Pesquisar no Blog

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

5 dicas de saúde bucal para começar o ano bem

Atire a primeira pedra quem nunca elaborou uma lista de resoluções de ano novo repleta de grandes objetivos e conquistas pessoais e profissionais. Geralmente, é no mês de janeiro que as pessoas se sentem corajosas o suficiente para executar projetos e tirar os velhos sonhos do papel. Em meio a tantos objetivos, vale acrescentar o cuidado com a saúde - fator essencial para que todo o resto seja realizado.  

O odontólogo Edmilson Pelarigo, diretor clínico da OrthoDontic, maior rede de clínicas de ortodontia do país, separou quais os compromissos as pessoas devem selar em 2021 para adquirir mais saúde bucal. Confira!  


1) Fio dental sempre! 

No começo não é tão agradável e, às vezes, até bate a preguiça, mas somente com o fio dental a limpeza da boca ficará completa. Antes ou depois da escovação, adicione esse processo aos poucos na rotina, até se tornar um hábito. Sem a presença do fio dental, determinadas cavidades podem acumular sujeira e acabar ocasionando desconfortos e até doenças.  


2) Escovar os dentes após as refeições  

Pense que o café da manhã, almoço e, principalmente, a janta só terminam mesmo quando você faz a limpeza bucal. Na correria do dia a dia, a escovação deixa de ser prioridade. Lembre-se que é um cuidado que, caso seja deixado de lado, pode acarretar sérios problemas no longo prazo - que vão muito além das cáries.  


3) Não fugir da visita ao dentista   

Então você só se lembra do seu amigo dentista quando sente algum desconforto? São as visitas regulares - a frequência depende do quadro clínico de cada um - que possibilitam evitar complicações e até mesmo realizar tratamentos preventivos.  


4) Deixar os hábitos nocivos em 2020 

Já pensou ter todo o trabalho e a disciplina que os cuidados bucais exigem por água abaixo? O cigarro, bebidas alcoólicas e consumo exagerado de açúcar potencializam desde o mau hálito até infecções no organismo.  


5) Alimentação saudável e exercícios  

Aliados aos cuidados com a boca, o cardápio balanceado - com maçã, cenoura e pera, ótimas para os dentes - e as atividades físicas, cerca de 150 minutos semanais, são os pilares para uma vida mais saudável e repleta de sorrisos. 

 

Já ouviu falar na doença de Peyronie? ou simplesmente pênis torto?

Doença acomete 18% dos homens adultos e urologista aponta as principais causas e tratamentos

  

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), A Doença de Peyronie, conhecida como doença do pênis torto acomete até 18% dos homens adultos.  Em casos mais graves, o órgão chega a formar um "L" devido a sua tortuosidade, Imagem: divulgaçãoe a doença pode levar à diminuição e estreitamento do pênis e à disfunção erétil. Geralmente ela é ocasionada por trauma durante a penetração e acomete homens na sua maioria acima dos 50. 

Segundo o Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Danilo Galante trata-se de uma alteração do pênis por lesão do (s) corpo (s) cavernoso (s), com posterior cicatrização e fibrose no local lesionado. "A fibrose leva ao encurtamento do corpo cavernoso, comprometendo a elasticidade do membro e impedindo que se expanda normalmente. Isso leva a dor, deformidade e dificuldade de ereção e penetração", afirma o especialista.

 

Problema pode parecer desde a infância 

Alguns meninos também apresentam esse quadro desde o nascimento (pênis curvo congênito), provocado por desproporção entre os tamanhos dos corpos cavernosos e uretra. Só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual no futuro.

 

Quando ocorre a doença de Peyronie? 

A doença de Peyronie é bastante comum e ocorre normalmente após uma relação sexual mais intempestiva ou masturbação (mais raro), e também pode acontecer durante a prática de esportes com trauma local, o que leva a inflamações penianas e formação de placas internas. 

Segundo o especialista, existem níveis diferentes de gravidade, podendo afetar o homem esteticamente ou atrapalhando sua ereção.

 

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico é basicamente clínico, feito a partir de conversa com paciente, exame físico e por foto do pênis em ereção. Raramente se faz necessária ressonância magnética para visualizar a placa fibrótica. 

Quando o paciente sofre de dores e problemas sexuais decorrentes da doença é recomendado a realização de procedimento cirúrgico, no qual o médico geralmente encurta o lado bom. O procedimento tem alta eficácia, mas leva a diminuição do tamanho do pênis. Isso dependerá da gravidade da curvatura. 

"Outra cirurgia possível é alongar o lado encurtado. É uma cirurgia mais complexa. associada a índices maiores de impotência pós-procedimento", conclui Galante.

 

 


Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP. Doutorado em urologia pela USP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery. Membro Titular da Sociedade Brasileira  de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/ 

Instagram: @drdanilogalante 

https://www.instagram.com/drdanilogalante/

Facebook:  @danilogalante.urologista 

https://www.facebook.com/profile.php?id=100010710706213


Atenção: Doe sangue neste Carnaval!

 


Com estoques críticos, Banco de Sangue de São Paulo funcionará normalmente no período do Carnaval


Este é um Carnaval diferente, sem blocos, sem folia pelas ruas e avenidas, mas que pode ter um sentido muito especial neste momento em que a sociedade está empenhada em salvar vidas.

Por isso, neste período de Carnaval, o Banco de Sangue de São Paulo estará funcionando todos os dias para receber os doadores de sangue que entendem que esta é uma atitude essencial em favor da vida.

Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento em que os estoques se encontram em estado crítico e o apelo é para que os doadores compareçam urgentemente no local para praticar esse gesto solidário que salva até 4 vidas.

Desde o início do ano o Banco de Sangue vem operando com apenas 35% da sua capacidade, o que pode comprometer os atendimentos emergenciais. Mesmo que o feriado tenha sido cancelado em diversos estados do país, algumas empresas podem manter o ponto facultativo e isso deve impactar ainda mais na queda das doações de sangue.

Para regularizar os estoques e evitar atrasos ou impactos nos atendimentos, são necessárias 160 doações diárias. Com os casos de Covid-19, a situação faz as doações se tornarem ainda mais urgentes.

O Banco de Sangue de São Paulo segue rigorosamente todos os protocolos contra a Covid-19 e mantém boas práticas preventivas para o enfrentamento ao coronavírus.

Atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 16h, na Rua Tomás Carvalhal, 711, São Paulo.


Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Estar em boas condições de saúde;

• Pesar no mínimo 50 kg;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;

• Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;

• Não ter diabetes em uso de insulina;

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.


Critérios específicos para o CORONAVÍRUS:

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;

• Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;

• Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).

 


Banco de Sangue de São Paulo

Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 17h, e sábado, domingo e feriados das 08h às 16h. Estacionamento gratuito Hotel Matsubara - Rua Tomas Carvalhal, 480


Shopping Campo Limpo é ponto de vacinação contra Covid-19

O estacionamento do Shopping Campo Limpo é um dos pontos da primeira dose de vacinação contra a Covid-19 na capital paulista, em parceria com a Coordenadoria Regional de Saúde Sul da Prefeitura de São Paulo. O atendimento começou dia 10/2 e é feito somente via drive thru, a idosos acima de 85 anos e profissionais de saúde acima de 60 anos (ver lista abaixo). Para tomar a vacina, o profissional de saúde precisa apresentar CRM ou diploma. 

A vacinação é realizada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com atendimento por ordem de chegada.I

“Para nós é um orgulho participar deste momento histórico e tão aguardado, ajudando a população a se vacinar, de forma organizada e segura”, afirma Leonardo Monaci, superintendente do Shopping Campo Limpo.  

Profissionais de saúde acima de 60 anos que podem tomar vacina no Shopping Campo Limpo:

- Médicos;

- Enfermeiros / técnicos e auxiliares;

- Nutricionistas;

- Fisioterapeutas;

- Terapeutas Ocupacionais;

- Biólogos;t

- Biomédicos / técnicos de laboratório que façam coleta de RT PCR SARS CoV2 e análise de amostra de COVID-19; was

- Farmacêuticos / técnicos de farmácia;pop

- Odontólogos / ASB – auxiliar de serviço bucal / TSB – técnico de saúde bucal;ular

- Fonoaudiólogos;i

- Psicólogos;s

- Assistentes Sociais;

- Profissionais de educação física;ed

- Médicos veterinários.in

 

Serviço

VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 NO SHOPPING CAMPO LIMPO

Estacionamento do Shopping Campo Limpo (entrada da Av. Carlos Caldeira)

Dias e horários: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h t

Para idosos acima de 85 anos e profissionais de saúde acima de 60 anos (estes precisam apresentar CRM ou diploma)

Atendimento por ordem de chegada

Gratuito

Local: Shopping Campo Limpo (Estrada do Campo Limpo, 459, Campo Limpo, São Paulo/ SP)  


Médico mineiro inicia pesquisa sobre eficácia de medicamentos para tratamento contra a Covid 19 em fase inicia

A pandemia da Covid 19 alastrou por todo o mundo há quase um ano e segue infelizmente vitimizando muitas pessoas ao redor do planeta. Apesar do início da vacinação na maioria dos países, a pandemia não tem data para acabar, já que elas ainda demorarão um tempo considerável para chegar a todos, e consequentemente para que o vírus da SARS-COV-19 pare de circular de vez ao redor do planeta.

Entretanto, sugestões e suposições de medicamentos são pautas recorrentes na sociedade desde o início da pandemia, o que deixa médicos e pesquisadores da área vigilantes e atentos sobre o funcionamento dessas drogas e em busca de respostas concretas. Um dos principais fármacos que geram assuntos nas rodas de conversa e recomendações por alguns profissionais da saúde é a ivermectina, medicamento usado no tratamento de infecções por parasitas, como piolhos e sarnas. As dúvidas que giram ao redor desse e de outros medicamentos são se o  uso, quando o paciente apresenta os primeiros sintomas, pode reduzir as complicações da doença em alguns casos.

O clínico médico e cardiologista Gilmar Reis, responsável pelo programa de pesquisa com o objetivo de estudar esses medicamentos no tratamento inicial da COVID 19, aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), aponta que até o momento, não há medicações eficazes para o uso na fase inicial da doença. “A comunidade científica internacional está trabalhando intensamente em busca de fármacos que possam reduzir as complicações na Covid, portanto, tudo ainda é incerto”.

Medicações em estudo

A pesquisa vem avaliando três fármacos mais populares que vêm sendo cogitados para o tratamento. São eles a fluvoxamina e a metformina, além da ivermectina. “O objetivo da pesquisa é promover ensaios clínicos, com determinados grupos de pessoas, a fim de avaliar os pacientes. Uma visita domiciliar é agendada após a equipe médica avaliar os critérios e, portanto, a ação médica dispensa o deslocamento do paciente para ser realizada. “Estamos avaliando esses três fármacos em 16 centros de pesquisa em cidades do estado de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul”, contou o médico.

As cidades de Brumadinho e Sete Lagoas, na região metropolitana de BH, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, são cidades onde as pesquisas já estão sendo encaminhadas e realizadas, sob a supervisão de profissionais de medicina que atuam nesses territórios.

Para a realização, o pesquisador lembra ser essencial que o paciente interessado esteja apresentando um quadro de gripe com menos de oito dias de sintomas, pois a finalidade também é avaliar se esta síndrome antecede a Covid 19.

 


Fonte: Gilmar Reis - Cardiologista e especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva, é pesquisador e coordenador do Centro de pesquisa Clínica CARDIOLAB (@dr_gilmarreis).


Em cinco anos, procedimentos odontológicos preventivos aumentam em mais de 70%

Estudo do IESS revela que brasileiro está cada vez mais preocupado com a saúde bucal

O setor de planos privados de assistência exclusivamente odontológica supera seus números a cada ano e isso demonstra a importância da saúde bucal para os brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância desse segmento, de acordo com o "Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019", produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2019 foram realizados 183 milhões de procedimentos odontológicos, ultrapassando a marca de R$ 3 bilhões com despesas assistenciais. No período, o setor passou a contar com mais de 25 milhões de beneficiários.

Entre 2014 a 2019, as ações preventivas foram as que apresentaram o maior crescimento: passaram de 47,2 milhões (32,9% do total) em 2014 para 80,8 milhões (44,2% do total) em 2019. Dentre as principais ações de prevenção estão aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada (35,4 milhões); atividades educativas individuais (15,5 milhões) e selantes por elemento dentário em menores de 12 anos de idade (660,7 mil).

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, os resultados positivos são animadores, pois demonstram que o segmento prioriza, educa e realiza ações de conscientização dos seus beneficiários sobre a prevenção de doenças. "Esse setor tem crescido a passos largos nos últimos anos com a ampliação da rede de atendimento, o aumento do interesse dos canais de distribuição (como corretores e consultorias de benefícios) e desejo das empresas em ofertar aos seus colaboradores, além de contar com preços acessíveis", explica Cechin.

Despesas odontológicas

O levantamento do IESS aponta que em 2019, o valor gasto pelos brasileiros com assistência à saúde odontológica foi de R$ 3,4 bilhões, número 31% maior em relação ao ano de 2014. Ainda na comparação com 2014, houve crescimento das despesas em todas as categorias, sendo maior entre os procedimentos preventivos, com alta de 58,7%, totalizando R$ 480,8 milhões de gastos.

Com o aumento do número de beneficiários e procedimentos, cresce também a preocupação com a qualidade da assistência oferecida em todo o país. Para isso, o setor tem inovado. "Operadoras de planos exclusivamente odontológicos têm investido cada vez mais em mecanismos de Inteligência Artificial para auxiliar a identificar lesões em radiografias, diagnosticar antecipadamente doenças bucais, associar resultados dos exames bucais a outras doenças, melhorar o conhecimento do perfil dos beneficiários e assim aprimorar a qualidade do atendimento", aponta José Cechin. "Esse segmento também tem investido em instrumentos para detectar e apurar fraudes, desperdícios e abusos - como tratamentos excessivos e desnecessários ou com baixa qualidade", completa Cechin.

Além do volume da produção assistencial e das despesas no período, o relatório apresenta um panorama da assistência odontológica no país e da satisfação dos beneficiários desses planos. O estudo completo pode ser acessado em https://bit.ly/EspeciaisIESS


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)


Tuberculose: um problema de saúde pública mundial


A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas da história da humanidade, causada principalmente pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Descoberta em 1882 pelo bacteriologista alemão Robert Koch, há evidências históricas de sua presença datadas de 8.000 antes de Cristo. Diante de tantas pessoas acometidas mundialmente pela doença, que somente no ano de 2018 somaram 10 milhões de novos casos, desses, 1,5 milhão vieram à óbito, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pergunta que fica é: por que ainda não erradicamos a tuberculose?


Embora seja uma moléstia milenar, foi somente no século XX, após muitos anos de estudos, que a tuberculose passou a ser compreendida e surgiram avanços capazes de combatê-la e preveni-la. Hoje é considerada uma doença tratável e curável, principalmente a partir do uso de antibióticos específicos em longo prazo. Quanto antes diagnosticada, mais rápida a recuperação do paciente e menor é o índice de contágio e disseminação. A porta de entrada do bacilo da tuberculose são as vias aéreas e a transmissão dá-se através da tosse ou fala durante o contato prolongado como uma pessoa doente.


Por se tratar de uma doença, a princípio silenciosa, quando está em sua fase latente, o paciente dificilmente saberá que está infectado e esse quadro pode persistir por anos, até que venha apresentar algum sintoma ou por algum motivo faça um teste para detectar a doença. A metodologia atual para diagnóstico da infecção latente por tuberculose, usada há mais de 100 anos, é conhecida como teste tuberculínico (PPD - do inglês purified protein derivative). Através desse teste, a tuberculina é injetada na parte inferior da pele (subcutânea) do braço e, depois de alguns dias, o paciente retorna ao médico ou laboratório para a leitura da reação. Quando se está infectado com a tuberculose, um nódulo elevado se desenvolve onde a tuberculina foi injetada. Porém, em alguns casos, principalmente das pessoas que possuem o sistema imunológico comprometido, o resultado do PPD pode ser falso-negativo e o paciente corre o risco de ter a doença ativada por desconhecer o seu estado.


Atualmente, com a evolução da medicina atrelada à tecnologia, existem testes mais precisos para o diagnóstico da infecção latente por tuberculose, como, por exemplo, os testes IGRA (ensaio de liberação de Interferon-gama), que reduzem a margem de falsos-negativos e falsos-positivos e proporcionam um diagnóstico mais assertivo. Realizados com uma pequena amostra de sangue, requerem apenas uma visita ao médico e são muito menos afetados pelo imunocomprometimento do paciente em comparação ao teste tuberculínico. Apresentam resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais.


Há tempos vista como uma doença comum aos segregados da sociedade, muitas pessoas, por vergonha, não buscam a ajuda médica necessária, tão pouco realizam os testes para detecção da moléstia. Esse panorama distorcido da tuberculose é também um dos fatores que dificultam sua erradicação e somente trabalhando a consciência da população quanto a isso, conseguiremos seguir, com sucesso, esse combate. Portanto, a partir dos primeiros sintomas, não deve haver dúvidas em procurar o serviço de saúde. Passada a fase latente, o paciente pode apresentar sintomas como tosse crônica, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. A tuberculose é uma doença séria e requer atenção.




Dra. Denise Silva Rodrigues - médica infectologista e diretora clínica do Instituto Clemente Ferreira, Centro de Referência Terciária para tuberculose de São Paulo.


Protocolos mais rígidos querem incentivar a realização de cirurgia bariátrica durante a pandemia

 Ao realizar o procedimento, pacientes reduzem os riscos de desenvolver a forma grave da Covid-19


Com novos protocolos durante o pré, intra e pós-operatório, as cirurgias bariátricas se tornaram importantes aliadas no combate à forma grave da Covid-19. Como a obesidade é um dos principais fatores de risco para a doença, a perda de peso gerada pelo procedimento diminui significativamente as chances de o paciente precisar de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Essa relação entre obesidade e Covid-19 fez, inclusive, que as cirurgias bariátricas fossem classificadas como eletivas essenciais, ou seja, que podem ser realizadas durante toda a pandemia.

“É muito comum as pessoas chegarem ao consultório com medo de realizar a cirurgia bariátrica nesse período. A maior preocupação é com a contaminação durante o processo, principalmente, no período de internação”, explica o cirurgião bariátrico Admar Concon Filho, membro titular da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) e presidente do Hospital e Maternidade Galileo. “Mas nós fizemos muitas alterações nos protocolos, com o objetivo de prevenir a Covid-19. Portanto, os riscos de uma pessoa ficar obesa são muito maiores que os de fazer a cirurgia bariátrica durante a pandemia”, explica.

O cirurgião destaca que já há estudos que apontam que a obesidade, mesmo sem doenças associadas, eleva significativamente os riscos de o paciente desenvolver a forma grave da Covid-19. “O organismo do obeso é um organismo comprometido, um organismo que tem uma resposta imunológica menor. Além disso, o vírus acaba ficando mais tempo no tecido adiposo, que serve como um reservatório para ele”, observa. “Outro ponto que precisa ser considerado é a função respiratória, que já tende a ser prejudicada no paciente obeso, e sofre ainda mais com a ação do coronavírus”, destaca o cirurgião.

De forma geral, quando o paciente realiza uma cirurgia bariátrica, ele costuma perder cerca de 10% do peso inicial logo no primeiro mês. Depois, mais 10% até o terceiro mês e mais 10% até o 6º mês. Por volta de um ano de pós-operatório, ele terá perdido cerca de 30% do seu peso inicial. “Isso é uma estimativa. Depende muito da técnica utilizada e do comprometimento do paciente, mas é uma redução de peso muito importante, que reflete diretamente na saúde geral da pessoa, inclusive com o controle e até cura de algumas comorbidades, que também são fatores de risco para Covid-19, como hipertensão arterial e diabetes”, comenta Concon.

Sobre as mudanças nos protocolos, ele ressalta que elas já começam no pré-operatório, quando o paciente precisa se consultar com vários especialistas e ser submetido a diversos exames. “A maioria das clínicas e consultórios criaram protocolos próprios. Nós, por exemplo, estamos agendando consultas com intervalos maiores para evitar um número grande de pacientes na recepção. Todos devem estar com máscaras e higienizar as mãos com álcool em gel. Eles também passam por uma triagem por telefone, em que respondem a várias perguntas para descartar qualquer sintoma e, no dia da consulta, passam por outra triagem presencial. Mesmo que não apresentem nenhum sintoma, são submetidos a um teste de Covid-19 uma semana antes da cirurgia e, sendo negativo, são orientados a ficarem de quarentena para evitar uma possível contaminação até o dia do procedimento. Se positivo, a cirurgia é adiada”, explica. Na fase pré-operatória, os pacientes também precisam participar de uma reunião para tirar dúvidas sobre a cirurgia. “Essa parte do processo também foi adaptada e, agora, nós temos essas reuniões gravadas para que possam ser assistidas de casa”, diz.

Na fase intra-hospitalar, é importante que o hospital tenha uma área “Free Covid”. Além disso, toda a equipe precisa estar paramentada com EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) como se fosse operar um paciente contaminado. “É uma garantia para os profissionais e para o próprio paciente”, reforça o médico. No pós-operatório, são tomados os mesmos cuidados da fase pré-operatória, com rígidos protocolos de segurança durante as consultas de retorno.

A SBCBM também emitiu um comunicado a respeito e orienta que pacientes com mais de 60 anos, contaminados ou que já tenham indicação pré-cirúrgica de utilização de UTI não sejam operados neste momento. “Pacientes com mais de 60 anos são do principal grupo de risco. Portanto, não é recomendável que sejam submetidos a um procedimento cirúrgico nessas circunstâncias. Já os pacientes contaminados não podem ser operados porque, além dos riscos de contaminação de toda a equipe e de demais pacientes, não conseguimos prever como será sua evolução. Portanto, eles precisam, primeiro, tratar a doença. Em casos normais, esperamos 28 dias para fazer o procedimento após a confirmação da COVID-19. Mas, se tratando de paciente obeso, a cirurgia só pode ser realizada após dois ou três meses, dependendo da gravidade da Covid”, reforça o cirurgião.

 

 


Dr. Admar Concon Filho - cirurgião bariátrico, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista. Palestrante internacional, presidente do Hospital e Maternidade Galileo e fundador e coordenador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos. Também é membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. CRM – 53.577.


Vias neurais e origens do alcoolismo são identificadas

A origem física da dependência em álcool foi localizada em uma rede neural do cérebro humano que regula nossa resposta ao perigo, de acordo com uma equipe de pesquisadores britânicos e chineses, co-liderados pela University of Warwick, University of Cambridge e Fudan University. em Xangai.

O córtex orbitofrontal medial (na parte frontal do cérebro) detecta uma situação desagradável ou de emergência e, em seguida, envia esta informação para a substância cinzenta periaquedutal dorsal do mesencéfalo.

Uma pessoa corre maior risco de desenvolver transtornos relacionados ao uso de álcool quando esta via de informação está desequilibrada das duas maneiras a seguir:

● O álcool inibe a substância cinzenta periaquedutal (a área do cérebro que processa situações adversas), de modo que o cérebro não pode responder aos sinais negativos ou à necessidade de escapar do perigo - levando uma pessoa a sentir apenas os benefícios de beber álcool, e não seus prejudiciais efeitos colaterais. Esta é uma possível causa do consumo compulsivo.

● Uma pessoa com dependência de álcool, geralmente, também terá uma substância cinzenta periaquedutal dorsal super excitada, fazendo-a sentir que está em uma situação adversa ou desagradável da qual deseja escapar, e recorrerá urgentemente ao álcool para fazê-lo. Esta é a causa do consumo impulsivo.

O professor Jianfeng Feng, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Warwick e que também leciona na Fudan University, diz: "Fui convidado a comentar um estudo anterior com ratos com o objetivo semelhante: localizar as possíveis origens do abuso de álcool . É empolgante que possamos replicar esses modelos em humanos e, é claro, dar um passo adiante para identificar um modelo de via dupla que liga o abuso de álcool a uma tendência de exibir comportamento impulsivo. "

Eles então analisaram imagens de ressonância magnética de cérebros do conjunto de dados IMAGEN - um grupo de 2.000 indivíduos do Reino Unido, Alemanha, França e Irlanda que participam de pesquisas científicas para avançar o conhecimento de como fatores biológicos, psicológicos e ambientais durante a adolescência podem influenciar o desenvolvimento do cérebro e da saúda da mente.

Os participantes realizaram exames de ressonância magnética funcional baseados em tarefas e, quando não recebem recompensas nas tarefas (o que produziu sentimentos negativos de punição), a regulação entre o córtex orbitofrontal medial e a substância cinzenta periaquedutal dorsal foi inibida mais fortemente nos participantes que exibiram abuso de álcool.

Da mesma forma, em um estado de repouso, os participantes que demonstraram uma via de regulação mais super excitada entre o córtex orbitofrontal medial e o substância cinzenta periaquedutal dorsal, (levando a sentimentos de necessidade urgente de escapar de uma situação), também tiveram níveis aumentados de abuso de álcool.

O transtorno por uso de álcool é uma das doenças mentais mais comuns e graves. De acordo com um relatório da OMS em 2018, mais de 3 milhões de mortes a cada ano estão relacionadas ao uso de álcool em todo o mundo, e o uso nocivo de álcool contribui com 5,1% da carga global de doenças. Compreender como a dependência do álcool se forma no cérebro humano pode levar a intervenções mais eficazes para lidar com o problema global do abuso do álcool.




Rubens de Fraga Júnior - professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Fonte: Tianye Jia et al. Rede neural envolvendo córtex orbitofrontal medial e regulação do cinza periaquedutal dorsal no abuso de álcool em humanos, Science Advances (2021). DOI: 10.1126 / sciadv.abd4074

 

Com várias causas, dor de garganta exige cuidados médicos

Soluções caseiras e automedicação podem gerar mais prejuízos aos pacientes

 

Apesar de ser mais comum no Inverno e em climas frios, a dor de garganta pode ter várias causas. Justamente por isso, a recomendação médica é evitar a automedicação e o uso de “soluções caseiras”, que podem agravar o quadro ou gerar uma melhora momentânea e esconder o real motivo da dor.

Arnaldo Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que a dor de garganta pode ser causada por infecções geradas por vírus e bactérias, doenças autoimunes, câncer e até problemas de estômago e nariz.

De acordo com ele, no entanto, até mesmo um cenário de boca seca ao longo do dia pode gerar incômodo na região. Nesse caso, o mais importante é notar a intensidade da dor e a frequência com que ocorre.

“A garganta é uma região que só trabalha bem úmida. Caso haja ressecamento por falta de hidratação ou alguma doença, podemos ter inflamações da mucosa, dores e sensações de inchaço ao engolir”, explica o médico, que também ressalta a importância de tomar água com frequência ao longo do dia.

“No caso de sensação de boca seca constante, precisamos buscar a causa, pois temos a condição de xerostomia (boca anormalmente seca). Ronco e respiração pela boca frequentemente causam o mesmo sintoma, e os pacientes se queixam de dor e ardência principalmente ao acordar”, completa.


Clima

O médico ressalta que a maior ocorrência de dores de garganta ocorre no frio, não necessariamente devido à temperatura, mas porque as infecções virais e bacterianas são mais comuns por conta da aglomeração e transmissão em locais fechados, com menor ventilação natural.

“Pessoas que têm tendência a sofrer com dores de garganta (amigdalites/faringites), no entanto, podem ter crises em qualquer época do ano. As crianças, por exemplo, possuem maior índice de infecções no retorno às aulas”, completa o especialista.

Nesse sentido, é muito importante que as pessoas busquem auxílio médico, principalmente se percebem que a dor na garganta tem sido mais frequente e mais intensa. Além disso, a automedicação deve ser evitada, bem como o uso de “soluções caseiras”, já que isso pode agravar o quadro, irritar ainda mais a mucosa da garganta e dificultar um correto diagnóstico e tratamento.

Além disso, é preciso seguir estritamente o tratamento médico, sem interrompê-lo e, principalmente, sem associá-lo a outros medicamentos por conta própria.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Conheça os sinais da menstruação para preservar sua fertilidad

Ciclo longo demais, curto demais, irregular ou acompanhado de sintomas específicos podem indicar problemas. Fique atenta!


Presente na vida da mulher desde a puberdade, a menstruação é um acontecimento importante do corpo feminino. Tão importante que ela apresenta sinais quando algo foge do normal e é necessário atentar-se a eles. Por isso, quando se é tentante ou se pretende engravidar no futuro, é preciso reconhecer os sinais da menstruação para preservar, principalmente, a fertilidade.

“Muitas vezes, a mulher não se atenta a um sinal porque, para ela, naquele momento, não é prioridade pensar numa possível gravidez, então ela não dá importância àquilo”, comenta a especialista em reprodução assistida, Cláudia Navarro, Diretora Clínica da Life Search. “O problema é que um mínimo sinal pode indicar uma doença que trará complicações futuras”, completa.

Abaixo, a especialista enumera alguns sinais que merecem atenção.

Ciclo muito longo

O ciclo menstrual normal, segundo Cláudia, é, em média, 28 dias, mas podendo oscilar entre 21 e 35 dias. “Já recebi paciente dizendo que menstrua mês sim, mês não. É importante observar que um ciclo de 60 dias, por exemplo, não é normal!”, alerta a médica. Uma das questões relacionadas à amenorreia (ausência de menstruação) e à oligomenorreia (ciclo longo) é a anovulação, ou seja, a ausência de ovulação.

Essa característica está presente, por exemplo, na Síndrome dos Ovários Policísticos, que é caracterizada por anormalidades hormonais que são, ao mesmo tempo, causa e consequência da doença. “Nesse caso, a mulher com SOP pode ter dificuldade para engravidar por causa da anovulação e deve buscar auxílio médico”, diz Cláudia.


Ciclo irregular

O ciclo irregular é aquele que não segue um padrão mês a mês. “A primeira dificuldade no ciclo irregular, e que desperta a atenção da paciente, é não conseguir localizar o período fértil. Mas é importante entender, antes de tudo, o motivo desse ciclo estar desajustado”, pondera a especialista.

Várias situações levam ao desregulamento do ciclo menstrual, como alterações hormonais, estresse, SOP, presença de cistos, uso de remédios e outros. Alterações na tireoide, por exemplo, têm diversos impactos na fertilidade, entre eles as variações nos ciclos.

“Os hormônios da tireoide têm total relação com o processo de amadurecimento dos óvulos e da ovulação. Se houver falhas nesse processo, como no hipotireoidismo, isso implicará, entre outros sintomas, na irregularidade do ciclo”, explica.

“Não é interessante conviver com a dúvida sobre estar ou não com algum problema, se a paciente menstrua, por exemplo, duas vezes num mês e no outro nem chega a menstruar, ela precisa avaliar com um profissional”, opina.


Ciclo muito curto

O ciclo muito curto também é indicativo de possíveis problemas. “21 dias ainda é considerado um ciclo normal. Menos que isso, é interessante observar”, alerta Cláudia Navarro.

Além disso, Cláudia lembra do sangramento de escape, constantemente confundido com menstruação. “O escape é um sangramento que aparece no meio do ciclo e dura um ou dois dias, e ocorre por diversos motivos”, diz. “Se esse escape for frequente, é importante buscar avaliação médica”, alerta.


 Fluxo intenso e cólicas excessivas

A médica lembra que miomas uterinos e endometriose podem provocar um fluxo menstrual intenso acompanhado de cólicas incapacitantes. Essas questões interferem na fertilidade de maneiras diferentes, e para cada uma delas haverá um tratamento.

“A endometriose, por exemplo, há casos de pacientes assintomáticas. Mas é muito importante observar quando há presença desses sintomas”, diz.

 




Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal e hoje é membro do Corpo Clínico do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas, vinculado à mesma instituição.

 

PNI amplia acesso à vacina pneumocócica conjugada 13-valente

Imunizante é uma das mais importantes alternativas no combate a enfermidades graves como meningite, pneumonia e septicemia


Disponível no Programa Nacional de Imunizações desde o final de 2019, a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC-13) teve sua recomendação ampliada em caráter temporário até o dia 31 de julho. Além dos quatro grupos prioritários para o uso dessa vacina, como os pacientes com HIV, oncológicos e pacientes transplantados de medula e de órgãos sólidos, o imunizante passa a ser liberado também para cardiopatas crônicos, pneumopatas crônicos, asplênicos, pacientes com implante de cóclea e pacientes imunodeprimidos por condição clínica ou por uso de medicamentos.

A medida amplia o acesso à vacina que atua na prevenção dos 13 tipos mais comuns da bactéria pneumococo. Trata-se da única vacina pneumocócica conjugada, licenciada para uso em todas as idades e com dados robustos quanto à capacidade de proteção e eficácia.

Os pacientes elegíveis, acima de 5 anos de idade, podem ter acesso à vacina Pneumocócica 13-valente por meio dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), presentes em todos os estados brasileiros. “Trata-se de uma medida efetiva de prevenção junto a um público que tem mais riscos para desenvolver quadros graves de doença pneumocócica. Muitos pacientes, e até mesmo profissionais de saúde, desconhecem o calendário vacinal totalmente gratuito disponibilizado pelo CRIE. Reverter este cenário é importante já que o país tem o serviço em benefício da população”, destaca a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

“Diante do momento delicado em que se encontram os sistemas de saúde de todo mundo, a prevenção de outras doenças respiratórias por meio da vacinação pode permitir uma otimização do recurso em saúde, como recentemente salientou a própria Organização Mundial de Saúde”, complementa Márjori. 

 

Doenças pneumocócicas

Apesar do atual cenário de envelhecimento populacional e da predominância de doenças crônicas degenerativas como causa de morte, as doenças pneumocócicas invasivas (DPI) ainda constituem uma das principais causas de mortalidade na América Latina, especialmente entre crianças, idosos e outras populações de risco para DPI. O Streptococcus pneumoniae, conhecido como pneumococo, é uma bactéria gram-positiva encapsulada, frequentemente encontrada na nasofaringe de indivíduos saudáveis. Possui mais de 90 sorotipos imunologicamente distintos. A doença pneumocócica pode ser classificada como invasiva ou não invasiva, sendo a primeira caracterizada pelos quadros de sepse, bacteremia, meningite e parte das pneumonias, enquanto a segunda corresponde a maior parte dos quadros de pneumonia, além de otites e sinusite.  

Embora o risco de doença pneumocócica aumente com a idade mesmo em indivíduos saudáveis, ele é substancialmente maior em pessoas de todas as faixas etárias com certas condições clínica crônicas, como indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), diabetes, doença cardíaca crônica, doença hepática crônica e asma, oncológicos, PHHIVA/Aids. Entre os adultos de alto risco, a incidência de doença pneumocócica invasiva pode ser 50 vezes maior quando comparado a um indivíduo saudável. Já a incidência de pneumonias comunitárias pode ser 19 vezes superior em comparação a adultos saudáveis.

A transmissão do Streptococcus pneumoniae acontece por meio do contato entre pessoas que contraíram a doença ou que estão colonizadas pela bactéria, mas não apresentam sintomas. A gravidade, a alta incidência e os impactos em todas os grupos etários fazem com que a vacinação seja uma estratégia importante na prevenção da doença pneumocócica, já que a vacina não protege apenas a saúde do imunizado, como também evita que ele transmita a doença para todos a seu redor. 

 

Referências:

 1.                 World Health Organization (WHO). Pneumococcal conjugate vaccine for childhood immunization - WHO position paper. Wkly Epidemiol Rec. 2007. p. 93–104.

2.                 Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Use of 13-Valent Pneumococcal Conjugate Vaccine and 23-Valent Pneumococcal Polysaccharide Vaccine for Adults With Immunocompromising Conditions: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). Morb Mortal Wkly Rep. 2012;61(40):816–9.

3.                 Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Brasília: Ministério da Saúde; 2019

5.                 Pelton SI, Shea KM, Farkouh RA, Strutton DR, Braun S, Jacob C, et al. Rates of pneumonia among children and adults with chronic medical conditions in Germany. BMC Infect Dis. 2015;15(1):470.

6.                 van Hoek AJ, Andrews N, Waight P a, Stowe J, Gates P, George R, et al. The effect of underlying clinical conditions on the risk of developing invasive pneumococcal disease in England. J Infect. 2012;65(1):17–24.

7.                  Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia– Disponível em https://sbpt.org.br/portal/vacina-pneumococica-2021/ Acessado em 29/01/2021

8.                 World Health Organization, United Nation’s Children’s Fund. Immunization in the context of COVID-19 pandemic: frequently asked questions (FAQ). https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331818/WHO-2019-nCoV-immunization_services-FAQ-2020.1-eng. pdf?sequence=1&isAllowed=y. Published April 16, 2020. Accessed October 16, 2020.

 

Posts mais acessados