Saiba como usar canções no idioma para aprender vocabulário, gramática e pronúncia de forma eficiente e divertida
No próximo domingo, 13
de julho, é celebrado o Dia do Rock. A data relembra o Live Aid, grande
evento global realizado em 1985 simultaneamente no Estádio de Wembley (Londres,
Inglaterra) e no Estádio John F. Kennedy (Filadélfia, EUA), reunindo artistas
como o Queen, David Bowie, U2, Paul McCartney e Madonna, com o objetivo de
arrecadar doações para o combate à fome na Etiópia.
O rock é um dos ritmos
musicais mais populares e ouvidos do mundo, sobretudo as canções em inglês. Por
isso, os clássicos do gênero são uma ótima maneira de reforçar o aprendizado do
idioma. A música alia diversão e aprendizado das quatro habilidades essenciais
para dominar uma segunda língua: compreensão oral (listening), leitura (reading),
escrita (writing) e comunicação oral (speaking). Além de expor o
aluno ao vocabulário coloquial, com gírias e expressões autênticas, a música
ainda ajuda a internalizar o ritmo e a melodia naturais do inglês, aproximando
o aprendiz de situações reais de comunicação.
Dicas para aprender
inglês com músicas
Quatro educadores de
escolas bilíngues elencam, a seguir, dicas para quem quer aprender ou melhorar
o inglês por meio de músicas.
1. Escolha músicas e
artistas que gosta e tente entender a letra
Para Ludmila Mourão,
coordenadora do currículo bilíngue do Brazilian International School - BIS, de São
Paulo/SP, a música pode ser uma grande aliada no aprendizado da Língua Inglesa.
“Mais do que uma ferramenta divertida, ela ajuda a desenvolver a escuta ativa e
a familiaridade com diferentes sotaques, ritmos e expressões do idioma”,
explica.
A coordenadora sugere
que os alunos montem uma playlist personalizada, com músicas e artistas que
gostem de verdade, de preferência aquelas com vocabulário acessível ou refrões
repetitivos. “Vale a pena tentar entender o que está sendo cantado antes de
buscar a tradução ou a letra. Desafie o seu ouvido! Esse esforço inicial ativa
o cérebro para reconhecer sons e padrões da língua, aguçando a sua habilidade
de escuta (listening)”, acrescenta Ludmila.
2. Acompanhe o áudio com
a letra e confira a tradução das músicas!
Essa prática ajuda a
conectar duas habilidades essenciais: listening (compreensão auditiva) e
reading (leitura). Segundo Paulo Rogerio Rodrigues de Souza, coordenador
pedagógico da Escola
Bilíngue Aubrick, de São Paulo/SP, “sincronizar texto e som é como
construir uma ponte entre o que se ouve e o que se lê: você vê a grafia das
palavras enquanto as escuta, o que reduz lacunas de entendimento e fortalece a
memorização do vocabulário.”
Mas não pare por aí!
Após tentar entender a letra por conta própria, consulte uma tradução confiável
e vá além: compare essa tradução com a sua própria interpretação. “Reflita
sobre as sutilezas de significado, expressões idiomáticas e o contexto em que
as palavras são usadas. Isso não só amplia o vocabulário como também desenvolve
uma maior sensibilidade cultural e crítica”, completa Souza.
3. Estude a gramática e
expressões das músicas
Segundo a coordenadora
pedagógica da Escola Internacional de Alphaville, em Barueri/SP,
Juliana Nico, os professores incorporam músicas em seus planos de aula com o
objetivo de treinar e aprimorar as habilidades de interpretação, escrita e
compreensão gramatical dos alunos. Durante essas atividades, os estudantes são
incentivados a analisar atentamente a construção das sentenças, identificando,
por exemplo, tempos verbais, preposições e expressões idiomáticas.
“Por meio da música, os
alunos percebem como as palavras se encadeiam de forma natural, sem pausas
artificiais, e conseguem identificar nuances que conferem cor e autenticidade
ao idioma falado. Esse contato frequente é essencial para o desenvolvimento da
fluência”, destaca Juliana.
4. Cante e inclua a
música na sua rotina
Muitas plataformas de streaming de música trazem o recurso karaokê ou sing along, que ajuda no reconhecimento de sons e padrões de pronuncia típicos na língua inglesa. A coordenadora de inglês do colégio Progresso Bilíngue de Vinhedo-SP, Carolina Benevides, afirma que colocar a voz em prática fortalece o speaking e revela nuances de pronúncia e entonação. Cantar pode ser ainda um exercício pessoal de dicção: grave-se, compare e corrija para ganhar confiança e naturalidade no inglês.
Além disso, incluir música
na rotina é uma forma de manter uma imersão no idioma, mesmo que o indivíduo
não tenha interação com outros falantes, nem vivencie atividades ou um trabalho
que exija o contato com a língua. “Integre playlists em inglês durante os seus
deslocamentos, tarefas domésticas ou momentos de lazer. Explorando novos
gêneros e sotaques, você amplia seu repertório linguístico e transforma
atividades cotidianas em oportunidades de aprendizado.

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