Atualmente, o mercado de trabalho, no geral, vem
enfrentando a chamada epidemia do desengajamento. Vivemos uma era em que os
índices de Burnout seguem crescendo, sendo que o Brasil, de acordo com
o levantamento da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), ocupa o
segundo lugar no ranking mundial de casos. Diante desse cenário, garantir um
ambiente de trabalho saudável e colaboradores motivados é algo de extrema importância,
o que pode ser obtido através da cultura organizacional.
Mais do que um simples conceito, investir na
cultura promove a legitimidade na relação entre empregado e empregador. Isso
porque é criado o senso de pertencimento e a escuta ativa. Na prática, quando o
colaborador se sente parte de algo, todos os lados ganham.
Ou seja, a empresa ganha por potencializar sua
cultura com um bom entendimento, constrói uma relação verdadeira e imprime sua
marca em seus serviços e produtos. O profissional ganha, pois, se empodera no
sentido de agir como parte (dono) e, com isso, passa a ser identificado como
peça-chave em oportunidades de crescimento. O cliente também se beneficia,
porque consegue sentir e perceber na entrega algo diferente e a essência da
verdade no relacionamento que mantém com a organização.
Na prática, quando a cultura compreende o incentivo
como um “convite” ao experimento, é o momento em que o profissional entende que
sua voz terá valor. Esse é um estímulo fundamental que se retroalimenta, gerando
novas ideias e resultando em um senso de importância. No entanto, é fundamental
deixar claro que errar faz parte desse processo e gera ganhos com as lições
aprendidas, as quais devem ser compartilhadas para promover o desenvolvimento
de todos e a maturidade.
Em se tratando do setor de tecnologia, essa
abordagem é algo amplamente necessário. Afinal, se a área de TI já foi vista
durante muito tempo como a responsável por atender chamados, hoje, já não é
mais assim. Esse segmento está, todos os dias, diante de novas tendências e tem
a árdua missão de traduzi-las e trazê-las para a empresa.
Nesse sentido, a cultura organizacional, ao trazer
o propósito de verdade, equidade, valorização da diversidade, convite ao
experimento, senso de pertencimento e desejo de contribuição com um bem comum,
ajuda a criar uma geração de profissionais de tecnologia com senso de
importância e valores que passam a fazer sentido, e que vão além das empresas
serem apenas polos geradores de desenvolvimento, riqueza e prosperidade.
É a partir dessa transformação que a organização se
torna inovadora e humana, acolhendo e elevando a todos como pessoa, se
preocupando com a saúde mental dos seus colaboradores, e resultando em um
coletivo de contribuição e colaboração. Dessa forma, passa a prevalecer uma
potência organizacional que opera no sentido mais profundo de sua essência:
mudar vidas e contribuir com nossa sociedade, tornando-se referência e exemplo
para outras empresas, e deixando um verdadeiro legado em sua trajetória.
Em suma, quando a gestão empresarial traz como
alicerce uma cultura que prevalece a combinação entre a liberdade e a
legitimidade da relação com o outro, a partir da qual as coisas fluem e
resultados expressivos são conquistados, mantendo um time engajado e satisfeito
com o ambiente de trabalho.
Viviam Posterli - CEO do Grupo Skill.
Grupo Skill
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