‘Relatório “Planismo” da Mauve explora aspectos-chave da experiência de expatriados, com insights sobre como motivações e vivências diferem entre homens e mulheres
A pesquisa, realizada entre maio e junho de 2024, entrevistou 600 profissionais expatriados (200 no Brasil, Colômbia e México, respectivamente), abrangendo regiões diversas (Europa, América Latina, EUA, Canadá e Ásia), idades e gêneros
Para atrair talentos, melhorar a satisfação de colaboradores e
garantir o sucesso de projetos de mobilidade global, as empresas precisam
entender como o gênero impacta a experiência de trabalhadores estrangeiros.
Essa é uma das conclusões de pesquisa recém-lançada pela Mauve
Group, consultoria global de RH e negócios, que
analisou como as diferenças de idade, país de destino, região de origem e
gênero influenciam o dia a dia de profissionais expatriados.
O estudo também aponta como empresas em expansão para a América
Latina podem responder a esses desafios para facilitar a adaptação, melhorar a
qualidade de vida e promover o desenvolvimento profissional. Os resultados
mostram que as mulheres têm quatro vezes mais chances de se mudar para o
exterior devido ao emprego do parceiro (18,9% das mulheres contra 4,2%
dos homens).
“Nosso relatório destaca pontos que todas as empresas devem considerar
em relação ao impacto do gênero na experiência de expatriados na América
Latina”, comenta Jaime Bustamante, representante de desenvolvimento de negócios
para a LATAM na Mauve Group. “Por exemplo, por que mais mulheres se mudam para
acompanhar o parceiro numa mudança de trabalho? Isso se deve a um foco maior em
equilíbrio entre vida pessoal e profissional, carreiras mais flexíveis ou até
menos incentivos para permanecer no país de origem?”, questiona.
Outro dado revela que desafios como lidar com a burocracia local
são consideráveis para ambos os gêneros: 68,9% das mulheres e 69,3%
dos homens afirmaram estar “totalmente despreparados” para isso ao chegar em um
novo país.
“Esse dado evidencia a importância de processos de onboarding mais eficientes e do papel das empresas nesse aspecto”, explica Jaime. “Embora homens e mulheres vivenciem diferenças em áreas como motivação para trabalhar no exterior, os desafios compartilhados indicam oportunidades claras para os empregadores.”
Desafios específicos, no entanto, apontam diferenças importantes. Enquanto 38,2% das mulheres citaram “entender e se adaptar à cultura de trabalho local” como o maior obstáculo, apenas 26,1% dos homens identificaram isso como principal dificuldade. Já os representantes do sexo masculino destacaram “lidar com a burocracia do país” como o maior desafio (20,6% dos homens contra 13,7% das mulheres).
“Se as mulheres enfrentam mais dificuldades ou são mais receptivas
às barreiras no ambiente de trabalho, é algo que as empresas devem investigar”,
acrescenta Jaime. “Esses resultados mostram que não existe uma abordagem padrão
para garantir o sucesso na realocação de profissionais.”
Inspirado no movimento artístico uruguaio que buscava “aplanar” fronteiras visuais, o relatório “Planismo” argumenta que a localização geográfica estratégica de trabalhadores representa uma nova oportunidade para as empresas, especialmente quando profissionais são apoiados e incentivados.
“Garantir uma abordagem completa que reconheça a qualidade de vida como uma questão pessoal e profissional, levando em consideração os impactos de gênero, pode ajudar empresas a alcançar o sucesso em suas expansões globais”, conclui Jaime.
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