Sensores inteligentes e análise preditiva estão transformando a forma como municípios brasileiros enfrentam desastres naturais, ganhando tempo precioso para salvar vidas e evitar tragédias.
As tragédias
climáticas no Brasil têm se tornado cada vez mais frequentes e severas.
Petrópolis (RJ), por exemplo, enfrentou em 2022 uma das piores chuvas de sua
história, 530 mm em menos de 24 horas, com dezenas de mortos e um rastro de
destruição, depois em 2023 São Sebastião 678 mm em menos de 24 horas e ano
passado a tragedia do Rio Grande do Sul. Mas o cenário está começando a mudar
em municípios que adotam uma nova abordagem: usar tecnologia para prevenir o
pior — antes que ele aconteça.
De acordo com
a ONU, cada 1 dólar investido em prevenção de desastres pode representar uma
economia de até 7 dólares em custos de resposta e reconstrução. Isso mostra que
preparar cidades com dados, sensores e sistemas de alerta não é apenas uma
medida de segurança, mas uma estratégia inteligente de gestão pública e
financeira.
A iNeeds,
empresa brasileira especializada em sensores e inteligência urbana, tem atuado
para equipar cidades com soluções que permitem monitorar variáveis críticas em
tempo real, como chuvas intensas, alagamentos, deslizamentos e mudanças no
solo. A estratégia é simples: transformar dados em decisões rápidas e salvar
vidas.
Os
dispositivos instalados pela iNeeds incluem sensores de nível de rio, chuva,
temperatura e umidade, qualidade do ar, ruído, inclinômetros, detecção de
alagamentos e até vibração de solo. Esses sensores se conectam a uma plataforma
que centraliza as informações e emite alertas automáticos para Defesa Civil e
gestores públicos.
Segundo
Pedro Curcio Jr, CEO da iNeeds, o diferencial está na capacidade de
antecipação: “Com nossos sensores, é possível detectar mudanças mínimas que
indicam risco de deslizamentos ou enchentes com horas ou até dias de
antecedência. Isso dá tempo para agir com planejamento, evacuar áreas de risco
e proteger a população.”
Além de
fornecer tecnologia de ponta, a iNeeds também apoia os municípios na validação
de certificações internacionais, como a ISO 37122 (Cidades Inteligentes), ISO
37120 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e ISO 37123 (Cidades Resilientes).
Essas normas atestam a capacidade da cidade em monitorar dados urbanos, prever
riscos e agir com resiliência — e são cada vez mais exigidas por órgãos
financiadores e instituições internacionais.
Para alcançar esse nível de prontidão, há cinco pontos-chave que qualquer cidade deve considerar na prevenção de desastres:
1. Monitoramento contínuo com sensores inteligentes;
2. Centralização e interpretação de dados em tempo real;
3. Capacitação das equipes municipais para resposta rápida;
4. Planejamento urbano guiado por dados e mapas de risco;
5. Adoção de certificações e padrões internacionais de resiliência.
Essas ações, combinadas, reduzem drasticamente os custos com reconstrução e,
principalmente, preservam vidas.
Em
Pindamonhangaba (SP), a transformação da gestão pública por meio de dados e
tecnologia tem sido um diferencial. A cidade investe em modernização da
infraestrutura digital e já conta com apoio de plataformas que integram
sistemas de alerta e gestão inteligente, reforçando sua capacidade de resposta
a eventos extremos.
De acordo
com a Confederação Nacional dos Municípios, mais de 2.000 cidades brasileiras
sofreram algum tipo de desastre natural nos últimos cinco anos. No entanto,
poucas têm estrutura tecnológica para antecipar os riscos — o que torna o papel
da inovação ainda mais urgente.
“Não estamos
falando apenas de sensores, mas de uma mudança de mentalidade. É sair do modo
reativo e entrar no modo preditivo. É planejar com base em evidências, e não
apenas responder ao caos”, finaliza Pedro Curcio Jr.
Tecnologia e
estratégia de prevenção serão essenciais para o futuro das cidades no Brasil e
no mundo, salvará vidas, patrimônio e o meio ambiente em várias cidades que
pensam de forma “inteligente, resiliente e sustentável”

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