Ao
desmistificar conceitos equivocados, pode-se promover uma cultura
organizacional que valoriza o desenvolvimento e o crescimento contínuo
dos executivos; Natal Pinto, que possui grande bagagem na área de gestão empresarial,
comenta como treinamentos ajudam a impulsionar as empresas em
um mercado em constante mudança
O aprendizado deve ser sempre contínuo e condizente com as novas mudanças pelas quais o mercado está passando. Em tempos de inteligência artificial, a relação do que se aprende e o que já se torna irrelevante é extremamente cada vez mais próxima.
Além do mais, o CEO, dentro da companhia, é a pessoa que passa os valores da empresa, sendo um deles o aprendizado contínuo. Se o gestor estuda e se capacita, seus liderados veem os resultados e se inspiram para fazer o mesmo.
Para Natal Pinto, fundador e CEO da InMerc Escola de Negócios, CEO da VDPrev Advocacia e profissional com 20 anos de experiência em liderança, o tipo de treinamento essencial para todos os profissionais de uma empresa é o de inteligência emocional. Para se ter ideia, a Fundação Wadhwani, organização global sem fins lucrativos que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento econômico, realizou uma pesquisa global com mais de 2000 empresas. Os resultados apontam que as soft skills já são consideradas tão ou mais importantes que as chamadas hard skills - de acordo com a pesquisa, 59% das empresas estão dispostas a pagar um salário maior para novos colaboradores com as melhores soft skills.
“Conhecer a si mesmo, seus limites e
seus potenciais é essencial para que você seja uma pessoa melhor e,
consequentemente, um profissional fora da curva. Esse treinamento é
importantíssimo para o desenvolvimento das pessoas, já que elas serão capazes
de cultivar uma melhor relação consigo e com os outros. O resultado disso é uma
performance acima da média, tanto na vida pessoal como nos negócios”, explica o
profissional.
“Empresas não crescem; quem cresce são as pessoas que nela estão”, defende Natal
Abaixo, o fundador da InMerc Escola de Negócios aponta e explica os cinco mitos mais comuns acerca do treinamento para líderes e gestores. Afinal, uma mentalidade de fechamento para o desenvolvimento e o aprendizado contínuos prejudica a capacidade de liderar eficazmente em um ambiente empresarial em constante mudança.
“É importante desafiar e desmistificar
essas crenças para promover uma cultura organizacional que valorize e incentive
o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os membros da equipe,
incluindo os próprios executivos”, justifica o especialista.
1. Executivos não precisam de treinamento,
eles já sabem tudo: “este é um
equívoco comum, pois mesmo os executivos mais experientes têm espaço
para crescimento e aprendizado. O ambiente empresarial está em constante evolução,
e as melhores práticas de gestão também. Desse modo, os gestores devem
identificar a necessidade de atualização constante para se manterem relevantes
e eficazes no cenário empresarial”, aponta.
2. Treinamento é
um sinal de fraqueza ou incompetência: “pelo
contrário, investir em treinamento demonstra um compromisso com o
desenvolvimento pessoal e profissional. Afinal, os executivos mais
bem-sucedidos são aqueles que reconhecem a importância de melhorar suas
habilidades e conhecimentos constantemente”, explica.
3. Executivos não
têm tempo para treinamento: “embora
os executivos possam ter agendas lotadas,
o treinamento eficaz pode ser adaptado para se encaixar em seus
horários. Isso pode incluir treinamento online, sessões
de treinamento mais curtas e flexíveis ou até mesmo coaching
individualizado. Quem realmente quer se aprimorar no que faz consegue encontrar
o modo ideal de treinamento, mesmo em meio a agendas ocupadas”, defende.
4. Treinamento é
apenas para funcionários de níveis mais baixos: “isso não poderia estar mais longe da verdade.
Os executivos podem se beneficiar enormemente do treinamento,
especialmente em áreas como liderança, gestão de tempo, habilidades de
comunicação e estratégia empresarial. O desenvolvimento de habilidades é
crucial em todos os níveis da companhia, incluindo os executivos”,
esclarece.
5. Treinamento é
caro e não traz retorno sobre o investimento: “mesmo que o treinamento possa ter um custo
inicial, os benefícios a longo prazo podem superar significativamente esse investimento.
Funcionários mais bem-treinados tendem a ser mais produtivos, engajados e
capazes de contribuir para o sucesso geral da empresa. Basta apenas ver as companhias
que alcançaram sucesso significativo por meio do investimento
em treinamento executivo”, conclui.
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