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| Pôster da mostra: Alumbramento Créditos: Divulgação |
Com entrada gratuita, mostra convida o público a uma travessia
sensível por práticas artísticas que emergem do escuro fértil, onde criação,
espiritualidade e resistência se unem; exposição acontece entre os dias 23 de
julho e 24 de agosto |
A exposição Alumbramento, sob curadoria de Nathalia
Grilo chega ao Museu Nacional da República, no
centro de Brasília, a partir do dia 23 de julho. Como parte da programação do Festival
Latinidades, que neste ano celebra sua 18ª edição,
a mostra propõe uma experiência imersiva e sensível, comandada por práticas
artísticas que nascem à margem dos centros institucionais e do mercado,
conectando criação, espiritualidade, território e resistência. O local receberá
obras de artistas nacionais como Antonio Obá, Lucia Laguna e
intervenções artísticas de Antonio Bandeira e Oswaldo Guayasamín.
A mostra, que reúne um conjunto de artistas negros e
indígenas, celebra o processo criativo de artesãos de áreas predominantemente
marginalizadas, como norte, Nordeste, Centro-Oeste e sul do Brasil. A proposta
curatorial é unir, por meio das obras, reflexões inseparáveis dos modos de vida
e das cosmologias de seus autores, questionando lógicas hegemônicas da arte e
propondo outros caminhos de existência e criação.
Assinada
por Lorena Peña e Wesley Pacheco, Alumbramento
é uma exposição que se idealiza a partir do cosmograma bantu
Dikenga, que compreende a existência como um ciclo de quatro
movimentos manifestados pelo sol: Mûsoni (Sul), a área aplicada aos
jovens criadores fora do circuito convencional e inspirada pelo lado invisível
e do potencial não-manifesto nas obras. Logo em sequência, Kala, ala
leste, para autores com trajetórias em consolidações, e que se
traduz pela aurora e por surgimentos das formas. Já Tukula,
no setor norte, é empenhado para os artífices com produção madura, com olhar
para a plenitude e para o ápice da força criativa. Finalizando os ciclos, o
local abrigará o ambiente Luvemba, área oeste, que
será destinada a artistas já falecidos como o pintor brasileiro Antonio
Bandeira e o equatoriano Oswaldo Guayasamín.
Para a
curadora Nathalia Grilo, a mostra é
também uma celebração do gesto criativo como fundamento da dignidade do fazer e
do existir: “Alumbramento é um estado sensível e criativo que se instala em
fendas do tempo como testemunho de uma experiência que vibra nos interstícios
entre o terreno e o espiritual. É o ato de desentranhar beleza das coisas por
meio da audácia e da sensibilidade”, diz.
A
exposição reunirá obras de 25 artistas, entre eles estão Ana Neves
(Pernambuco), André Nodoa (Fortaleza), Arorá
(Brasília), Antonio Bandeira (Fortaleza), Antonio Obá
(Ceilândia), Dani Guirra (Salvador), João do
Nascimento (Salvador), Guayasamín (Quito, Equador), Gilson
Plano (Brasília), Josafá Neves (Brasília), Josi
(Mina Gerais), Lane Marinho (Recife), Lucia
Laguna (Rio de Janeiro), Luma Nascimento (Salvador), Nathalia
Grilo (Salvador), Nelson Crisóstomo (Brasília), Nivalda
Assunção (Brasília), Maxwell Alexandre (Rio de Janeiro),
Paty Wolf (Brasília), Pedro Neves (Brasília),
Rafaela Kennedy (Brasília), Romulo
Alexis (Salvador), Sergio Vidal (Salvador), Suyan de
Mattos (Brasília), Vitória Vatroi (Salvador).
A
mostra, que conta com patrocínio master da Shell
Brasil e faz parte da programação do Festival
Latinidades 2025, segue em exposição durante um mês e ficará
aberta ao público até dia 24 de agosto na Galeria 3 do Museu Nacional da
República, em Brasília, com entrada gratuita.
Exposição Alumbramento
Data: até 24 de agosto
Local: Setor Cultural Sul, Lote 2 próximo à Rodoviária do Plano
Piloto, Brasília - DF, 70070-150
Ingressos: Entrada gratuita
Mais informações: @festivallatinidades

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