupatempo.sp.gov.br ou baixe o aplicativo Poupatempo Digital. 


Alta no preço do Bitcoin: bolha ou tendência?

Dois acontecimentos distintos no último mês de 2020 com duas das três principais criptomoedas resumem bem o comportamento desse mercado no mundo. Enquanto o Bitcoin disparava para recordes acima de US$ 28 mil (rompeu a resistência de US$ 40 mil somente em 07 de janeiro de 2021), chamando atenção, inclusive, do noticiário mainstream, a SEC (Security Exchange Commission, reguladora do sistema financeiro norte americano) entrou com uma ação contra a empresa Ripple por não registrar o XRP (sua criptomoeda) como título mobiliário, desencadeando uma onda de cancelamento de sua listagem em exchanges de todo mundo e derrubando seu valor de forma relevante.  

No criptomercado, as tendências mudam em alta velocidade quando comparado à estrutura centralizada e altamente regulada do mercado financeiro tradicional. Isso o torna mais passível a alterações de rumo, até então, imprevisíveis.  

Quando se trata de teste contra imprevisibilidades, 2020 se mostrou um excelente campo de prova para ativos como ouro e Bitcoin (BTC), cujos retornos anuais (em reais), mesmo após a queda expressiva de março, fecharam o ano com ganhos de 56% e 390%, respectivamente.  

A corrida dos investidores para ativos metálicos (como o ouro) em busca de reserva de valor em momentos de maior incerteza econômica é, historicamente, comprovada. Já o desvio para criptomoedas é algo novo.  

O sincronismo entre quatro fatores (três macroeconômicos e outro estrutural), possivelmente, ajudaram o BTC a se destacar entre ativos mais conhecidos pelo investidor nesse período. 

Entre os fatores macroeconômicos, tanto a elevada (e contínua) injeção de liquidez pelos bancos centrais no mercado mundial quanto a manutenção das taxas de juros próxima às mínimas históricas forçaram os investidores a buscar em ativos com baixa correlação ao dólar a proteção contra desvalorização de moedas fortes e possível alta da inflação em seus mercados. 

Outro fator macro se refere ao ouro vir galgando expressivas altas desde 2019, impulsionado pelas incertezas provocadas pela guerra comercial EUA/China, o que elevou seu market cap (valor do ouro disponível no mercado multiplicado pelo seu preço atual) para a casa dos US$ 10 trilhões.  

Porém, enquanto o ouro subia de preço e as principais economias recebiam um volume extraordinário de dinheiro novo (algo em torno de US$ 14 trilhões somente em 2020), o fator estrutural citado se apresenta na figura do halving (evento gerando ajuste a cada 4 anos, garantindo a característica deflacionária do BTC), e promove a redução pela metade do incentivo econômico para geração de novos Bitcoins.  

De maneira simplificada, isso significa que, se antes a cada “prova de trabalho” um minerador recebia 12,5 Bitcoins e hoje recebe a metade, mantendo a mesma eficiência e preço estável, seu custo de produção deveria dobrar para garantir o mesmo prêmio.   

Como isso é pouco provável, invariavelmente, tal custo excedente acaba refletido na variação do valor do Bitcoin.

 Portanto, já era esperada uma alta como consequência do halving no período. Mas nada perto do que se viu.

 

Fluxo de eventos ao longo da evolução do preço do BTC em 2020

Fonte: KAIKO Research, dezembro de 2020


Ao realizar que a curva de preços do Bitcoin perdia a correlação com a variação do dólar e bolsa, ao mesmo tempo em que seu market cap não chegava a 2% do ouro, grandes investidores institucionais (como MicroStrategy, Stone Ridge e Guggenheim Fund) iniciaram alocação de parte do excesso de liquidez do mercado em BTC, enquanto outros investidores relevantes aumentaram suas posições (caso da Grayscale, com mais de US$ 20 bilhões alocados em seu Bitcoin Trust). 

Fato é que o cenário de pandemia, sincronizado com a alta do ouro e o halving, geraram as condições de mercado perfeitas para testar a resiliência do Bitcoin como reserva de valor e proteção contra incertezas econômicas.  

Para analisar a probabilidade de revisão desse cenário no curto prazo, que realizaria a reversão da tendência de alta do preço do BTC ainda em 2021, destacamos três pontos: 

 

1.   Governos continuam com seus planos de auxílio emergencial contra o impacto da pandemia, cuja mais provável consequência será a injeção de outros novos trilhões de dólares no mercado;

 

2.   Apesar do início das campanhas de vacinação servirem como luz no horizonte, há vários fatores que podem atrasar a imunização coletiva em diversos países, entre eles uma possível segunda onda de variantes do primeiro vírus, o que já acomete alguns grandes centros. Isso impactaria a recuperação econômica e setores de empresas listadas em bolsa;

 

3.   Especialistas afirmam que para o market cap de BTC atingir 10% do ouro, o Bitcoin deverá estar mais próximo dos US$ 155 mil. Isso equivale ao upside de mais de 280% em relação à máxima histórica de US$ 40 mil, alcançada ainda em janeiro de 2021.

 

Portanto, tal análise indicaria que, possivelmente, não se trata de uma bolha e, provavelmente, parte relevante do cenário de 2020 ainda será mantido em 2021.

 

Correlação entre Índice Dólar (DXY) e BTC

Fonte: KAIKO Research, dezembro de 2020.


Pelas premissas apresentadas, resumidamente, entende-se que o valor do Bitcoin aumentou à medida que a oferta de moeda e as expectativas de inflação aumentaram, diante de um cenário de juros baixos, amplificado pelo repasse da alta do custo de mineração após o halving. Ao mesmo tempo, o dólar se desvalorizou para o valor mínimo em vários anos, resultando em uma correlação inversa entre este e o BTC (principalmente a partir de junho de 2020).  

Diante das maiores incertezas provocadas pela pandemia, e em busca de um lugar seguro para reserva de valor (hedge), investidores institucionais com grande apetite encontraram o Bitcoin mais descontado do que o ouro e optaram por testá-lo.  


Preço do Bitcoin em dólar entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021

Fonte: TradingView, janeiro de 2021.


Em um último exercício simplificado, utilizando o gráfico acima (preço do Bitcoin em dólar dos últimos dois meses), se um grande investidor entrou em 16 de dezembro de 2020 comprando BTC a US$ 21 mil e vendeu em 15 de janeiro de 2021 próximo a US$ 35 mil (aproximadamente, 67% de retorno em 30 dias), será que este repetiria a estratégia diante da manutenção das principais variáveis? 

É possível. Ao menos enquanto o Bitcoin mantiver seu patamar de desconto em relação ao ouro e sua correlação negativa com os demais ativos. 



Filipe Pires - pesquisador e chefe de análise econômica no Alter, o primeiro cryptobank do Brasil

 

Profissionais buscam destaque no mercado de trabalho através da produção de livros

Especialista explica que escrever um bom livro requer conhecimento, planejamento e disciplina


O Brasil vive uma das maiores crises econômicas das últimas décadas. No trimestre passado, o desemprego atingiu 14,6% dos brasileiros e, segundo a Fundação Getúlio Vargas, essa taxa pode atingir 16% neste ano. Dentro desse cenário, profissionais de diferentes ramos buscam maneiras para se destacar no mercado de trabalho.

Há diversas estratégias para se conseguir uma recolocação, entre elas estão: networking, recorrer a empresas de recolocação profissional e a produção de conteúdo. Essa última, permite que o profissional demonstre o seu conhecimento e experiência escrevendo sobre um assunto que domina. Pode ser um blog, um site, uma página nas redes sociais, ou o formato mais ambicioso e eficaz: o livro.

Para Eduardo Villela, profissional com mais de 16 anos no mercado editorial e especialista em assessorar pessoas e famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros, a produção de livros por profissionais com experiência em gestão de negócios (ex.: gerentes e executivos) e profissionais liberais e autônomos, como médicos, psicólogos, contadores, arquitetos, engenheiros e advogados, cresceu consideravelmente nos últimos anos. "Esses profissionais que, tradicionalmente, não tinham o hábito de escrever livros, perceberam que era uma excelente oportunidade para se destacarem entre os colegas, ganharem relevância, clientes e deixarem legado. O interesse desses perfis em terem os próprios livros continuará crescendo nos próximos anos", conclui o especialista.

Essa tendência do mercado editorial foi facilitada pelos e-books que permitiram uma maior facilidade na divulgação de uma obra sem a necessidade de editoras e gráficas. Porém, Villela alerta para o que ele considera uma banalização do e-book. "O conteúdo de um e-book deve ter a mesma qualidade e cuidado dedicados à construção de um livro impresso.Muitos profissionais, no ímpeto de publicar uma obra para ganhar notoriedade e autoridade sobre um tema, produzem conteúdos superficiais e que agregam pouco aos leitores",afirma Villela.

Antes de se debruçar na escrita de um livro é preciso que o autor principiante conheça muito bem o tema que falará a respeito, conheça também as características do público-alvo e estruture um bom roteiro de capítulos. Construir um livro bem-feito exige planejamento, organização, disciplina e orientação especializada.


Eduardo Villela - Book Advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias/autobiografias, livros de família e ficção infantojuvenil e adulta. 

Empoderamento: a chave para se tornar uma mulher de TI

A área de Tecnologia da Informação (TI) é geralmente conhecida por ser predominantemente masculina e sem muito espaço para o trabalho das mulheres. Um dos fatores que contribuem para essa discrepância na dinâmica de nossa cultura é o fato de os cargos de poder de decisão – e as formações acadêmicas de exatas e tecnologia – serem historicamente dominadas por homens.

O empoderamento feminino é a melhor forma de driblar esse cenário, afinal ao contrário do que muitos pensam, empoderar não quer dizer distribuir privilégios ou se sobressair à alguma situação. É buscar ações que promovam a mudança, tendo como foco a igualdade entre pessoas e suas condições de vida.

Se você é uma mulher com experiência profissional, muito provavelmente tem uma história para contar, seja de alguma situação em que foi discriminada ou subjugada no trabalho. Ou ainda pode ter ouvido absurdos como: “áreas de exatas são para homens, e áreas de humanas são mais aderentes às mulheres”.

As consequências dessas disfunções sexistas, passadas hereditariamente, estão enraizadas em nossa cultura e se refletem no mercado de trabalho brasileiro. Segundo o PNAD, temos mais de 580 mil profissionais de TI no país – sendo apenas 20% mulheres.

No Brasil, as mulheres recebem salários inferiores a colegas homens que desempenham as mesmas funções. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Revelo, essa diferença é de cerca de 17,4% a menos comparada aos salários masculinos.

Muitas mulheres também precisam enfrentar o desafio de vencer a defasagem de aprendizado e a qualidade na educação pública. De acordo com dados da última pesquisa do INEP, de 2019, o Brasil conseguiu alfabetizar 93,5% de sua população com mais de 15 anos. Mas, na prática, ainda faltam 11 milhões de brasileiros a serem alfabetizados até 2024 – um contingente equivalente à toda a população do estado do Paraná.

Outro caso grave é o do analfabetismo funcional: segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), de 2018, praticamente 30% da população entre 15 e 64 anos tem problemas para interpretar e compreender textos.

Diante destes desafios, a mulher deve saber se empoderar para realizar seu sonho e, assim, conquistar sua posição no mercado. É preciso buscar suas próprias oportunidades de crescimento por meio de cursos de curta duração, mais conhecidos como nanodegree. Esses cursos são uma excelente forma de absorver os conhecimentos e habilidades exigidas pelo mercado de forma rápida e eficaz. Por serem disponibilizados online, também possibilitam que as mulheres possam conciliar suas responsabilidades pessoais e profissionais.

Além de investir na educação e focar no aprendizado técnico, é imprescindível que as profissionais desenvolvam as chamadas soft skills – habilidades emocionais e comportamentais que são cada vez mais valorizadas pelo mercado de trabalho.

Inteligência emocional, resiliência, comunicação, negociação e gerenciamento de crises são habilidades essenciais no dia a dia da carreira para lidar com as dificuldades e, principalmente, conquistar altos cargos nas empresas.

Segundo uma consultoria de marketing digital desenvolvida pela empresa TWIRI, 27,4% das empresas brasileiras não possuem nenhuma mulher exercendo qualquer cargo de chefia. Além disso, em 32,3% das companhias nacionais, a presença feminina não passa de 10% do total das posições de liderança.

Para mudar essa realidade, as redes de networking – especialmente as que são formadas exclusivamente por mulheres – são excelentes alternativas para conquistar contatos no mercado e fazer com que as mulheres fortaleçam os vínculos profissionais. Além de facilitar o ingresso na área, a troca de experiências é essencial para gerar uma rede de mulheres que se apoiam entre si.

Nesse contexto, é importante que a mulher ouça a sua intuição e descubra qual profissão quer seguir em determinada área. Desenvolvedora de software, analista de dados, analista de segurança da informação, suporte e desenvolvedora web são profissões em alta no mercado de TI. Mantenha-se atualizada sobre as tendências da área. Adote o lifelong Learning, use sua criatividade e mantenha-se em constante aprendizado.

Por fim, mas não menos importante, desenvolva inteligência emocional constantemente, empodere-se sobre os temas em destaque do mercado e lute pelo seu sonho. A realização profissional na área de tecnologia depende de esforço e, principalmente, perseverança.

 


Priscilla Mariano - diretora acadêmica na escola de tecnologia Skill Lab Brasil.

https://skilllabbrasil.com.br/


Preço do seguro para frete no agronegócio pode cair com uso de biometria facial

Tecnologia impede que fraudadores enganem contratantes com documentos falsos e desapareçam com as cargas

Tecnologia impede que fraudadores enganem contratantes com documentos falsos e desapareçam com as cargas



O transporte de grãos, sementes e toda a produção do agronegócio brasileiro tradicionalmente oferece um desafio para o segmento de seguros. Entre eles, um dos que mais se destaca é a  falsidade ideológica , que é quando um golpista se passa por motorista profissional para conquistar o frete e assim que tem a carga carregada em seu caminhão desaparece deixando um rastro de prejuízo.

A dificuldade de coibir este tipo de prática obriga as seguradoras a correrem riscos maiores e, consequentemente repassarem este fator para seus preços. Felizmente a tecnologia já oferece uma solução para este problema que é a biometria facial. Com ela, os especialistas afirmam que é possível diminuir as alíquotas praticadas neste tipo de operação.

Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), o Brasil teve 18.382 roubos de cargas em 2019, gerando perdas de R$1,4 bilhão. De acordo com o último levantamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública, esse tipo de crime acontece, em média, 55 vezes todos os dias no país. A região Sudeste é a mais afetada, com 84,26% do total. Entre os segmentos mais prejudicados está o agronegócio.

Uma das seguradoras que começaram a enfrentar a falsidade ideológica com o apoio tecnológico é a NVZ Seguros. A empresa fechou uma parceria com a CredDefense, uma das maiores plataformas de biometria facial do Brasil, e afirma ter conseguido reduzir em 100% a ocorrência deste tipo de delito nos fretes. “Com isso, a NVZ seguros está conseguindo reduzir ainda mais as taxas para os clientes e trabalhar de uma forma mais assertiva e justa”, diz o diretor da NZV, José Antunes Valgas.

Ele explica que hoje em dia é muito comum as empresas contratarem o transporte por aplicativos de bolsa frete ou agenciadores de cargas. Nestes casos, o motorista manda a documentação dele e do veículo via WhatsApp, por exemplo, e o nível de pesquisa que o mercado utiliza para averiguar esta documentação ainda é muito falho.

Com a tecnologia da CredDefense, a NVZ está controlando a identidade de 6.645 motoristas em 150 diferentes transportadoras, totalizando um volume de carga de quase US$ 1 bilhão até agora.

A solução da CredDefense opera pelo smartphone dos caminhoneiros, sem necessidade de instalação de nenhum aplicativo. O motorista recebe um SMS ou mensagem via Whatsapp e através de etapas customizadas pode fazer a captura de biometria e checagem de diversos documentos de forma que fique comprovado sem margem de dú
vidas que ele é quem diz ser.

 

CredDefense

www.creddefense.com.br

Números do mercado financeiro de janeiro e expectativas para fevereiro

Após dois meses com resultados positivos para o mercado financeiro, o ano de 2021 começou com um cenário mais desafiador para os gestores em geral. Entre as principais classes de fundos que foram monitorados, apenas os fundos de crédito local tiveram um retorno positivo em janeiro.

No Brasil, o real se desvalorizou contra as principais moedas, o Ibovespa teve queda forte de -3,32%, e os títulos públicos atrelados à inflação. Já o Tesouro IPCA ou NTN-Bs, também recuaram com o IMA-B caindo 0,85%


Fundos multimercados

O primeiro mês do ano foi considerado um período ruim para os fundos multimercados, na média com o IHFA (Índice de fundos multimercados da Anbima), com queda de 0,84% no mês. Já o CDI rendeu 0,15% no mesmo período.


Bolsas do exterior

No exterior, os mercados acionários tiveram movimentos distintos, as bolsas dos países desenvolvidos fecharam o mês com quedas. O S&P 500 caiu 1,11% e o MSCI Europe teve queda de 1,49% no mês.

Os países emergentes, apesar da queda no Brasil, tiveram fortes altas no geral, puxados principalmente pela China. O MSCI Emerging Markets subiu 2,97% em janeiro e MSCI China valorizou 7,36%.

O mercado de renda fixa internacional ficou em um ambiente de juros extremamente deprimidos. Os investidores continuaram a buscar ativos com taxas mais altas, o que levou à valorização dos títulos da categoria high yield com +0,31%, e à queda dos papéis high grade em -1,27% nos Estados Unidos.

Abaixo, destaco o desenvolvimento dos principais indicadores de janeiro:  

  • CDI: +0,15%
  • Dólar: +5,18%
  • S&P: -1,11%
  • IBOVESPA: -3,32%
  • IMA-B 5: +0,11%


Como será o mês de fevereiro?

O início do mês começou com uma tentativa de recuperação no mercado nacional, com fluxo estrangeiro ajudando as ações a se valorizarem. No entanto, muitas dúvidas com relação às reformas tributária e administrativa, além da continuação do auxílio emergencial ou não, levam os investidores a adotarem um tom maior de cautela freando uma alta mais robusta.

Ainda assim, podemos levar em tese a marca de 135 mil pontos no Ibovespa para o final de 2021, e comparar a maioria das ações da Bolsa e o real estão excessivamente descontados em relação aos outros pares.


IMACTOS E RUMOS DO CARNAVAL PÓS 2021

Carnavalescos, estudiosos e gestores culturais, todos eles foliões de primeira hora, discutem os rumos da festa no ciclo Que Carnaval é esse?


O Carnaval movimenta a economia, multiplica a alegria, conta a nossa história, reafirma origens e renova energias. É imprescindível, portanto. Como levar tudo isso adiante em tempo de pandemia? Atrás de respostas, e de boas conversas sobre o universo da folia, o historiador Luiz Antonio Simas recebe especialistas no ciclo de conversas “Que Carnaval é esse?” Os encontros, que acontecem com transmissão pelo YouTube (no canal Que carnaval é esse?), dias 26, 27 e 28 de fevereiro, vão oferecer a primeira oportunidade de debate aprofundado sobre os rumos da festa após a experiência do Carnaval de 2021 - aquele em que a Covid-19 atravessou a avenida.

Simas, um estudioso da cultura popular, autor de livros como “Samba de Enredo” (com Alberto Mussa e “Dicionário da história social do samba” (em parceria com o bamba Nei Lopes), promete atuar como provocador, mais do que mediador. Ele sabe que os convidados têm muito a dizer sobre o tema – sua tarefa será “levantar a bola” para nomes como os carnavalescos Sidnei França, campeão paulista em 2020 à frente da escola de samba Águia de Ouro, e Leandro Vieira, bicampeão do Carnaval Carioca no comando da Estação Primeira de Mangueira. Na ponte aérea de Momo entre Rio e São Paulo, também participam do ciclo “Que Carnaval é esse?” profundas conhecedoras da festa na rua, a exemplo da jornalista Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, principal liga de blocos do Rio de Janeiro, e Cléo Dias, figurinista, integrante do bloco afro feminino Ilú Obá de Min, de São Paulo.

Tem mais samba: no último dia de conversa, os secretários municipais de Cultura do Rio de Janeiro, Marcus Faustini, e de São Paulo, Alê Youssef, debatem os rumos da festa – o de 2022 promete ser o maior Carnaval de todos os tempos, mas, para tanto, precisa começar a ser feito agora. Entram na pauta ideias para o fortalecimento das relações culturais entre Rio e São Paulo e uma futura retomada amparada pela enorme potência do Carnaval.

 Outros aspectos são abordados por estudiosos apaixonados como os jornalistas Lucas Prata Fortes e Luise Campos, além do antropólogo Vinicius Natal, autor do enredo do desfile da Acadêmicos do Grande Rio em 2020. Completa nosso cortejo mais um bamba, o músico paulistano Douglas Germano, que aos 13 anos já tocava repinique na bateria da tradicional Nenê de Vila Matilde. “Reunimos um time que vive o Carnaval o ano inteiro, avalia o que já passou e tem condições de ajudar a fazer melhor nos próximos anos”, atesta Luiz Antonio Simas. Os encontros do ciclo “Que Carnaval é esse?” são gratuitos.

 

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

Que Carnaval é esse?

 

Ciclo de conversas com o escritor, professor e historiador Luiz Antonio Simas 

 

transmissão pelo YouTube

canal: Que carnaval é esse?

link: https://cutt.ly/EkU45pY

Instagram @quecarnavaleesse

 

O impacto da pandemia no carnaval brasileiro

Mediação: Luiz Antonio Simas

 

1 – 26/02, sexta, às 19h 

Dia 1 - Carnaval e brasilidade: festas de rua, identidade e história

 

Com Sidnei França (carnavalesco da escola de samba Águia de Ouro, campeã paulistana do Carnaval 2020), Luise Campos (jornalista, integrante da TV Paticumbum, estudiosa do Carnaval) e Douglas Germano (músico).

 

2 – 27/02, sábado, às 16h 

Carnaval brasileiro a partir de dois vetores: cultura e economia criativa

 

Com Rita Fernandes (presidente da Sebastiana, liga de blocos do Rio de Janeiro), Vinicius Natal (historiador, antropólogo, estudioso do universo da folia, diretor da escola de samba Unidos de Vila Isabel), Lucas Prata Fortes (jornalista, colunista da revista Época) e Cléo Dias  (figurinista, integrante do bloco afro feminino Ilú Obá de Min, de São Paulo).

 

3 – 28/02, domingo, às 16h 

Carnaval no Brasil, o que será o amanhã?

 

Com Marcus Faustini (diretor de teatro e cinema, secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro), Alê Yussef (secretário municipal de Cultura de São Paulo, produtor cultural e fundador do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta) e Leandro Vieira (carnavalesco bicampeão com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira).

 

Trânsito seguro é aliado do crescimento da economia

Reduzir as mortes e acidentes de trânsito no Brasil, além de ser uma questão urgente de saúde pública, é uma das formas mais imediatas de ajudar o processo de retomada do crescimento econômico em meio à pandemia. A queda no número de acidentes desafoga não só os gastos com saúde e previdência, como ajuda a manter ativa grande parte da força de produção, uma vez que as maiores vítimas do trânsito são jovens. “Uma redução no número de acidentes liberaria recursos para investimentos em setores estratégicos e alavancaria a economia, além de permitir a ampliação de programas de auxílio e renda”, avalia Alysson Coimbra, coordenador da Mobilização Nacional de Médicos e Psicólogos Especialistas em Trânsito e diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (AMMETRA).

A ocupação de leitos para tratamento de acidentados, além de onerar o Sistema Único de Saúde (SUS), obriga os governos a criarem leitos adicionais para cuidar das vítimas da Covid-19, uma vez que as vítimas de acidentes ocupam historicamente 60% dos leitos públicos e privados no Brasil. O tempo de ocupação desses leitos é mais um fator dificultador para o acolhimento de outras enfermidades, pois a ocupação média em UTI é de 6 dias, e pode chegar a 6 meses em leitos de enfermaria.

Segundo a ONU, o Brasil gasta cerca de R$ 220 bilhões
com acidentes de trânsito (Foto: Jefferson Santos/Fotos Públicas)


Esse cenário tem um custo elevado. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o Brasil gaste cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 220 bilhões, com acidentes de trânsito. Com esse valor, o governo poderia construir 730 hospitais com mais de 225 leitos, ou ainda aumentar em 50% os investimentos nacionais em Educação. “Se reduzirmos em 10% o número de acidentes por ano, teríamos uma economia anual estimada de R$ 22 bilhões. Salvar vidas tem um impacto direto na nossa economia”, pontua o especialista.

Institutos de pesquisa como o IPEA já demonstram que cada morte no trânsito custa, aproximadamente, R$ 785 mil. Esse dado leva em consideração os gastos com a saúde, a perda de produção, os danos materiais e os danos à propriedade pública e privada. “Os prejuízos com a epidemia do trânsito são inúmeros. Todos os anos, pelo menos 40 mil morrem em decorrência da insegurança viária no Brasil. Isso só vai mudar quando os governantes tratarem o assunto como uma questão de saúde pública. Nesse cenário ações integradas entre os poderes, especialistas e sociedade civil são urgentes”, comenta.

 

Exército de mutilados


O crescimento anual do número de invalidez permanente em decorrência de acidentes de trânsito pressiona a Previdência Social. Somente em 2020, segundo dados da Seguradora Líder, os acidentes deixaram 210.042 pessoas inválidas“Muitas das vítimas são os responsáveis pelo sustento do lar. De uma hora para outra, milhares de famílias são arrastadas para abaixo da linha da pobreza”, avalia Coimbra.

Por outro lado, o acesso de acidentados aos benefícios previdenciários está cada vez mais difícil. Reportagem recente publicada no site Metrópoles mostrou que em 2020 o INSS negou mais de 4,465 milhões de pedidos de benefícios, o maior número de indeferimentos dos últimos 14 anos. “O número crescente de pessoas impossibilitadas de trabalhar onera a Previdência e reduz a força produtiva deste país. Se nada for feito para frear o número de acidentes, em poucos anos teremos um número cada vez maior de dependentes do INSS, o que certamente provocará um colapso social e econômico”, finaliza o especialista em Medicina do Tráfego.

 

Sociedades médicas e ligas de Medicina criam ação contra fake news na Saúde

Momento é delicado e é preciso disseminar informação com base científica

 

É verdade que as vacinas contra o coronavírus alteram o nosso DNA?

Fake news! E para combater mentiras como essa, uma iniciativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional Alagoas (ASBAI-AL) acaba de ser incorporada pela ASBAI Nacional. A Real News visa investigar as notícias divulgadas na área da Saúde para identificar se são realmente verdadeiras.

O presidente da ASBAI Dr. Emanuel Sarinho explica que combater fake News em Saúde está entre as principais ações da ASBAI para 2021. “Vamos lançar vários materiais, entre eles vídeos de especialistas, alertando sobre os danos que uma mentira pode causar na saúde de uma pessoa”, conta Sr. Sarinho.

A Real News teve início no Instagram, mas já está ocupando outros canais.  “Estamos criando uma lista de transmissão no WhatsApp, um dos canais que mais disseminam fake news, para compartilhar informações com base científica. Além disso, a ASBAI Nacional também fará alertas em suas páginas do Instagram e Facebook”, conta uma das coordenadoras do projeto Dra.  Cynthia Mafra.

Quem quiser saber se uma notícia é verdadeira, também pode encaminhar a informação no inbox da Real News no Instagram, que será analisada pela equipe de médicos da Real News, que também faz busca ativa por noticiário suspeito.

A Real News nasceu da união entre a ASBAI-AL, SBI-AL (Sociedade Brasileira de Infectologia Regional Alagoas) e estudantes de três Ligas de Medicina LAIM-Centro Universitário Cesmac, LAICA-Universidade Federal de Alagoas (UFal) e LAMATROPI-UFal.  

“Qualquer mentira causa prejuízos, mas na área da Saúde esses danos podem ser ainda piores. Por isso, a comunidade científica precisa ocupar esse espaço e se aproximar ainda mais da população. Convidamos médicos e toda a sociedade para nos ajudar a combater essa epidemia de fake news, ainda mais nesse cenário tão difícil que vivemos hoje com a covid-19”, comenta Dra. Cynthia.

A Real News está nas seguintes redes sociais:

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Para participar da lista de transmissão no WhatsApp e receber as informações verdadeiras da área da Saúde, vá ao Instagram da Real News e envie uma mensagem no inbox. Pronto!

 

 

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Como economizar no plano de saúde sem comprometer sua rede de atendimento

Mudar de plano de saúde muitas vezes traz insegurança e medo às pessoas. Mas manter o mesmo plano e a mesma operadora nem sempre é a melhor jogada. Nesse caso, o cliente não percebe e fica por anos renovando com uma operadora e perdendo muito dinheiro. Somente no início desse ano, as reclamações contra planos de saúde aumentaram 10.000%, segundo o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Procon) em São Paulo. Inclusive, o órgão enviou petição à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) manifestando sua preocupação com os reajustes praticados pelas operadoras de saúde e pedindo que o órgão regulador determine a imediata redução dos reajustes anuais aplicados a partir de janeiro aos planos coletivos para 8,14% (índice dos planos individuais).

O que muitos não sabem é que é possível mudar de plano e manter a mesma rede, por um preço bem mais acessível. No entanto, a decisão por um plano de saúde é um jogo tão complexo quanto um jogo de xadrez. Afinal, existem várias operadoras e cada uma delas com vários planos diferentes e com suas regras específicas.

Hoje há diversas opções não só para planos individuais, mas por adesão, empresarial sem coparticipação e empresarial com coparticipação. Dessa forma, a ajuda do corretor de plano de saúde é fundamental para auxiliar nessa questão.

Na opção para pessoa física, em que o CPF do beneficiário contrata o plano diretamente da operadora, a abrangência é regional e o reajuste acontece anualmente sempre no aniversário do plano e ainda regulado e autorizado pela ANS.

Uma preocupação comum ao mudar de plano é com a questão das carências, mas é preciso analisar caso a caso. Por exemplo, uma pessoa com 60 anos que quer mudar para um plano com os mesmos benefícios do anterior, mas com um valor bem mais barato, pode encontrar carência apenas para parto, o que não vai usar mais. No entanto, essa mesma pessoa pode fazer uma tomografia imediatamente. Dessa forma, é preciso analisar o seu perfil para decidir a melhor opção.

Outra alternativa é o plano coletivo por adesãoque tem como administradora uma empresa especializada gerenciando as entidades de classes e atuando somente na área administrativa do plano. A abrangência é nacional, encarecendo mais o plano, inclusive por ter uma intermediadora e com aumentos anuais não regulados pela ANS.

Já para planos que englobam mais de duas vidas é possível optar pelo plano empresarial, barateando entre 20 a 30% por não ter uma intermediária e o reajuste ocorre somente após um ano de contrato. No entanto, existe a fidelidade de um ano por ser um plano empresarial. Se sair antes desse prazo é preciso um aviso prévio de dois meses e será cobrada uma multa.

Uma família, por exemplo, que tem plano por adesão pode economizar muito – entre R$ 3 mil a R$ 5 mil mensalmente  - apenas com a troca de operadora, mas infelizmente as pessoas são avessas a mudanças, mesmo que existam opções com a mesma rede e as mesmas regalias a um valor bem menor.

Uma ótima opção são os planos com coparticipação tanto para modalidade individual, como empresarial. As pessoas têm muita resistência a essa alternativa com medo de pagar muito pelo uso do plano. Mas há quatro anos, uma normativa da ANS determina a cobrança de 30% de coparticipação daquilo que a operadora ou seguradora paga pelo serviço. Dessa forma, se o seu plano tem um teto de R$ 100 para uma consulta médica, você vai pagar R$33. Assim, num plano em que você pagaria R$ 1 mil por mês, vai pagar R$ 700 com a coparticipação, ou seja, R$ 3.600 a menos anualmente. Lembrando que somando consultas, checkups, exames (incluindo ressonância com valor médio de R$120), pronto socorro, entre outros, você não vai chegara coparticipar sequer em 20% desse valor

Em caso de internação, segundo a ANS, seja de um  dia ou 60 dias, independente da enfermidade, o usuário paga uma única taxa (chamada taxa de internação que varia entre R$ 200 e R$ 500). Portanto, você gasta apenas um ou dois meses a mais caso ocorra algum imprevisto.

Outra vantagem é que no plano  com coparticipação a operadora não tem interesse em aumentar a porcentagem paga pelo usuário, uma vez que isso também acarretaria no aumento do valor pago por ela  ao profissional que lhe presta o serviço.

Além de inúmeras opções oferecidas no mercado, também há a facilidade de troca de plano por meio da portabilidade. Portanto, pesquise e procure um profissional para identificar qual é o plano mais adequado para você. Cada situação, cada família tem uma particularidade que precisa ser considerada.

Por outro lado, as operadoras possuem diversas soluções e configurações de planos. A originalidade é importante para promover esse encontro entre o que a pessoa ou a família ou a empresa precisam com o que as operadoras têm a oferecer.

Afinal, par você usuário pode haver  uma nova jogada, uma nova oportunidade que ainda não conhece e que pode ajudar a melhorar o seu atendimento, diminuir custos ou, no melhor dos casos, os dois: um plano que ofereça um melhor atendimento com menor custo.

 


Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde  e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.


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