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sábado, 24 de março de 2018

Páscoa: perigos e cuidados com os cães




Chocolate é um dos alimentos que oferecem risco à saúde dos animais de estimação


Momento de confraternização da família e amigos, a Páscoa também é marcada pela troca de guloseimas como presente. O chocolate é o protagonista da data, mas pode também ser um grande vilão se ingerido pelos cães. Cada dia mais presentes nas festas de família e muito atraídos pelo aroma do chocolate, os cães correm até risco de vida se ingerirem o doce.

O chocolate é produzido com cacau, que é rico em cafeína e a teobromina, sendo esta a principal vilã para os animais, que não conseguem metabolizar a substância e se intoxicam. As consequências da ingestão incluem tremores musculares, distensão abdominal, vômitos, diarreia, hemorragia interna, ataque cardíaco e, até mesmo, a morte. Tudo depende do tipo de chocolate, quantidade ingerida e características do animal. Os riscos são maiores para filhotes, idosos e cães de pequeno porte, por exemplo.

A quantidade de teobromina varia conforme o tipo de chocolate. Cada 100 gramas de chocolate de culinária, aquele usado em bolos e ovos de Páscoa caseiros, contêm 1.365 miligramas de teobromina. Por exemplo, se um cão de 6 kg ingerir 35 gramas desse alimento, pode vir a óbito. O chocolate meio amargo possui uma concentração menor de teobromina (528 miligramas para 100 gramas de chocolate), o que faria com que a dose fatal para um cão com o mesmo peso seja de 110 gramas. Já para o chocolate ao leite, 350 gramas. O chocolate branco contém pouco cacau, sendo o menos tóxico dos chocolates, mas também não deve ser oferecido pois é rico em açúcar e gorduras.

“Independentemente do tipo e quantidade do produto ou porte do cão, o chocolate para consumo humano nunca deve ser oferecido aos pets, pois outros fatores adversos podem contribuir para o agravamento do quadro do animal.  Não há como estipular uma quantidade segura”, alerta a médica veterinária Andressa Cris Felisbino. “Além disso, a gordura e o alto teor de açúcar presente nos chocolates podem causar diarreia, problemas dentários, obesidade e serem fatais para cães diabéticos, por exemplo”, complementa.

Mas não são apenas os chocolates que oferecem riscos nesse período. Alguns alimentos presentes nas refeições das famílias também são perigosos. Alho e cebola podem destruir os glóbulos vermelhos, causando falta de ar e até mesmo levando a óbito. Uvas e uvas passa são famosas vilãs, pois o sistema urinário dos pets não consegue filtrar as substâncias tóxicas presentes na fruta. Um estudo do Centro de Controle de Veneno Aspca revelou que apenas sete unidades do alimento já podem provocar insuficiência renal irreversível. Peixes oferecem riscos devido às espinhas e temperos, e pimentões e pimentas podem causar gastrite e úlceras.

Nos dias do feriado, quando as casas costumam estar movimentadas devido às confraternizações, são grandes as chances do cão consumir um chocolate esquecido sobre a mesa ou ganhar um pedacinho de alimento, oferecido por aquele parente que quis agradar o bichinho às escondidas. “Vale alertar toda a família sobre o que os animais podem ou não podem consumir”, sugere Sandra Schuster, farmacêutica e sócia-proprietária da docg. “Outra dica? Aproveite para presentear seu pet com petiscos próprios para ele e, também, deixe algumas unidades à disposição da família durante as comemorações”, complementa.

Pensando em alternativas saudáveis para mimar os pets, a docg. lançou recentemente uma linha de petiscos funcionais que, além do sabor diferenciado, contém ingredientes que colaboram com a saúde dos animais. A linha é composta por bifinhos e biscoitos feitos com ingredientes como ômega 3, que melhora a imunidade, e o hexametafosfato de sódio, que auxilia na higiene bucal. Os nomes criativos já ajudam a identificar os principais benefícios dos petiscos, como os bifinhos “Chega de gordice” (com weight loss complex) e os biscoitos “Para ficar zen” (com relaxing complex). Os produtos podem ser adquiridos pelo site www.docgstore.com.br ou diretamente com os consultores autônomos da marca.        



Páscoa saudável com chocolate? Nutricionista garante que sim



A coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Joyce Moraes dá as dicas


Para muita gente, Páscoa é pretexto para “enfiar o pé na jaca”. Quer dizer, no chocolate! A maioria dos chocolates comercializados são ao leite e, se consumidos em excesso, aumenta o nível de colesterol no sangue, podendo causa gordura no sangue e doenças cardiovasculares. Até os chocolates “do bem”, os que possuem uma maior porcentagem de cacau, podem fazer mal quando comemos de forma exagerada, trazendo gastrite, enxaqueca, insônia, além de irritabilidade e hiperatividade em crianças. 

Isso não quer dizer que é preciso abrir mão do doce. Segundo a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Joyce Moraes, é possível apreciar a iguaria de forma saudável. A primeira dica seria escolher um bom chocolate. “Quem é realmente ‘chocólatra’ gosta de chocolate e não de açúcar e do leite que vem nele. Assim, escolha produtos de chocolate a 70% ou mais e com uma lista pequena de ingredientes. Quanto menos ingredientes, mais chocolate e melhor é o produto”. 

Ela também alerta para a quantidade consumida em pouco tempo. “A Páscoa é no domingo, mas você não precisa comer todos os seus ovos e chocolates em 24h! Guarde na geladeira e vai comendo aos poucos. Ganhou muito chocolate? Que tal fazer um almoço e jantar mais leve para compensar? Nutrição é equilíbrio”, sugere. Segundo a professora de nutrição, já há várias opções de Ovos de Páscoa no mercado feitos com ingredientes funcionais, como sem leite e com açúcar de coco. “São deliciosos e você ainda come ‘sem culpa’”. 

Mas não teve jeito e exagerou? A recomendação é compensar no dia seguinte com o aumento da ingestão de água, consumindo três litros ou mais. “O desjejum deve ser leve com frutas, preferencialmente, e chás digestivos, como boldo, carqueja ou hortelã. Deve-se ainda fazer um almoço e um jantar mais leve com uma proteína magra, como frango, por exemplo. E não exagerar mais durante a semana”, explica a nutricionista, reforçando que é mais saudável comer um pouquinho de chocolate por vez. 

 

PEIXES NA PÁSCOA – Mas nem só de chocolate vive a Páscoa. O restante do cardápio é até bem saudável, já que se come mais peixe, por exemplo. “Mais importante que o cardápio é o conceito de confraternização da Páscoa. Todos querem se reunir, então o cardápio fica em plano secundário. Sugiro peixes grelhados no forno com especiarias como alecrim, pimenta, mostarda ou qualquer outra que dê sabor a preparação, além de legumes cozidos e saladas para acompanhar”, indica Joyce. 

            Sobre como escolher o peixe, a nutricionista recomenda o fresco, pescado no dia, ou congelado industrialmente, encontrados no mercado. “Se estiver congelado, o degelo, ato de descongelar, deve ser realizado na geladeira 24h antes do prepara, nunca em cima da pia. 12h após de ser colocado para degelar, esse peixe pode ser temperado para dar tempo de apuração do sabor. Lembrando que ele fica temperado na geladeira, em pote fechado, e só deve sair de lá diretamente para a panela e/ou forno. 

Outra dica importante para quem preferir o peixe fresco é notar o cheiro dele. “O peixe fresco deve ter odor de peixe, bem característico. A carne deve estar firme e as escamas bem aderidas. As guelras devem estar avermelhadas. Bom também seria tocar nas guelras, pois alguns comerciantes de má fé colocam temperos, como colorau, para disfarçar as guelras de peixes que não estão frescos”, recomenda a professora de nutrição do IDE.






Joyce Moraes - coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE)/Faculdade Redentor. É graduada em nutrição pela UERJ, pós-graduada em nutrição clínica funcional pelo CVPE-SP e mestre em saúde da criança e do adolescente pela UFPE.  


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