Para a advogada Debora Ghelman, o
acordo humanizado evita danos emocionais e financeiros
Atualmente, um em cada três casamentos acabam e, 70% dos pedidos
de divórcio são realizados pelas mulheres, que não aguentam permanecer em
relacionamentos machistas, nos quais são submetidas a realizar a chamada tripla
jornada de trabalho - trabalhar, cuidar dos filhos e da casa.
Em 2020, o isolamento social também motivou muitas separações,
pois, o ano atípico de pandemia, fez com que as pessoas ficassem mais instáveis
emocionalmente e as relações familiares acabaram sendo afetadas, resultando em
divórcio para muitos casais.
Mesmo com toda tristeza que o fim de um relacionamento
desencadeia, o cenário ideal é que o ex-casal consiga chegar num consenso em
relação aos termos
do divórcio, uma vez que será menos doloroso no âmbito emocional
e financeiro.É aí que entra o chamado "divórcio humanizado’.
"A advocacia humanizada se baseia na função social da
profissão impondo ao profissional ética, transparência, franqueza, honestidade
e sinceridade no atendimento ao cliente. A utilização das técnicas de mediação
e da programação neurolinguística pelo advogado contribuem bastante para esse
resultado positivo. O advogado ‘bom de briga’ deve dar lugar ao advogado ‘bom
de solucionar conflitos’, explica a advogada Debora
Ghelman, especialista na área.
Como proceder para realizar o divórcio humanizado?
Por mais difícil que seja esse momento, nem sempre precisa haver
brigas e discussões. Caso o divórcio seja um assunto doloroso para ser
conversado entre o ex-casal, é recomendável contratar um advogado especialista
em Direito de Família para negociar e intermediar os termos devidos, evitando
desgastes pessoais.
O ideal é que se contrate um único advogado para realizar o
divórcio e compor os termos do acordo da forma mais justa possível. Certamente,
é a opção mais econômica. Mas, caso as partes optem por cada uma ter o seu
próprio advogado,
aconselha-se fugir do modelo de advogado combativo.
"As consequências da irresponsável atuação dos advogados
podem custar muito caro à sua família. Um divórcio consensual sempre será mais
barato, tanto em termos financeiros quanto, principalmente, em termos
emocionais. Além de não envolvidos pela disputa, os advogados estão acostumados
a este tipo de situação, podendo negociar com sobriedade e experiência", conclui
a especialista.
Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado
nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a
partir da Teoria dos Jogos.
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