Especialista do
Hospital Paulista explica as causas, sintomas e opções de tratamento mais
adequadas para as gestantes que sofrem com o problema
A rinite gestacional é uma condição comum que afeta
muitas mulheres durante a gravidez. Ela causa sintomas semelhantes à rinite
alérgica, como congestão nasal, espirros e secreção, mas é gerada pelas
alterações hormonais e fisiológicas do corpo da gestante.
De acordo com a Dra. Cristiane Passos Dias Levy,
otorrinolaringologista do Hospital Paulista – referência em saúde de ouvido,
nariz e garganta –, a principal causa dessa condição está no aumento dos
hormônios como o estrogênio e a progesterona. “Esses hormônios podem causar
inchaço nas mucosas nasais, levando à congestão”, explica a especialista.
Além disso, a gestação também provoca um aumento no
volume sanguíneo, o que intensifica a circulação nas vias nasais e agrava a
sensação de nariz entupido. Dra. Cristiane ressalta que muitas gestantes têm
maior sensibilidade a alérgenos e irritantes, o que pode piorar os sintomas.
“Mulheres com histórico de alergias podem notar um agravamento durante a
gravidez”, enfatiza.
Embora os sintomas da rinite gestacional sejam
parecidos com os da rinite alérgica, a médica esclarece que as duas condições
têm causas diferentes. “A rinite gestacional é provocada por fatores hormonais
e fisiológicos relacionados à gravidez, enquanto a rinite alérgica é
desencadeada por alérgenos como pólen, ácaros ou pelos de animais.”
A especialista também destaca que a rinite
gestacional tende a desaparecer após o parto, enquanto a rinite alérgica pode
ser sazonal ou perene, dependendo da exposição a alérgenos.
Principais sintomas
- Congestão
nasal e secreção clara
- Espirros frequentes
- Coceira no
nariz, garganta e olhos
- Dificuldade
para dormir devido à obstrução nasal
- Dor
de cabeça, frequentemente associada à pressão nasal
Diagnóstico
Quanto ao diagnóstico, Dra. Cristiane explica que
ele é baseado nos sintomas relatados pela gestante e no histórico médico. “O
diagnóstico é feito principalmente pela exclusão de outras condições, como
infecções ou rinite alérgica. Em geral, não são necessários exames laboratoriais
ou de imagem, a não ser que haja dúvidas sobre a causa dos sintomas”,
esclarece.
Tratamento
O tratamento, por sua vez, deve ser feito com
cautela, sempre priorizando a segurança da gestante e do bebê. Dra. Cristiane
recomenda medidas não farmacológicas, como hidratação, uso de
umidificadores e lavagem nasal com soluções salinas para aliviar
a congestão. “Essas medidas ajudam a aliviar os sintomas sem riscos para a
gestante”, destaca.
Quando o uso de medicamentos é
necessário, a especialista indica alguns antihistamínicos, como loratadina e
cetirizina, que são geralmente considerados seguros para gestantes. "De
qualquer forma, sempre é importante consultar o obstetra antes de tomar
qualquer medicamento", reforça a Dra. Cristiane. Já os medicamentos como descongestionantes
orais devem ser evitados, segundo a médica.
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