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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Turismo circular impacta maneira de viajar e procurar destinos

Viajantes buscam experiências mais significativas e consciente 

 

Fácil, rápido e ecologicamente sustentável. Assim se projeta o cenário das viagens até 2040, segundo relatório publicado em 2020 pela agência Euromonitor.  De acordo com Edson Grandisoli, diretor pedagógico do Movimento Circular, a falta de conhecimento, falta de estrutura e a percepção de não ser capaz de realizar determinadas ações são alguns fatores que dificultam a adoção de práticas mais sustentáveis, entre elas, melhores escolhas de viagens.

As boas práticas da economia circular também procuram dar respostas aos desafios que o setor de turismo tem pela frente. O conceito, que estimula a transição de uma economia linear para uma mais circular, tem como cernes o combate ao desperdício, a redução de geração de resíduos e rejeitos, aumento de vida útil dos produtos e materiais, reaproveitamento e reciclagem, entre outros reparo ou substituição destes por serviços e reciclagem de materiais.


Que tal incluir na bagagem algumas práticas da economia circular? 

  1.     Escolha destinos sustentáveis: existem inúmeros deles no Brasil e ao redor do mundo reconhecidos por sua preocupação com a conservação do meio ambiente.
  2.     Minimize o desperdício: Evite o uso de plásticos descartáveis e leve consigo uma garrafa e sacolas reutilizáveis. Descarte seu lixo corretamente e participe de iniciativas de limpeza.
  3.     Escolha operadoras sustentáveis: Optar por empresas de turismo que sigam práticas responsáveis, como minimizar o impacto ambiental, apoiar projetos sociais e promover a educação ambiental.
  4.     Respeite a cultura e o meio ambiente: Seja consciente ao visitar locais históricos, áreas naturais e sítios culturais. Não retire lembranças da natureza e respeite as regras locais.
  5.     Transporte consciente: Prefira meios de transporte mais sustentáveis ou compartilhados, como caminhar, pedalar ou usar transporte público.
  6.     Hospede-se em um albergue: Albergues são mais sustentáveis do que hotéis, produzindo 82% menos emissões de gases de efeito estufa. 
  7.     Opte por destinos mais próximos: sabe aquele lugar maravilhoso perto de casa e que você sempre adia pra conhecer? Essa opção também ajuda a reduzir as emissões.
  8.     Participe de iniciativas de voluntariado ambiental: limpeza de praias e reflorestamento, ajudando a preservar os destinos visitados.
  9.     Conexão com a comunidade: Interaja com os moradores locais, aprenda sobre suas tradições e costumes. Compre produtos e serviços diretamente deles para apoiar a economia local.

A comunicação de boas práticas é essencial para promover uma cultura de sustentabilidade no turismo, compartilhar experiências e informações sobre práticas sustentáveis que podem inspirar outras pessoas a adotarem comportamentos semelhantes, criando um efeito multiplicador positivo. Ao conscientizar e educar, ajudamos a construir um futuro onde viajar vai além de viver experiências, quando se pensa na preservação do planeta para as gerações futuras.

 

Economia circular na prática 

O conceito surgiu na década de 80, quando nasce a preocupação com as cadeias produtivas, antes estruturadas apenas para extrair, produzir e descartar.

Com o passar do tempo, vão surgindo novos modelos de negócios sintonizados com maneiras de transformar essa realidade. Nesse sentido, o turismo não está de fora.

Para compreender melhor o conceito, o curso “Introdução à economia circular”, da Circular Academy, é gratuito e pode ser acessado pelo site do Circular Academy.

A plataforma, lançada pela iniciativa Movimento Circular com concepção da Atina Educação, já tem mais 224 mil acessos e é destinada a professores, estudantes e todos aqueles que querem aprender sobre economia circular e gerar um mundo com menos resíduos.


Edson Grandisoli - Coordenador pedagógico do Movimento Circular, é Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela UNSSC da ONU.

 

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