Especialista explica como identificar e tratar essas doenças comuns no inverno
O inverno chega
oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, mas o clima frio e seco já atinge
diversas regiões do País, trazendo consigo o aumento de problemas gripais e
respiratórios. Segundo os últimos dados do Boletim Infogripe da Fiocruz, o
Brasil registrou aumento de 40% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG) nas últimas quatro semanas, em comparação com o período anterior.
Segundo o
Infogripe, as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte desses casos, com
destaque para os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O vírus
Influenza A (H3N2) tem sido o principal responsável pelos casos graves de gripe
no Brasil neste período.
De acordo com o
médico e professor de Otorrinolaringologia do Centro Universitário São Camilo,
Giuliano Bongiovanni, no inverno as pessoas ficam mais tempo em ambientes
fechados que favorecem a propagação de vírus e bactérias, deixando as
pessoas mais suscetíveis a contrair enfermidades como gripe, resfriado comum,
rinites e dores de garganta.
Diferenças
entre gripes e resfriados
Embora os sintomas
de gripe e resfriado possam ser semelhantes, como congestão nasal, espirros e
febre, é importante entender que são condições distintas, com causas e
características próprias.
Tanto a gripe
quanto o resfriado são infecções respiratórias causadas por vírus. A gripe é
causada principalmente pelos vírus da Influenza A e B, enquanto o resfriado é
causado por outros vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório, o
rinovírus e o vírus da parainfluenza. Outra diferença entre as duas
enfermidades está na duração dos sintomas: os do resfriado duram de 5 a 7 dias,
enquanto os da gripe de 7 a 10 dias.
"A gripe pode
ser mais grave e levar a complicações, como pneumonia. Já o resfriado é uma
doença mais leve e localizada, com febre baixa e sintomas mais brandos",
esclarece o especialista.
Para diferenciar a
gripe do resfriado, Bongiovanni recomenda a realização de testes rápidos de
doenças respiratórias, que podem identificar o vírus influenza responsável pela
gripe.
Sinusite
e Rinite
Rinite e sinusite
são duas condições de saúde distintas, embora possam ocorrer simultaneamente. A
rinite pode ser desencadeada por poeira ou outros elementos alérgenos causando
sintomas como nariz entupido, coriza, espirros e coceira no nariz.
Já a sinusite uma inflamação da mucosa dos seios da face, cavidades
ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos que pode ser causada por
infecções causadas por vírus, bactérias ou fungos.
Segundo o
professor, um resfriado ou uma gripe mal curada que com mais de 10 dias de
sintomas pode evoluir para uma sinusite. “Pacientes
que apresentam sintomas de congestão nasal, secreção e tem uma piora do
quadro por mais de dez dias, ou aqueles que inicialmente melhoravam do
resfriado e depois voltaram a piorar, podem estar desenvolvendo uma sinusite
bacteriana,” explicou.
No caso da rinite,
o especialista indica o uso de antialérgicos ou lavagem nasal. Já para a
sinusite, o tratamento envolve antibióticos, sempre com prescrição médica.
"Portanto, é importante ficar atento aos sintomas e procurar
atendimento médico, especialmente quando os sintomas persistirem por mais tempo
ou piorarem após uma melhora inicial. Dessa forma, é possível receber o
tratamento adequado e evitar complicações", conclui o professor
Bongiovanni.
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