Cartão de vacinal atualizado é uma
etapa importante para curtir as férias com mais segurança Divulgação
O ano de 2023 entra na sua reta final, o Natal se aproxima, os
panetones já começam a aparecer nas prateleiras dos mercados e as programações
de férias estão a todo vapor. Seja para descansar, se divertir ou viver novas
aventuras, o planejamento de férias envolve uma série de questões, do
orçamento, a escolha do destino, programação de roteiros e passeios, até o
guarda-roupa adequado e a arrumação das malas. No meio disso tudo existe um
item fundamental que não pode ser esquecido no planejamento das férias: o
calendário vacinal em dia.
Estar com as vacinas atualizadas é essencial para garantir férias
mais seguras. Afinal, temporada de férias é um período de grande circulação de
pessoas de todas as partes e também um período de maior concentração de pessoas
em alguns destinos e atrações. Além disso, cada destino tem em seu ambiente,
diferentes doenças e agentes infecciosos com os quais podemos entrar em contato
quando viajamos, então estar protegido é uma parte importante na hora de se
organizar para as férias. Ninguém quer acabar ou ter dissabores em plena festa!
Segundo a médica infectologista e consultora de Imunização do
Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Rosa dos Santos, “Dependendo do destino, a
exposição a determinados agentes e vetores aumenta muito a chance de um
indivíduo adoecer e propagar doenças, principalmente se ele não estiver atento
as adversidades e adequadamente protegido. É importante que o viajante esteja
atento não só às recomendações de vacinação para a região que irá visitar, mas
também às recomendações estabelecidas por seu país e de algumas regiões e
continentes para ter uma viagem tranquila e estar protegido contra determinados
agentes infecciosos”.
Por exemplo, em países tropicais, como o próprio Brasil, vizinhos
sulamericanos e a África, é importante estar em dia com a vacina de febre
amarela. O imunizante contra essa doença, precisa ser aplicado a cada dez anos
por toda a vida. Em determinados lugares, ter a vacina contra certas doenças
pode até mesmo ser obrigatória para a entrada no país.
"As férias são momentos de lazer e descontração, não vale a
pena colocar os planos em risco por ter deixado de se vacinar antes”, destaca a
infectologista. “Vale reforçar também que ter o calendário vacinal é importante
até mesmo se for ficar em casa”, destaca Ana Rosa.
Aqui no Brasil, o período do verão (dezembro a março) é marcado
por chuvas e um aumento da circulação do Aedes aegypti, vetor do vírus causador
da dengue, doença que se torna mais frequente nessa época do ano. A Covid-19
também segue sendo uma preocupação, especialmente em espaços que favorecem a
aglomeração e as constantes mutações virais. Para as duas doenças, há vacinas
disponíveis. Além delas, para os destinos nacionais, as vacinas contra Febre
amarela, Hepatite A, Hepatite B, também vão contribuir para uma viagem mais
segura.
A vacinação não apenas protege o indivíduo que recebe a
imunização, mas também contribui para a proteção coletiva, evitando a
propagação de doenças contagiosas. Portanto, quando for preparar as malas antes
da próxima aventura, é importante não se esquecer de incluir a vacinação no
checklist de itens essenciais, pelo menos 4 semanas antes de sair para curtir a
viagem.
Conheça
abaixo as regiões de maior risco para doenças que já possuem prevenção por meio
de vacinas:
- Sarampo: Quem embarca para a Europa, deve
se prevenir contra o sarampo. Desde 2011 o continente enfrenta uma
epidemia da doença. Dessa forma, os viajantes não imunizados, e aqueles
que não têm certeza disso, devem rever se estão com esquema completo de
duas doses da vacina tríplice viral antes de embarcarem para países
europeus. África, Ásia e Oceania também possuem focos da doença.
- Coqueluche: Inúmeros casos ocorrem em vários
países desenvolvidos, acometendo pessoas que, ao logo do tempo, perderam
sua imunidade. Se você se vacinou quando criança ou adolescente, hoje
precisa tomar uma dose da vacina dTpa, que tem como objetivo preveni-lo
contra a coqueluche. A dTpa é uma vacina que protege contra a coqueluche,
difteria o tétano. Essa imunização é associada ainda, a vacina da
poliomielite inativada (dTpa/VIP) outra doença que não circula mais nas
Américas, mas ainda circula em alguns países da África.
- Hepatite
A: Quem
viaja para locais onde a Hepatite A é endêmica, como determinadas regiões
da América Latina, África Subsaariana e Sudoeste Asiático, deve estar
imunizado. Nesses locais, a endemia possui diferentes níveis que vão de
alta a média e a vacina é uma proteção segura e eficaz.
- Hepatite
B: Pessoas
não imunizadas que viajam para países de alta endemicidade apresentam alto
risco para a infecção com o vírus da hepatite B. Essa é uma doença
sexualmente transmissível e pode ser disseminada por hábitos como relações
sexuais desprotegidas, uso compartilhado de drogas, tatuagens feitas com
materiais não descartáveis, entre outros.
- Meningite
meningocócica: A vacina é indispensável para quem vai para a região
conhecida do Cinturão da Meningite, na África. A imunização é, inclusive,
uma exigência do Ministério da Saúde da Arábia Saudita. O Cinturão corta o
continente africano do Senegal à Etiópia. A Meningite Meningocócica é uma
doença endêmica transmitida por um portador assintomático, ou seja, de
pessoa a pessoa, principalmente em aglomerações, e tem grande potencial
epidêmico. A vacina da Meningite Meningocócica Quadrivalente contra os
sorogrupos A,C,W135,Y é liberada para uso no Brasil e encontra-se nas
clínicas de imunização.
Grupo Sabin
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