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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Estrabismo: Como o Desalinhamento Ocular Afeta a Visão e a Qualidade de Vida

O desalinhamento ocular nem sempre é perceptível, mas pode trazer impactos para a visão e a qualidade de vida. Conheça os sinais do estrabismo e a importância do diagnóstico precoce.


Você sabia que fechar um olho ao sol, girar a cabeça para enxergar melhor ou apresentar visão dupla podem ser indícios de estrabismo? Mais comum do que se imagina, o estrabismo pode afetar crianças e adultos, muitas vezes sem sintomas óbvios além do desalinhamento ocular.

De acordo com a Dra. Claudia Faria, oftalmologista especialista em estrabismo do Hospital Albert Einstein, o estrabismo é caracterizado pela perda do paralelismo entre os olhos. Em crianças, suas causas podem incluir prematuridade, distúrbios neurológicos e condições genéticas, como síndrome de Down. Já em adultos, o problema pode surgir devido a traumatismos cranianos, diabetes ou alterações vasculares, como aneurismas e tumores cerebrais.


A importância do diagnóstico precoce

Nas crianças, o diagnóstico precoce é essencial para prevenir a ambliopia, também conhecida como "olho preguiçoso". "Embora muitas crianças com estrabismo tenham comportamentos aparentemente normais, mesmo enxergando bem com apenas um dos olhos, a avaliação oftalmológica antes dos 8 anos pode fazer toda a diferença para o desenvolvimento da visão binocular e a percepção de profundidade", alerta a especialista.


Tratamentos personalizados

Existem diversos tipos de estrabismo, e o tratamento é personalizado de acordo com a gravidade e as características de cada caso. Entre as opções estão:

  • Óculos: especialmente eficazes em casos de esotropia acomodativa.
  • Oclusão (tampão): utilizado principalmente para tratar a ambliopia.
  • Cirurgia: indicada para corrigir o alinhamento ocular em casos específicos.
  • Toxina botulínica: opção menos invasiva para determinados tipos de estrabismo.

Nos adultos, o tratamento geralmente foca no realinhamento ocular, com benefícios significativos não apenas para a visão, mas também para a autoestima e a qualidade de vida.


Mitos que dificultam o tratamento

Mitos como "o estrabismo desaparece sozinho" ou "é apenas uma questão estética" podem atrasar a busca por tratamento. "O estrabismo afeta não só a aparência, mas também a funcionalidade visual, podendo causar perda de percepção de profundidade, visão dupla e problemas sociais ou profissionais", explica a Dra. Claudia.


Cuidado integral e resultados positivos

Com tratamentos acessíveis e seguros, como a cirurgia realizada com sucesso em adultos como o criador de conteúdo e falecido PC Siqueira, o estrabismo pode ser corrigido em qualquer idade, proporcionando benefícios funcionais e estéticos.

"Observar comportamentos simples, como desvio ocular ou dificuldade para focar, é o primeiro passo para garantir uma visão saudável. E, para os pais, o mais importante é sempre consultar um oftalmologista ao perceber algo diferente", conclui a especialista.
 

Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.

 

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