“A SAÚDE MENTAL É SAÚDE PÚBLICA - É O PONTO DE PARTIDA E CHEGADA PARA QUALQUER SUJEITO”, COMENTA A PSICÓLOGA
“Muito
dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”,
já dizia a canção que milhões de pessoas cantam ao entrar no ano novo, todas
emanando energias positivas com os pensamentos longe de preocupações, para logo
mais o estresse cotidiano dominar toda a situação. Intitulado “janeiro branco”,
o primeiro mês do calendário serve para conscientizar as pessoas da importância
de cuidar da saúde mental, em resumo, mente sã, corpo são,
pois se cada um manter essa consciência não só no dia 1º de janeiro, mas no
decorrer do ano, sua saúde mental agradecerá.
Uma
saúde mental fragilizada pode gerar inúmeros problemas para a pessoa. “A
saúde mental é o ponto de partida e chegada para qualquer sujeito. Os problemas
que são diagnosticados em um exame laboratorial ou apenas em exames clínicos
com uma boa análise de si mesmo, como por exemplo: "como posso ter dor no
corpo todo, se já realizei todos os exames e nenhum médico encontra o problema".
A saúde mental entende, déficits materiais, emocionais, de relação com o ser
amado, de desenvolvimento cognitivo, no caso uma criança que tem a saúde mental
abalada em um ambiente familiar violento, certamente irá se desenvolver de
maneira totalmente diferente daquela criança que vive em um ambiente onde sua
saúde mental é preservada e cuidada. Isso traz danos sociais - saúde mental é
saúde pública”, explica a psicóloga Michele Bouvier.
Atualmente
estamos passando por uma sobrecarga de pensamentos e energias por conta do
crescimento do convívio online, nesse caso, especialistas alertam a sociedade
para o crescimento de pessoas que estão desenvolvendo doenças relacionadas à
péssima qualidade da saúde mental. No Brasil, segundo informações da Secretaria
da Previdência, os transtornos mentais são a terceira
maior causa de afastamento no trabalho, gerando a solicitação de 43,3 mil
auxílios-doença. Em meio a essa onda de negatividade, as pessoas estão buscando
apoio em terapias.
“O
indivíduo possui sintomas físicos necessitando de tratamentos inclusive
para ficar sem uso destas redes sociais. Nos últimos meses presenciamos
uma demanda significativa de ditos ‘influenciadores’ digitais, que infelizmente
interromperam o fluxo de suas vidas, prematuramente. O que eles vendiam
amor, afeto, desejo de ser aceito por milhões de seguidores, todos eles, mas
que raramente recebiam um abraço, por se tratar de uma vida inexistente para
além das telas. Saúde mental não é fazer uma atividade que temporariamente
vai te trazer certo equilíbrio, saúde mental é ter autoconhecimento de si mesmo
para o mundo ao seu redor”, pontua Bouvier.
Por
mais que pareça um assunto clichê, os pensamentos positivos trazem
inúmeros benefícios à saúde mental e física de qualquer ser humano. Reduz o
risco de doenças cardíacas, a felicidade combate os efeitos da ansiedade e
estresse, níveis de açúcares saudáveis, maior tempo de vida, boa imunidade e
maior resistência contra a gripe, outro fator é fazer psicoterapia, como
explica a psicóloga Michele Bouvier:
“Fazer
psicoterapia é um investimento em você, e o que precisa fazer parte do
orçamento como demanda fixa, e não como variável, buscar o cuidado só
quando a dor ou o problema aparece só traz soluções temporárias, o cuidado
constante traz equilíbrio e livra o indivíduo de inúmeros outros danos,
inclusive de perder ou deixar de ganhar dinheiro”.
“Enfatizando
quem faz atendimento recorrente e cuida da saúde mental é o profissional
formado e autorizado em Psicologia, quem cuida e receita medicamento é o
profissional formado e autorizado em Medicina, quem prescreve dieta e cuida da
alimentação é o profissional formado e autorizado em Nutrição. Não caiam nessas
armadilhas de terapias malucas, uso de medicamentos ou dietas apresentadas por
qualquer um em rede social, isso é uma destruição em massa de nossa sociedade.
Fico com o coração partido quando vejo tanta gente iludida com falsas
promessas, e seus problemas só aumentam, pois não procuram um profissional
devidamente habilitado para a questão do paciente”, finaliza Michele Bouvier.
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