Fissuras, sangramentos e descamação da pele são alguns dos problemas enfrentados pela população
Foram aproximadamente 2.350 focos de queimadas em
todo país e ainda sem expectativa de controle, infelizmente. O cenário atual
influencia em diversos setores como economia, gestão de crise e principalmente
a saúde.
Na área da saúde, as consequências
comprometem todo o organismo, com complicações muitas vezes irreversíveis. No
campo dermatológico, também há riscos devido ao aumento do gás carbônico,
aumentando o processo inflamatório gerado pelo corpo. De acordo com a
dermatologista Paula Sian, um dos principais sinais do processo inflamatório do
organismo expressados pela pele é o ressecamento, descamação, aspereza e
vermelhidão. “Pessoas que já têm dermatites e doenças de pele, são mais
sensíveis a essas mudanças de clima. As áreas mais atingidas são as dobras,
pálpebras, pescoço, axilas, dobrinha do cotovelo, dobrinha do joelho e pode ser
na virilha também, porque são áreas de atrito” - explica.
As implicações dessas fissuras causadas pelo efeito
das queimadas no ar são sensibilidade ao toque, coceiras, ardência e em casos
mais graves, o sangramento. “Na maioria das vezes os pacientes chegam com os
sintomas avançados, pela falta de conhecimento. Antes de irem ao consultório,
passam por outras especialidades que não reconhecem nenhuma alteração no
organismo que justifique as anomalias na pele, tornando o tratamento um pouco
mais delicado pela demora no cuidado” - afirma.
Entre as recomendações dadas pelo Ministério da
Saúde para enfrentar o tempo de estiagem estão a ingestão de água, uso de
máscara, etc. No campo dermatológico recomendamos banho rápido e morno e uso de
creme hidratante, muitas vezes ao dia no corpo e rosto, principalmente após o
banho, pois é a hora que é mais bem absorvido.
Caso a pele já esteja com reações, é importante usar sabonete só nas áreas de cheiro, axila, genital, anal e pé e ir a um dermatologista o quanto antes. O tratamento acontece com antialérgico e pomada de corticoide. É importante ressaltar que a prescrição de alguns medicamentos podem intensificar o quadro, especialmente para quem já possui dermatite de base.A recomendação é prevenir com doses extras de hidratação e fazer acompanhamento especializado regularmente.
Dra. Paula Sian - CRM: 111963-SP RQE Nº: 38348 – Dermatologista, formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), onde também fez residência em Clínica Médica e Dermatologia. Especializou-se em Farmacodermia e Dermatoses Imunoambientais na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Medicina Chinesa e Acupuntura na Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). Desde 2011, Paula atende em seu consultório próprio com o viés em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, tanto para adultos como crianças. Além disso, a especialista realizou serviços voluntários no ambulatório de alergias da UNIFESP, de 2013 a 2017. A médica também é escritora e acaba de lançar o “Um burnout para chamar de seu”, um livro que relata, pelo ponto de vista do paciente como é conviver com o burnout. https://www.instagram.com/pelecomalma/
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