Lesões oculares graves, como queimaduras e descolamento de retina, podem ser evitadas com precauções simples e responsabilidade
As festas de fim de ano são sinônimo de celebração, mas também trazem um alerta
importante: os acidentes com fogos de artifício aumentam nessa época e podem
causar danos graves, especialmente nos olhos. Dados do Conselho Brasileiro de
Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 70% das lesões oculares registradas no Brasil
durante as festividades estão relacionadas a fogos de artifício, e 25% dessas
podem resultar em perda parcial ou total da visão.
“Por mais bonitos que sejam, os fogos são extremamente perigosos. Apenas as faíscas queimam a mais de 1.000°C, temperatura suficiente para causar queimaduras térmicas e permanentes nos olhos”, alerta o Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor da Prisma Visão. “Evitar o uso doméstico e optar por shows profissionais é a forma mais segura de celebrar”.
A Dra. Claudia Faria, oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein, reforça que as lesões oculares mais comuns causadas por fogos incluem queimaduras oculares, lesões palpebrais, danos na córnea e hemorragias vítreas. Segundo a especialista, esses traumas variam em gravidade, mas alguns podem ser devastadores: “Ruptura do globo ocular, abrasões na córnea e descolamento de retina são danos graves que podem levar à perda total da visão”.
Nos Estados Unidos, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo relatou mais
de 10 mil feridos por fogos em 2022, sendo 15% das
lesões localizadas nos olhos. Crianças e jovens adultos são as
principais vítimas, o que reforça a necessidade de conscientização.
A
prevenção é o melhor caminho para garantir a segurança durante as comemorações.
Evitar o uso doméstico e respeitar as medidas de segurança pode salvar
vidas:
- Assista apenas a shows profissionais e mantenha
200 metros de distância.
- Não permita que crianças manuseiem fogos, nem
mesmo as velas sparklers, que queimam a
temperaturas altíssimas.
- Use proteção ocular adequada se
estiver próximo a fogos.
- Mantenha um balde de água por perto para emergências e nunca
tente reacender fogos defeituosos.
Se
ocorrer um acidente ocular, procure imediatamente um oftalmologista e
evite medidas que possam agravar a situação:
- Não esfregue os olhos
- Não aplique pressão ou
tente remover objetos presos
- Não utilize pomadas ou medicamentos sem
orientação médica
“Lesões
oculares são emergências médicas e devem ser tratadas com urgência para evitar
danos permanentes”, reforça a Dra. Claudia Faria.
Fogos de artifício fazem parte das tradições, mas a responsabilidade deve vir em primeiro lugar. Com prevenção e cuidado, é possível celebrar sem riscos e garantir que a alegria das festas não vire motivo de preocupação.
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 , Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology
Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.
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