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terça-feira, 19 de junho de 2018

Tomar medicamentos sem prescrição médica pode prejudicar a saúde, alerta PROTESTE


Pesquisa apontou que 68% dos entrevistados se automedicam usando a internet como fonte


O acesso a informação através da internet possibilita o conhecimento de tratamentos, efeitos de medicações e sintomas de doenças. Pensando na segurança do consumidor, a PROTESTE, associação de consumidores, realizou uma pesquisa sobre automedicação e descobriu que 79% dos entrevistados afirmaram já ter buscado informações online sobre saúde, antes de procurar ajuda médica.

Nesse mesmo grupo, 68% se automedicam tendo a internet como principal fonte de orientação; 41% dos entrevistados não leem a bula do medicamento que tomam; e 23% nunca verificam as interações entre tratamentos antes de ingerir um novo medicamento prescrito. A pesquisa mostrou ainda que 91% dos entrevistados ingerem ao menos um medicamento por mês, e 86% nem possuem doenças crônicas para tomar medicações.

Os gastos com fármacos podem aumentar a dispensa mensal em R$97. O acesso a informação faz com que os consumidores assumam um papel mais ativo na saúde, podendo alcançar tratamentos e aproveitando melhor as visitas ao consultório médico. Entretanto, um indivíduo que se automedica precisa saber as diferenças entre os tipos de tratamento.

As substâncias mais automedicáveis são as que não precisam de prescrição médica para serem vendidas. Entre elas, analgésicos e antitérmicos. Mesmo assim, o consumidor deve ficar atento às experiências pessoais anteriores, e fontes de informação confiáveis, como conselhos dados por profissionais da saúde, por exemplo.

O uso excessivo dos medicamentos que precisam de bula para compra também não é recomendado, podendo ser muito perigoso. A prática pode levar a intoxicações, resistência a bactérias, dependência e até óbito.

Quando questionados sobre os tipos de medicamentos comprados sem receita no último ano, os entrevistados citaram anti-inflamatórios (56%), e antibióticos (35%). Quase metade (49%) dos que compraram antibióticos argumentaram que seria para tratar sintomas de gripe, 7% cistite ou infecção urinária e 7% dor de dente.

Dos respondentes, 46% afirmaram que têm sobras de antibióticos em casa e 38% tomaram ao menos uma vez no ano, sem informar profissionais da área da saúde. O quadro se agrava quando 40% dos entrevistados afirmam ter comprado um medicamento prescrito sem apresentar a receita.

A PROTESTE alerta os consumidores para que tomem cuidado ao confiar em informações disponibilizadas na internet por sites sem credibilidade. Sites confiáveis como o do Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de hospitais contam com as seguintes extensões: ".edu" e "gov". Para prevenir os consumidores de outros males, a associação também alerta para a combinação de medicamentos e bebidas alcoólicas. Mais informações podem ser entradas no site da PROTESTE: https://www.proteste.org.br/saude-e-bem-estar/bem-estar/noticia/medicamentos-e-bebidas-alcoolicas



Condromalácia patelar não significa fim de linha para as atividades físicas


Tratamentos podem eliminar dor e controlar a doença degenerativa no joelho


Doença crônica degenerativa, a condromalácia patelar parece ser vilã de quem quer praticar atividade física e uma boa desculpa de sedentários que relutam em se manterem distantes dos exercícios. Mas, apesar de não ter cura, de acordo com o ortopedista Alexandre Bitar, do Instituto Vita – clínica especializada em atendimento a atletas amadores e de alto rendimento – a lesão que gera amolecimento e desgaste da cartilagem do joelho tem controle, sendo possível evitar a progressão e eliminar a dor.

A cartilagem da patela sofre desgastes por vários motivos, como envelhecimento, utilização inadequada na vida diária e atividade física sem orientação profissional e de alto impacto. Além disso, alterações anatômicas no formato e altura da patela e do seu encaixe no fêmur (tróclea femoral) e sequelas de fraturas nas articulações podem motivar o problema.

"A lesão também pode ser fruto do desalinhamento postural, do desequilíbrio muscular, não só do joelho, mas também da região do core (músculos do abdome, lombar, pelve e quadril), responsável pela sustentação e estabilização dos movimentos do corpo", explica Dr. Bitar. Mas, o médico alerta que a lesão pode ser gerada por uma soma de alguns desses fatores.

Os principais sintomas do problema incluem dor, geralmente no trajeto da patela – osso de formato ligeiramente triangular, que fica na região da frente do joelho – estalos, que refletem maior contato entre os ossos, causando barulho ou sensação de "areia" no joelho, além de edema ou inchaço. Ressonância magnética e radiografia do joelho com carga e no membro inteiro, para detectar desvios angulares dos membros, fazem um diagnóstico com precisão e definem o grau de gravidade da doença.

O ortopedista explica que exercícios de alto impacto podem, em médio e longo prazo, levar a lesões, não somente na cartilagem do joelho, mas também a outras articulações. "Dentre outros cuidados, é importante atenção em gestos esportivos com ângulos de flexão maiores que 90 graus, como agachamento, leg press e os específicos para coxa, feitos na mesa extensora, com carga ou só com o peso dos aparelhos. Nessa angulação temos um aumento exponencial da pressão de contato entre o fêmur e a patela", explica.

Por fatores anatômicose hormonais, as mulheres estão mais predispostas a desenvolver a lesão. Além disso, aquelas que foram submetidas à cesárea têm mais dificuldade de ter o controle dos músculos da região do Core (abdominal, lombar e pélvis), o que evitaria os sintomas da condromalácia patelar.


Tratamento

A maioria dos pacientes com essas lesões é tratada conservadoramente, ou seja, sem cirurgia, trabalhando o equilíbrio da musculatura e das atividades diárias e físicas, respeitando a individualidade do paciente. Medicamentos, tanto por via oral quanto infiltrações, são ferramentas utilizadas, de acordo com o grau, localização e nível de progressão da lesão."Estudos e tratamentos para tentar reproduzir uma cartilagem o mais próximo do normal estão evoluindo, tanto injetáveis como implantadas cirurgicamente", conta o médico. "Em casos refratários, dependente da demanda do paciente e localização da lesão, podemos lançar mão do procedimento cirúrgico", afirma Dr. Bitar. O especialista explica, ainda, que uma das técnicas mais promissoras atualmente é o transplante de células da cartilagem (condrócitos), que são coletadas em laboratório, para multiplicação e crescimento ideais para o procedimento cirúrgico.


Outros tipos de cirurgia:

Por vídeo (artroscopia), para diminuir a pressão no local da lesão de cartilagem;
  • Estimulação da cartilagem mecanicamente, que produz uma cicatriz de cartilagem (micro perfuração ou ice picking);
  • Transplante de cartilagem de outra área do joelho.
Para o ortopedista, na maioria das vezes, a condromalácia patelar pode ser controlada com os tratamentos compatíveis à prática esportiva. "As lesões podem ser limitadoras quando muito avançadas, mas são exceções. Por isso, para controlar a doença, é fundamental fazer a avaliação com um médico especialista que identifique corretamente o problema e domine todas as ferramentas disponíveis para o tratamento."

Fortalecer a musculatura, procurar um profissional de saúde (fisioterapeuta ou preparador físico) para conduzir a atividade física individualizada e manter hábitos saudáveis, são a melhor forma de prevenir a doença e eliminar a dor.




Novo estudo relaciona gastrite e câncer de estômago


Pesquisa americana definiu relação concreta entre a bactéria H.pylori e incidência de câncer no estômago


Um estudo publicado no New England Journal of Medicine indicou que o tratamento da bactéria Helicobacter pylori, responsável pelos casos de infecção gástrica, reduziu quase pela metade a incidência de câncer gástrico em estágio precoce, conforme explica o Dr. Marcos Belotto, gastrocirurgião do Hospital Sírio Libanês. "Além de mostrar resultados importantes sobre a incidência da neoplasia gástrica, a pesquisa indicou também uma melhora da atrofia do corpo gástrico, uma das consequências mais comuns da doença", alerta.

Estudos anteriores já haviam detectado a presença de lesões pré-cancerosas na mucosa gástrica em pacientes com gastrite crônica e a presença da bactéria H.pylori. "Faltava comprovar a relação direta entre a bactéria e a neoplasia, e descobrir, também, os efeitos da erradicação deste microorganismo na incidência dos tumores gástricos", destaca Belotto.

Para isso, foram avaliados 470 pacientes submetidos à cirurgia endoscópica para ressecção do tumor gástrico precoce ou de grau um. As pessoas analisadas foram divididas em dois grupos. O primeiro foi medicado com antibiótico para combate do H. pylori e o segundo recebeu placebo. Dentro da amostra, 14% dos pacientes tratados com placebo desenvolveram a neoplasia, e somente 7% daqueles que receberam o antibiótico manifestaram o problema.

Além da incidência do tumor, a pesquisa trouxe duas outras descobertas importantes. "Foi detectado também que o tratamen
to da gastrite causada pela bactéria melhorou os índices de lesões pré-cancerígenas no intestino em 36%, bem como a melhora de atrofia de corpo gástrico, muito comum no tratamento do câncer gástrico", conclui Marcos Belotto.





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