Julho é o mês dedicado a conscientização da doença,
que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros
Muitas
horas de exposição à telas, altos níveis de poluição nas cidades e uso de
ar-condicionado constante: você sabe o que existe em comum entre essas três
condições? A doença do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção de
lágrimas, afeta cerca de 20 milhões de brasileiros[1] ,
traz, dentre os sintomas, desconforto ocular[2] e pode ter
a sua ocorrência ligada aos hábitos do dia a dia.
O
mês de julho, conhecido como Julho Turquesa, marca a importância da
conscientização desse problema. A dra. Mônica Alves, médica oftalmologista,
comenta sobre o tema. “O olho seco não é uma doença de um sintoma só.
Irritação, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira, olhos vermelhos,
lacrimejamento, sensação de secura, dentre muitos outros fazem parte dessa
lista. Por vezes, eles podem ser até contraditórios entre si”, reflete a
oftalmologista, que é especializada em superfície ocular e olho seco. “Os
sintomas podem mudar ao longo do dia e ter diferentes graus de incômodo. Cada
paciente manifesta a doença de uma maneira diferente.”
Como funciona o olho seco e como diagnosticar
A
lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água,
sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e
proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou
micro-organismos[3]. O Ministério da Saúde caracteriza a
doença do olho seco como um problema na produção ou na qualidade da lágrima que
provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva3.
A
síndrome do olho seco é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o
mundo e estudos têm registrado um aumento de sua ocorrência, sobretudo no
público jovem[4].
“Para
identificar o olho seco, o oftalmologista, além da análise clínica, também
realiza um questionário para entender o grau e a intensidade dos sintomas e do
incômodo vivido pelo paciente. Além disso, o especialista também deve
considerar um teste que avalie qualquer alteração ocular”, complementa a
médica.
Causas
Em
2023, a Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS), sociedade americana
dedicada a estudar e investigar questões ligadas ao filme lacrimal e da
superfície ocular, publicou um consenso que avaliava a ocorrência de doenças da
superfície ocular e estilo de vida. “Para isso, foram considerados uma série de
fatores, como nutrição, exposição ambiental, fatores climáticos, exposição
digital, dentre outros”, explica a médica. “O objetivo final era de entender o
que no estilo de vida moderno pode causar doenças oculares, e todos esses itens
têm correlação.”
“A
ocorrência de olho seco foi um destaque nesse estudo”, comenta. “Cidades
grandes com altos níveis de poluição, muito tempo de exposição ao
ar-condicionado ou a telas, o uso de cosméticos, questões de saúde mental,
dentre outros fatores que causam o olho seco. E, de fato, hoje os estudos
epidemiológicos comprovam o aumento da ocorrência da doença.”
Além
disso, o Ministério da Saúde alerta que a diminuição da função das glândulas
lacrimais3 e perda da água das lágrimas3 causada por
envelhecimento, por algumas doenças, pelo uso de certos medicamentos, assim
como anormalidades ou infecções nas pálpebras, podem também ser fatores para a
ocorrência da doença de olho seco.
Tratamento
A
Dra. Mônica conta que o tratamento ocorre a partir da aplicação de lágrimas
artificiais[5], ou seja, de lubrificantes oculares, que
muitas vezes se apresentam na forma de colírios. Dessa forma, o paciente
consegue ter um alívio dos sintomas, mas as visitas ao oftalmologista não devem
ser negligenciadas.
“É
importante que os profissionais da saúde deem importância ao relato do paciente
e que ele seja avaliado por um todo. Por outro lado, muitas vezes, o paciente
tende a fazer uma automedicação, que pode piorar o problema”, adiciona a
especialista.
“Pacientes
que vivem com a doença em estágio moderado ou grave possuem um alto impacto na
qualidade de vida. É uma pessoa que deixa de fazer coisas rotineiras, como ir a
lugares com ar-condicionado. O olho seco não pode ser negligenciado,
independente do grau e da intensidade dos sintomas”, comenta a Dra.
“A doença de superfície ocular mais comum é justamente o olho seco. Essa condição não pode ser negligenciada, independente do grau ou intensidade dos sintomas.”, finaliza a médica.
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[1] Report of the International Dry Eye WorkShop (DEWS). Ocul Surf. 2007;5(2):65-204.
[2] https://iorj.med.br/olho-seco/
[3] https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-do-olho-seco/
[4] https://oglobo.globo.com/saude/ciencia/olho-seco-por-que-numero-de-casos-tem-aumentado-entre-os-jovens-25207757
[5] https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-do-olho-seco/
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