O Setembro Amarelo é um período dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à promoção da saúde mental. Em um mundo onde a conexão constante pode amplificar problemas como ansiedade e depressão, é essencial adotar práticas que promovam o bem-estar digital.
No livro "Bem-estar Digital", compartilho
12 princípios fundamentais para viver melhor no mundo hiperconectado e reduzir
os impactos negativos das redes sociais. Aqui, destaco sete deles, começando
pelo básico, que é monitorar seu tempo e comportamento online.
Autoconsciência digital começa com a compreensão de
quanto tempo se passa conectado e como isso impacta a vida. Monitore seu uso de
dispositivos e redes sociais, e questione se esse tempo está alinhado com seus
valores e prioridades. Aplicativos que registram o tempo de tela podem ser
ferramentas valiosas para perceber quanto do dia é consumido na internet.
É
importante ser intencional com a presença online. Autenticidade digital não significa apenas evitar filtros; é sobre
garantir que a presença nas redes sociais reflete quem realmente somos. Cada
post, cada comentário é um pedaço de você que fica na memória dos outros.
Pergunte-se: estou sendo lembrado por algo que verdadeiramente importa?
Outra
atitude essencial é combater o vício em dopamina digital. Rolagens infinitas em vídeos de Reels ou TikTok
podem parecer inofensivas, mas geram picos de dopamina que condicionam o
cérebro a buscar gratificação instantânea. Este hábito pode se transformar em
vício, dificultando a capacidade de focar em tarefas que exigem mais tempo e
concentração. Para combater isso, indico a gratificação adiada: estabeleça
metas e recompense-se ao completá-las, em vez de se perder em distrações
digitais. Essa prática não só melhora a produtividade, mas também traz uma
satisfação mais duradoura.
Escolha com
cuidado quem você segue. O conteúdo
consumido molda os pensamentos, emoções e, eventualmente, as ações. Faça uma
revisão regular de quem segue nas redes sociais e pergunte-se se essas
influências estão alinhadas com o tipo de pessoa que deseja se tornar. Seguir
perfis que inspiram, educam e elevam pode transformar a experiência online e
fortalecer a saúde mental.
Resiliência digital envolve a capacidade de
enfrentar críticas, negatividade e a pressão das redes sociais sem deixar que
isso abale o bem-estar. Para desenvolver uma mentalidade forte, deve-se
aprender a diferenciar críticas construtivas de ataques pessoais. Lembre-se de
que a maioria dos comentários negativos reflete mais sobre quem os faz do que
sobre você. Praticar a resiliência digital é crucial para navegar pelas
adversidades do mundo online sem perder o equilíbrio.
A empatia é fundamental, especialmente em um
ambiente onde as palavras são facilmente mal interpretadas. Antes de postar ou
comentar, considere o impacto de suas palavras. Pergunte-se: isso contribui
positivamente para a conversa? Pratique a gentileza e a compreensão em suas
interações online, ajudando a criar um ambiente digital mais acolhedor e menos
propenso a gerar ansiedade.
A desconexão planejada é mais que uma pausa; é uma
necessidade vital para recarregar as energias. Defina momentos específicos do
dia para se desconectar das telas e reconectar-se consigo mesmo ou com o mundo
ao seu redor. Seja uma caminhada ao ar livre, uma leitura ou uma conversa cara
a cara, essas pausas são essenciais para manter um equilíbrio saudável entre o
digital e o real.
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