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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Como o CEO deve pensar estrategicamente?

Só existe uma maneira de se preparar para o futuro em sua empresa. Pensando estrategicamente! Esta deve ser uma das principais características de um CEO. Quem adquire essa capacidade consegue pensar em estratégias no longo prazo. Sei que o futuro é incerto, principalmente nos dias de hoje com mudanças cada vez mais rápidas e no país instável que vivemos. Mas, justamente por isso, o planejamento é essencial. Tentar tornar esse futuro mais claro, viável e mais a favor do negócio não é somente inteligente, é também indispensável. 

Pensar estrategicamente é muito utilizado nos discursos corporativos. No entanto, observo que poucos gestores realmente o executam. Isso acontece porque exige que o gestor saia do seu lugar comum, de algo que ele domina, que é o dia a dia da organização, e enxergue a empresa pelo lado de fora. Na prática, a maioria das pessoas ainda é operacional, comportamento herdados dos nossos antepassados que viveram a Revolução Industrial. Esse movimento automatizou as fábricas, confinou trabalhadores em ambientes fechados e criou uma legião de dependentes de empregos, salários, carteira assinada, crachá e outros benefícios. Ou seja, as pessoas passaram a acreditar que a eficiência estava no trabalho e no resultado imediato do que estavam fazendo. Hoje ainda há gestores com esse pensamento. Claro que trabalhar no operacional é mais atrativo, pois você vê o resultado no curto prazo, mas geralmente essa atitude não garante a perpetuidade da empresa. Por isso, o CEO deve pensar de forma estratégica e não operacional.

Quando ele coloca essa habilidade em prática consegue traçar o seu Planejamento Estratégico, que é uma ferramenta muito importante da administração para determinar as decisões que serão tomadas pensando na longevidade da empresa. E isso não só nas grandes empresas, mas as pequenas empresas também se beneficiam quando fazem um planejamento estratégico. O problema é que ainda são poucos os pequenos empresários que adotam a estratégia.

Uma pesquisa realizada pela empresa americana Constant Contact, em 2018, com 1005 proprietários de pequenas empresas mostrou que 63% não fazem um planejamento a longo prazo, se antecedendo, no máximo, para um ano. Aí você pode falar: mas, Filipe, minha empresa é pequena, eu faço tudo aqui, não tenho tempo pra nada, estou correndo o tempo todo, como posso parar para pensar estrategicamente? Sim, eu sei disso, negócios em fases iniciais ou empresas pequenas são assim mesmo - também fomos pequenos um dia - mas eu quero que tenha em mente que se você estiver correndo tanto assim e a direção for a errada estará se distanciando ainda mais do seu objetivo a cada passo que der. Na maioria das vezes, correr sem direção é pior do que ficar parado. Existem muitas empresas que até sobrevivem e prosperam sem o planejamento estratégico, mas tenho certeza de que elas devem perder muitas oportunidades ao não o aplicar. Se você está entre essas empresas, está na hora de mudar sua atitude.

Fazer um planejamento estratégico é garantia de que tudo ocorrerá exatamente como foi previsto? Claro que não. Acidentes de percurso podem acontecer no meio do caminho e tirar a organização do trajeto ideal. Lembre-se que o planejamento não é trilho e sim trilha. O trilho é um caminho fixo, enquanto a trilha é flexível à pequenas mudanças de trajeto que porventura sejam necessárias, mas sem perder o destino final em mente para nortear os próximos passos. Na Anjo, por exemplo, fazemos o planejamento estratégico com visão de 10 anos, porém a cada cinco anos o revisamos para ver se ainda faz sentido. Além disso, todos os anos realizamos os orçamentos anuais com base no planejamento estratégico. Afinal, sempre vai existir tempo de vacas gordas e vacas magras, tempo de bonança e escassez. O segredo é guardar durante a bonança para poder ser mais estratégico e passar pela escassez da forma mais saudável possível aguardando as próximas oportunidades.

Para fazer um bom planejamento estratégico é importante que o gestor saia da operação e possa enxergar a empresa por outro ângulo. Quando digo sair da operação não significa que você precisa abandonar seu cargo, mas se afastar por umas horas da agitação do dia a dia empresarial, daquele entra e sai da sua sala, daquele telefone que não para de tocar, daquelas decisões que precisam ser tomadas imediatamente (essas demandas acontecem a todo o momento) para se dedicar a isso. Eu sei que quando a empresa está começando, o fundador é o CEO, administrativo, marketing, vendas e muito mais. Mas eu sugiro que tire uns momentos na semana, ou no mês, para sair da operação e pensar estrategicamente.

Se a sua empresa tiver um funcionamento hierárquico, sugiro que inclua seus líderes e profissionais-chave no processo. Ao tornar o PE participativo, o gestor traz mais alinhamento e engajamento entre todos, aumentando as chances de que as ações ali elaboradas sejam reais e possam ser colocadas em ação.

 




Filipe Colombo - CEO da Anjo Tintas, indústria de tintas com mais de 30 anos no mercado. Pai de dois filhos e triatleta, empresário comanda a marca desde os 27 anos como presidente. São mais de 400 colaboradores, mais de 6.400 clientes ativos e produtos que podem ser encontrados em todos os estados brasileiros em mais de 6.200 lojas. Formado em Administração com ênfase em Marketing e com MBA cursado nos EUA, China e Dubai, o CEO está oficialmente trabalhando na empresa há 16 anos, mas pode dizer que frequenta a Anjo desde criança, já que seu pai, Beto Colombo, a fundou inicialmente nos fundos da casa em que viviam.

Divórcio humanizado é boa solução para o fim do matrimônio

Para a advogada Debora Ghelman, o acordo humanizado evita danos emocionais e financeiros


Atualmente, um em cada três casamentos acabam e, 70% dos pedidos de divórcio são realizados pelas mulheres, que não aguentam permanecer em relacionamentos machistas, nos quais são submetidas a realizar a chamada tripla jornada de trabalho - trabalhar, cuidar dos filhos e da casa.

Em 2020, o isolamento social também motivou muitas separações, pois, o ano atípico de pandemia, fez com que as pessoas ficassem mais instáveis emocionalmente e as relações familiares acabaram sendo afetadas, resultando em divórcio para muitos casais.

Mesmo com toda tristeza que o fim de um relacionamento desencadeia, o cenário ideal é que o ex-casal consiga chegar num consenso em relação aos termos
do divórcio, uma vez que será menos doloroso no âmbito emocional e financeiro.É aí que entra o chamado "divórcio humanizado’.

"A advocacia humanizada se baseia na função social da profissão impondo ao profissional ética, transparência, franqueza, honestidade e sinceridade no atendimento ao cliente. A utilização das técnicas de mediação e da programação neurolinguística pelo advogado contribuem bastante para esse resultado positivo. O advogado ‘bom de briga’ deve dar lugar ao advogado ‘bom de solucionar conflitos’, explica a advogada Debora Ghelman, especialista na área. 



Como proceder para realizar o divórcio humanizado?

Por mais difícil que seja esse momento, nem sempre precisa haver brigas e discussões. Caso o divórcio seja um assunto doloroso para ser conversado entre o ex-casal, é recomendável contratar um advogado especialista em Direito de Família para negociar e intermediar os termos devidos, evitando desgastes pessoais.

O ideal é que se contrate um único advogado para realizar o divórcio e compor os termos do acordo da forma mais justa possível. Certamente, é a opção mais econômica. Mas, caso as partes optem por cada uma ter o seu próprio advogado,
aconselha-se fugir do modelo de advogado combativo.

"As consequências da irresponsável atuação dos advogados podem custar muito caro à sua família. Um divórcio consensual sempre será mais barato, tanto em termos financeiros quanto, principalmente, em termos emocionais. Além de não envolvidos pela disputa, os advogados estão acostumados a este tipo de situação, podendo negociar com sobriedade e experiência", conclui a especialista.




Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a partir da Teoria dos Jogos.

 

Como atrair investimento estrangeiro para o Brasil?

O investimento estrangeiro despencou em 49% em todo o mundo no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados pela ONU – Organização das Nações Unidas. O Brasil foi o terceiro país que mais perdeu investimentos – cerca de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. Bem acima da média da América Latina, que foi de 25%.

Além das questões políticas e da pandemia, há um outro fator que pesa bastante para a redução desses investimentos: a gestão das empresas. Para atrair investimento externo, as empresas precisam evidenciar que tem uma gestão saudável e que são rentáveis. Para isso, é preciso fazer uma cuidadosa avaliação de vários aspectos, como o regime tributário, o tipo de sociedade e seus balanços financeiros. Mas, engana-se quem pensa que só isso é suficiente. É necessário ajuda especializada para garantir o sucesso da operação.

Antes mesmo de começar uma negociação como essa, as empresas precisam assinar um termo de confidencialidade, o NDA, com o objetivo de resguardar as duas partes na troca de informações sigilosas. Depois, é necessário recorrer a uma análise de risco due dilligence, que faz um mapeamento preciso de vários aspectos para avaliar a atratividade do negócio para as duas partes. E essa análise pode ser feita tanto sob o prisma do investidor quanto de quem pretende receber o investimento – e ambas são igualmente relevantes para garantir os interesses de todos.

Um dos aspectos mais importantes nesse tipo de transação é a questão cultural. Embora o direito brasileiro esteja pautado nas principais referências mundiais, é preciso considerar questões particulares da nossa legislação e também do setor de mercado onde a negociação acontece, para que sejam obedecidas as regras nacionais. Tanto é que setores como o de saúde, aviação e mídia possuem restrições a investimentos estrangeiros, mas que foram sendo abrandadas ao longo do tempo.    

Contudo, independentemente do segmento de atuação da empresa que pretende receber o investimento é primordial avaliar questões que envolvam o direito societário, cível, tributário e trabalhista, a fim de garantir a idoneidade da empresa e o atendimento a todas as leis vigentes. Além disso, é preciso avaliar ainda os aspectos inerentes ao core business da empresa. Uma atividade que gere impacto à natureza, por exemplo, deve atender com mais rigor a legislação ambiental do que uma com menor pegada de carbono.

Além de cumprir rigorosamente a todas as exigências legais básicas para o bom funcionamento da empresa, outros aspectos estão ganhando cada vez mais relevância, como é o caso do compliance. Empresas que conseguem comprovar sistemas de gestão livres de suborno e corrupção atraem mais atenção dos investidores. O mesmo tem acontecido com o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGDP. Demonstrar que a empresa faz a correta manipulação de dados tanto de seu público interno quanto externos atrai os potenciais investidores.

Embora não sejam obrigatórias, as certificações ISO ajudam muito nesse processo. Como a empresa certificada passa por auditorias periódicas que analisam o cumprimento de determinadas normas, uma certificação como esta figura como um grande diferencial para quem deseja atrair a atenção do investidor estrangeiro, em especial porque essas certificações são internacionais, o que garante um padrão de atendimento aos requisitos estabelecidos, seja de uma norma de qualidade (ISO 9.001), compliance (ISO 37.301) ou segurança da informação (ISO 27.001).

Outro diferencial importante é a reputação da empresa. Um bom trabalho de marketing e branding junto aos seus mais variados stakeholderes sempre anima os investidores interessados em fazer aportes ou mesmo comprar a empresa toda, ou parte dela. Em alguns casos, o valor da marca facilmente ultrapassa o valor dos ativos tangíveis, tornando a operação muito mais atrativa para quem vai receber o investimento.

Ao longo de todo o processo de levantamento de informações, é imprescindível a interação plena da equipe interna da empresa avaliada com os auditores indicados por ambas as partes. Em muitos casos, os colaboradores ficam com receio de seus próprios destinos após a negociação, mas tal receio é infundado se o time interno possui alta performance e qualificação. Um relatório de auditoria adequado, com as informações corretas, é muito importante para que as duas partes tomem a melhor decisão. Quando decidem fechar o negócio, é necessário registrar toda a operação, se possível preservando os dados que serviram de base para a tomada de decisões (comumente chamados de data room) e oficializar a transação nos órgãos competentes.

Mesmo sendo um caminho trabalhoso e que demanda gastos, a busca por investimentos estrangeiros para as empresas brasileiras é de suma importância para a economia do país. Quando o trabalho é bem feito, todos saem ganhando: o investidor, a empresa e principalmente o Brasil, que consegue gerar mais emprego e prosperidade para toda a população.

 



Jayme Petra de Mello Neto - advogado do escritório Marcos Martins Advogados e especialista em Direito cível e societário.


Gabriela de Ávila Machado - advogada, DPO (Data Protection Officer) certificada e líder da área societária do Marcos Martins Advogados. 

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/ 


3 passos para iniciar o marketing digital na sua empresa

Em meio à transformação digital, o marketing digital tem se tornado essencial para quem deseja iniciar novos negócios ou alavancar ainda mais a  empresa; o empreendedor digital, Alex Vargas, lista alguns pontos essenciais


 

Uma das áreas que vem crescendo continuamente no Brasil é a do marketing digital. No momento atual, em que as pessoas estão vivendo em uma pandemia, o acesso à internet e a possibilidade de compartilhar os negócios em diversos formatos online torna esse crescimento muito mais eminente. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), é previsto que o faturamento do e-commerce brasileiro, em 2020, ultrapasse R$100 bilhões de reais. Estes números estimam que as vendas online gerem cerca de R$106 bilhões, tendo um aumento de 18% em relação a 2019. 

 

Para quem está começando um negócio ou quer alavancar ainda mais sua empresa, neste “novo normal” é imprescindível apostar suas fichas no marketing digital. Para Alex Vargas, empreendedor digital com mais de 800 mil inscritos em seu canal no YouTube, o marketing digital se tornou um requisito para atravessar este momento e se manter relevante no mercado. “O cenário mais impactado pela pandemia foi o da transformação digital que, hoje, já está muito mais evoluída do que tempos atrás. Acho necessário que as pessoas entendam que o marketing digital vai muito além de alavancar vendas. Ele agrega valor às marcas, além de ser o pontapé inicial para conquistar e fidelizar clientes. Isso mostra que, para quem deseja se destacar neste momento que todos estão tentando conquistar público, torna-se necessário aplicar algumas técnicas nos negócios”, explica.

 

Uma das principais ações para quem deseja conquistar mais espaço, e não se importa em gastar um pouco de dinheiro, é investir no marketing pago. “A criação de anúncios pode ser essencial tanto para quem está criando um novo negócio, quanto para quem deseja crescer ainda mais na área. Há muitas opções, já que os anúncios podem ser pagos e direcionados para um público específico que costuma consumir produtos da respectiva área. Para quem tem seus negócios em cidades pequenas, o dinheiro gasto com esses anúncios pode ser bem baixo e trazer muitos resultados. Muitas vezes, os consumidores são atraídos justamente por esses anúncios, além de ser muito comum que as pessoas associem esta questão com ter credibilidade no mercado”, diz Vargas.

 

Pensando nisso, o especialista lista os principais passos para implementar o marketing digital nos negócios e conquistar ainda mais resultados. Confira:


 

1. Produza conteúdos: um dos principais pontos para criar uma maior identificação com os clientes é a produção de conteúdos. Para um ponto de partida, as pessoas podem começar respondendo dúvidas da sua audiência. “Não importa a área que esteja, é normal que os clientes tenham algumas dúvidas sobre processos ou produtos. Então, essas dúvidas podem ser respondidas por texto e, às vezes, até por vídeo. Além disso, produzir conteúdos sobre temas relacionados a área atuada e sobre curiosidades que o público-alvo possa ter, é uma ótima alternativa para começar a se posicionar online”, entende.


 

2. Apareça ao vivo: no momento atual, aproveitar o cenário de crescimento nos números de lives por conta da pandemia, é uma ótima ideia para quem deseja alavancar ainda mais os negócios. “Atualmente, basicamente todas as plataformas oferecem a opção de aparecer ao vivo para conversar com o público - são as famosas lives. É importante aproveitar essa oportunidade e usá-la para formar relacionamentos comerciais e, principalmente, ter um contato mais real com as pessoas que apoiam a sua marca e o seu trabalho. Dessa forma, os negócios acabam conquistando ainda mais autoridade na área e credibilidade com quem acompanha”, complementa o especialista.


 

3. Ajude seu público de verdade: para quem deseja conquistar resultados com o marketing digital, uma das principais preocupações deve ser ajudar o público-alvo de verdade, sem ficar se preocupando com a concorrência. “Muitas vezes, as pessoas têm medo de compartilhar seus conhecimentos e ideias por conta da concorrência. Isso não deve acontecer nunca. Quando os conteúdos começam a ser produzidos é importante que a preocupação esteja somente em ajudar de verdade quem acompanha os seus negócios. É dessa maneira que se ganha ainda mais credibilidade com quem te acompanha sempre, além de ser uma boa maneira para ir ganhando mais espaço e se tornar um especialista na área em que atua”, conclui.

 




 

Alex Vargas - empreendedor digital há mais de 15 anos. Desenvolveu dezenas de negócios na Internet. É criador de diversos treinamentos online, com destaque para o Fórmula Negócio Online que é considerado o treinamento mais indicado para quem quer começar um negócio do zero. Reconhecidamente como um dos mais bem sucedidos profissionais de marketing digital do Brasil. Desenvolveu os melhores treinamentos para empreendedores digitais, profissionais de marketing e afiliados da atualidade.Reconhecido pelo mercado como um dos melhores copywriters da atualidade. Criou cartas de vendas de altíssima conversão. Desenvolveu diversos negócios na Internet. Ganhou o prêmio de Empreendedor Digital do ano de 2019 do Afiliados Brasil.Motivador de pessoas. Aborda pontos de motivação e mindset para criação de negócios altamente lucrativos.

Transformação digital: a hora e a vez da voz

 

 Opinião


Desde sempre, a voz, além de um poderoso instrumento de comunicação, é também uma ferramenta de vendas das mais antigas e eficientes. Por um tempo esquecida, com a força que ganharam ferramentas digitais como e-mail e aplicativos de mensagens, ela volta agora com força total. Num mundo em acelerada mudança, o uso da voz vem ganhando ainda mais relevância, com o comportamento do consumidor dando sinais claros de que ela voltará a ser o principal canal de interação entre pessoas e equipamentos. E dois fatores contribuíram para isso: o sucesso dos smart speakers e o advento da pandemia. 

Os smart speakers - dispositivos com sistema alto-falante e um assistente virtual que escuta, interpreta e responde a um usuário - já são uma realidade e estão em franca expansão, inclusive no Brasil. Nos EUA, os smart speakers levaram menos de cinco anos para serem adotados por 50% da população americana. Para efeito de comparação, os aparelhos de TV levaram mais que o dobro disso para alcançarem metade dos lares americanos. E são esses dispositivos que estão ajudando a elevar o patamar de importância do uso da voz atualmente. 

Paralelo a isso, tivemos uma pandemia que obrigou o mundo a adotar novas medidas de higiene e distanciamento. E diante dessa realidade, que deve se transformar no novo normal, surge a necessidade de dispositivos chamados touchless (sem toque), como forma de evitar o contato com superfícies comuns a muitas pessoas, como máquinas de pagamento, caixas automáticos, catracas, elevadores, fechaduras, telefones e outros mais. Novamente, a voz será grande aliada nessas transformações.

A jornada de compra do consumidor está cada dia mais se concentrando no ambiente digital, mas a voz também vem ganhando papel importante no estágio avançado do processo de compra. Isso porque novos hábitos e perfis de pessoas estão exigindo uma comunicação síncrona. Com a pandemia, o número de ligações após pesquisa no Google aumentou 139%. As pessoas, cada vez mais imediatistas, não têm mais paciência para preencher um formulário e aguardar um retorno imprevisível quando podem resolver a questão com uma simples ligação. E é aí que empresas e negócios podem se beneficiar, se souberem se preparar para isso. 

Aqui cabe uma pergunta: quem estava preparado para receber tantas ligações em um mundo que caminha para a transformação digital? Muitas empresas não estão prontas para atender todas as chamadas que recebem. Em média, amostras nacionais do segmento de varejo apontam que 20% das ligações de consumidores não são atendidas. Em alguns setores, esse número chega a 50%. Não atender um potencial cliente é enfraquecer um vínculo; por outro lado, proporcionar um novo contato para falar do que ele realmente precisa faz toda a diferença. A tecnologia já permite que tudo isso seja levantado e transformado em dados. As empresas estão descobrindo o poder do call tracking e speech analytics para garantir melhoria de performance em marketing e vendas, eliminação de gargalos, redução de desperdícios, aumento de ROI do marketing e, olhando também pelo lado do cliente, uma melhor experiência em sua jornada.

A Inteligência Artificial é também protagonista nessa revolução, com o aprimoramento do machine learning, que permite analisar com precisão cada palavra falada para criar amostras de padrão de consumo e fazer análises sobre a qualidade do atendimento dispensado. É a tecnologia que está garantindo às empresas utilizar a voz como um novo canal de relacionamento, proporcionando aos clientes serviços por meio deste canal e, ao mesmo tempo, se beneficiando ao ter em mãos a chance de transformar todo esse conteúdo registrado em análise e conhecimento. Com isso, é possível saber por que os clientes ligam, como são atendidos, qual campanha traz mais leads telefônicos e quais ligações convertem em vendas. Assim, conhecimento significa salto de performance. 

Tudo isso já é possível e está acontecendo. E se esticarmos o olhar, vamos enxergar novas possibilidades que, em um futuro próximo, serão realidade, como a biometria de voz. Já imaginou cadastrar a sua voz para que ela se torne um instrumento preciso de identificação pessoal? Sim, isso já está sendo testado e, em curto espaço de tempo, vai trazer mais segurança e praticidade para o dia a dia das pessoas. É com esse propósito que a transformação digital caminha acelerada.

 


Marcio Pacheco - CEO e co-founder da PhoneTrack.

 

Confiança para comunicar e comunicar para ganhar confiança

Desde o início da pandemia, os holofotes estão direcionados – e permanecem fixos – sobre o mercado de healthcare no Brasil e no mundo. Com a pauta de saúde dominando os noticiários, o segmento ganhou mais atribuições e perspectivas, e passou a demandar de maneira forte um novo plano de comunicação. No campo da saúde suplementar, área de atuação da Paraná Clínicas, foi preciso acelerar a presença no meio digital, reforçar a autenticidade do discurso e entender mais profundamente o fluxo de confiança dos consumidores, sendo esse último fator o mais impactado pelas transformações vividas a partir de abril.

De acordo com o Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2020, a necessidade por confiança na marca ganhou peso em função da crise causada pelo novo coronavírus, se tornando a terceira consideração mais importante para o brasileiro na hora de comprar uma nova marca, com índice de 57%. Ou seja, o consumidor passou a analisar não só o preço (69%) e a reputação da empresa (58%) – fatores que permanecem sendo os mais importantes para a maioria –, mas também se aquela marca é digna de confiança. O ponto também passou a ser priorizado por 63% dos entrevistados quando o assunto é fidelidade à marca.

A verdade é que a pesquisa veio para atestar algo que já sabíamos: o consumo está altamente relacionado à criação de vínculo, à construção de afinidades, à autenticidade da comunicação entre instituição e cliente, à compreensão mútua. Parecer normal já não é suficiente, é preciso estar e comunicar de forma mais próxima à realidade: mostrar gente de verdade, com roupas de verdade, em locações de verdade. Estabelecer uma persona que transmita credibilidade sobre o assunto, mas também seja real, empática e tenha um discurso acessível, de fácil compreensão.  

Foi o que fizemos na campanha de Outubro Rosa deste ano, focada em prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O nosso principal desafio era transmitir apoio e segurança para as beneficiárias que precisavam fazer os exames de rastreio e para aquelas que já estavam em tratamento, tudo isso sem esquecer das peculiaridades de atendimento trazidas pela pandemia. Em conjunto, construímos uma campanha em quatro eixos, com quatro ações paralelas focadas em educação em saúde, apoio assistencial, prevenção e relacionamento com o cliente.

O campo da educação em saúde, uma de nossas principais bandeiras, foi representado por uma live no perfil da Paraná Clínicas no Instagram. Durante quase uma hora, o mastologista credenciado à operadora, Dr. Helio de Oliveira Filho, conversou sobre câncer com a presidente voluntária da Associação Amigas da Mama (AAMA), Macarcy Engelbert. A programação foi assistida de forma simultânea por mais de 100 usuários únicos e gerou engajamento importante para nossos canais digitais. Disponibilizado no IGTV, o conteúdo foi reassistido quase 700 vezes em um mês.

Para reforçar o apoio assistencial, firmamos parceria com a Dalitz Joalheiros, empresa curitibana que desenvolveu um colar especial em ouro rosê e quartzo rosa. A peça foi vendida apenas durante o mês de outubro e teve todo o lucro revertido para os trabalhos da AAMA. Todas as pacientes do Centro de Infusão que lutam contra o câncer de mama receberam uma joia de presente e um certificado de doação feito pela Paraná Clínicas em seu nome para as Amigas da Mama.

Para comunicar sobre prevenção, desenvolvemos um filme para internet que tinha como protagonista uma mulher real, colaboradora e paciente da operadora, exemplo de superação da doença. Martha Schlean falou sobre sua trajetória a partir da sua mesa de trabalho, compartilhando com quem assistia um pouco da sua realidade, dos seus sentimentos, da sua vitória. O vídeo estava diretamente conectado ao último eixo da campanha, focado em relacionamento com o cliente e iniciado ainda em 2019.

Ano passado, convidamos nossas clientes a escreverem um cartão postal para suas versões de 2020 respondendo a seguinte pergunta: qual mensagem você quer deixar para seu futuro? Todos os cartões permaneceram guardados e, em outubro deste ano, foram encaminhados por correio para o endereço registrado pelas participantes. Foi a forma mais eficiente, empática e sensível que encontramos de lembrar a todas sobre a importância do rastreio e fazê-las refletir sobre a vitória que tiveram.

Estamos trabalhando para dialogar com o público de forma cada vez mais natural, o que não significa fazer comunicação de qualquer jeito. Procuramos sempre ter em mente que não é porque é carregado de simplicidade, feito em casa, sem grandes produções, que precisa ser “caseiro”. Por isso, investimos em conteúdo de qualidade, baseados em on demand e formatos que seguem tendo muito valor para quem precisa da atenção do público. Estamos trabalhando para que esse tempo nos traga a capacidade de refletir e fazer escolhas menos óbvias, mesmo que elas não sejam as mais fáceis. E que nos faça sair dessa situação mais atentos, sensíveis e diversos.

 



Juliane Kosiak Poitevin - formada em administração, especialista em marketing pela ESPM e, desde 2016, atua como gerente de marketing e comunicação da operadora de planos de saúde empresariais Paraná Clínicas, empresa integrante do Grupo SulAmérica com sede em Curitiba (PR).

 

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br 

 

Especialista lista 5 dicas para superar o desemprego na pandemia

Pesquisa do IBGE aponta aumento expressivo de desemprego no Brasil


Sabrina Amaral elenca estratégias que podem ser o diferencial na busca por esta recolocação


Em tempos de covid-19 e crise econômica, houve um aumento expressivo do desemprego no país, com mais de 14 milhões de brasileiros sem trabalho – de acordo com dados do IBGE. Mas da mesma maneira que alguns setores precisaram fazer cortes, outros estão em plena expansão, justamente em virtude das novas demandas advindas da pandemia. Esse é o caso, por exemplo, de serviços de alimentação, construção civil, atividades administrativas complementares, entre outras.

Para quem está fora do mercado de trabalho, é muito comum desanimar, ter sentimentos de baixa autoestima e falta de confiança em si mesmo. “Quem passa pela desagradável experiência de ser dispensado acaba desenvolvendo, de certa forma, um sentimento de rejeição ou ainda de perda. Em alguns casos o processo é muito similar ao luto pois de fato ‘perdemos’ algo”, destaca a psicoterapeuta especialista em gestão de pessoas, Sabrina Amaral, da Epopéia Desenvolvimento Humano, que, com base em sua experiência de mais de duas décadas na área de Recursos Humanos, elencou 5 dicas que podem ajudar quem está em busca de recolocação profissional a enxergar novas oportunidades e até sair na frente dos concorrentes. Confira:


Mantenha a cabeça no lugar


A primeira coisa que você precisa entender é que a crise é passageira. Manter seu equilíbrio emocional e uma atitude mental mais positiva sobre você mesmo e sobre o mundo vai fazer toda a diferença na hora de buscar uma recolocação. Esse já é o seu primeiro diferencial em relação aos seus ‘concorrentes’ na hora do processo seletivo.


Identifique seus pontos fortes


Não é porque você nunca exerceu uma determinada atividade de maneira formal ou não remunerada, que isso não possa se transformar numa fonte de renda. Faça uma lista das coisas que você tem facilidade de executar ou que constantemente as pessoas peçam sua ajuda, pois você faz bem. “Por exemplo, aquela receita que todo mundo quer copiar ou quando pedem para você fazer uma manutenção aqui e ali, dar uma olhadinha naquele evento, que você organiza tão bem. Tudo isso são talentos natos. A crise revela talentos ocultos que em outra ocasião jamais teriam vindo à tona. Então aproveite!”, destaca Sabrina.


Faça um plano


Uma vez que você tenha identificado o que pode fazer, trace uma estratégia perguntando-se ‘onde estou e onde gostaria de chegar?’; ‘quais são as estratégias para chegar aonde quero’. O segredo do sucesso é direcionar o foco da sua atenção para ações que estão no seu controle, dependem apenas de você e podem te aproximar do que você almeja. Lembre-se: o melhor antídoto contra o desânimo é manter-se em movimento.


Afie seu machado


Sabe aquele provérbio chinês: Se quiser derrubar uma árvore, comece afiando seu machado? Ele se aplica exatamente a este contexto. Por isso, defina quais são as ferramentas que você precisa para ‘afiar o seu machado’. Existem muitos cursos online gratuitos, lives com especialistas, sem mencionar as aulas gravadas no Youtube. Aproveite para se capacitar e melhorar. Outra dica é usar a internet a seu favor: faça conexões nas redes sociais, participe de grupos que compartilham vagas, mantenha relacionamento com recrutadores e aproveite o grande volume de consultorias solidárias que muitas pessoas estão fazendo para revisão de currículo.


Cuide dos aspectos práticos


Comece revisando seu currículo. Evite excesso de informações ou exagero na hora de elencar suas qualificações. Você pode ter mais de um modelo de currículo, direcionando cada um deles a respectiva área de atuação proposta para aquela oportunidade. Vale colocar todas as suas experiências; mesmo as sem registro em carteira. Outra dica interessante é você se preparar previamente para entrevistas: conheça seus pontos fortes e fracos, e o que precisa ser dito (ou não dito) em uma entrevista; vale até mesmo treinar com alguém para te ajudar a lidar com o nervosismo e aumentar sua segurança para falar. Se a entrevista for online, cuide de detalhes importantes como barulhos, imagem de fundo e instabilidades na conexão. “Estando todos em casa, comunicar dificuldades no início da entrevista evita desconfortos”, lembra a especialista.

Por fim, é importante que você entenda que o seu cérebro trabalha a partir de necessidades, por isso mantenha a mente aberta e com foco no aprendizado. Isso te ajudará a ficar mais otimista e focar nas soluções ao invés das coisas que podem dar errado. E lembre-se: em toda a crise existem três coisas – uma data para acabar, novas oportunidades e ensinamentos para a sua vida!

Sabrina Amaral é psicoterapeuta, psicóloga e hipnoterapeuta Omni, practitioner em PNL e coach da mente. Membro IBHEC (International Board Of Hypnosis Educational & Certification). Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, especializou-se em Transe Conversacional com Elisabeth Erickson, Neurociência aplicada ao comportamento humano e Psicologia Positiva.

Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora em Campinas e voluntária na Humanitarian Coaching Network que provê serviços de coaching para líderes da ONU e UNICEF. Sabrina acredita na transformação do ser humano e, após uma vivência de duas décadas na gestão de processos de RH, fundou a Epopéia Desenvolvimento Humano que se propõe a levar à tona o que o cliente tem de melhor com o intuito de ajudá-lo no processo de se tornar pleno, inteiro e feliz.

 

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OS DESAFIOS JURÍDICOS DO AGRONEGÓCIO PARA 2021

Ninguém duvida que o ano de 2020 foi um ano de grandes desafios. A humanidade foi testada em vários sentidos e, francamente, ainda não sabemos se efetivamente passamos no teste. Alguns esforços, no entanto, se destacaram nesse período: o dos cientistas na busca da vacina e do tratamento da COVID-19 e do agronegócio, para manter a cadeia de suprimento dos insumos agropecuários e garantir a segurança alimentar planetária.

Para o agronegócio brasileiro os desafios não foram pequenos. Desde manter os trabalhadores rurais e os das indústrias processadoras, bem como suas famílias, sanitariamente seguros sem prejuízo da continuidade da produção, até garantir a regularidade na distribuição dos produtos, por via rodoviária e marítima, respeitando contratos domésticos e internacionais.

Os esforços em 2020 valeram a pena, sem dúvida. O setor do agronegócio saiu praticamente ileso da crise econômica provocada pela pandemia e ainda experimentou forte alta dos preços das principais commodities exportadas. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre janeiro e agosto de 2020 as exportações brasileiras de produtos do agronegócio somaram US$ 69,63 bilhões, o que representou um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período em 2019, quando as vendas foram de US$ 64,31 bilhões. Projeções indicam que o Brasil deve bater novo recorde nas exportações dos produtos do agronegócio em 2020.

O ano de 2020 ainda assistiu a promulgação da Nova Lei do Agro, como ficou conhecida a Lei 13.986/20 que trouxe várias novidades relacionadas ao financiamento e à viabilização financeira do setor, como a modernização dos títulos do agronegócio e a possibilidade de sua emissão em moeda estrangeira, a instituição de novos instrumentos de garantiaa serem oferecidos pelos tomadores de crédito.

Esse histórico, juntamente com as boas notícias em relação à produção de vacinas eficientes por diferentes laboratórios internacionais, deveria trazer uma expectativa de refresco e bonança para o ano de 2021, mas lamentavelmente outros desafios, principalmente jurídicos, aparecem no horizonte do novo ano, reclamando nossa atenção e prevenção.

Apesar dos avanços trazidos pela Nova Lei do Agro, alguns aspectos ainda precisam ser regulamentados para que possam efetivamente entrar em prática, em especial as regras para o registro das CPRs, que será obrigatório a partir de 1º de janeiro como condição de validade e eficácia. O desafio, neste caso, é não deixar que essa obrigação se torne apenas mais uma burocracia para a emissão das CPRs mas, sim, um instrumento vantajoso para o setor, seja no levantamento do endividamento do emitente da CPR, seja para a rastreabilidade do produto representada pelo título. Além disso, é vital que o registro das CPRs converse com o registro das respectivas garantias reais inclusas no título, seja o penhor rural do produto, seja a alienação fiduciária do imóvel. Vale dizer, se não houver interação entre esses registros e o beneficiário do título continuar com o ônus de se deslocar até os respectivos cartórios de registro de imóveis para o registro das garantias, a obrigação prevista do artigo 12 da lei 13.986|20 se revelará inócua.

Outro grande desafio vem na esteira da aprovação do Projeto de Lei n° 4458, de 2020, que altera as Leis nºs 11.101, de 2005; 10.522, de 2002; e 8.929, de 1994, para atualizar a legislação referente à recuperação judicial, à recuperação extrajudicial e à falência do empresário e da sociedade empresária. Influenciada pelos recentes precedentes doSuperior Tribunal de Justiça que reconhecem o direito ao devedor ruralem requerer recuperação judicial, mesmo que possua registro recente na Junta Comercial, mas que exerça regularmente sua atividade há mais de dois anos e com contabilização regular de suas operações, a nova lei de Recuperação Judicial trará para os contratos celebrados no setor do agronegócio brasileiro um risco novo que certamente impactará nas tomadas de decisão de concessão de crédito.

Aliás, é nos contratos que reside outro importante desafio jurídico para o ano de 2021. Dados publicados na mídia indicam que em agosto deste ano de 2020 já se havia negociado aproximadamente 44% das 131,6 milhões de toneladas estimadas para o ano, um percentual quase três vezes superior à média para o período. Ocorre que a pressão sobre os preços das commodities, que não deve diminuir em 2021, e uma eventual queda de produtividade das lavouras em razão dos efeitos da El Niña, poderão gerar discussões sobre o cumprimento daqueles contratos.

Outros desafios também assomam-se no horizonte: desde a questão do tabelamento do frete, que ficou esquecida neste ano, à retomada das discussões para implementação do acordo Mercosul-EU, sem descontar as novas políticas comerciais que poderão vir por parte dos EUA, agora sob nova gestão.

Enfim, apertem os cintos porque continuaremos sob fortes turbulências em 2021.

 



Frederico Favacho - consultor jurídico da ANEC (Associação Nacional dos Exportadoresde Cereais)


De olho no fim do ano, comércio e serviços paulistas geram 91,8 mil novas vagas em outubro

Comércio criou maior número de novos postos formais de trabalho desde novembro de 2012; no setor de serviços, resultado é o melhor em seis anos

 
Os setores de comércio e serviços paulistas geraram, juntos, 91.852 novas vagas formais de emprego em outubro, mostra a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O resultado foi alcançado principalmente por causa do volume expressivo de novos postos de trabalho entre comerciantes: 30.003 – o melhor resultado mensal desde novembro de 2012.
 
Para a Federação, os números expressam a recomposição do quadro funcional e o movimento do mercado para o Natal – a principal data para o comércio brasileiro. Para dar conta da demanda, só o varejo foi responsável por 22.834 das novas vagas do setor, enquanto 4.859 foram geradas por comerciantes do atacado e 2.310 em atividades de venda e reparação de veículos.
 
O desempenho em outubro do comércio paulista foi tão acima do esperado que, mantendo esta tendência, espera-se que a geração de emprego no varejo para as festas de fim de ano, inicialmente projetadas com queda, fique próximo do auferido em 2019, quando a atividade gerou em torno de 35 mil vagas celetistas.
 
O setor de serviços também bateu um recorde de seis anos: as 61.849 vagas formais abertas em outubro representaram o melhor desempenho para um mês desde fevereiro de 2014. Neste caso, o resultado foi encabeçado por atividades administrativas, responsáveis por mais da metade dos postos de trabalho do mês (35.374), especialmente dentro do grupo os serviços de seleção, agenciamento e locação de mão de obra (24.082).
 
Se as festas de fim de ano incentivam o aumento do emprego nos últimos meses do ano, a FecomercioSP também lembra que é comum haver queda no número de novas vagas formais no setor de serviços em dezembro.
 

Tabela 1 – Saldo de vagas formais do comércio no Estado de São Paulo (outubro/2020)

 


 Tabela 2 – Saldo de vagas formais no setor de serviços no Estado de SP (outubro/2020)


 

Os números de outubro ajudam ainda mais a diminuir os prejuízos acumulados ao longo do ano: no comércio, as cerca de 30 mil vagas de outubro foram quase a mesma quantidade de postos formais abertos entre os meses de julho e setembro (37 mil) – o que ajudou a diminuir o volume total da retração no número de vínculos em 2020 (-91.164 vagas celetistas).
 
O setor de serviços vive situação parecida: apesar de ter criado mais de 104 mil empregos formais entre agosto e outubro, o segmento registra retração de 86.606 vagas no acumulado dos dez meses do ano, o que representa uma queda de 1,4% em relação ao estoque de vínculos.

 
Serviços puxam resultados na capital

Os dados do Estado de São Paulo se refletem na capital, onde a geração de 36.068 novas vagas nos dois setores em outubro foi puxada muito por causa da demanda do varejo e pelas atividades administrativas, no caso dos serviços.
 
Entre os comerciantes paulistanos, quase a totalidade dos 7.905 novos postos celetistas abertos no mês vieram do varejo (5.772). O resultado representa um aumento de 0,98% na empregabilidade do comércio da cidade em relação ao estoque de vínculos.
 
No ano, porém, o setor já perdeu 47.232 empregos formais, principalmente pelo retrocesso no varejo (-34.367).
 
Já os serviços tiveram resultado mais expressivo na geração de vagas celetistas em outubro na cidade: 28.163 novos empregos, dos quais 19.225 vieram das atividades administrativas. O número representou uma alta de 1,05% na empregabilidade do setor na metrópole paulista.
 
No ano, as 51.894 vagas a menos só no setor de alimentação puxam para baixo o resultado acumulado, que, atualmente, é de 64.478 postos formais fechados na cidade.

 
Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

Saúde libera R$ 432 milhões para implantação do Prontuário Eletrônico nos postos de saúde

Digitalização dos dados de saúde facilita o acompanhamento dos pacientes que buscam atendimento no SUS

 

O Governo Federal está investindo mais de R$ 432 milhões para informatização de mais de 15 mil equipes de saúde que atendem nos serviços da Atenção Primária. O incentivo financeiro tem como objetivo apoiar os municípios na implantação do Prontuário Eletrônico nos postos de saúde, facilitando o acompanhamento dos pacientes que buscam atendimento nesses serviços. A medida foi instituída pela portaria n° 3.193, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (30).

Os recursos devem ser utilizados pelos estados e municípios para a aquisição de equipamentos e tecnologia que viabilizem a informatização das unidades de saúde. A digitalização dos dados substitui as anotações em fichas de papel e, com isso, as informações clínicas dos pacientes ficam concentradas apenas em um lugar, podendo ser acessadas por todos os profissionais de saúde em qualquer lugar do país.

“O registro de dados em fichas de papel tem baixa possibilidade de recuperação e há risco de perder informações dos pacientes nas etapas de transporte e digitação por outros profissionais. A informatização dos serviços é essencial para a garantia da continuidade informacional e compartilhamento de dados entre diferentes serviços e em diferentes níveis de atenção no âmbito do SUS”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente

O secretário destaca ainda que os registros digitais dos pacientes serão essenciais para o acompanhamento da vacinação contra a Covid-19. “É indispensável a qualificação do processo de registro e recuperação de informações pertinentes às ações desenvolvidas pela Atenção Primária, envolvendo o acolhimento aos usuários com suspeita de Covid-19, o acompanhando e tratamento dos casos confirmados e, futuramente, quando houver disponibilidade de vacinas, o registro dos usuários imunizados”, diz Parente.

Poderão aderir ao incentivo financeiro municípios e o Distrito Federal que possuam equipes de Saúde da Família (eSF) ou equipes de Atenção Primária (eAP) não informatizadas, custeadas pelo Ministério da Saúde e devidamente cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Cada equipe está apta para receber R$ 27.157, transferidos em parcela única após solicitação dos gestores e homologação dos pedidos.


INFORMATIZA APS

A adoção do Prontuário Eletrônico é uma das frentes do Informatiza APS, programa que integra o Conecte SUS - estratégia de saúde digital do Ministério da Saúde. A iniciativa apoia a informatização das unidades de saúde e a qualificação dos dados da Atenção Primária.

O Prontuário Eletrônico funciona como um repositório de informações clínicas dos pacientes que procuram atendimento no SUS. Nele são registrados os exames, prescrições de medicamentos, doses de vacinas e os problemas de saúde dos cidadãos, independentemente do local onde foi feito o atendimento, seja em um posto de saúde ou nas emergências de hospitais.

A digitalização dos dados também facilita o trabalho dos profissionais de saúde no acompanhamento dos pacientes, alem de garantir mais segurança, por não ter risco de perder dados por degradação física, química ou biológica do papel ao longo do tempo, além de permitir que se faça o backup dos registros.

 


Marina Pagno

Ministério da Saúde

 

Para 86% da população da Amazônia Legal, desenvolvimento só ocorre com preservação ambiental

Pesquisa Decisores da Amazônia mostra que atividade com mais potencial é o turismo

 

A preservação ambiental é condição fundamental para o desenvolvimento econômico na avaliação de 86% dos dos brasileiros que vivem na Amazônia Legal, mostrou a pesquisa Decisores da Amazônia, realizada pelo Ideia para o Instituto O Mundo Que Queremos e o Instituto Clima e Sociedade.

De acordo com o levantamento, os entrevistados acreditam que a preservação ambiental é muito importante pois o crescimento e o desenvolvimento do país também dependem do meio ambiente conservado. A constatação foi feita em todos os municípios, independentemente das condições econômicas e de desmatamento.

O percentual é semelhante ao dos entrevistados que acreditam que as atividades econômicas estão de alguma forma ligadas à exploração de recurso naturais (80%), o que se leva a crer que eles acreditam em uma exploração sustentável da região, daí a importância de entendimento entre preservação e conservação da floresta. Seguindo nessa linha, a pesquisa mostrou que a atividade econômica com maior potencial para ser explorado na Amazônia é o turismo (oportunidade de lucro com baixa necessidade de desmatamento), seguido do melhor uso do solo por meio da pecuária com o objetivo de reduzir a pressão do desmatamento.

Do outro lado, apenas 8% dos entrevistados acreditam que a preservação ambiental interfere no crescimento econômico do país.

 

Ameaças e cuidados

A pesquisa Decisores da Amazônia mostrou também que a floresta representa o maior bem da humanidade para 66%, segundo os entrevistados, sendo a principal ameaça à natureza atualmente o desmatamento das florestas (56%). Como ameaças, em segundo lugar aparece a poluição das águas, rios e mares (12%) e, em terceiro, o descarte inadequado, geração de lixo e de resíduos sólidos (11%).

De acordo com metade da população da região, houve uma piora na situação do meio ambiente nos últimos anos (35% acham que piorou um pouco e 21% acham que piorou muito).

Para 23% deles, os cuidados com a produção e destino do lixo é a melhor ação que a população pode tomar para melhorar o uso dos recurso naturais.

Quase metade dos entrevistados afirmam ainda que a opinião da população não é levada em consideração pelos políticos locais. Além disso, para 24% dos entrevistados os governos estaduais, em primeiro lugar, e o governo federal, em segundo lugar, são os responsáveis pela situação atual do meio ambiente. Já para 51%, o cuidado com a floresta é responsabilidade de todos, mas as decisões sobre futuro da Amazônia dizem respeito somente aos brasileiros (soberania).

Outro ponto a ser levado em consideração é que a população avalia que a preocupação dos ambientalistas com a conservação é mais positiva do que negativa (34%). Os ambientalistas são o grupo com maior grau de confiança na região, à frente de imprensa, políticos, líderes internacionais ou mesmo moradores de outras regiões do país.


Necessidades

Na Amazônia, as maiores demandas são saúde, educação e geração de emprego. A primeira é apontada como a mais carente de atenção por parte da atual administração municipal para 3 de cada 4 moradores da região.

Por fim, vale citar que 1 em cada 5 entrevistados não receberam informações sobre o desenvolvimento econômico da "floresta em pé" (77%). A Prefeitura municipal foi citada como o call mais efetivo para receber informações a respeito do desenvolvimento econômico com a floresta em pé (43%).


 A Pesquisa

 A pesquisa foi realizada entre os dias 11 a 23 de outubro de 2020, com 1400 entrevistados. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Um dos critérios adotados para a escolha dos entrevistados foi a classificação dos municípios a partir do desempenho registrado por eles no Relatório Imazon para o Índice de Progresso Social (IPS) de 2018, bem como a condições destes municípios diante dos registros referentes à taxa de desmatamento, sendo assim definidas em três categorias: sem pressão (desmatamento acumulado menor que 5%), com pressão (desmatamento acumulado nos últimos 3 anos maior que 40 km² ano) e já desmatados (desmatamento acumulado maior que 70%).


Como ficam as férias coletivas em 2020?

O ano de 2020 foi muito atípico em todos os sentidos. Com a pandemia, milhares de empresas anteciparam as férias coletivas. Agora, é normal ficar aquela pergunta entalada na garganta de muitos trabalhadores: será que vamos parar?

A Medida Provisória (MP) 927/2020, editada em março por causa do isolamento social, perdeu a validade em julho. Com isso, as regras previstas no texto, como a flexibilização das férias, prescreveram. Sendo assim, a concessão de férias individuais e coletivas deve ser feita da maneira regular, como consta na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Agora, as férias individuais devem ser comunicadas com, no mínimo, 30 dias de antecedência, podendo ser divididas em até três períodos – desde que um dos ciclos contemple, pelo menos, 14 dias corridos, e os demais não sejam inferiores a cinco dias. Vale lembrar que, embora a decisão sobre as férias pertença ao empregador, o fracionamento em três períodos precisa de consentimento do empregado.

Com a prescrição da MP, não é mais possível conceder férias antes do seu vencimento. Ou seja, é necessário que o funcionário tenha 12 meses de trabalho completos para ter direito ao benefício. Durante a MP, era possível antecipar até férias não vencidas. O adicional de um terço sobre as férias e o abono pecuniário – que consiste em vender um terço dos dias de descanso – devem ser pagos normalmente.

Já as férias coletivas precisam ser comunicadas com, no mínimo, 15 dias de antecedência. Durante a MP, esse prazo era de apenas dois dias, dada a situação emergencial. A empresa que optar pelas férias coletivas deve comunicar o sindicato que representa os trabalhadores e o órgão local do Ministério da Economia com o mesmo prazo de antecedência. No caso das Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs), não é necessário fazer nenhum comunicado a órgãos competentes.

As férias coletivas são obrigatórias, e não opcionais. Portanto, o empregador é quem decide quando o colaborador irá tirar férias. Elas podem abranger toda a empresa ou apenas alguns departamentos. No entanto, não é possível dar férias coletivas apenas para um grupo de pessoas aleatoriamente, visando apenas a redução e a não total paralisação de determinada atividade.

Assim como férias individuais, as coletivas podem ser concedidas em dois períodos distintos. Cada período deve ser de no mínimo dez dias e no máximo de trinta dias. Já o funcionário que estiver há menos de 12 meses na empresa, deve desfrutar de férias proporcionais ao seu tempo de trabalho, iniciando-se, em seguida, uma nova contagem. Se o período de férias proporcional for menor que o período de férias coletivas, a diferença deve ser registrada como licença remunerada. Se for maior, o saldo de férias deverá ser utilizado até o término do novo período aquisitivo de férias. Se duas férias ficarem vencidas, a empresa passa a ter pagar o dobro ao funcionário.

Outro aspecto bastante particular nas férias coletivas desse ano é quanto à suspensão do contrato de trabalho. Quem ficou três meses afastado, por exemplo, perdeu a contagem desse período para o direito às férias. O mesmo acontece em relação ao 13º salário, que será menor para quem teve o contrato suspenso. Já para quem teve apenas redução de jornada, nada muda. Cabe destacar que o contrato de suspensão tem que ter sido documentado. Em contabilidade, nada pode ficar apenas no boca a boca.

 


Regina Fernandes - perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PMEs do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital. 

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