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Mais de 70% dos consumidores do país temem vazamentos de dados e fraudes no ambiente digital. A média global é de 55%
Os consumidores brasileiros
estão receosos com a segurança dos seus dados no ambiente on-line. Mais de sete
em cada dez (71%) demonstraram muita preocupação com roubo de identidade,
incluindo credenciais de acesso, e com fraudes – a média global registrada foi
de 55%.
Já 69% afirmaram que estão
muito preocupados com a segurança dos seus dados, incluindo vazamentos e outros
incidentes de segurança, ou com o download de vírus – contra 53% da média
global.
No entanto, 41% dos brasileiros
disseram usar o autopreenchimento de senhas para acessar plataformas digitais
(sites e apps, por exemplo) – na comparação com 39% da média global.
Esses dados fazem parte do
estudo Future Consumer Index (FCI), produzido pela EY. Há, ainda, temor por
parte de 66% dos consumidores brasileiros entrevistados com a venda dos seus
dados pessoais pelas empresas para um terceiro, bem acima da média global
(53%).
O levantamento, realizado entre
os dias 16 de março e 14 de abril do ano passado, contou com a participação de
pouco mais de 21 mil respondentes provenientes de 27 países, incluindo o
Brasil.
O FCI, que é produzido
periodicamente, mapeia o comportamento do consumidor ao longo do tempo para
identificar tendências de mercado. O propósito é fornecer uma perspectiva dos
movimentos que são resultado de reações temporárias e daqueles que indicam
realmente alterações consistentes no mercado de consumo.
O roubo de conta é cada vez
mais frequente, respondendo por 72% das fraudes digitais no Brasil em 2022, de
acordo com a empresa de cibersegurança e identidade digital AllowMe, que tem,
em seu banco de dados, mais de 130 milhões de smartphones – o equivalente a 29%
dos dispositivos digitais em uso no país, segundo pesquisa recente da FGV
(Fundação Getulio Vargas).
O acesso às contas se dá por
meio de dados vazados, golpes de engenharia social e com o auxílio de programas
maliciosos, também conhecidos como malwares.
Considerando todos os tipos de fraude on-line, São Paulo é o Estado que mais sofre com elas, concentrando 37,6% dos registros nacionais.
Tecnologias
digitais em alta - O crescimento das fraudes
ocorre em um contexto de uso crescente das tecnologias digitais pelos
consumidores no dia a dia – por conveniência, personalização e busca de novas
experiências. As empresas têm desenvolvido ferramentas de engajamento em todas
as plataformas e usado inteligência artificial generativa para atender às
expectativas dos consumidores. Deve fazer parte desse processo a priorização da
confiança digital por meio do investimento em segurança cibernética.
Ainda segundo o FCI, 82% dos
consumidores brasileiros assinam serviços de streaming de vídeo, muito acima da
média global verificada (63%). Já 75% ouviram serviços de streaming voltados
para áudio nos últimos meses, porcentagem também acima da média global
(62%).
Mais de oito em cada dez (84%)
administram seu dinheiro por meio de aplicativo bancário ou internet banking –
contra 77% da média global.
Quase seis em cada dez (58%)
socializam com amigos e família utilizando plataformas de vídeo, número igualmente
acima dos 53% da média global.
A adoção crescente de novas
ferramentas digitais traz oportunidades para as empresas expandirem sua
presença nos diferentes canais, desenvolvendo novas experiências de marca.
Esses esforços vão permitir às empresas capturar mais dados, identificar novos
insights, testar produtos e responder rapidamente às mudanças do mercado.
A maioria dos consumidores
brasileiros (67%) está disposta a compartilhar dados para uma abordagem
personalizada com as marcas que eles já mantêm relacionamento. Também se
mostraram solícitos nessa mesma porcentagem de resposta a compartilhar seus
dados com as empresas em troca de produtos e serviços mais baratos. Além disso,
61% aceitam compartilhar seus dados por uma experiência on-line customizada.
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