Hábitos saudáveis e tratamento individualizado minimizam o desconforto da doença, que acomete cerca de 30% da população acima de 60 anos no Brasil
A
incontinência urinária, distúrbio urológico que acomete mais de 30% da
população acima dos 60 anos no Brasil segundo a Sociedade Brasileira de
Urologia (SBU), ainda é um tema que gera incertezas pela ausência de
informações seguras. As maiores dúvidas do público idoso são sobre o
aparecimento da doença, se existe possibilidade de prevenção e quais os métodos
para tratamento, uma vez que a associação da incontinência urinária com o
envelhecimento é bastante comum. Erlaine Rezende, fisioterapeuta e especialista
no cuidado ao idoso e parceira da Bigfral, marca líder em cuidado adulto e
especializada em produtos para incontinência urinária, esclarece os
questionamentos sobre a doença, que muitas vezes consiste em mudança de hábitos
e tratamento individualizado.
1) Como o envelhecimento está relacionado à perda de urina?
Erlaine: Conforme o
corpo envelhece, é natural que algumas mudanças aconteçam, principalmente no
controle da bexiga. O enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico é
frequente, e a bexiga pode se tornar menos elástica causando dificuldade de ser
completamente esvaziada. Essas mudanças podem contribuir para a perda de urina.
Entretanto, não é uma condição exclusiva aos idosos, nem indica que todo idoso
vai evoluir com o quadro de incontinência.
2) A partir de quando a perda de urina pode se tornar frequente?
Erlaine: Não existe
regra, mas as pessoas podem começar a notar a partir dos 60 anos, assim como
outras mudanças no funcionamento do corpo. Fatores como saúde geral, hábitos
saudáveis de vida, alimentação e exercícios físicos, além da presença de outras
condições e doenças também influenciam.
3) Quais são os tipos de incontinência que podem acometer os idosos?
Erlaine: A
incontinência urinária pode surgir em quatro variações diferentes, e acometer
não somente os idosos, como pessoas de qualquer idade:
Incontinência
de esforço: Ocorre quando há perda de urina ao tossir, espirrar, rir ou fazer
algum esforço físico. É mais comum em mulheres após a menopausa e em homens
após cirurgias de próstata.
Incontinência
de urgência: Caracterizada por uma necessidade súbita e intensa de urinar,
seguida de uma perda involuntária de urina. Pode estar associada à
hiperatividade da bexiga e é mais frequente à medida que envelhecemos.
Incontinência
por transbordamento: Acontece quando a bexiga não esvazia completamente e há um
gotejamento constante de urina. Pode ocorrer em pessoas com condições que
afetam os nervos que controlam a bexiga, como diabetes.
Incontinência
funcional: Relacionada à problemas de mobilidade ou de comunicação, que
dificultam chegar ao banheiro a tempo. É comum em idosos com limitações físicas
ou cognitivas.
4) Quais cuidados o adulto pode tomar para prevenir a incontinência nos
próximos anos?
Erlaine: Prevenir a
incontinência urinária envolve cuidados com o corpo ao longo do tempo. Manter
uma alimentação saudável e equilibrada, evitar o excesso de cafeína e bebidas
alcoólicas, manter um peso saudável e praticar exercícios regularmente são
fundamentais. Exercícios específicos para fortalecer os músculos do assoalho
pélvico, como os exercícios de Kegel, também podem ajudar a manter o controle
da bexiga. Além disso, procurar orientação médica regularmente para acompanhar
a saúde é uma ótima forma de prevenção.
Erlaine também destaca que a presença da incontinência na vida de um idoso não
atrapalha as atividades do cotidiano ou limita alguma ação ou tarefa.
“Atualmente as roupas íntimas descartáveis conseguem controlar o volume da
urina com rápida absorção, ajuste ao corpo e sem incômodos, para uma rotina sem
desconforto e restrições. Além disso, são práticas, fáceis de usar e podem ser
trocadas discretamente. Elas ajudam a manter a pele seca, reduzindo o risco de
irritações, e promovem a confiança para que o idoso possa manter uma vida
social ativa e independente”, finaliza Rezende.
Bigfral
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