A coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em
nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Joyce Moraes dá as
dicas
Para muita gente, Páscoa é
pretexto para “enfiar o pé na jaca”. Quer dizer, no chocolate! A maioria dos
chocolates comercializados são ao leite e, se consumidos em excesso, aumenta o
nível de colesterol no sangue, podendo causa gordura no sangue e doenças
cardiovasculares. Até os chocolates “do bem”, os que possuem uma maior
porcentagem de cacau, podem fazer mal quando comemos de forma exagerada,
trazendo gastrite, enxaqueca, insônia, além de irritabilidade e hiperatividade
em crianças.
Isso não quer dizer que é preciso
abrir mão do doce. Segundo a coordenadora e professora do núcleo de
pós-graduação em nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE),
Joyce Moraes, é possível apreciar a iguaria de forma saudável. A primeira dica
seria escolher um bom chocolate. “Quem é realmente ‘chocólatra’ gosta de
chocolate e não de açúcar e do leite que vem nele. Assim, escolha produtos de
chocolate a 70% ou mais e com uma lista pequena de ingredientes. Quanto menos
ingredientes, mais chocolate e melhor é o produto”.
Ela também alerta para a
quantidade consumida em pouco tempo. “A Páscoa é no domingo, mas você não
precisa comer todos os seus ovos e chocolates em 24h! Guarde na geladeira e vai
comendo aos poucos. Ganhou muito chocolate? Que tal fazer um almoço e jantar
mais leve para compensar? Nutrição é equilíbrio”, sugere. Segundo a professora
de nutrição, já há várias opções de Ovos de Páscoa no mercado feitos com
ingredientes funcionais, como sem leite e com açúcar de coco. “São deliciosos e
você ainda come ‘sem culpa’”.
Mas não teve jeito e
exagerou? A recomendação é compensar no dia seguinte com o aumento da ingestão
de água, consumindo três litros ou mais. “O desjejum deve ser leve com frutas,
preferencialmente, e chás digestivos, como boldo, carqueja ou hortelã. Deve-se
ainda fazer um almoço e um jantar mais leve com uma proteína magra, como
frango, por exemplo. E não exagerar mais durante a semana”, explica a
nutricionista, reforçando que é mais saudável comer um pouquinho de chocolate
por vez.
PEIXES NA PÁSCOA – Mas nem só de chocolate
vive a Páscoa. O restante do cardápio é até bem saudável, já que se come mais
peixe, por exemplo. “Mais importante que o cardápio é o conceito de
confraternização da Páscoa. Todos querem se reunir, então o cardápio fica em plano
secundário. Sugiro peixes grelhados no forno com especiarias como alecrim,
pimenta, mostarda ou qualquer outra que dê sabor a preparação, além de legumes
cozidos e saladas para acompanhar”, indica Joyce.
Sobre como escolher o peixe, a nutricionista recomenda o fresco, pescado no
dia, ou congelado industrialmente, encontrados no mercado. “Se estiver
congelado, o degelo, ato de descongelar, deve ser realizado na geladeira 24h
antes do prepara, nunca em cima da pia. 12h após de ser colocado para degelar,
esse peixe pode ser temperado para dar tempo de apuração do sabor. Lembrando
que ele fica temperado na geladeira, em pote fechado, e só deve sair de lá
diretamente para a panela e/ou forno.
Outra dica importante para
quem preferir o peixe fresco é notar o cheiro dele. “O peixe fresco deve ter
odor de peixe, bem característico. A carne deve estar firme e as escamas bem
aderidas. As guelras devem estar avermelhadas. Bom também seria tocar nas
guelras, pois alguns comerciantes de má fé colocam temperos, como colorau, para
disfarçar as guelras de peixes que não estão frescos”, recomenda a professora
de nutrição do IDE.
Joyce
Moraes - coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição do Instituto de
Desenvolvimento Educacional (IDE)/Faculdade Redentor. É graduada em nutrição
pela UERJ, pós-graduada em nutrição clínica funcional pelo CVPE-SP e mestre em
saúde da criança e do adolescente pela UFPE.
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