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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Oftalmologistas alertam para o aumento de acidentes oculares com fogos de artifício

 Lesões oculares graves, como queimaduras e descolamento de retina, podem ser evitadas com precauções simples e responsabilidade


As festas de fim de ano são sinônimo de celebração, mas também trazem um alerta importante: os acidentes com fogos de artifício aumentam nessa época e podem causar danos graves, especialmente nos olhos. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 70% das lesões oculares registradas no Brasil durante as festividades estão relacionadas a fogos de artifício, e 25% dessas podem resultar em perda parcial ou total da visão.

“Por mais bonitos que sejam, os fogos são extremamente perigosos. Apenas as faíscas queimam a mais de 1.000°C, temperatura suficiente para causar queimaduras térmicas e permanentes nos olhos”, alerta o Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor da Prisma Visão. “Evitar o uso doméstico e optar por shows profissionais é a forma mais segura de celebrar”.

A Dra. Claudia Faria, oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein, reforça que as lesões oculares mais comuns causadas por fogos incluem queimaduras oculares, lesões palpebrais, danos na córnea e hemorragias vítreas. Segundo a especialista, esses traumas variam em gravidade, mas alguns podem ser devastadores: “Ruptura do globo ocular, abrasões na córnea e descolamento de retina são danos graves que podem levar à perda total da visão”.

Nos Estados Unidos, a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo relatou mais de 10 mil feridos por fogos em 2022, sendo 15% das lesões localizadas nos olhos. Crianças e jovens adultos são as principais vítimas, o que reforça a necessidade de conscientização.

A prevenção é o melhor caminho para garantir a segurança durante as comemorações. Evitar o uso doméstico e respeitar as medidas de segurança pode salvar vidas:

  • Assista apenas a shows profissionais e mantenha 200 metros de distância.
  • Não permita que crianças manuseiem fogos, nem mesmo as velas sparklers, que queimam a temperaturas altíssimas.
  • Use proteção ocular adequada se estiver próximo a fogos.
  • Mantenha um balde de água por perto para emergências e nunca tente reacender fogos defeituosos.

Se ocorrer um acidente ocular, procure imediatamente um oftalmologista e evite medidas que possam agravar a situação:

  • Não esfregue os olhos
  • Não aplique pressão ou tente remover objetos presos
  • Não utilize pomadas ou medicamentos sem orientação médica

“Lesões oculares são emergências médicas e devem ser tratadas com urgência para evitar danos permanentes”, reforça a Dra. Claudia Faria.

Fogos de artifício fazem parte das tradições, mas a responsabilidade deve vir em primeiro lugar. Com prevenção e cuidado, é possível celebrar sem riscos e garantir que a alegria das festas não vire motivo de preocupação.




Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 , Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology



Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.

 

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