Obras audiovisuais têm papel fundamental na popularização da ciência e na formação do pensamento crítico
Em julho, celebramos o
Dia Nacional da Ciência e o aniversário da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), data simbólica para reforçar a importância da
produção científica e tecnológica no desenvolvimento do país. Ao longo desta
semana, relembramos o papel fundamental da ciência na transformação social,
econômica e cultural do Brasil.
Mais do que uma
comemoração, o dia é uma oportunidade para refletir sobre a importância do
conhecimento científico no desenvolvimento do país e um dos caminhos mais
eficazes para aproximar o público da ciência, especialmente os jovens, é por
meio da cultura.
A popularização da
ciência passa por diferentes linguagens. Filmes e séries com temáticas
científicas despertam a curiosidade, ampliam o repertório e podem até inspirar
futuras carreiras. O cinema, por exemplo, consegue transformar conceitos
complexos em experiências emocionantes e acessíveis, provocando o pensamento
crítico e a imaginação.
A Fundação Bradesco é
uma rede de 40 escolas próprias e está presente em todos os estados do país e
no Distrito Federal oferecendo educação gratuita e de qualidade, onde essa
conexão entre emoção, curiosidade e aprendizado é um princípio essencial. O
ensino por investigação é uma das práticas valorizadas, pois estimula o aluno a
refletir, elaborar hipóteses e buscar soluções. Ao ser instigado por perguntas
que o provocam a pensar, o estudante desenvolve um envolvimento natural com o
tema, e o conteúdo apresentado pelo professor passa a fazer sentido em sua
trajetória de aprendizado. Despertar a curiosidade é um passo fundamental para
promover a motivação e o interesse genuíno pela aprendizagem.
Pensando nisso, foram
selecionadas por especialistas de escolas de todas as regiões do país, com base
no plano de ensino, cinco obras audiovisuais que contribuem para estimular o
interesse pela ciência e evidenciar sua relevância no cotidiano. As obras
abordam temas que vão desde histórias inspiradoras até investigações
instigantes e questionamentos que convidam à reflexão sobre o mundo ao nosso
redor.
Filme: Contágio (2011) – Classificação 12 anos
“O filme fala sobre virologia, epidemiologia e saúde pública. Contágio é incrivelmente realista e envolvente. Ele retrata a rápida disseminação de um vírus mortal e a corrida contra o tempo dos cientistas para encontrar uma cura e conter a pandemia.”, comenta Jonis Correia de Faria Moreira, professor da Fundação Bradesco de Cacoal – RO.
Série: Detetives da Ciência (2010) – Classificação livre
“O programa acompanha
dois adolescentes que transformam sua casa em um laboratório para resolver
enigmas do cotidiano. Com uma abordagem lúdica e prática, a série estimula a
curiosidade científica e mostra como a ciência está presente em situações do
dia a dia. É ideal para despertar o interesse dos jovens de forma divertida e
acessível.”, explica o professor Valdécio Felix da Silva, da Fundação Bradesco
de Natal – RN.
Filme: Estrelas Além do
Tempo (2016) – Classificação livre
“O filme Estrelas Além
do Tempo conta a história real de três cientistas negras que trabalharam na
NASA durante a corrida espacial dos anos 1960. Ele inspira o interesse pela
ciência ao mostrar como o conhecimento em matemática, física e química foi
essencial para enviar o homem ao espaço. Além disso, destaca o papel das
mulheres na ciência, rompendo barreiras sociais e raciais. O filme transmite a
mensagem de que a ciência é um campo acessível a todos que tenham curiosidade,
dedicação e coragem.”, Thayara Ceregatti, professora da unidade de Laguna.
Filme: Passageiro
acidental (2021) - Classificação 14 anos
“O filme retrata uma
missão espacial para Marte com três tripulantes oficiais e após o lançamento do
foguete eles descobrem que há uma pessoa a mais na aeronave. A partir disso,
criam-se dilemas éticos, emocionais, científicos para tentar encontrar uma
solução para a falta de oxigênio. O filme propicia diferentes reflexões sobre a
ciência como efeitos da radiação solar, o funcionamento das ondas mecânicas e
eletromagnéticas no espaço, tempestade solar, entre outros”, comenta Jose
Maxwell Viana Oliveira, professor da escola fazenda da Fundação Bradesco de
Bodoquena – MS.
Filme: A história do
mundo em 2 horas (2011) – Classificação livre
“O documentário faz um
trabalho impressionante ao costurar, de forma clara e envolvente, temas
complexos como a origem do universo, a formação dos átomos, os princípios da
física, química e biologia, conectando tudo isso aos grandes marcos da história
humana. Um exemplo brilhante é como ele relaciona a oxidação do ferro nos
oceanos — causada pelo aumento de oxigênio gerado pela fotossíntese — com a Era
do Ferro e o surgimento das cidades. A linguagem é acessível, sem jargões
excessivos, e o uso de ilustrações, animações e esquemas torna o conteúdo
visualmente atrativo e fácil de entender. É o tipo de material que responde
justamente às dúvidas que muitos têm, mas nem sempre sabem como ou onde
perguntar.”, professor Bruno Cardoso Lopes da Fundação Bradesco do Rio de
Janeiro.
Ao se sentirem capazes
de aplicar os conhecimentos adquiridos no dia a dia, os alunos desenvolvem um
novo olhar sobre o mundo e um senso crítico mais apurado. Estimulá-los a
formular perguntas — e não apenas a responder — é um passo importante nesse
processo. Os estudantes são incentivados a observar o entorno, a comunidade em
que vivem e a cidade, identificando problemas que despertem seu interesse. A
partir dessas percepções, os professores orientam o recorte adequado,
transformando essas reflexões em projetos de aprendizado significativos.
Fundação Bradesco

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