Até 2025, aproximadamente 17 mil
mulheres receberão diagnóstico dessa doençaFreepik
O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical,
é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do colo do útero, a parte
mais baixa do órgão, que se conecta à vagina.
O Ministério da Saúde estima que, até 2025, aproximadamente 17 mil
mulheres receberão diagnóstico dessa doença, que é ocasionada pelo
papilomavírus humano (HPV), uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Esse tipo de câncer geralmente se desenvolve lentamente ao longo do tempo, passando por estágios pré-cancerígenos antes de se tornar canceroso. Os sintomas podem incluir sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual e descarga vaginal incomum.
A oncologista especializada em colo uterino, Dra. Solange
Kuwamoto, médica do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), comenta: “Estão
sob maior risco mulheres e homens com múltiplos parceiros, mulheres que tiveram
início precoce da atividade sexual, com antecedente de outras DSTs, portadoras
de HIV ou outra imunodeficiência”.
Conforme diretrizes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o
método de rastreamento no Brasil é o exame citopatológico (Papanicolau), que
deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa
etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. Isso pode incluir
homens trans e pessoas não binárias.
“A rotina recomendada no Brasil é a repetição do exame a cada três anos, após dois exames normais consecutivos, realizados com intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento”, afirma a médica.
Ainda de acordo com Solange, o rastreio permite o diagnóstico de
lesões pré-cancerosas e oferece possibilidade de tratamentos locais simples e
eficazes na prevenção de progressão para lesões invasivas.
Prevenção e tratamento
Além do exame Papanicolau, o Ministério da Saúde Brasileiro também
oferece, gratuitamente, a vacinação contra o HPV. Esse método envolve duas ou
três doses, dependendo da idade em que a vacinação é iniciada. A administração
das mesmas é feita ao longo de vários meses, para garantir uma resposta
imunológica eficaz.
As recomendações específicas de vacinação podem variar de acordo com a região e as diretrizes de saúde pública locais. Os profissionais de saúde devem fornecer informações detalhadas sobre a vacina contra o HPV.
“Quando o diagnóstico é feito precocemente, alcança-se a cura em quase todos os casos, mas quando a doença é disseminada, a possibilidade de cura é quase nula. Neste caso, o tratamento tem intuito paliativo”, diz a oncologista.
“O tratamento depende do estádio da doença e envolve cirurgia em
estádios mais iniciais, radioterapia e quimioterapia em doença localizada mas
avançada, além de imunoterapia e drogas alvo na doença disseminada”, finaliza a
Dra. Solange Kuwamoto.
Instituto Paulista
de Cancerologia (IPC)
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